Enquanto encarava as sombras, pedia cada vez mais pela presença sol.
Seu corpo treme em calafrios enquanto nota aquilo que não deveria notar. Tentava ignorar, mas era quase como se escutasse o som do rastejar da sombra que cada vez mais se aproximava. Tentava ignorar, mas os olhos permaneciam fixos no escuro. O Preto se fazia cada vez mais dominantes até que fora interrompido por duas cores intermitentes que disputavam a atenção da menina tão de repente quanto chegara ali.
Mari pisca repetidamente e respira fundo, como se saísse de um mergulho fundo em um lago gelado. A noite ainda lhe abraçava.
Então, ela olha na direção do carro da polícia onde um homem falava. Com a lanterna direcionada para seu rosto, podia-se ver que suas pupilas estavam bem abertas, buscando luz dentro da noite e, mesmo com a fonte de iluminação direta em seus olhos, demoravam a diminuir.
- Opa, Boa noite. Sorria nervosa. - Tô só aguardando esse prédio abrir, senhor. Tenho uns negócios para resolver aí e como não conseguia dormir pela ansiedade, resolvi esperar por aqui. Uma pausa de alguns segundos acontece e ela encara o prédio enquanto esfrega as mãos para aquecê-las. - Do jeito que tá difícil arrumar emprego, a gente tem que impressionar indo além na pontualidade e proatividade.
Sorria tentando parecer calma. Não funcionava.