RP: O que mede um herói?

O caminho traçado do Claude para a garota resulta na maior tristeza para ela no final. Correndo e se esbarrando como um pato desgovernado atrás de um pedaço de pão suculento, ela para diante da mesa do garoto Utopian qual o Cavaleiro Fantasma havia visto antes para o estranhamento dela em ver todo mundo saindo. Mal dava ouvir com a barulheira, mas algumas palavras relevantes foram escutadas: "Ele já foi. Não, não tava aqui. Sei pra lá groupie".

Sem mais o que fazer, ela vai cabisbaixa ao bar e pede um shot de vodka que termina no primeiro gole.

O orgônio, conceitualmente, seria uma energia hipotética universal, onipresente. Para um controlar o próprio orgônio, é um ser especial, iluminado, sincronizado com o universo.

E como tal, ele sente o que o universo sente. Claude sente uma fisgada. Uma peça saindo do eixo, mudando a funcionalidade das engrenagens. Igualmente um suspiro bom, mas de um ar quente avassalador.

Algo que não deveria acontecer, aconteceu.

Não há muito tempo de processar a situação quando o som da batida é substituído por estouros das caixas de som e depois estrondo de uma AR-15 sendo disparado nas luzes do estabelecimento. O atirador mascarado faz caminho para dentro da festa enquanto as pessoas correm para as saídas ou se jogam no chão. Seguranças que tentam alcançá-lo são abatidos com disparos rápidos das armas - Cadê seus heróis agora?! Morte aos metas!

Phanael escreveu:Não se se a carne de Tute desmaiada você também ficou nocauteado, mas eu e os Hellstar lutamos contra dois de meus irmão e contra Michael e vencemos. Eu sabia que eles estavam errados e também queriam a Sophie para utilizar essa habilidade dos portais dela, para que eu não sei.

- Oh não não, eu não estava inconsciente. Estava tomando meu tempo. Inclusive, chamei por ajuda, mas ela resolveu fugir em vez de me auxiliar. Não dá para se confiar em metahumanos hoje em dia...

Phanael escreveu:Então você já estava no corpo de Tute ou Hipnus inseriu você no corpo do gnomo quando ele veio da sala com Sophie para cá? E para sua vinda teve que sacrifica-lo? Confesso que ser enganado por você ser Tute e Tute você soa melhor para mim do que você ter matado o gnomo..

- Você nunca conheceu Tute, apenas a mim. Ele morreu e eu usei o corpo dele. Deixemos nisso. - Galan sorriu.

O outro lado do portal levou-os a uma grande ruína de um templo, de colunas dóricas, logo à base de uma enorme montanha. Contexto implicaria um lugar apenas, o Monte Olimpo. Mas, no mundo real, o lugar não é tão imenso quanto o que está diante de Phanael, está diante. Os deuses que atravessaram não estão ao redor e uma mulher careca com um vestido preto todo lanhado se aproxima já para dar a resposta:

- Eles foram fazer reconnaissance. Ares está bem animado para ver como as coisas andaram com os anos. Ele vai amaaaaaaaar!!!! Oh, você deve ser o anjo. Prazer. - ela estende a mão, coberta com um piche preto e toma uma taça de champanhe na outra - Sou Eris. Tudio bene? Você fará uma ótima companhia para mim no bar.

- Como vai a reunião dos operantes para o labirinto? - Eris revira os olhos e encara Galan - ... srta. Eris. - o final a deixa alegre.

- Meio lento. o Cavaleiro Fantasma achei que seria o mais entusiasmado, mas pelo visto vou ter que dar um empurrãozinho... E você Phanael, não tem um amigo que ajude derrubar os Sete para Os Zeros?

- Olha só... brabosa ela. - um deles toma a frente e não segura o braço ao dar o soco mais forte possível que ele pudesse. Mas contra o escudo de Alexis, não significou nada. O rapaz engole seco rápido e encara a garota - É... É melhor você sair daqui antes que eu me irrite. Tá entendendo? Ou vou te dar outro!

A Luz, diferente da Escuridão, nunca falou com a Mari.

A escuridão usa de todas ferramentas para seduzir, sejam as palavras encorajantes ou ameaçadoras, para desviá-lá de um caminho... a luz.

Mari consegue segurar a lâmina e usar suas habilidades como havia feito antes, mas o relance de seu reflexo no espelho lhe dá uma visão um pouco diferente: seu cabelo está branco, seus olhos iluminam como um sol, mas sua pele está escura, negativa. Mesmo sem voz, ela consegue sentir o que Helena estava falando.

Tem Luz na Escuridão. Há Escuridão na Luz.

Mas cada um tem seu papel. Cada um representa algo. Há bem que escuridão faz, como há mal que a luz também carrega, mas um só não é responsável pelos dois.

E por isso, está desequilibrada.

- Não pode usar escuridão para lutar com a escuridão. - ela olha para a filha com olhar preocupado - Nossa, to inspirada. Não sei como isso veio à mim... Seu pai estava tentando achar uma maneira de se livrar da Escuridão dele, mas ele tinha sob controle, por isso tinha confiança de deixar ele contigo.

Ela vira o rosto, tomando coragem de falar algo.

- Desculpe ter fugido... Uma vez eu me esbarrei em uns mafiosos do Japão que queriam compensação e seu pai se intrometeu e.... Foi igual o que aconteceu anteontem... Eu entrei em pânico eu... eu... Você tem com me perdoar?...

Depois da resposta da Mari, ela pergunta: Por onde andou depois daquilo?

Como o desejo de viver pode ser medido?

Muito, muito tempo atrás...

Gritos de uma mulher prestes à dar luz se misturam com o som do trovão e os relâmpagos que atravessam os céus parecem acompanhar cada contração. Suas lágrimas eram perdidas as gotas de chuva que caíam em seu rosto, já que não tinha muito como se proteger da tempestade monstruosa. Sua vida se desfez antes que pudesse ver o rosto da infante que saiu de seu corpo. Aquela vida praticamente se arrastou para fora da morte.

Mas o destino queria levá-la mais cedo. Seu coração exposto ao mundo, sem a proteção de sua pele, sem a proteção de sua mãe. Não sobreviveria a noite.

E ainda assim, lutou. Não há uma maneira racional qual algo que recém veio ao mundo tem a consciência de continuar lutando. Tudo poderia parar, se só parasse de resistir. E continuou a resistir. Com a tempestade devorando os céus pelo tempo longuíssimo que tomou, um não poderia dizer por quanto tempo resistiu. Mas algo notou.

E a Luz a salvou.

"An Dras Te"

Como seria conhecido em sua vila. De um bebê miraculoso, foi tornada o símbolo de uma religião, uma deusa na Terra. Aquela que não poderia ser ferida ou morta. An Dras Te, um nome que fora carregado por sua tribo, gritado contra as montanhas e levado para batalha num mundo pré-histórico, trazendo um império antes mesmo de ser um conceito. Era apenas com sua mãe adotiva que encontrava algum consolo, algum carinho, dentro de um ambiente tão isolador e controlador. Sim, ela não poderia morrer, mas também não vivia. Foi apenas com sacrifício de sua mãe que foi capaz de fugir de seu confinamento e escapar de ser usada como motivo para guerra e religião. Graças ao seu dom da vida eterna, também foi capaz de ver aquele império infante se destruir antes de poder crescer.

De início, um mundo sem responsabilidades parecia ideal, mas com seu poder, com sua habilidade, não ficou parada diante de tirania e crueldade.

E assim uma lenda nasceu....

... Se tivesse desejado.

Segredo de manter seus poderes ocultos é necessário para uma trilha de boas ações não alcancem-na por aqueles que lutou durante os anos. Ainda que alguns que tenham derrotado e deixado vivos venham a perecer diante o tempo, rancor é algo que pode ser passado entre gerações, especialmente para aqueles incapazes de verem os males de seus próprios feitos.

Sua identidade é o maior segredo, já que seu poder pode cair fora de moda hoje em dia. O número de super-heróis (e vilões) foi crescendo exponencialmente conforme os anos, e aqueles que se dizem imortais (e outros que não dizem mas estão aí desde a Segunda Guerra Mundial) mostram que ser imortal ou se recuperar de ferimentos que matariam qualquer outro, não é uma novidade. Seria muito mais fácil ter amigos que continuasse a não-envelhecer como si, mas a futilidade ou dever seriam motivos suficientes para estarem distantes.

E onde ela está agora?

- O que é corj- - a mão de Alexis beija o estômago do rapaz e é arremessado para trás, rolando na areia do parquinho. A resposta é imediata dos outros dois, com um tentando dar um chute, mas escorregando e caindo de costas, e o outro acertando a garota com um bastão que tinha. Novamente, sem o escudo dela faz o objeto só raspar por perto do seu corpo, incapaz de ser atravessado pela força dos dois rapazes.

Ainda, entretanto, não estão dispostos a parar agora de tentar.

- Claro claro, qualquer coisa.

- Agora nos deixe... E chame limpeza daqui.  - Ko deixa o grupo para chamar pessoas para auxiliar com a situação no local - Vou ter que lidar com a polícia quando vierem aqui...

- Você vai conhecer eles hoje a noite Kachen. Tomara que o Ixa não apareça... Aquele cachorro fedorento.

Ren põe as mãos nos ombros do Kachen - Eu sei que você acha que você e Kivat se encontraram por acaso, mas não foi. E agora, o destino está chamando vocês para o seu papel. Kamen Rider King Of Vampire! Como vocês são conectados, o mundo sobrenatural os chama. Arrume o que for fazer, pois sairemos hoje a noite.

Não precisou de muito convencimento para garota se jogar ao chão e ficar abaixada. Já a resposta do Cavaleiro Fantasma para o atirador é encontrada com fúria imediata por ser desmoralizado em seu ataque ao local, golpeando o rosto de Claude com a coronha - ou ao menos pensa que acertou - e virou a arma para ele - Vou contar até três e atirar em você! Cadê o Kid?! Morte aos falsos heróis! Viva Prometeus! Um... Dois...

Reação é instantânea da Frenesi, levantando o homem com seu taco de baseball e, vendo o rapaz que a errou tentar alvejá-la novamente, o arremessa um contra o outro.

- ...cade... la... - o rapaz socado antes se remói e se contorce tentando pegar algo dentro da jaqueta e quando consegue, já toma o frasco que botou na boca. Ele volta a se contorcer, mas mais violentamente até parar. Aos poucos ele se levanta. Era claro pelo que sabia da gangue e da droga: ele está em Heat. Parecia que tinha ganhado uns trinta centímetros de altura desde que ele havia caído e sua expressão é clara intenção de violência - Vou torcer seu pescoço que nem uma galinha, garotinha.

Se havia uma constante a respeito da vida inesperadamente longa de Andraste é as estranhas coincidências que a colocavam diante do caminho de oponentes da maldade. Filósofos antigos que teriam a encontrado falam da ideia que bem e mal são equilibrados, um requer o outro. Pois para haver sombra... há luz... E pensar sobre luz fazia com que remetesse à sua própria cicatriz, de alguma forma ou de outra. Tipo de raciocínio que não fazia nenhum sentido, mas alegrava de certa forma o coração.

Viriato fez sua visita à casa de Andraste, lambendo as suas partes íntimas, rolando pela mesa e fez menção de derrubar uma das xícaras antes que a encarada de mulher o fizesse desistir. Houve um pequeno compreendimento entre os dois ali... Talvez entre dois predadores? A ideia seria engraçada. Gatos viviam mais tempo quando são domésticos, mesmo sendo caçadores - de acordo com alguma pesquisa que passou na internet outra vez para ela. Era uma subversão da natureza: como algo feito para caçar não pode ter a própria vida ideal dele sem viver mais? Esse gatinho morreria em alguns anos, por uma de dezenas de possíveis causas. Será que o dono não pensou nisso? Ela nunca poderia ter um bichinho desses.

Na verdade, o tempo que um animal desses vive para o pessoal era menor do que era equivalente para uma imortal. O que eram 70 anos para alguém acima dos mil?

Em alguns anos, as pessoas de hoje vão morrer e dar lugar para as próximas. Gerações vão rotacionando. Tudo vai acabar quando o último humano morrer... E Andraste talvez seja esse humano, aguardando eternamente o seu fim.

"Talvez os aliens venham nos corrigir" - dizia o History Channel.

"Eles já estão aqui ora, tem o Mabiri!" - era a resposta comentário nesse trecho do Youtube.

"Os Supers vão durar mais que nós. Vamos ser todos super-heróis um dia." - teoria da conspiração. Talvez não precisasse ficar sozinha.

Depois daquilo tudo, a TV falava do desaparecimento de uma garçonete numa cidade da região... Sophie alguma coisa. Usava o dinheiro para pagar a faculdade. Nenhuma família a ser encontrada. Todos torciam para não estar relacionado com o maníaco...

De qualquer forma, aproveitou a noite para fazer uma corrida. A noite numa cidade pequena é maravilhosa dado a possibilidade de ver melhor as estrelas no céu.

Talvez fosse o último mês que aquela cidade teria um céu tão bonito. A prefeitura fez um contrato com duas entidades para avanços tecnológicos a serem compartilhados com a cidade, além de, claro, uma centena de empregos. A coorporação de energia Roxxon tinha quase carta branca para lidar com os recursos naturais, criando usinas gigantes para minerar a cidade e já expor a fumaça que pode ser vista até agora na noite.

Outro que veio é um super-herói "Metal Knight". Também industrialista, também botando fábricas a criar robôs que usa como armadura para enfrentar super-vilões. Outra semana, havia impedido uma invasão de super-vilões à Washington sozinho com seus drones humanoides. Não daria para ver a fumaça dele no caminho da corrida, mas sabia que estaria ativa. Algumas luzes que cortavam o céu devem ser seus drones. As crianças amavam.

Andraste tomava um momento para descansar. A cidade estava bem vazia, as ruas quietas. Se forçou a lembrar do tal "maníaco" que perseguia pessoas por ai. Armado com uma faca, duas pessoas foram parar no hospital. Uma terceira não sobreviveu. Ela estava pronta. Não seria diferente do que Londres 1890.

Ouviu cintilar do metal raspando no metal. Ouvi um grunhido rapidamente silenciado. Estava pronta. Um homem cai de um corredor escuro diante de Andraste, com uma mão no pescoço e outra tentando pegar uma faca escondida nas costas. Os olhos de alguém desesperado e raivoso. Uma mão puxa-o de volta para o corredor escuro e os sons cessam.

Outro homem, mais arrumado, entra na rua de frente à Andraste, limpando o canto da boca com um lenço. Trajava um terno bonito, como saído de uma festa de gala - Oh bem... Boa noite senhorita. Espero que não tenha atrapalhado sua corrida pela noite.