Os Sete Portões

Dava um tapa de leve na nuca do monge.
-Vamos embora isso sim, e rápido, para de tentar bancar o herói salvador, eu não quero ficar aqui e esperar o chefão, até porque ele me deu a certeza que vamos nos encontrar novamente e não vai ser nada bom, pela amizade de parentesco por sermos monstros! Eu acho, por fim ele me deu a oportunidade para desparecer...
Voltava para o lugar de onde veio e deitou-se para recuperar sua energia. E falava em tom audível ao monge.
-E tenho que te devolver para sua princesa que ficou na terra...Claro você sabe que tem algo bem melhor por perto, mas fica da tua escolha de sair logo daqui ou ficar juntinho comigo nestes lugares bizarros, mas tenho que te lembrar que o Demitri Maximoff se me encontrar. provavelmente vou terminar minha longa vida como escrava né...
Cruzava os braços encarando o céu.
-Só vamos embora logo o mais rápido possível...




OFF: Ir embora tenho um Vampiro que não quero encontrar.

-Concordo com a senhorita não temos condições de luta neste momento e o prospecto de um novo embate não me é animador...Mas nossa saída daqui está relacionada ao Faraó, mas creio que pelo favor prestado ele nos ajude a sair daqui. restava aguardar o retorno de Anamaha e do Faraó Anakiris

A fogueira no centro do grupo era aconchegante naquele frio, mas ela tremeluzia freneticamente, aos poucos o lugar dava sinais de que algo estava para acontecer, depois das palavras do professor, o chão começou a tremer de leve, depois mais forte, um terremoto começou a acontecer do nada.

Não havia onde se segurar ou onde se esconder, uma rachadura no chão se abriu quase levando Mehri para a fenda, a fogueira se apagou, restando somente pedaços da lenha, a terra tremia com violência, surgindo no horizonte duas protuberâncias, o restante de sol seguia o monumento que surgiu da terra, o grupo estava a umas boas duas horas de caminhada dele.

A terra parou de tremer, como uma grávida que dera a luz, as contrações pararam, todo o grupo começava a se recuperar do susto, a passos lentos e segurando em seu báculo chegou Anamaha meio abalada pelo tremor, mas mesmo assim se aproximou:

- Saudações a todos, parece que este mundo já não tem mais muito tempo, não é mesmo?

Status Gerais:

Ao sentir o terremoto, Sivirino ficou preocupado. Levantou-se de supetão e, então, olhou ao longe para o que nascia da terra.

- Santo Padin... Mesmo já tendo visto algumas tantas coisas estranhas em seu caminho desde que saíra de sua terra, aquela formação ainda era algo que lhe impressionava.

- Vucê sabe uquié aquilo? Perguntou à Anamaha, apontando o horizonte. - Alguém aqui sabe o qui danados é aquilo?

- O que é isso agora? Mais luta?????

Levantava-se desviando da cratera que formou-se quase ou perto de onde estava apenas abrindo os braços em reclamação, pelo que via e estava acontecendo.
-Então não vamos embora mesmo?


OFF:

-"Calma, Mehri, eu não deixarei que ele faça nada com você, nem que eu tenha que voltar do mundo dos mortos...", e o tremor atrapalha a linha de raciocínio do monge.

-"Anamaha, o que está acontecendo? Este mundo está morrendo? E o que são aquelas coisas que surgiram no horizonte?", perguntava o óbvio mesmo sabendo da resposta, custava ao monge acreditar na morte deste mundo, algo que ele nunca mais esperava presenciar novamente.

- Anamaha... Eu... Nós podemos fazer alguma coisa? Diz um alquebrado e ferido Ian visivelmente preocupado.

- Saudações a todos, parece que este mundo já não tem mais muito tempo, não é mesmo?

Kobura parece impaciente, ele gira os olhos e indaga a moça:

-Acho que está bem claro o que está acontecendo... O que me preocupa é saber se seu faraó fará algo também ficará sentado olhando tudo desmoronar, não estou nem um pouco a fim de morre aqui. Você traz alguma solução? Ou apenas problemas?

Dizia o assassino visivelmente impaciente e preocupado.

Anamaha tenta tranquilizar a todos:

- Acalmem-se todos, eu trago novidades sim, este mundo está morrendo mas isso não convém a vocês, em minha cultura, no Egito antigo, a morte é uma transição de vida e eu e todos os que moravam aqui deveríamos... Digo temos a obrigação de acompanhar o Faraó para o outro mundo, Anakiris não pode fazer nada a respeito da destruição deste mundo, porque ele não deveria existir, só é uma versão distorcida de nossa vida no mundo dos homens em um passado distante, e ali onde estão aqueles enormes chifres é o local da saída deste mundo para vocês...

A garota abaixa a cabeça sabendo que estão prestes a se despedir e talvez para sempre.

- Eu agradeço por salvarem o faraó e por me ajudarem, mas sua jornada deve continuar assim como a minha, lá se encontra o Portal para o próximo reino, tomem muito cuidado, o Makai é um local extenso e cruel, logo vão conhecer locais que desafiam as leis que conhecemos, eu espero que vençam seus desafios, hoje meu mundo vai ruir e então seguirei minha jornada.

Anamaha vai até perto de Ian e segura suas mãos ela deposita algo nelas e o beija no rosto ternamente lhe agradecendo por tudo, em sua mão ela havia posto um amuleto:

- Fique com isto, vai lhe ajudar!

Aos demais ela apontou para o pôr do sol:

- Devem ir se vocês se demorarem vão morrer junto com este local, não existe mais o sol Imortal, Pyron o tirou deste mundo, por isso ele vai ruir, no final foi o que eu disse, este local nem sequer deveria ter existido, então, adeus e obrigado meus companheiros.

Amuleto de Ian:

Status Gerais:

O professor sorri em agradecimento colocando o amuleto no pescoço e lamenta por aqueles que se foram terem que passar por isto novamente, mas ele sabe que não pode alterar o destino... - Vocês... Você não tem que ficar aqui poderia ir conosco, pois sua sabedoria seria bem vinda. Diz Ian a Anamaha num esforço fadado a falha, pois o destino já estava traçado, mas ele não seria um cavalheiro se não tentasse... Em todo caso ele visa ir ao portal com seus companheiros.

apenas seguiu seu caminho para a saída, já havia passado tempo demais ali e desperdiça-lo não estava em seus planos.

Kobura olha para Anamaha e balança a cabeça em sinal negativo, esperava que essa informação demorasse menos para sair, agora teriam que acelerar o passo.

-Ah, finalmente algo de útil! Vamos embora acelerando o passo pois que quiser ficar aqui pra morrer que fique, eu não tenho esse desejo. Boa morte moça, apesar deu ter certeza que se você quisesse poderia sobreviver, fidelidade cega a um senhor não faz o meu tipo...

Encerrava ele seguindo aceleradamente.

Com a explicação da mulher, Sivirino se acalma um pouco e entende que ali não teria nada mais a fazer a não ser seguir até o que foi apontado como uma saída.

Calado e cabisbaixo, segue os demais até os grandes chifres que emergiram do chão.

Ju-Long faz uma reverência ao cobrir seu punho direito com a mão esquerda metálica e abaixa um pouco a cabeça em sinal de agradecimento.

-"Foi uma honra lutar por este mundo. Nossa luta continuará para que isto não volte a acontecer com nenhum outro mundo." e, apesar da tristeza e destino cruel deste mundo, se vira, partindo em direção ao monumento, a fim de alcançar os demais.

[OFF: @spectro, por favor, caso seja necessário, pode adiantar a narrativa se for necessário que Ju-Long abra o portal. /OFF]

Anamaha sente bastante as palavras do professor, e os sentimentos de Ian estavam certos, Anamaha precisava seguir seu próprio caminho, seguir o seu Faraó, e então eles se despedem, o grupo segue em direção ao pôr do Sol, Mehri muito impaciente com a situação ia na frente do grupo, seguida por Kobura que também não desejava ficar ali de jeito nenhum, a medida que andavam e chegavam perto, o monumento que pareciam chifres se tornavam maiores.

O grupo então, depois de horas de caminhada chegam ao local, estavam cansados das batalhas e da caminhada, Ian por vezes teve de parar um pouco para descansar, sem a influência de Pyron seu corpo parecia mais fraco que antes, mas já diante dos enormes chifres Ju-Long viu um portal, mas no chão, com seu braço a chave do portal se abre revelando uma luz azulada lá de dentro. O grupo não tinha escolha se não entrar, e assim um novo portal se completa...

Ju-Long sentia as folhagens no chão, estavam molhadas do orvalho da noite, o sol estava coberto por uma espessa neblina, seus olhos começam a se abrir, ele percebeu que estava no chão, em volta uma floresta, árvores de vários tipos, mata fechada, e ao seu lado estava o Cangaceiro, no chão também, desacordado, e seu chapéu jogado de lado, a boca do monge estava seca, fazia tempo que não comia ou bebia, sentiu por um momento sua mão tremer de fome.

Seu corpo estava fraco, havia algo estranho com ele, o monge notou que sua manopla não estava com o brilho de antes, não era algo estético, ela emanava uma energia que agora não havia mais. A adaga que estava com Sivirino também não estava mais com ele, e o cangaceiro não tinha também sua pexera, o brasileiro também começava a acordar em meio aquela floresta e nem sinal dos outros aliados.

Mehri escutava ao longe a voz de uma pessoa a muito tempo esquecida, sua mãe, uma humana que se envolveu com um Youkai, e assim nasceu a garota alada, a realidade a despertou aos poucos de seus sonhos e devaneios, ela estava no chão, um solo de terra, sua boca estava seca e ouviu burburinhos, eram algumas crianças que estavam em volta dela, eles a cutucavam com um graveto “Será que está morta?” perguntou um deles, ao ver que a mulher despertava todos eles saíram correndo, exceto pela mais nova.

Uma garotinha de olhos inocentes, bem arregalados e grandes, estava fixada em olhar para Mehri, tinha um pequeno bichinho de pelúcia nas mãos, mas logo colocou a mão em um bolso do vestido, e assim tirou de lá uma bala e ofereceu a Mehri, sem pestanejar, a mãozinha estendida para a mulher no chão, mostrando um sorriso no rosto.

O cenário ao longe era de um pequeno vilarejo, casas de madeira e uma estrada de terra que levava a uma mansão, cercada com uma cerca de madeira, o vilarejo estava a cerca de 2 quilômetros mas era possível ver as casinhas, Mehri estava no meio da estrada deitada.

Ian acorda em um local confortável, ao abrir os olhos percebe um teto acima de madeira, estava em uma cama envolto em um lençol branco, seu corpo cansado se recuperava aos poucos, ele percebeu bandanas e gazes enrolado em seu corpo, não era um hospital ou algo do tipo, mas se sentia bem melhor, sem falar de um cheiro de sopa no ar que era reconfortante, ele estava em um quarto pequeno, enfeitado como se pertencesse a uma criança.

Dava para ver a luz do dia entrando pelas frestas da janela e porta, e um ar seco e quente percorria o ambiente, Ian notou seu traje rasgado enrolado em uma cadeira e percebeu que usava poucas roupas, apenas o suficiente para cobrir as parte íntimas do corpo, mas havia perto de um baú roupas de fazendeiro que pareciam de seu tamanho, uma calça uma camisa xadrez e um macacão mais precisamente, além de um calçado da cor marrom.

Aos poucos seus sentidos iam se recuperando e pôde ver com mais clareza o local onde estava, percebeu pela janela e o balançar das  cortinas que estava em um casarão com mais de um andar, o quarto em questão estava no alto, talvez no primeiro ou segundo andar.

Kobura desperta de seu sono, sua cabeça doía, mas acabou por abrir os olhos lentamente, a última coisa que se lembra era de atravessar o portal na cópia do mundo egípcio e agora... Onde estava? Percebeu que estava amarrado, em uma cabana com todas as janelas fechadas, estava amarrado a cordas e seu corpo preso em formato de cruz, o fedor naquela cabana de madeira era horrendo, moscas de um lado para outro e um fedor de carne podre, viu velas acesas em uma mesa que ao olhar restos de comida quase Kobura vomitou, depois foi lentamente vendo ao redor até seus olhos se focarem numa espécie de altar macabro, lá no canto estava velas acesas em volta de uma cabeça humana, a cabeça em decomposição, em cima de um prato.

Kobura sentiu sua cabeça doer mais, aos poucos notou que a cabeça era de uma mulher já velha, algumas madeiras daquela cabana estavam mau colocadas e espaçadas entre si dando assim para ver que era dia e lá fora havia muito mato, a cabana tinha poucos cômodos pelo que notou, talvez dois ou três, e o cheiro horrível ali fazia a mente de Kobura até não raciocinar direito, parecia que estava encenando ali um filme classe D dos anos 80 ou 70. Percebeu também algumas bonecas macabras perto da mesa de onde havia a cabeça.

Status Gerais:

Kobura acorda num lugar macabro e horrendo, ele olha para seu corpo e estava amarrado num formato de Cruz e seus ferimentos ainda estavam lá, ele nem lembrava quando teve tempo de descansar decentemente para se recuperar. Ao observar o local com mais atenção ele lembrava cabanas de filmes antigos onde rituais macabros eram feitos e parece que ele seria o próximo alvo desse ritual.

-Mais uma vez ao que parece todos se separam... Assim me complica... -resmungava ele baixinho para si. -Ahhh...esses assassinos démodé...Acho que eles precisam de uma consultoria comigo...tsc tsc tsc...

Kobura então tenta se livrar das cordas enquanto mantinha seus ouvidos atentos.

- Onde? Onde estou?

Ao acordar em um lugar diferente ele estranha além do fato de estar só também o fato de estar medicado e bem estar faltando com o decoro oque ele remediou colocando as roupas que lhe foram deixadas curioso ele abre a janela para ver onde estava.

Após constatar mais ou menos onde se encontrava ele decidiu seguir o bom aroma de sopa e ver se podia encontrar seu benfeitor ou benfeitora.

Após andar até o que seria sua saída daquele mundo, Sivirino ponderava sobre para onde iria depois de tudo que acontecera ali. Ele estava bastante perdido e tentava organizar seus pensamentos para ter uma rota mais clara de como conseguiria voltar a ver Rosinha e, então, encontrar-se com Jack. Diante do que se parecia um portal no chão e vendo que todos pareciam entender que deveriam entrar ali, Sivirino apenas seguiu e confiou nos recém conhecidos.

Acordando em um lugar estranho e se vendo bem perto do monge que fazia parte do grupo que acabara de conhecer, Sivirino logo pegara seu chapéu que estava ao chão e, sem demoras, voltava-o para sua cabeça.

- Ucê sabe onde a gente tá? Perguntou ao Monge.

Então, tateava a si mesmo para conferir se tudo estava certo e logo notou que não tinha armas consigo. Tentou procurar ao redor, para caso encontrasse caída perto daquele lugar alguma das adagas que ele já usara em sua aventura.

- Uzotros... será qui eles caíro por aqui tombém? Ele olha ao redor, procurando algum sinal.

Já acostumado ao processo, Ju-Long atravessa a luz e entra no portal, para ir para em outro lugar destoante. E, como de praxe, nota que seus companheiros não estão com ele, com exceção do novo aliado, Sivirino.

Cansado e fatigado, o monge começa a imaginar se aquele lugar não está afetando seu corpo ou se nada mais é do quê consequência das diversas lutas que está tendo sem muito descanso.

-"Não sei que lugar é este, Sivirino, nem sei onde os outros possam estar. Podem estar por aqui ou em outro mundo. Da última vez que passamos por um portal, nos dividimos. Acredito que o mesmo deva ter acontecido novamente. O que me estranha é que estamos juntos... talvez eles também não estejam sozinhos.", respondia ao cangaceiro.

- Tendi... Sivirino pondera. - Vucê parece que já tá acostumado cum isso, achu qui dei sorte di num tê aparecido aqui sozin.

O cangaceiro parece um pouco aliviado por estar ao lado de alguém que parecia saber o que estava fazendo, pois ele mesmo não sabia muito bem o que estava fazendo e várias vezes tudo que estava acontecendo desde que saíra da África apenas lhe parecia um sonho estranho.

- Intão vamo ter qui procurá o pessoá todo puressa mata e tonbem um... portar...portal...né? Tentava entender quais seriam os próximos passos.