-Bem, espero que sejam boas noticias mesmo...pelo andar da carruagem... E o senhor sabe que minha área de atuação é o estudo da magia, é uma obsessão que tenho aprender mais e quem sabe redescobri-la, há alguma palestra sobre esse tema?
O arquimeistre abanou a cabeça, dizendo:
- Esse é seu maior defeito, Asdulfor, esse campo de pesquisa. A magia é algo mítico e totalmente teórico, sem aplicações práticas, e por isso mesmo é uma área que sofre muito preconceito. Certamente ainda há alguns meistres que se interessam por isso, mas nenhum deles arriscaria sua reputação fazendo uma palestra sobre magia, ainda mais sem nenhum fato concreto novo.
{quote]-Enfim, mas mudando um pouco de assunto Arquimesitre Arryck, há boatos sobre um grande cavaleiro que poucos conhecem, mas que dizem ser muito habilidoso. Como o senhor sabe, eu fui um soldado antes de me juntar a ordem e essa chama de combates ainda me envolve com alegria e animação, não mais para mim, pois não tenho mais condições, mas pelos outros, pelos jovens. O seu nome, salvo engano...é o... Não lembro seu nome, apenas o que talvez seja um título, O Cavaleiro Raposa... Ouviu algo sobre ele, estou curiosos para vê-lo em ação...[/quote]
Um sorriso discreto surgiu no rosto do arquimeistre e ele passou a falar:
- Ah, genealogia, hierarquia, heráldica, campos muito úteis do conhecimento, Asdulfor! Você faria bem em aprofundar-se nisso... Agora, vejamos... Cavaleiro Raposa... É comum que cavaleiros adotem animais como seus símbolos e seus apelidos também... Um exemplo atual bem conhecido é Sôr Sandor Clegane, cognominado Cão de Caça... Nos transcorrer das gerações, não é incomum que um cavaleiro repita o animal de outro cavaleiro de tempos passados... Pode ter havido outros cavaleiros com o símbolo de raposa em outras geraçõs, e talvez até haja dois cavaleiros contemporâneos usando o mesmo símbolo ao mesmo tempo, mas isso seria muito desonroso se um soubesse do outro... na verdade, há relatos de duelos de cavaleiros disputando a honra de usar o mesmo símbolo... Mas é claro que você está interessado no indivíduo mais recente a se chamar de Cavaleiro Raposa... Se me recordo corretamente, foi um cavaleiro que servia sob Aegon II Targaryen, que ficou conhecido como o Rei Louco... Acredito que o verdadeiro nome dele era Clayton Archay... não era de origem nobre, mas ficou bem conhecido como um guerreiro valoroso e bastante leal... Diferente da maioria dos defensores dos Targaryen, ele não dobrou o joelho após o saque de Porto Real e o regicídio... Isso fez com que ele se tornasse um fora-da-lei... Não me lembro de nenhum registro dele depois disso... Mas se quiser posso dar uma olhada nos arquivos, ou, melhor ainda, você mesmo pode verificar os registros aqui de Porto Real e também os de Vilavelha.
ARTHUR
Bem, por este preço gostaria que fizesse minha arma para participar da Justa e reforçar a armadura do meu cavalo, e com esse trabalho avaliarei o seu trabalho. Até lá o preço está acertado e começa a ser pago amanhã, visto o adiantado da hora e o tempo que levará para se instalar. Sua filha já pode ficar conosco. Agora tenho obrigações a cuidar e com certeza o senhor tem providências a tomar, tenha um bom dia.
O ferreiro Brazier ainda redarguiu mais uma vez:
- Perdão, milorde, mas quando diz a sua arma para participar das justas, está se referindo a uma espada? Pois as lanças de justa são feitas de madeira, não são parte do meu ofício. Sobre a armadura de seu cavalo, é claro que posso fazê-la, mas o senhor precisa estar ciente de que quanto mais pesada for a armadura, mais lento seu cavalo ficará. Tenho alguma experiência nesse caso, e posso lhe afirmar com certeza que a maioria dos cavaleiros vai preferir uma montaria veloz, a não ser que tenha motivos para temer que haja um oponente desonrado que tentará acertar seu cavalo. Tem certeza que é isso que prefere?
O herdeiro consulta o mapa de escala que tinha montado e rabisca algumas alterações e designa dois soldados para acompanhar a srta. Alyse em sua buscas assim que terminasse de se alimentar, instrui a forma de busca e o roteiro a ser seguido, indo nas tavernas mais prováveis primeiro e entra na sua tenda para montar o grid de disputas enquanto aguarda chegar seus familiares para conversar sobre os fatos ocorridos.
Arthur verificou a escala de seus soldados e percebeu que estava ficando com bem pouco pessoal. O atual estado dos seus homens era o seguinte:
Beron tinha levado Krotalus e Aubrey com ele; Gylen partira acompanhado de Olac e Sivon, e há pouco tempo Asdulfor saíra escoltado por Wilford e Anthony. Sobravam com Arthur: Andy, Maxwell, Alvin e Tarso.
Como Andy e Maxwell estavam atualmente de guarda no acampamento, restava a Arthur pedir que seu escudeiro Alvin e o aprendiz de Gyllen Tarso acompanhassem imediatamente a filha do ferreiro Alyse.
Assim que terminasse, Arthur ainda poderia se dedicar à complicada tarefa de fazer a escalação de seus homens para inscrevê-los no torneio como seu pai ordenara. Também haveria mais atividades possíveis antes de seus irmãos ou seu pai virem ao acampamento, se é que eles viriam naquele dia.