por Allindur Ter Mar 20, 2012 12:25 am
Marlok abre um sorriso divertido.
-Sua sucintez me diverte. Bem, Azers são também conhecidos como anões-de-fogo. São uma raça de seres extra-planares, dos mundos flamejantes, que se assemelha muito em aparência e cultura aos anões, mas são de bronze e fogo em vez de carne e pedra, e falo isso sendo bastante literal. Se conhecem a história do Emaranhado, sabem que uma espécie de invasor forçou as nações nânicas a se unirem e marcharem juntas à guerra, e ainda assim destroçou os reinos em sua queda. Esse "invasor" foram os Azer.
Vento-Branco toma a palavra.
-Não é que os Anões-de-Fogo sejam maus ou nada do tipo. Acontece que eles têm hábitos muito semelhantes aos anões, mas seus túneis e cavernas precisam ser repletos de magma, fogo e rochas derretidas para serem funcionais e confortáveis para eles, e essa prática não só inutiliza esses túneis para os anões deste mundo, como também afeta negativamente todos os túneis e cavernas próximos. Negativamente do ponto de vista dos anões, claro. A presença dos Azer era uma ameaça constante para os anões e seus reinos subterrâneos.
-Obrigado pela elucidação, Vento-Branco. Acontece que, conforme eu descobri, um pequeno grupo de Azers conseguiu escapar ao expurgo se selando em sua Grã-Forja, Dun Baldar, no interior do vulcão adormecido Golgas. E por acaso o Mestre Artífice que lidera esse pequeno grupo estava em possessão do Olho de Chamas por ocasião do selamento da montanha.
-O problema é que, para se manter protegidos dos anões, esses Azers trancaram as galerias de Dun Baldar com um gigantesco portão de bronze que, segundo conta-se, só poderia ser aberto pelo sangue nascido do fogo, tal como o deles, e com a chave adequada, o que nos impedia de chegar à forja. Isso mudou recentemente, quando nossos espiões descobriram que uma tribo de trogloditas conhecida como os Garras-de-Musgo de alguma forma obteve essa chame, e um meio de usá-la para abrir o portão. Esses simplórios provavelmente não têm a menor idéia de com o que estão se metendo, só devem querer pilhar os metais atrás da porta, mas isso nos dá a oportunidade perfeita de tomar a chave e o meio de abertura deles, e finalmente entrar em Dun Baldar.
Marlok interrompeu Vento-Branco.
-Claro que "nós" quer dizer vocês. Uma movimentação muito grande chamaria atenção indesejada. Então o trabalho é simples: vocês irão até Golgas, encontrarão a abertura para a caverna que dá nas galerias, eliminarão os Garras-de-Musgo e o que quer que eles tenham preparado para abrir a porta, e recuperarão a chave. Isso deve ser feito em, no máximo quatro dias, pois é o tempo do qual dispomos antes de eles conseguirem abrir o portão, segundo nossos espiões. Depois vocês abrirão a porta, eliminarão os habitantes de Dun Baldar, de modo que nenhum tenha como espacar e retornar a seu plano de origem, derrubarão o Mestre Artífice e recuperarão o Olho de Chamas, trazendo-o devolta a mim. Simples o bastante, não?
-Os reinos anões selaram a montanha com magia depois que o portão se fechou, para que os Azer não tivessem como abrir o portão por fora ou fugir por viagem planar, caso se arrependessem de se trancar na cidade. É imperativo que nenhum escape uma vez que o portão seja aberto, ou podemos ter os impérios Azer buscando vingança no Emaranhado, e isso não seria agradável, para ninguém que viva aqui.