Pierre Lonno

noite era de lua cheia, bem alta e clara em pleno verão. Eram 19:00 e ainda havia uma imensa quantidade de pessoas andando pelas ruas, como se aquela cidade jamais parasse. Luminosos piscavam, música ecoava no ar, instrumentos rugindo e o falatório sem fim de pessoas era o que diariamente ecoava pelas ruas da cidade. Lojas, armazéns, bares, clubes, padarias... tudo quanto era comércio ainda estava aberto naquele horário e não precisava nem ser alta estação ou período de férias para tal. Sempre cheia de visitantes e moradores locais, as ruas estreitas não tinham descanso nunca. Os bares e casas noturnas trabalhavam já a toda velocidade naquela hora da noite na Bourbon St.

Ainda nem era Mardi Gras e a cidade já estava ceia de pessoas e tudo funciova a pleno vapor.

A cidade também possuía outros tipos de atrações apreciados por muitas pessoas: a comida creoule, procurada por muitos. A fama do famoso Gumbo, Po Boy's, Jambalaya e Beignets havia cruzado o país e agora muitas pessoas desbravavam a noite da cidade procurando por algum desses práticos típicos e um bom drink para beber em meio à toda aquela agitação, música e show de luzes.

A medida que as pessoas andavam pela cidade, os diferentes cheiros iam atraindo pessoas para as diversas diversões que poderiam imaginar, desde a comida, desde os drinks exóticos, desde as belas mulheres até o cheiro de produtos e frutos do mar frescos que vinham do grande mercado da cidade.
Boatos do ocorrido cruzaram o país para todos os povos, desde humanos, vampiros, lobisomens e bruxos, o que acabou trazendo alguns curiosos à cidade.

No caso de outros, nada havia mudado em suas vidas e esse era o caso de Pierre já conhecia muito bem as mudanças daquele lugar no decorrer dos anos...

ierre caminhava pelas ruas da cidade. Passear pelo local era bem nostálgico, pois tudo lhe trazia lembranças. O cheiro das ruas, a comida, o rosto de algumas pessoas... Tudo remetia ao seu passado. Ele lembrava do gosto da comida que hoje era caríssima, de sua avó e até de certos desejos carnais quando via algumas mulheres pelas ruas.

Caminhava em direção a casa de Magnus, mas eram tantas as lembranças que vinham a sua mente enquanto caminhava que por vezes o vampiro se perdia com suas próprias recordações e até mesmo tormentos do passado.

Magnus Bane era seu mestre e mentor, desde as artes obscuras de sua vida imortal como também na arte da música. O ancião tinha sempre bons conselhos e até uma ou outra lição de música ou até mesmo sobre a vida para lhe ensinar. Apesar de umas ou outras coisas e até de uns costumes diferentes e meio excêntricos, era um ótimo mestre.

O ancião morava em uma bela casa em um bairro tranquilo e promissor da cidade, considerado hoje o bairro da música e das artes. Morava em uma espécie de sobrado antigo com alguns andares, onde nos andares de baixo eram realizados shows e apresentações de música. Já nos andares superiores encontrava-se os seus aposentos luxuosos, do jeito que ele gostava que fosse.

Pierre ansiava que pudessem conversar sobre o que andava acontecendo na cidade nos últimos tempos. Magnus detestava esse tipo de assunto de política, afinal ele tinha muito mais com o que se preocupar, como por exemplo se sua casa de shows estava funcionando bem ou não.

Depois de alguns minutos caminhando nostálgico pelas ruas ouvindo as músicas vindas de alguns bares e até mesmo restaurantes, ele finalmente chegou a casa de seu sire. Ao lado da porta usada para a casa de shows em baixo, havia uma escadaria que levava a Magnus e ainda naquele horário o encontraria de hobbie , com os cabelo ainda meio bagunçados e bebendo uma taça de vinho com um tempero especial. Ele estaria se decidindo ainda sobre as roupas que usaria, sapatos e até qualquer maquiagem iria usar naquela bela noite. Mal podia esperar para encontrar o seu belo moreno para lhe ajudar e também poder dar um gostoso beijo nele. Sentia muita saudades de Pierre as vezes...

subida para os aposentos de Magnus era bem simples, porém o vampiro era provido de sua segurança particular, tanto que se Pierre não fosse bem conhecidos por todos no local, ele não conseguiria subir.

Assim que chegou no andar de cima, Magnus veio logo todo feliz ao seu encontro. Estava vestindo um belo hobbie de seda vermelho e pantufas prestas. Assim que viu o seu pupilo, já foi logo o abraçando e falando sem parar e animado como costumava fazer quando o via.

- Mas que bom em te ver, mon chér Pierre... Há quanto tempo não nos vemos... o que você andou aprontando hein!? Venha.. venha beber comigo...

Ele tinha uma bela taça de vinho batizado com sangue da melhor qualidade. Sabia que seu belo pupilo moreno deveria estar com sede, então lhe serviu uma taça também. Não sabia se o pupilo estava com fome de algo a mais, mas de qualquer forma havia um prato sob a mesa de centro da sala com algumas linguiças de sangue espetadinhas com palitos bem ornamentados, como se fossem belos petiscos esperando para serem comidos.

Magnus lhe entrega uma taça como a sua e volta a falar:

- O que você me conta de novo? veio tocar na casa hoje não é mesmo!? Sinto falta de ouvir suas músicas... o piano continua no mesmo lugar...

Aponta para o gigante móvel no canto da sala, aguardando para ser usado.

Enquanto esperava o moreno se manifestar, ele se senta sob o sofá despreocupadamente, beberica da sua bebida, cruza sua pernas e chama o rapaz para se sentar ao seu lado e conversar. Ele o olhava com uma mistura de felicidade aparente e também natural curiosidade, mascarado com seus gestos bem espalhafatosos de um gay um pouco mais afeminado e sem muitos recalques.

agnus estava bem contente em sua noite ter sido agraciada com a presença do seu querido pupilo. Era muito bom começar sua noite assim, com belas pessoas e boas notícias. Era notório a alegria, visto os sorrisos que o vampiro dava.




- Você pode conversar sim com ela... veja o que está programado para a noite. Ela saberá bem o que fazer...

Não gostou muito das últimas palavras que Pierre disse. Geralmente o rapaz se preocupava um pouco demais com coisas que não eram para ele fazer isso e mais uma vez estava parecendo que isso iria acontecer. O semblante de Magnus mudou um pouco para uma feição mais série e um olhar mais frio e denso do que antes. O ancião chegou até a se desencostar um pouco do sofá e a colocar sua taça sob a mesa de centro da sala. Ele encarava Pierre daquela maneira, com uma mistura de frieza e repreensão típica de adultos com relação a alguns tipos de crianças arteiras que precisavam ser corrigidas.

- Antes de falar sobre o que realmente te trouxe aqui!? Devo me preocupar com isso mais uma vez Pierre?




As coisa não estavam 100% bem mas não chegavam a estar caóticas, pelo menos não em seu ponto de vista. Apenas alguns acidentes acontecendo isoladamente, mas era coisa que poderia ser contornada, ainda mais depois da última reunião presidida na noite anterior...

- Fale tudo de uma vez e me poupe de arrancar isso de você, Pierre...

ra engraçado como os tempos haviam mudado e apesar disso, Pierre continuava ainda com seus trejeitos, como se fosse um escravo falando com o seu senhor. Ele não havia chegado a ser escravo, mas havia sido ensinado a se comportar daquela forma, quase que submissa aos "brancos" e tudo isso era culpa da criação que havia recebido.

Magnus não gostava nem um pouco daquela postura, mas já fazia anos que decidiu parar de tentar mudar aquilo no rapaz, por que por mais que a escravidão tivesse acabado 50 anos antes de nascer, seus pais e avós tinham conhecido aquela dura e triste realidade. Não podia culpar a influência que isso ainda causava no pupilo.

- Permissão concedida...

E ouviu atentamente o que o moreno lhe contava. Era como ele imaginava mesmo. Lá estava ele mais uma vez se preocupando com coisas que não deveria, principalmente querendo tomar tudo para sí. Aquilo chegava até certo ponto a ser fofo aos olhos de Magnus, pois Pierre queria deixar todos a sua volta sempre tranquilos, como se ele fosse um pai de família que tomava tudo para sí e tudo teria que resolver. Mas, a coisa não era assim e perto de sí, Pierre ainda era bem jovem para entender como todos aqueles jogos de interesses políticos e até mesmo jogos de pura demonstração de poder acontecia.

Magnus suspirou, deu uma última golada em seu vinho, o bastante para esvaziar a taça e então disse:

- Mais uma vez você está querendo tomar todas as preocupações para sí. e sei tanto sobre o que aconteceu aquele dia que nossa regente se foi quanto você, mas sae que tenho "n" suspeitas. Não podemos dizer nada ou afirmar nada sem provas, ou seremos castigados. As paredes tem ouvidos e harpias na cidade é o que não faltam, ainda mais entre nós então, contente-se a saber que não temos nada ainda, mas... você pode muito bem observar tudo e me contar o que vê...

Aparentemente Magnus teve uma ideia de como manter o pupilo bem ocupado.

- Por nossa segurança, não podemos acusar ninguém, mas ninguém disse que não podemos observar e até usar algumas harpias para conseguir certas informações preciosas, talvez para nossa própria segurança isso será útil, ou até mesmo para vende-las por um bom preço...

Ele se levanta do sofá e anda um pouco pela sala pensando e depois volta a dizer:

- É claro que tudo teria q ser feito com a maior descrição possível, a final das contas é muito arriscado à nossa segurança. Você me promete que vai tomar cuidado nesta empreitada Pierre? Faça o que tiver que ser feito, custe o que custar, mas se isso for lhe causar a morte final, aborte...

Do jeito que Pierre era, aceitaria a incunbência dada ou talvez não? será que ele conseguiria se manter bem discreto com tudo? Por onde começaria então?

aquela noite a casa estava bem movimentada, afinal haveriam algumas apresentações muito pedidas, afinal não era todo o dia que se conseguia uma apresentação com Liliane’ Wayne e Harry Connick Jr. Olive estava bem ocupada com aquelas apresentações e ficava indo de lá pra cá ajustando vários detalhes enquanto vários espectadores já começavam a chegar e a se posicionar em suas respectivas mesas.

Não demorou muito tempo para que Pierre localizasse a humana. Ela não parecia ter ficado muito feliz em ve-lo já que a noite estava bem cheia e agora havia sido comunicada que deveria simplesmente coloca-lo nas apresentações e que ele ainda queria  15 ou 20 minutos de palco, apenas uma caixa de guitarra e um pedal de distorção, se possível um wha também.

Para sorte de Pierre, conseguiu o que queria e sua apresentação seria entre as duas apresentações principais da noite então estava tudo bem tranquilo, o suficiente para ele poder ir ao bar, fingir que bebe e observar, pois era o que tinha sido incumbido de fazer.

Enquanto olhava para o copo de whisky, encontrou uma figura bem conhecida de naquela lugar, Valentine e por incrível que pareça, ele e Fox estavam juntos naquela noite.

Não era muito normal ver isso dois conversando e bebericando. Os dois jamais iriam até ele, a menos que ele desse o primeiro passo.

Naquela noite parecia que metade da cidade estava ali presente, inclusive alguns outros membros, como Alec por exemplo, que esperava Magnus aparecer para beber e conversar com ele. Haviam muitos humanos e também outros membros de outros clãs ali dentro. Como o território ali era de pura paz, todos poderiam frequentar o lugar desde que tivessem dinheiro para gastar.

No meio da multidão, Pierre vislumbrou uma bela morena, com um curioso brilho no olhar. Até que ponto Pierre saberia o que ela é pelo cheiro?



A mulher usava um vestido listado de laranja levemente transparente e também uma jaqueta azul marinho, que parecia jeans.

mulher de nome Ollie era uma mulher de gênio bem difícil, mas acaba ficando corada com a jogada de charme de Pierre. Ela não demonstraria muita coisa, apenas que a presença do negro era algo que lhe causava bastante desconforto. Depois de ouvir todos os elogios que ele tinha a dizer, a mulher simplesmente se afasta para voltar aos seus afazeres da noite.

Alec responde o aceno de cabeça de volta e tanto Valentine quanto Fox ficam contentes com o fato da provocação funcionar, afinal ele havia visto os dois e inicialmente era isso o que eles queriam. Será que pretendiam fazer alguma coisa?

Então havia aquela mulher que cruzou o caminho de Pierre. Era uma mulher muito bonita, mas não parecia ser a primeira vez que viria para a cidade. E caso ele consiga resistor o bastante para não observar a aura da mulher, conseguiria ter uma noite bem agradável e até poderia namorar um pouco, mas tudo isso dependeria dele.

- Olá... Meu nome é Maalia. Prazer... E não é bem a primeira vez... Eu apenas não venho muito pra cidade...

Ela dá um breve sorriso e o observa. O sotaque cajun do rapaz era algo que não a incomodava e com que ela dissesse alguma coisa. Era só um sotaque e nada mais.

- Eu ouvi falar sobre a noite de shows de hoje e vim aqui espairecer um pouco. Já fazia muito tempo que eu não fazia isso. Você costuma vir aqui?

E ela ia puxando assunto para conversar com ele. Parecia bem interessada no rapaz. Ela olhava para o copo de bebida na mão dele. Talvez desejasse que ele a convidasse para beber alguma coisa e conversar. Se Pierre não estiver enferrujado na arte da conquista e seção perceberia isso. Como será que ele reagiria? Iria prosseguir ou evitar?

garota o olhava serena e gentil.

- Eu gostaria sim. Obrigada.

Ela o olhava curiosa para ele, ainda mais porque era bem gentil. Foi ao bar pegar o drink para ela gentilmente  depois lhe entregou. Assim que Maalia pegou o drink ela bebericou um pouco e sorriu para ele. Depois continuou dizendo:

- Na verdade eu não sei qual é a origem do meu nome, mas eu agradeço o elogio. Gostei do seu nome também.. É um nome Francês não é mesmo? Eu não entendo muito disso...

Não entendia nada na verdade mas estava seguindo o mesmo jogo dele de alguma forma. Não estava acostumada com aquele tipo de joguinho mas parecia estar curtindo.

- Vai subir no palco! *___* Você é músico... mas que legal isso.. Vou ouvir você tocar.... espero que agora possa vir com frequência....

Piscou de volta para ele. Não sabia se ele havia piscado para ela com segundas intenções ou não, mas ela fazia questão de com a piscada que deu deixar bem claro o seu tom.

A conversa foi breve, pois Pierre ia logo fazer seu show, mas quando terminasse, pode ser que a conversa entre ambos continuasse. Porém antes que isso acontecesse e Pierre subisse só palco, Maalia lhe deu um breve selinho e lhe sussurrou “boa sorte”.

Normalmente ela não faria aquele tipo de coisa, mas sentiu que deveria fazer naquele momento.

Maalia passou todo o tempo ouvindo a música de Pierre enquanto ele tocava prestando atenção em cada nota que ele emitia, em cada vibração no ar que isso provocava e ela olhava maravilhada, somo se sua relação com a música fosse algo bem profundo. Gostava bastante daquilo e não podia negar que lhe era atraente...

aalia adorou saber sobre as raízes do nome dele e de havia vindo, afinal aquilo história.

Infelizmente ela não poderia compartilhar muito ao seu respeito pois meio que ela não possuía história antes de chegar em seu grupo.

O som que ele produzia no palco com o seu instrumento era muito bom, evoluía e era algo que cativava a todos. De certa forma parecia que era um som que chamava a todos para prestar bastante atenção a cada nota tocada.

Ele começa a tocar um compasso rítmico de blues, lento, e depressivo e gradualmente vou adicionando notas e evoluindo o compasso para algo que lembre Jazz e depois o Rock and Roll local, com riffs simples e de uma estrutura animada e emendando um solo de guitarra cromático que os jovens chamam de heavy metal terminando com alguns "power chords" nas mesmas notas e no mesmo compasso do blues inicial.

Maalia observação atenta a tudo aquilo enquanto bebericava de dia bebida .atraída e com os olhares fixos em Pierre, que do palco podia admirar tudo aquilo.

Pierre conseguia ver as transformações das áureas dos seres e naquele lugar ele via que as áureas pareciam com um show de fracas luzes, como se estivessem em um palco. As cores eram no mais variadas possível, estabelecendo um padrão de acordo com o estado de espirito de todos naquele momento. Alguns eram azuis, verdes, amarelos e outros em tons de laranja e outros até em vermelho, mas nada ameaçados, pois profundamente isso que se podia ver um brilho avermelhado poderia sim ser muito por causa da bebida que consumiam já que é provado que o consumo de bebida em excesso pode provocar grandes alterações de humor no ser humano. Até mesmo Fox e Valentine tinham apenas um tom avermelhado com laranja.

Naquele lugar não haviam tantas pessoas conhecidas assim. Porte pôde ver além da dupla que detestava o seu atual regente Alec, Maalia e uns empregados de Magnus como Olive

aalia viu o sinal que ele havia feito para que esperasse e assim que Pierre desceu do palco foi falar com Alec.

O atual regente estava em uma mesa e apreciava o evento. Ele o cumprimenta com um movimento de cabeça e diz:

- Parece que ao passar do tempo a cidade está ficando mais e mais cheia mesmo... Talvez tenhamos que fazer um senso em breve para saber como é que estamos ultimamente... Você tem algo a me dizer por acaso, Pierre Lonno?

Eram muitos nomes e muitos vampiros para que ele soubesse o nome de todos, mas aquele em específico ele conhecia por culpa de Magnus. Se Pierre pretendia investigar algo, tinha que ser muito mais discreto do que aquilo, pois ir do nada falar com Alec era algo que, apesar do tempo que se conheciam, não era do feitio dele. Sem querer, acabo deixando Alec com uma pulga atrás da orelha, que provavelmente acabaria perguntando para Magnus em um ou outro momento.

Aparentemente não descobriu nada, mas parecia que o atual regente estava bem atento de que precisava fazer um levantamento populacional recentemente para ver a quantidade atual de membros, sejam sobrenaturais ou não.

A conversa havia sido bem breve mesmo até que Pierre voltou para o lado de Maalia, a cumprimentando com um gostoso beijo na bochecha. Ela ficou levemente ruborizada ainda mais quando ele começou a lhe sussurrar ao pé do ouvido.

- Você toca muito bem mesmo. nem parecia enrolação... kkk

Ela pegou de volta no braço dele sorrindo, ainda segurando aquela bebida entre os dedos e voltou a dizer:

- Vamos sim. você conhece bastante gente por aqui?

Ela na verdade não queria que ele fosse cumprimentar mais ninguém e também não queria que em algum momento ele resolvesse apresenta-la para ninguém. Não estava alí para aquilo, definitivamente, mas o que aquela noite iria reservar ainda era um mistério para ambos.

De certa forma Pierre andava com a mulher como se anda com um belo troféu nas mãos que merecia ser mostrado a todos. Maalia era uma bela mulher até onde ele sabia, e existia uma boa afinidade entre ambos ali. Pierre chegou até passar perto de Valentine e Foz para provoca-los e chegou até a sussurrar um alerta sobre os dois para a garota, mas nenhum daqueles vampiros iria deixar aquilo barato. Gostavam de uma boa intriga e iriam provocar algo também.

Fox foi atrás de Pierre, seguido por Valentine. Chegaram a um canto um pouco mais particular da festa para fazer alguma coisa. Valentine acabou segurando o braço da garota e disse com um ar irônico de superioridade:

Valentine: - Uma bela mulher como você deveria estar com uma companhia melhor, ao invés desse escravo negro...

Fox: - Existem companhias bem mais agradáveis nesta festa, mas as vezes meu caro Valentine, essa mulher pode estar só querendo uma noite com esse nego.. a final entre a bocas imundas da cidade, parece que escravos são famosos por servirem muito bem a esse propósito...

Valentine: - Se a dama estiver procurando uma conversa de mais requinte, me procure, eu sou o seu Valentine...

Fox: - E pode me chamar de Fox...

Valentine: - Depois que esse cachorro preto a morder, não diga que não lhe avisei...
Aquela havia sido uma provocação e tanto, mas Maalia estava acostumada com machos demais querendo a mesma fêmea, principalmente quando ela tinha força demais e não se submeteria a nenhum deles.

Maalia se soltou da mão de Valentine e simplesmente disse com um brilho do olhar que deixaria muito bem claro para ambos que não deveriam provoca-la. Aquele olhar chegou a dar um leve choque em Pierre, pois ela estava ainda de braço dado com ele. Aquilo iria deixar bem claro quem e o que ela era para os 3 alí presentes:

- Estou muito bem aqui, obrigada....