Snefru, O Dissidente
Snefru, com seu corpo serpentino sinuoso, observava a discussão à sua frente, sua mente rápida e astuta, como sempre, pesando as possibilidades. Ele era um Naga, de alma furtiva e reflexos ágeis, um ladino cujas preferências se inclinavam mais para a cautela do que para o confronto direto. Seus olhos alongados, de pupilas fendidas, piscavam lentamente enquanto Luvaroch e Makaria falavam. Seus pensamentos corriam como veneno fluindo silenciosamente pelas veias de um oponente desprevenido. O som do portão era intrigante, sim, mas... perigoso.
Quando Atyria, sempre tão decidida, alçou voo em direção ao ruído, Snefru sibilou levemente, num som que só ele percebia, um reflexo de sua eterna cautela. Mas a curiosidade... aquela maldita curiosidade sempre o instigava. Ele não podia ignorar o som — ou a possibilidade do que encontrariam.
Ele se aproximou um pouco mais do grupo, suas escamas refletindo a luz da noite de forma sutil, e finalmente falou, sua voz sibilante deslizando com cuidado entre as palavras, ponderada como a lâmina de um assassino na escuridão:
"Ahh... eu essssssscuto vocêssssss... ssssssim... Luvaroch, tão rápido para voltar atrásssssss... Makaria, sssssempre de olho nas sssssombras... ambossss têm ssssuas razõesssss... E agora Atyria ssssse joga ao vento como uma flecha perdida...".
Ele fez uma pausa, sua língua bifurcada aparecendo por um breve segundo, como se provasse o ar à sua volta.
"Massssss... eu prefiro o sssssilêncio da precauççççção... a sssssegurançççça dossss passssssossss calculadossss... ainda asssssim... o ssssom do portão...". Seus olhos brilharam, cheios de curiosidade e algo mais profundo. "Nóssss não podemossss ssssimplessssmente ignorá-lo, não é, vamossss?".
Snefru deslizou em direção ao caminho que Atyria tomara, mas seus passos eram suaves, quase imperceptíveis. Ele olhou de volta para Luvaroch e Makaria.
"Eu ssssssigo... masssss não por impulssssso. Ssssse issssso for uma armadilha, eu a verei antesssss que ela nosssss engula. Sssse há sssssegredossss a ssssserem dessssscobertossss, minha curiosssssidade ossss encontrará. Fiquem atentosssss... e talvezzzz, apenasssss talvezzzzz, possssssamosssss nosssss aproximar ssssssem nossssss tornar presssssasssss."
Com isso, Snefru partiu, não pela coragem de um líder, mas pela necessidade de saber — sempre à sombra, serpentenando entre as árvores a beira da estrada, sempre observando.
Quando Atyria, sempre tão decidida, alçou voo em direção ao ruído, Snefru sibilou levemente, num som que só ele percebia, um reflexo de sua eterna cautela. Mas a curiosidade... aquela maldita curiosidade sempre o instigava. Ele não podia ignorar o som — ou a possibilidade do que encontrariam.
Ele se aproximou um pouco mais do grupo, suas escamas refletindo a luz da noite de forma sutil, e finalmente falou, sua voz sibilante deslizando com cuidado entre as palavras, ponderada como a lâmina de um assassino na escuridão:
"Ahh... eu essssssscuto vocêssssss... ssssssim... Luvaroch, tão rápido para voltar atrásssssss... Makaria, sssssempre de olho nas sssssombras... ambossss têm ssssuas razõesssss... E agora Atyria ssssse joga ao vento como uma flecha perdida...".
Ele fez uma pausa, sua língua bifurcada aparecendo por um breve segundo, como se provasse o ar à sua volta.
"Massssss... eu prefiro o sssssilêncio da precauççççção... a sssssegurançççça dossss passssssossss calculadossss... ainda asssssim... o ssssom do portão...". Seus olhos brilharam, cheios de curiosidade e algo mais profundo. "Nóssss não podemossss ssssimplessssmente ignorá-lo, não é, vamossss?".
Snefru deslizou em direção ao caminho que Atyria tomara, mas seus passos eram suaves, quase imperceptíveis. Ele olhou de volta para Luvaroch e Makaria.
"Eu ssssssigo... masssss não por impulssssso. Ssssse issssso for uma armadilha, eu a verei antesssss que ela nosssss engula. Sssse há sssssegredossss a ssssserem dessssscobertossss, minha curiosssssidade ossss encontrará. Fiquem atentosssss... e talvezzzz, apenasssss talvezzzzz, possssssamosssss nosssss aproximar ssssssem nossssss tornar presssssasssss."
Com isso, Snefru partiu, não pela coragem de um líder, mas pela necessidade de saber — sempre à sombra, serpentenando entre as árvores a beira da estrada, sempre observando.