John escreveu:Eu posso com sorte descobrir a origem dessa merda, mas às vezes é melhor não saber… Por muito tempo tudo que eu fiz foi cavar o passado e às vezes a gente pode acabar se perdendo nele, é muito comum a gente topar com coisas que a gente não quer saber e é difícil julgar a decisão dos nossos pais, avós ou além sem conhecimento de causa.
Makya aperta os dentes contra a vontade. Era impossível saber. Era impossível não sentir também. Impossível não questionar.
John escreveu:Isso não é uma cela, é uma sentença de morte, mas também não é Uratha, isso não é mágica das sombras, não é nossa herança, é imundo, se foi o velho que ajeitou isso não foi ele que fez, alguém fez, algum trato escuso com alguma coisa ou alguém
Makya sentia que ele estava certo. Aquilo era errado. Mesmo assim...
"Irmão, tudo que pode ser nomeado, visto, pensado, sentido ou qualquer merda que tenha significado pode ser feito e é dá sombra. Exceto os humanos. Se de jeito nenhum isso é da sombra e o velho não quiser conversar... A gente dá uma passada nos guardas do zoológico." John escreveu:Essa merda tá no território de vocês, ele não tem direito de querer nada, ele já tá em dívida.
Makya sorri, ele gostava de John. Gostava pra caralho.
Meu irmãozinho se você morde mais do que mastiga no seu território é função de um velho tomar essa porra e resolver. Eu vou morder e mastigar essa merda e se não conseguir eles vão ter sentar na porra da vergonha deles. Ninguém quer admitir que isso existe, mas já é tarde demais. Já deu errado. A gente vai levar isso pra frente. eram palavras cheias de desafio que ele nem sabia se conseguiria cumprir, mas era tarde demais certamente, era território dele e estavam fodidos.
Bea escreveu:Eu tenho um trato fechado com a Viúda Blanca, mas vai acabar logo, a gente consegue chegar nele sem ser pé na porta e tapa na cara, mas isso não garante muita coisa
"Não se estressa, a gente se comporta. Se ele não quiser ouvir a gente diz as palavras uma depois da outra mesmo assim. Depois disso ele vai tá envolvido de novo. Pode odiar a gente por isso, mas vai tá envolvido." Makya segura o ombro de Bea um instante e depois aperta sua mão com as duas.
"A gente tá junto e se der tudo errado a gente vai tá junto também. Não pode ser mais assustador que cortar a própria mão. Definitivamente não é pior que aparecer na internet se maquiando pra parecer ser o que você é." Ele poderia sorrir, mas não sabia como. O medo dela ecoava o que ele tinha. Não queria ser um paria. Não queria estragar tudo pra todo mundo. Eles achavam que estavam fazendo o certo, mas e a porra dos sonhos nos quais eles ferravam com tudo? Se ele tentasse sorrir ia ser pior. Bem pior. O irraka abraça a cahalith e respira fundo e devagar. Isso sempre acalmava ele.
John escreveu: Eu tô aqui fazendo um trampo, não vim estragar a vida de ninguém, mas já sei que o que quer que tenha aí dentro não é bem o que meu contratante tá procurando…
Makya faz que sim com a cabeça. Ele não pode pedir muito de John. Ele fez bastante.
"Te trouxe aqui e você pegou na escuridão sem nem arranjar problema. Sem joguinhos. Se puder descobrir pra mim o que é isso aí eu vou ter uma carta na manga na hora de bater o papo com o velho. Se não puder tudo bem. Quer mais um tempo aqui? Tenho uma arma pra buscar, se quiser chegar comigo, pode até ser divertido." Ele dá de ombros. Era muito menos importante, mas a sua arma tava na mão de um qualquer por aí. Merda de irresponsabilidade. Merda de falta de grana.
"Cê devia chegar também Bea, aposto que um de vocês dois vai ser perfeito pra distrair o 'dono' da minha glock." Agora ele sorri.