Sand Valley - Sand Valley Community College

Cheryl: Nós nos conhecemos, mas entendê-la é mais complicado, pelo menos para mim ela é um muro de ferro com arame farpado criando várias divisas então não sei como seria obter essa informação sem que ela nos conceda uma ponta de menosprezo ou balas cortem o ar.-

Não é o que Makya gosta de ouvir. Não é o que ele queria. Mas as palavras tinham um gosto nada surpreendente. Eram o que ele esperava.

Cheryl: ...Também acho que a parente do Morgan deve ser encontrada, não é justo deixá-la a própria sorte. Devemos cuidar dos nossos e mantê-los seguros.-

Ele balança a cabeça, mas não diz nada. Só a tácita confirmação.

Serge: Claro... Dela.

Claro, dela. Makya só podia concordar.

Serge: ...Vigia-Morte, Mata-Manhã, Inquebrável... Só gente boa e receptiva. Vai ser um belo chá da tarde essas conversas.

"Não é o meu tipo de chá." Era verdade. O que mais ele diria?

"A ordem tem um problema amigo. A menina tem que estar junto com a gente quando formos sentar e falar com os nossos. Ela tem que ser um dos nossos. Foi isso que cê disse?" Foi isso que o irraka entendeu.

"Não quero falar com ela sem ter o que por na mesa. Estou de mãos vazias e acho que tenho coisa melhor pra fazer com meu tempo. Mas se suspeitar de que violência ou traição estão na mesa eu vou." Não sabia se teria como ajudar numa situação dessas, mas não ia querer estar em outro lugar.

O irraka espera. Deixa eles ouvirem de verdade o que ele falou.


"Vamo? To cheio de tarefa. Corre Corredores é difícil, mas vão se amar. Vocês tem a mesma energia." Ironia? Claro. Mas a elodoth ia entender o totem e com sorte aprender também.

O irraka ajuda Bea. Ela era o primeiro problema. Tinham que deixar ela de molho antes de seguir a diante.

"A gente pode ir pra uma passagem dentro do território." Ele olha para os outros dois. "Também meter esse barzinho no google."

Cheryl Blossom Elodoth  |  Senhores da Tempestade “Ancestrais desejos nômades irrompem, enraivecidos pelo cativeiro. A condição de fera acorda de novo do seu sono brumoso.” _______________________________________________________________________ Ela apenas assentiu com Serge, não era maravilhoso conversar com Chloe normalmente justamente porque entre uma baforada de cigarro e outra os olhos dela pareciam sempre predatórios. Embora se esforçasse Cheryl não tinha absorvido tudo de uma vez sobre ser uratha, ensaiava ainda seus passos e, ao mesmo tempo, sentia que o juramento era o melhor farol para mantê-la sã. Serge fala das benção da lua, ela o olha sem emoção nenhuma parecia de certa forma afrontoso usar aquilo contra Chloe, as marcas dela cantavam seus feitos, sua essência cheia de glória para então uma merdinha que acabou de passar pela mudança ousar farejar qualquer inverdade nas palavras dela?! Aquilo a faz engolir em seco, parecia haver algum medo mordendo sua nuca, mas ela não demonstra nada para eles  — É mesmo?- Olhou Makya com um sorriso de canto  imaginando que o tipo de chá da tarde do irraka seria regado a jogar areia nos olhos dos outros e puxar o tapete ao seu favor enquanto Serge parece optar em ser direto em tudo que faz. — Vou me esforçar pra não queimar minha língua então até porque nem gosto de chá com esse teor de acidez.- Agora olhou os três. — To curiosa sobre o totem. Então vamos indo para resolver logo esse detalhe.- Lidar com o totem é uma novidade para ela. Observou depois Makya ajudar Beatrice. — Vocês moram juntos, suponho?- A elodoth afastou uma mecha teimosa de cabelo esperando quem sabe uma resposta de qualquer um deles. Não lhe parecia algo ideal, mas, em simultâneo, era lógico que uma alcateia se mantivesse numa relação de quase simbiose. Ela moveu-se pela sala pegando uma manta de tricô azul escuro para colocar em volta da gibosa, não era dada a ser gentil assim, gostava de manter a distância dos outros para entendê-los melhor, mas dessa vez se viu na obrigação de oferecer algum alento momentâneo. Seus lábios expressavam um sorriso enquanto olhava ao redor esperando eles começarem a sair. — Ela vai precisar ficar quietinha em um lugar seguro por uns dias não é?- A regeneração deles era algo que A elodoth achava surreal. Mas aquele estrago estaria resolvido em quanto tempo, ficou curiosa em saber se eles já sabiam a resposta, mas acabou pedindo um tempinho para colocar uma roupa que pudesse estragar. Entrou no quarto e ficou pensativa sobre qual era o real problema atrás de tudo que ouviram. Ela escolheu o que ia vestir e colocou um tênis velho voltando pra sala. Roupinha:

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Cheryl: Vou me esforçar pra não queimar minha língua então até porque nem gosto de chá com esse teor de acidez.-

"Esperto." E era.

Cheryl: Vocês moram juntos, suponho?-

"Não." Ele tinha pensado no assunto. Já estava trabalhando nisso. Pros e contras na balança. "Mas tem um lugar."

Cheryl: Ela vai precisar ficar quietinha em um lugar seguro por uns dias não é?

"Até a mão estar boa. Mas ela pode pesquisar pra gente. Google. Facebook. Rumble. O que for." Ela realmente podia. Podia ficar de olho nos parentes também. Vestida pra guerra uma mão não faz essa diferença toda.

Cheryl: Se vocês quiserem podem ficar aqui, na verdade, vocês podem usar o lugar de boas, não vejo problema, as vezes ando pela casa como a lua me fez,

Makya pensa um instante. Olha Cheryl com cautela. "A vista é melhor que o meu ap." Se é que podia chamar de ap. "Acho que é melhor no mínimo deixar a Bea descansar aqui. Eu gostei do seu sofá então eu aceito e sou grato." Era melhor que a cama dele? Era.

"Bea fica. Vamos costurar medo e alegria. Uma mão faltando não vai pegar bem."

O irraka anda até Serge. "A alcateia vai precisar dos seus olhos e da sua memória." Ele segura o ombro do ithaeur falando sério. Era um lembrete, um pedido e uma demanda. "Corre Corredores não vai adorar um acordo e nem o pessoal do medo. Mas temos algo para negociar." Ele levanta o cordão até a altura dos dentes a mostra. Serge era bom. Tinha que ser. Era um senhor das tempestades.

"Vamos. Depois a gente busca a garota do Morgan. Corre Corredores acha ela e você usa essa carinha bonita pra convencer a moça." Ele pisca. Já era hora de ir.

Serge: Nós pegamos seu carro, deixamos ele no lugar seguro e trazemos o que você disser que precisa para cá.

Makya faz que sim com a cabeça. Afinal, Brit precisava de um descanso da direção da Bea. Serge tinha a cabeça no lugar.

Serge: Acho que eu levo as informações, você leva o prêmio e Cheryl será nossa negociadora. Que tal?

"Acho que você pensa." Era um elogio franco e direto, se não muito enfático. "Esse é um plano bom." Ele guarda alguma coisa. Só mais um pouco. Melhor deixar ela perguntar. Deixar ela vestir os sapatos da sua parte na história.

Cheryl: — O sofá é macio, tem outro quarto fora o meu.

"Durmo onde cê quiser. Caso uma grana que vai ser melhor que o colchão de qualquer jeito." Despretensioso. Não fazia questão do sofá e nem da cama. A proximidade era o que ia fazer diferença.

Cheryl: Negociar o quê exatamente?

"Paz." Ele espera. É bom deixar as pessoas digerirem o que ouvem. "Medo e alegria andam de mãos dadas." Ele deixa eles pensarem um instante no assunto. "O frio inquieto enquanto você espera ela retribuir e então a euforia aumentada do beijo. As risadas quase insanas na saida da montanha russa. A onda que bate quando o paraquedas segura você no ar e você voa." Eram exemplos. A combinação funcionava bem dentro da cabeça dos humanos. A alternancia.

"Na Sombra a coisa não tá tão bem. Não tá tão hamonioza. Essa coisa dos vampiros é uma merda que deve acertar gente na cara. Mas o jogo é na Sombra, no dromo e aqui." Ele puxa a pele do rosto. Na carne.

"A gente precisa de aliados. A gente precisa mostrar pra todo mundo que Corre Corredores escolheu certo fechando com a gente. Não só pros urathas. Pra todo o outro lado. Remover um inimigo do tabuleiro é bom. Trocar esse inimigo por um aliado? Melhor." Ele pensa um momento sem gostar do que falou. "Rival. Acho que rival cabe melhor."

"Cês acham que eles vão preferir o cara solto ou devorado?" Ele tira o cordão e olha em volta. "Vai te ajudar a negociar com o medo. Nosso totem vai ajudar com a alegria e acho que fariamos bem em encontrar um hibrido viavel para começar a conversar. Um espírito de alegria e medo que não seja amalgama. " Ele tinha seguido Cheryl até a porta e estende o cordão para ela.

"Pode botar. Mas não se apega."

Entrei. Makya lembrava a noite que tinha sido a mudança.

"Nunca levei tanto tiro. Tava com alvo nas costas aquele dia." Makya ri longe o bastante da dor e humilhação para ver a graça. " Um pé na casa dela e a doida descarregou na minha perna. Era sangue pra caralho. Tava morrendo de medo de morrer de hemorragia." Ele lembrava melhor agora e não tinha graça nenhuma.

No caminho ele aponta curiosidades ou fatos locais.
"Nessa ravina algumas tribos sabem que morreu um rio. Eu fico imaginando se morreu mesmo. "

"Essa quadra foi feita pro pessoal do skate. Ninguém liga pra isso. Mas ela é bem pichada."

"Esse aqui é fogo. O melhor. Mas ta fechado, vai ter que ser o ladrão ali que vende cerveja com o corte."

"Tem um lugar maneiro. Mas você paga. Uma churrascaria brasileira. Pelo menos tá escrito que é e o nome é em português." Makya mostra a direção. Poderia usar o Waze, mas gostava de conhecer as ruas da cidade. Saber onde fica o que.


"Tô zerado. Tava rastreando uma arma que eu penhorei. Custou uma nota e achei a peça de um amigo falecido. Tive que pegar também. Agora eu Sei quem tem a arma e preciso pegar de volta. Tem valor sentimental ela tá até meio torta, certo que o cara fez um mal negócio em comprar." Ele olha pela janela.

"Ali! Fogo de Chão! Sente o cheiro." Ele fecha os olhos e sente o cheiro.

Little John: Ela pode ser maluca, vindo dela isso é mais que esperado, mas ela ainda tem a lua dela, os tiros foram só um aviso de mal gosto, preferi dar meia volta antes de receber o aviso, só isso

"Era meu primeiro rodeio. Claro que ela não sabia, mas se eu estivesse afim de alguma canalhice uma salva de tiros de aviso na coxa não me convenceram do contrário. " o irraka da de ombros. Tiros como aqueles contra um uratha seriam um problema passageiro. Algumas palavras bem pensadas tinham mais chance de dar certo.

"Melhor cheiro da cidade." Ele responde quando o cara se convence.

"Cê é bom com grana." Vendo ele se embolar com o dinheiro. Ele queria ser bom assim com dinheiro. No começo parecia que o cara era rico. Mas a coisa com o ATM era diferente. Era outro papo.

O irraka suspira olhando aquele monte de notas.

"Se tu quiser a gente te arranja um cartão de crédito. Vão cancelar ele na hora, mas o seu era treta, né?" Ele não precisava da resposta era só conversa fiada.


"Que que é igual a Matriz?" Cheio de comida na boca. "O restaurante ou dinheiro?" Ele lambe os dedos um a um pensando no que tinha dito.

"Todo valor tá na gente. Na cabeça. Claro comida é real, que nem ar. Tu para de funcionar sem. Mas o valor tá aqui." Ele da um toque na cabeça com o garfo antes de espetar um pedaço de carne. Ele pensa em como é estranho que possa ser mais gostoso depois de passar no fogo. Alguma complexidade bioquímica que resultava em 'mais gostoso'.

"Meu bebê ela." Então ele ri do jeito que o cara pensa as armas. "Nem sei se ele sabia que ela tem o desvio. Cê sente quando atira." Ele abaixa a voz para deixar o visitante confortável.

"Não sei qual é a deles. Mas acho que não quer nada se errado, pelo menos acho que nem sabe que eu existo. Devia tá querendo um pipoco e achou esse em conta e legal."

Ele mastiga devagar um pedaço de carne delicioso. Fecha os olhos sentindo o sabor escorrer pela boca. "Eu quero ela de volta. É minha." Ele engole. "Vou pegar." Ele deixa as palavras fazerem o mesmo que o sabor. Escorrerem dentro da cabeça de John e serem lentamente apreciadas.

"Vou tentar ser legal primeiro. Não quero nenhuma morte." Queria, mas não de um cara que tem como único pecado ter comprado algo que ele vendeu.