Dá pra sentir o cheiro deles de longe, a mensagem corre rápido pra Brendan.
Ele guarda o telefone no bolso e coloca um sorriso no rosto, olha pra eles e tudo que ele sente agora é cheiro de presa, por dentro tava louco de ódio, a vontade era de amassar eles dentro do carro como sardinhas. - Porra vocês vieram animados mesmo, puta merda! - ele se volta pra todos eles – Relaxem carinhas, eu ainda tenho que esperar o dono, podem deixar essas tralhas aí, mas eu podia tomar um goró. - Ele aponta pro cooler. - Chega mais, tem umas cadeiras véia pra sentár lá dentro. - ele dá dois tapinhas nas costas do Gewanter e faz menção de seguir pra dentro. Quando ele entra – Espaço de sobra pra um ringue, uma fileira de sacos de areia, tatame ali – ele dizia andando e apontando pros lugares. Ele se aproxima das mesas de bar e junta elas melhor – Pode deixar aí - ele fala sobre o cooler com os outros caras, e logo que ele se assenta e se serve de qualquer coisa que possa gelar a garganta sem cerimônia. Logo aponta pra câmera de Gewanter. - Que porra é essa aí? Roubou a câmera véia do seu pai foi? - ele diz rindo tentando entender, genuinamente curioso. |
Connor Mcleary
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- Mensagem nº181
Re: Connor Mcleary
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- Mensagem nº182
Re: Connor Mcleary
"Meu hobby. Fazia com a minha avó." Ele diz meio envergonhado. "Vamo então galera! Qual foi essa de não dá pra começar." O garoto tira umas fotos do lugar. "Pra fazer um antes e depois. Vai ficar irado demais." Os olhos brilham. Os garotos posam com as coisas. Com entulho e ferramentas também.
Um dos garotos faz um rápido malabarismo jogando latas de cerveja para os amigos. Esse mesmo pega uma coca cola e senta na mesa.
- Brendan:
- "Eu to ouvindo eles aí. Tá tudo bem? Precisa de ajuda?"
Um dos garotos faz um rápido malabarismo jogando latas de cerveja para os amigos. Esse mesmo pega uma coca cola e senta na mesa.
- Ankou
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- Mensagem nº183
Re: Connor Mcleary
Tá suave carinha! - ele responde sem parecer ligar muito. Ele dá uma golada na cerveja que tinha catado no cooler – É que eu não fechei o contrato ainda, mas tudo bem se vocês tão nessa animação toda, suave, o camarada não vai ligar de ganhar uma mão de tinta nova nessas paredes zoadas. - fala com um sorriso no rosto. Ele olha no celular rápido a mensagem, mas não responde e se foca de volta nos moleques, dá pra sentir o cheiro deles em volta, mas visualmente Connor não faz ideia de onde eles estão. Ele ajuda os moleques a se aprontarem, até dá uma mãozinha, quando ele acha que tá todo mundo relaxado e ocupados demais com suas tarefas ele se aproxima de Gewanter novamente. - Maninho, pega tua máquina lá pra tirar mais umas fotos do lado de fora. - dá pra ver que é uma nítida desculpa pra eles dois saírem que Connor esconde dos demais. Ele acompanha o rapaz até o lado de fora até um dos carros – Mano, cê sabe que pode contar comigo né? Alguns dos seus amigos lá dentro terminou com uma mina não foi? Olha, tem gente falando coisa estranha aí de vocês, coisas estranhas que podem dar merda, algo relacionado com camping. - o rosto de Connor se fecha em seriedade e preocupação genuína, mesmo que a preocupação não fosse com os moleques. - Cara que merda rolou? |
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- Mensagem nº184
Re: Connor Mcleary
Quando ele fala do contrato ele sente imediatamente que perdeu una boa parte deles. O humor muda da água pro vinho. Toda animação diminui pela metade.
Gewanter não pensar duas vezes antes de sair para tirar fotos lá fora. "Isso é bobabem mano. Essas minas querendo atenção." Ele diz com confiança sem pensar. "A mina do cara chamou a gente e a galera fez uma social. Eu tomei um md e aí do nada as minas piraram porque a gatinha perdeu a linha e tava tirando foto com o pau do cara na boca." Ele dá de ombros como quem diz que não entendeu nada. "Quer aparecer na foto? Vai dar um ótimo antes e depois? Sabe que não fabricam mais peças dessa belezinha aqui?" Ele diz olhando a maquina com orgulho.
Gewanter não pensar duas vezes antes de sair para tirar fotos lá fora. "Isso é bobabem mano. Essas minas querendo atenção." Ele diz com confiança sem pensar. "A mina do cara chamou a gente e a galera fez uma social. Eu tomei um md e aí do nada as minas piraram porque a gatinha perdeu a linha e tava tirando foto com o pau do cara na boca." Ele dá de ombros como quem diz que não entendeu nada. "Quer aparecer na foto? Vai dar um ótimo antes e depois? Sabe que não fabricam mais peças dessa belezinha aqui?" Ele diz olhando a maquina com orgulho.
- Ankou
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- Mensagem nº185
Re: Connor Mcleary
Connor se desvia da câmera indo sutilmente até a caminhonete próxima escutando o relato do moleque. - MD?! MD Molly? Michael Douglas? - ele faz um facepalm, não tinha fingimento nenhum ali – Tu sabe que se continuar usando essa bosta e se eu te indicar pra um cara pra te jogar pro profissional tu roda na primeira mijadinha né? - ele cobre o rosto com as mãos. - Cara tu não batizou as paradas pra deixar as minas fáceis não né? - a preocupação genuína na voz, mais por Lina e não pelos moleques. - Cara esse tipo de atenção que elas querem dá um negócio chamado cadeia tá ligado? - ele diz abaixando a câmera de Gewanter de maneira suave, sem arriscar a “preciosidade” dele, mas a voz era mortalmente séria. - Cara, se a mina tava loucaça, essa porra é estupro, e tu não quer isso manchando você, tu luta bem moleque, pode ter um futuro foda na sua frente mano, ter um monte de xereca e grana a dar com pau!!! - Ele diz segurando ele pelos ombros e dando um tranco fazendo o corpo dele todo tremer, só pra dar ênfase de que tava falando sério. Ele dá dois passos pra trás e recosta no carro de novo, a respiração profunda de quem procura uma solução – Cara eu posso tentar ajudar nisso, já tem mais gente sabendo do que quem tava lá, se chegou em mim, chegou em mais gente tá ligado? Meu pai é grande mano. - o papo era típico de playboy filho de papai, Connor nem mentiria que algumas vezes aquilo havia safado ele de algumas confusões. - Ele conhece as pessoas certas, juiz, prefeito, promotor, tu nomeia ele sabe quem é, tem amizade, cara me diz quem é a mina e qual dos seus amigos fez essa merda? - a raiva interna cedia por hora e a preocupação era verdadeira até, Gewanter era só um moleque querendo curtir e Connor era capaz de entender isso, apesar de nunca ter usado drogas ele sabia qual era a exata sensação de se sentir no topo do mundo. |
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- Mensagem nº186
Re: Connor Mcleary
Ele ri da preocupação do outro. O sorriso muito infantil com covinhas. "Mdma. Não é a mesma coisa não, ou é? Sei lá. É o único que eu tomo. Os caras são mais espertos com isso, mas eu só tomo pra curtir. A gente não passa nada pras minas. A gente é brabo. As mina adoram. Essas que surtaram mano. Uma delas perdeu a linha e as outras ficaram doidas." Ele coça a cabeça meio constrangido. "Deixa falarem cara, eu não fiz nada e não obriguei ninguém a nada. Meus manos também não. Eles nunca, nunca, iam fazer uma dessas. Sério." Ele diz com um dedo em riste.
Ele balança a mão como se limpasse o ar. "Tem nada não grandão. Mas se tu me arranjar um treinador bom eu juro que não tomo mais nada. " Ele faz um x com dedos em frente a boca e os beija e depois repete.
Connor vê Brendan. Ele tem uma corrente em um dos braços e anda calmamente para o galpão.
Ele balança a mão como se limpasse o ar. "Tem nada não grandão. Mas se tu me arranjar um treinador bom eu juro que não tomo mais nada. " Ele faz um x com dedos em frente a boca e os beija e depois repete.
Connor vê Brendan. Ele tem uma corrente em um dos braços e anda calmamente para o galpão.
- Ankou
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- Mensagem nº187
Re: Connor Mcleary
Connor escuta o moleque e ele já não é mais o alvo da raiva, dava pra sentir o quão perdido ele tava, ele bate a mão de leve em um dos ombros do garoto – Olha eu acredito que você acredita neles, e acredito que tu não fez nada. Ele meneia em positivo como se compreendesse e a mão sobre o ombro se aperta um pouco – Eu te arranjo um treinador top de linha, talvez até meu pai, mas tem que largar esse lixo, ok? - ele diz sério enquanto olha Brendan passar. - Agora se você me dá alguma moral, entra no carro e vai pra casa, seus parceiros cagaram no parquinho de gente mais braba que eles. - ele não faz questão nenhuma de esconder do moleque que ele segue Brendan com os olhos. - Casa! - aponta pro carro, a voz firme e cheia de urgência, o olhar arregalado e cheio de violência ele só enfia a mão no bolso e aloca o soco inglês entre os dedos e segue em direção a porta pra onde Brendan se encaminha. A pergunta vem seca e direta pouco antes dele adentrar. - É ela nas fotos? - ele pergunta, mas não para nem um segundo. |
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- Mensagem nº188
Re: Connor Mcleary
O garoto entra no carro e tremendo e arranca. As pessoas lá dentro olham para a porta grande do galpão. Lá de dentro eles veriam o carro sair. Eles viam Brendan aparecer na entrada e Connor ao seu lado. "As fotos não são nada. Um monte de porcaria inútil." Ele ainda está sério como a morte. "Eu falei com a Lina de novo." Dá para ouvir a ponta da corrente bater no chão. Sentir o cheiro da poeira que ela levanta. "Tem mais gente aqui do que precisa."
Os urathas ouvem o burburinho lá dentro. Connor sente a desaprovação do primo. As coisas estão mais complicadas que ele esperava. Ele move os ombros em circulos. Um passo para dentro. O barulho da porta do fundo sendo tentada. "Que isso cara?" Era um dos mais velhos, um exemplo para os outros. Brendan inesperadamente move o braço da corrente. Um bote como uma cobra. O estalo faz um barulho alto e metalico. Cheiro de sangue no ar.
Os urathas ouvem o burburinho lá dentro. Connor sente a desaprovação do primo. As coisas estão mais complicadas que ele esperava. Ele move os ombros em circulos. Um passo para dentro. O barulho da porta do fundo sendo tentada. "Que isso cara?" Era um dos mais velhos, um exemplo para os outros. Brendan inesperadamente move o braço da corrente. Um bote como uma cobra. O estalo faz um barulho alto e metalico. Cheiro de sangue no ar.
- Ankou
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- Mensagem nº189
Re: Connor Mcleary
Connor segue o passo – Pelo visto dessa vez ela falou… - a face era nítida de descontentamento, seria tudo tão mais fácil se ela tivesse falado desde o começo. Ele faz um bico mas nem olha pra Brendan - Foi tu que falou pra reunir o bonde. - ele deixa Brendan ir na frente, pelo visto ele já sabia quem era o alvo, era bem provável que os moleque haviam comentado alguma coisa relacionada. Ele para diante dos moleques, entre eles e Brendan – Aí, não tem nada pra cêis verem aqui, o cuzão zuou com a irmã dele ele só veio cobrar a dívida em dente, melhor ir embora antes que ele fique bravo e comece a atirar, não to afim de matar ninguém hoje. – O pior era ver que não havia nada pra duvidar dele ali, a voz calma e o olhar digno de um assassino que sabia o que tava falando, ele mantinha os olhos nos moleques e fazia uma parede entre eles e Brendan. Eles podiam ir embora se quisessem. – Ele fica de olho entre Brendan e os moleques e vigia o que acha dentro limite, tinha que lembrar que o corpo do cara era humano, ele queria ver aquele cara enforcado tanto quanto o primo, e nem ia ligar dele arrancar uns dentes, mas o juramento pesava, aquilo tava abaixo deles, e doía admitir que não ia poder fazer nada mais pela prima mesmo que quisesse. Ele mete a mão no corpo do cara quando sente ele mole e indefeso e puxa ele pra longe – Já chega cara! - A Voz era urgente, mas não imperativa. Ele empurra a porta e a lixeira grande do outro lado tomba devido a falta de rodas, ele taca o moleque quebrado de qualquer maneira pros amigos, parecia uma boneca de pano – Melhor levar ele pro hospital antes que ele morra. - Nem sabia se era verdade, mas o monte de sangue corroborava, era bom pra bater um desespero urgente de salvar a vida do amigo do que pensar em vingança naquele instante. Ele segura Brendan pelo terno de maneira nada gentil e puxa ele pra fora pela porta sem trinco, a bicuda forte na porta é intencional pra fazer ela se amassar e emperrar. - Essa bosta tá abaixo da gente, é a lei. - Olhar dele pro primo é mortalmente sério, mas dá pra ver o desgosto estampado no rosto dele por estar fazendo aquilo, que ele era obrigado a considerar aquele traste tão gente quanto o resto. - O filho da puta batizou a bebida das meninas e ela chupou o cara não foi? - a pergunta era quase retórica, o sentimento de raiva não era diferente de Brendan, Lina era o mais próximo de uma irmã que Connor nunca teve. Sendo ela a boqueteira ou não a situação que aqueles caras tinham enfiado ela era enlouquecedora de qualquer forma. |
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Antediluviano - Mensagens : 3112
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- Mensagem nº190
Re: Connor Mcleary
O primeiro cara que Brendan acertou cai no chão com a mão no rosto. Vermelho de sangue escorrendo entre os dedos. O garoto grita sem reagir. Os outros se afastam dele. Nervosos. Ouvindo Connor. Um deles corre sozinho. Você ouve outros pés começando a mesma coisa. A corrente de Brendan acerta o primeiro corredor e os outros gritam e tentam todas as saídas. As mãos puxando tábuas das janelas. Um deles quica contra a porta bloqueada. Eles gritam mais alto. Um dos garotos tenta passar e ele não impede.
Um deles cai de joelhos quando Brendan dá um passo a frente. Ele nem olha pra Connor. O gigante nem está ali. "Por favor... Por favor cara... não fiz nada. Não sei do que vocês tã..." O som de ossos partindo enche o galpão. Mais deles passam correndo desesperados. Um deles parece derreter contra a porta bloqueada nos fundos. Chorando. Batendo as mãos na porta. Ele grita e é algo que pena. Mas Brendan não consegue nem ver esse cara. Ele pega o primeiro deles e o joga em cima da mesa. O cara tinha tentado fugir tenta de novo, mas Brendan o arrasta pelo pé. Os dedos dele raspando o chão até a sangrar. Ele grita de novo e o pânico fica ainda mais alto. Brendan joga esse contra uma das pilastras e o prende com a corrente. O cara grita e se debate, mas é inútil.
O último dos três não resiste nem um pouco. Ele fica parado onde está. Ele não reage quando Brendan o arrasta para o lado do cara preso. Alguma coisa dentro dele quebrou.
"Você pode ir Connor. Obrigado, mas eu cuido do resto." A voz dele é perfeitamente calma e nivelada. Fria como o coração do inverno.
Um deles cai de joelhos quando Brendan dá um passo a frente. Ele nem olha pra Connor. O gigante nem está ali. "Por favor... Por favor cara... não fiz nada. Não sei do que vocês tã..." O som de ossos partindo enche o galpão. Mais deles passam correndo desesperados. Um deles parece derreter contra a porta bloqueada nos fundos. Chorando. Batendo as mãos na porta. Ele grita e é algo que pena. Mas Brendan não consegue nem ver esse cara. Ele pega o primeiro deles e o joga em cima da mesa. O cara tinha tentado fugir tenta de novo, mas Brendan o arrasta pelo pé. Os dedos dele raspando o chão até a sangrar. Ele grita de novo e o pânico fica ainda mais alto. Brendan joga esse contra uma das pilastras e o prende com a corrente. O cara grita e se debate, mas é inútil.
O último dos três não resiste nem um pouco. Ele fica parado onde está. Ele não reage quando Brendan o arrasta para o lado do cara preso. Alguma coisa dentro dele quebrou.
"Você pode ir Connor. Obrigado, mas eu cuido do resto." A voz dele é perfeitamente calma e nivelada. Fria como o coração do inverno.
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- Mensagem nº191
Re: Connor Mcleary
Connor fica olhando o circo pegar fogo como se nem fosse com ele, até abria um sorriso de canto de vez enquando, mas dá pra ver a preocupação crescente nele conforme os ossos vão se partindo. - Pirou caralho!? - Ele segura o primo pelo braço da corrente e um dos ombros, a força tão brutal que parece que ele vai arrancar Brendan do chão, o olhar de preocupação se transforma numa carranca conforme o primo grita com ele. - É, ela é meu sangue também cara, eu também to puto, podia ser eu amassando esses caras, mas não! - a voz perde força e ganha um tom de indignação. - Todo mundo responde pela lei... - Ele solta o primo e bate as mãos nele duas ou três vezes desamassando o terno. - Tá certo cê é grandinho. Ele anda passando por um dos carinhas que ainda tão com o rosto inteiro, o soco mirado nos dentes da frente fazem um buraco conforme o aço do soco inglês trespassa a linha da boca, dá pra ouvir o maxilar se deslocando, ele nem balança a mão, mas dá pra ver pedaço de dente agarrado em um dos dedos dele, perfurando a pele. Ele joga o soco inglês pra dentro do bolso da jaqueta e balança a mão e o pedaço de dente sai voando quicando no chão, ele acelera o passo e larga aquilo pra trás. Ele se aproxima do carro e liga o som alto,
Não tava afim de ouvir o que Brendan ia fazer lá dentro, enfia a mão no outro bolso da jaqueta e puxa o celular, as fotos incriminadoras todas vão parar no telefone de Silvia, logo depois o endereço do Gewanter, modelo e cor do carro dele.
O último envio é uma foto do próprio Gewanter. A verdade é que se sentia traído de alguma forma, mesmo que fosse ele fingindo uma amizade, não tinha cheiro de Lina em nenhum deles, só tinha um alvo agora. Não importava se Brendan havia ou não mentido pra ele sobre as fotos, não importava que ele quisesse jogar os corpos daqueles moleques todos numa vala comum, a única coisa que importava agora era fazer o certo, ele sabia que não poderia impedir Brendan de caçar eles até o inferno, mas ele próprio podia escolher não fazer. Ele entra no carro e sai a toda em direção a reserva, era melhor lutar contra os impulsos de violência num canto onde ninguém inocente pudesse se machucar, se havia alguma coisa que aliviava era o fato de que Lina provavelmente não seria exposta, mas agora ele só queria correr e caçar alguma coisa, alguma coisa que não fosse aqueles moleques pra desanuviar a cabeça e talvez mais tarde passar quase o resto da noite socando sacos de areia na academia do pai. |
- Wordspinner
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- Mensagem nº192
Re: Connor Mcleary
O barulho do mar é quase calmante. Mas mesmo assim as mãos tremem de nervoso. Sem ninguém pra ver ele é muito mais frágil. Ele sentia o Caminhante se afastar. Ele sabia que o Caminhante entendia o medo. O rádio parece enlouquecer por um instante. As luzes dançam e ele apita chia. Connor pode jura que a coisa tá rindo dele. Então a própria voz Sai do rádio e seu reflexo no espelho retrovisor olha para ele com malicia. "Um porquinho foi passear, um porquinho fugiu com medo... Testam três..." O reflexo mostra três dedos e os arrancar fora com uma mordida. O som dos ossos partindo deveria ser nauseante, mas ele só consegue imaginar o gosto delicioso que aquilo devia ter. Mesmo vendo lascas de osso varando a pele ele fica com água na boca.
--
Cada segundo antes da barca partir tinha sido uma agonia. O polido segurança da barca puxando conversa quase foi demais. Ele tinha dois cadáveres no porta malas e agora tava com as costas todas suadas.
O ar era frio ali, e mesmo vendo as luzes do porto novo o lugar tinha um jeito de abandonado. Todos dias centenas, talvez milhares de pessoas passavam ali e o lugar parecia prestes a ser largado as moscas.
Foi alívio enorme ver a cidade se afastar, em cada movimento ele via seus companheiros. Um homem chegando sorridente tinha sido Axel um instante antes. Alguém trombou com ele por trás e antes da pessoa pedir desculpas ele já tinha imaginado a faca que entregou para Edgar na nunca. Alguém gritou uma obscenidade para um amigo e a voz desse cara era igual a do Francis até Connor olhar o sujeito. O movimento sob os pés era um balsamo para uma alma em chamas.
--
Cada segundo antes da barca partir tinha sido uma agonia. O polido segurança da barca puxando conversa quase foi demais. Ele tinha dois cadáveres no porta malas e agora tava com as costas todas suadas.
O ar era frio ali, e mesmo vendo as luzes do porto novo o lugar tinha um jeito de abandonado. Todos dias centenas, talvez milhares de pessoas passavam ali e o lugar parecia prestes a ser largado as moscas.
Foi alívio enorme ver a cidade se afastar, em cada movimento ele via seus companheiros. Um homem chegando sorridente tinha sido Axel um instante antes. Alguém trombou com ele por trás e antes da pessoa pedir desculpas ele já tinha imaginado a faca que entregou para Edgar na nunca. Alguém gritou uma obscenidade para um amigo e a voz desse cara era igual a do Francis até Connor olhar o sujeito. O movimento sob os pés era um balsamo para uma alma em chamas.
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- Mensagem nº193
Re: Connor Mcleary
A boca salivava em lembrar do gosto da carne uratha, mesmo que ele visse ele mesmo comendo os próprios dedos. Era impossível lutar contra ele mesmo, mas a coisa estava lá olhando pra ele de alguma forma de dentro dele. A voz que saía do rádio era no mínimo um mímico enervante zombando da própria natureza dele, tentando ele aos desejos mais profundos e carnais dos urathas, ele tem vontade de socar o outro eu do espelho, mas nem sabe mais se é ele mesmo ou outra coisa. Ele olha pros próprios dedos, mas eles ainda estavam lá. -- Voltar a sentir medo em sua totalidade era terrível, ao mesmo tempo uma bênção preventiva, ontem ele era só um muleque que corria muito rápido e dava coordenadas táticas no time, agora era um cara carregando dois presuntos no porta mala com um guarda tentando puxar conversa, era mais fácil desconversar e fingir que tinha sono. A paranoia incessante, sentia que eles iam sair de cada sombra pra terminar o que talvez deveriam ter começado, mas tinha algo pior ainda, de encontrar todos eles mortos, de tomar conta de si enquanto devora o próprio filho da barriga da mãe. Tinha arriscado demais, se arriscado demais, agora a moleza tinha acabado, só restava caçar e sobreviver. A hora em que ele parte com o carro da balsa é pior ainda, puros - Malditos Ashenga. - ele murmura. Imaginava que a melhor rota era exatamente evitar as terras que eram da família se o outro tio avô era um traidor tinha certeza que eles estavam confortáveis demais por lá, torcia pela mãe cair matando e salvar os “primos”, mas infelizmente sabia que não podia estar lá. Ele pega a estrada principal sem rodeios e acelera o máximo que pode, queria estar longe dali o mais rápido possível o mais longe de Sparhall que pudesse. |
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- Mensagem nº194
Re: Connor Mcleary
Ele acorda com uma pancada. O coração acelerando batendo mais forte. Ele não sabe porque está ali. Que porra era aquela?... O carro. Ele estava no carro. O carro tava balançando. Era o mar. Ele sente o corpo se acalmar. Ele lembra o de está e porque.
Bam! Uma batidas mais forte que sacode o carro vinda do banco trazeiro. Ele olha. Nada. Ouve outra vez. Alguma coisa se agita na caçamba.
Connor abre a porta do carro ouvindo o apito alto da barca. Um casal de braços dados passa por ele quase o atropelando em seu desejo um do outro. O uratha ouve outra batida, algo arranhando lá dentro. Uma voz. Impossível. Ele abre a caçamba e puxa a bolsa grande com os vampiros. Nenhum movimento. Só o cheiro de morte velha e seca. O barulho do ziper abrindo quando ele puxa parece encher o mundo. Aquele barulho suga todos os outros. Os dois estão do jeito que ele deixou, imóveis. Mas não. Eles abrem os olhos. Os dois juntos.
"Eí parceiro, que tal um lanchinho?" O sorriso afiado com caninos pontudos sobre os lábios finos. "É, por favor, não vai custar nada..." A voz dela era sedutora. Algo melodioso e quente. "Por favor..." Aquilo fazia o corpo dele vibrar.
Click, ele ouve atrás dele. "Que porra... Mãos pra cima. Sem movimentos bruscos. Acabou. Mãos na cabeça." Ele reconhece a voz do segurança. Reconhece medo nela e a luta para manter o controle e a calma.
Bam! Uma batidas mais forte que sacode o carro vinda do banco trazeiro. Ele olha. Nada. Ouve outra vez. Alguma coisa se agita na caçamba.
Connor abre a porta do carro ouvindo o apito alto da barca. Um casal de braços dados passa por ele quase o atropelando em seu desejo um do outro. O uratha ouve outra batida, algo arranhando lá dentro. Uma voz. Impossível. Ele abre a caçamba e puxa a bolsa grande com os vampiros. Nenhum movimento. Só o cheiro de morte velha e seca. O barulho do ziper abrindo quando ele puxa parece encher o mundo. Aquele barulho suga todos os outros. Os dois estão do jeito que ele deixou, imóveis. Mas não. Eles abrem os olhos. Os dois juntos.
"Eí parceiro, que tal um lanchinho?" O sorriso afiado com caninos pontudos sobre os lábios finos. "É, por favor, não vai custar nada..." A voz dela era sedutora. Algo melodioso e quente. "Por favor..." Aquilo fazia o corpo dele vibrar.
Click, ele ouve atrás dele. "Que porra... Mãos pra cima. Sem movimentos bruscos. Acabou. Mãos na cabeça." Ele reconhece a voz do segurança. Reconhece medo nela e a luta para manter o controle e a calma.
- Ankou
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- Mensagem nº195
Re: Connor Mcleary
O susto foi maior do que a seriedade da situação quando ele finalmente vê que os corpos parecem “intactos” e imóveis. O casal passa por ele e a reação é reflexa - Vão pra um quarto vocês! - a voz sai mostrando desagrado devido ao nervosismo. A porta bate ele para e respira buscando calma, não por muito tempo. Sorriso e caninos afiados, não sabia se eram um par de lambe-lambe ou se estavam a falar de outra coisa, mas definitivamente o guarda armado dizendo pra por as mãos pra cima não é bom sinal, por um momento ele achou que aquele cara pudesse ter um olho biônico ou algo do tipo e quase ele levantou as mão a cabeça. Os movimentos são devagar e calculados, a mão entra no bolso os dedos se encaixando no soco inglês, aquilo já havia virado um hábito, ele se vira sem movimentos bruscos tentando observar melhor o que pode da situação. |
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- Mensagem nº196
Re: Connor Mcleary
Ele se vira lentamente de costas para os vampiros nas bolsas. O guarda da balsa com uma arma de choque na mão. Ele ouve os dois estalando as línguas atrás dele. O guarda parece nervoso, mas a voz é bem nivelada. Firme e grave. Familiar. Completamente diferente de um segundo antes. "Para onde você tá indo garoto?" A arma nem tá apontada para ele, ela tá na altura da cintura apontada para o chão. Connor continua ouvindo as vozes vindo das bolsas na caçamba. Os cadáveres cochichando. Não era para eles estarem paralisados?
"Garoto, tá escondendo alguma coisa? É a melhor hora de..." Outra vez a batida que sacode tudo.
--
Ele acorda com uma pancada. O coração acelerado batendo mais forte. Ele sabe exatamente porque está ali. Porra de sonho idiota. No retrovisor ele consegue ver o casal encostado no carro dele. A única coisa que impede ele de ir lá arrancar os dois idiotas apaixonados é que eles saem sozinhos. Mesmo assim ele levanta e checa a caçamba. Olha antes de abrir as bolsas. Nem sinal do guarda. Dentro das bolsas o casal ainda imóvel. Dessa vez, imóveis mesmo.
--
O telefone toca antes mesmo de a balsa conectar com o porto. Número desconhecido.
"Garoto, tá escondendo alguma coisa? É a melhor hora de..." Outra vez a batida que sacode tudo.
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Ele acorda com uma pancada. O coração acelerado batendo mais forte. Ele sabe exatamente porque está ali. Porra de sonho idiota. No retrovisor ele consegue ver o casal encostado no carro dele. A única coisa que impede ele de ir lá arrancar os dois idiotas apaixonados é que eles saem sozinhos. Mesmo assim ele levanta e checa a caçamba. Olha antes de abrir as bolsas. Nem sinal do guarda. Dentro das bolsas o casal ainda imóvel. Dessa vez, imóveis mesmo.
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O telefone toca antes mesmo de a balsa conectar com o porto. Número desconhecido.
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- Mensagem nº197
Re: Connor Mcleary
Os olhos se arregalam quando ele acorda, o rosnado vem na garganta num ato reflexo, ele olha o casal se descolando do carro, o pesadelo real demais, ele coça o rosto tentando ficar mais alerta. A bolsa imóvel, dessa vez ele não olha, mas o cheiro de morte velha continua lá. Ele sai do carro e recosta do lado de fora querendo tomar um ar fresco, ali era muito melhor que quase em todos os lugares da cidade. Tinha abandonado o café, mas daria tudo pra ter um agora. Ele tira o telefone do bolso, vibrando, número desconhecido não era agradável, ainda assim ele decide atender, mas não fala nada. |
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- Mensagem nº198
Re: Connor Mcleary
"Hola amigo! Dizem por aí que cê tá me trazendo um carregamento de picolé de morango, Isso bate?" A voz animada e rápida carregada de um sotaque londrino fica esperando uma resposta. "Então tá. Eu vou tá te esperando, mas diz aí, onde tu chega? Que o coração do império não é pra amadores e nem pra carregadores de picolé. Outra, os primos tão quietos lá também? Aqui os caras se enfiaram no chão..." A voz para de falar com ele e fala com outra pessoa no local.
Connor se mantém em silêncio absoluto, na real nem tinha vontade de conversar com ninguém, mas precisava resolver aquilo. - É… Me diz o melhor caminho picolé vai estar lá. - era melhor deixar a ideia de como iam fazer as coisas com quem realmente conhecia o lugar.
Connor se mantém em silêncio absoluto, na real nem tinha vontade de conversar com ninguém, mas precisava resolver aquilo. - É… Me diz o melhor caminho picolé vai estar lá. - era melhor deixar a ideia de como iam fazer as coisas com quem realmente conhecia o lugar.
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- Mensagem nº199
Re: Connor Mcleary
Diálogo ao telefone: Connor se mantém em silêncio absoluto, na real nem tinha vontade de conversar com ninguém, mas precisava resolver aquilo. - É… Me diz o melhor caminho, picolé vai estar lá. - era melhor deixar a ideia de como iam fazer as coisas com quem realmente conhecia o lugar. -- Certo, o jeito certo de chegar é ficando longe do Tâmisa. Dá seu jeito. - Mais barulho do outro lado. - Consegue chegar na Old Bailey? -- - Ficar longe do Tamisa, não parece um problema. - Ele para um tempo pensativo. - Não é que eu não conheça o lugar, só não sei o melhor caminho, sigo o GPS? Tamo falando do tribunal certo? -- - Já sabe usar o Google Maps então? Boa, não para em nenhum bar e os irlandeses tão na mão do inimigo. Cuidado com drogas. Cuidado com os primos. Melhor não rodar a pé e fica longe do Big Ben se for turista. -- Não fazia ideia do que eram os primos, Puros talvez? O impulso de dizer “Não uso essa merda” veio na cabeça na hora que o cara mencionou as drogas, mas tinha acabado de fumar baseados pouco tempo atrás, tava se sentindo derrotado. - Certo. - Na voz animação nenhuma. - Você tem nome? -- - Tenho. Você também deve ter. Mas diz aí, os picolés tão armazenados como caixa de isopor? Ferro? Pino de madeira? -- - Rá. - a risada curta não era de agrado nenhum - Tu é do tipo que faz piada, tá certo. - Ele pigarreia - Pino de madeira e em malas de viagem, nem queira saber o que eu tive de fazer pra eles caberem lá. - a voz sai baixa daquela vez pra qualquer curioso não ouvir. -- Espero que não estejam fora da validade. Cê que fez? Frutas selvagens? Comprou no mercado? Tem procedência? - Ele não parece estar falando sério. -- - É eu que fiz, nem apodrece é tipo jerky, validade infinita - ele se move pra onde não tem absolutamente ninguém, mas não perde o olho do carro. A conversa parecia ser feita em código, nem tinha problema em jogar aquele jogo. -- - Ótimo, sabe se as sementes que você usou vieram daqui? Isso faz diferença na qualidade do produto. Cuidado com o que fala na cidade e não dá um passo mais perto do Tâmisa do que a entrada da Old Bailey. - Ele grita com alguém em espanhol ou francês. -- - Não, o produto é local, é o que tem, aproveita que tá acabando, o barraco pegou fogo, não sobrou muito. - No fim a verdade era que o sujeito tinha de alguma forma levantado o humor. - Relaxa. - Ele diz olhando o relógio. - Vou tá na Old Bailey em seis ou sete horas se o GPS ajudar. - Ele não tem mais nada pra falar ou vontade de continuar aquela conversa, ele fica calado esperando pra ver se o sujeito ainda tinha algo a comunicar senão encerraria a ligação. -- - Se chegar pelo lado errado não tenta cruzar o Tamisa. Tá marcado. - Ele desliga sem cerimonias. -- Não fazia ideia do motivo pelo qual ele menciona tanto o Tâmisa, estavam em guerra com os puros? Vampiros? Os dois? - Caralho mano onde eu fui amarrar meu buro. - ele resmunga pra ele mesmo e perde os próximos minutos traçando o caminho certo no GPS pra ter certeza de que chegaria no lado certo e não cruzasse a porcaria do rio. |
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- Mensagem nº200
Re: Connor Mcleary
A travessia termina do lado certo e o cheiro da cidade é tão diferente. Ainda faltavam horas para chegar a Londres, um monte delas. Ele olha o gps e traça um caminho que fique longe do rio e não precise cruzá-lo nenhuma vez. Ele ter que esquivar do melhor caminho possível e pegar umas estradas auxiliares. "Boa viagem!" O guarda diz dando um tapinha no capô e seguindo para o próximo carro. Ele era igual ao guarda do sonho. Exatamente igual.
--
O motor arrasta ele pelas estradas escuras. Ele tinha deixado a cidade para trás de novo e agora tinha que desviar do Tâmisa pela primeira vez. O tanque estava cheio e ele não precisou parar para nada. Ele passava direto de cada posto ou loja de conveniência. Mas o corpo e a mente eram cobrados por isso. O sono e o estresse o puxando em direções diferentes. Ele não era nada nenhum soldado durão sobrevivente. Ele era porra de garoto que nem terminou a faculdade e já tava com o mundo sendo jogado nas costas. A buzina o assusta, ele nem tinha notado o carro colar na traseira dele. Outra buzinada longa e o desgraçado passa direto pelo lado. Connor estava quase no meio da estrada. Pelo menos ele sabia dirigir de verdade.
--
Quando ele finalmente chega em Londres ele está pronto para capotar e morrendo de fome. Devorando tudo que tinha trazido para comer. O carro cheio dos pacotes abertos. O corpo cobrava um preço bem direto. Mas a mente?
Ele mete o pé no freio com tudo. Sente o carro derrapar. O cheiro de borracha queimada é forte e invasivo. A mulher toda enrolada em trapos com um carrinho de mercado ainda xinga ele. Devia ter atropelado. O carro parrado e morto. Ele religa a maquina e deixa o coração voltar para o lugar, mas a doida suja vem na direção dele com uma bengala cheia de fita. Um olhar doido no rosto velho e malcuidado. Ele acelera deixando a mulher para trás gritando.
A porra do cheiro parecia colado no nariz dele. Ele abre as janelas deixando o frio da manhã entrar. Sim, o sol já tinha nascido. Mas ainda não estava quente. Na verdade tudo cheirava a fumaça ali. Uma nevoa cinza com a fumaça da cidade. Um avião enorme sai de um bloco muito espesso de 'smog' e parece brotar no ar. Ele continua o caminho até o ponto de encontro. Um monte de bicicletas. O transito mais intenso e irritante do que em Dover. Xingam ele de novo. Um quarta manda ele reduzir e aponta uma placa com um limite ridículo de velocidade.
Um taxista quase arranca o retrovisor dele e ainda reclama e buzina. O desgraçado nem fala inglês. É um eufemismo dizer que ele ficou satisfeito quando conseguiu estacionar e esperar. O volante já tinha marcas da mão dele. As mãos doíam com a tensão. Ele tira suor da testa. Se ao menos fosse só o transito e o caos e as regras que ninguém contou para ele. Mas ele estava sozinho de verdade agora. Sozinho. Sozinho na porra desse lugar louco esperando lobisomens chegarem até ele. Puros poderiam aparecer antes.
--
Algo diferente tinha feito ele sentir o sangue gelar. Não esquentar. Gelar. Quatro caras bem menores que ele, todos um tanto parecidos com Franco. O mesmo jeito de andar. Mas eles tinham algo como os urathas se moviam como uma unidade. Um deles brincava com uma faca. Outro tinha um soco inglês na mão. Os outros dois tinham uma garrafa vazia e um taco de beiseball. Mas eles nunca chegam até o carro. Eles param na esquina olhando ele. Encarando com uma mistura de casualidade e ameaça. Ameaça o bastante para fazer ele suar de novo.
"Relaxa, eles não passam dali." A voz era conhecida, a voz do telefone. Ou quase. "Fala aí C, tamo junto? Bora pra um lugar mais calmo fechar um acordo?" A voz tinha um sotaque londrino forte. O corpo já não parecia pertencer a ela. Era um homem negro, tão negro quanto se podia ser. Barba espessa e chapéu. Vestido de preto e verde com um casaco. "Me dá uma carona? Já falei pra não ligar pros caras. Eu sei que eles dão medo. Mas vão ficar por lá." Ele dá o dedo para eles com uma carranca no rosto. Ele também não fica tranquilo com os caras ali.
--
O motor arrasta ele pelas estradas escuras. Ele tinha deixado a cidade para trás de novo e agora tinha que desviar do Tâmisa pela primeira vez. O tanque estava cheio e ele não precisou parar para nada. Ele passava direto de cada posto ou loja de conveniência. Mas o corpo e a mente eram cobrados por isso. O sono e o estresse o puxando em direções diferentes. Ele não era nada nenhum soldado durão sobrevivente. Ele era porra de garoto que nem terminou a faculdade e já tava com o mundo sendo jogado nas costas. A buzina o assusta, ele nem tinha notado o carro colar na traseira dele. Outra buzinada longa e o desgraçado passa direto pelo lado. Connor estava quase no meio da estrada. Pelo menos ele sabia dirigir de verdade.
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Quando ele finalmente chega em Londres ele está pronto para capotar e morrendo de fome. Devorando tudo que tinha trazido para comer. O carro cheio dos pacotes abertos. O corpo cobrava um preço bem direto. Mas a mente?
Ele mete o pé no freio com tudo. Sente o carro derrapar. O cheiro de borracha queimada é forte e invasivo. A mulher toda enrolada em trapos com um carrinho de mercado ainda xinga ele. Devia ter atropelado. O carro parrado e morto. Ele religa a maquina e deixa o coração voltar para o lugar, mas a doida suja vem na direção dele com uma bengala cheia de fita. Um olhar doido no rosto velho e malcuidado. Ele acelera deixando a mulher para trás gritando.
A porra do cheiro parecia colado no nariz dele. Ele abre as janelas deixando o frio da manhã entrar. Sim, o sol já tinha nascido. Mas ainda não estava quente. Na verdade tudo cheirava a fumaça ali. Uma nevoa cinza com a fumaça da cidade. Um avião enorme sai de um bloco muito espesso de 'smog' e parece brotar no ar. Ele continua o caminho até o ponto de encontro. Um monte de bicicletas. O transito mais intenso e irritante do que em Dover. Xingam ele de novo. Um quarta manda ele reduzir e aponta uma placa com um limite ridículo de velocidade.
Um taxista quase arranca o retrovisor dele e ainda reclama e buzina. O desgraçado nem fala inglês. É um eufemismo dizer que ele ficou satisfeito quando conseguiu estacionar e esperar. O volante já tinha marcas da mão dele. As mãos doíam com a tensão. Ele tira suor da testa. Se ao menos fosse só o transito e o caos e as regras que ninguém contou para ele. Mas ele estava sozinho de verdade agora. Sozinho. Sozinho na porra desse lugar louco esperando lobisomens chegarem até ele. Puros poderiam aparecer antes.
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Algo diferente tinha feito ele sentir o sangue gelar. Não esquentar. Gelar. Quatro caras bem menores que ele, todos um tanto parecidos com Franco. O mesmo jeito de andar. Mas eles tinham algo como os urathas se moviam como uma unidade. Um deles brincava com uma faca. Outro tinha um soco inglês na mão. Os outros dois tinham uma garrafa vazia e um taco de beiseball. Mas eles nunca chegam até o carro. Eles param na esquina olhando ele. Encarando com uma mistura de casualidade e ameaça. Ameaça o bastante para fazer ele suar de novo.
"Relaxa, eles não passam dali." A voz era conhecida, a voz do telefone. Ou quase. "Fala aí C, tamo junto? Bora pra um lugar mais calmo fechar um acordo?" A voz tinha um sotaque londrino forte. O corpo já não parecia pertencer a ela. Era um homem negro, tão negro quanto se podia ser. Barba espessa e chapéu. Vestido de preto e verde com um casaco. "Me dá uma carona? Já falei pra não ligar pros caras. Eu sei que eles dão medo. Mas vão ficar por lá." Ele dá o dedo para eles com uma carranca no rosto. Ele também não fica tranquilo com os caras ali.