O Olho de Chamas (ON)

Cyrus achou que o combate se estendera demais já. Ele assobia chamando a atenção do leão e o chama de volta para perto de si:
- Vem aqui garoto. - E depois dirige a fala ao Belgorod. - O divertimento está terminado, bárbaro. Você não tem mais condições nenhuma de lutar. Considere isto aqui como um raro ato de piedade meu pelo que você fez ao dragão. - Cyrus não se importava nenhum pouco com a vida de Belgorod ou até mesmo com a dos outros, mas ele sabia que precisava da ajuda de todos para concluir a missão, pegar o dinheiro com o Grande Marlok e ainda ter a chance de se vingar dos assassinos que mataram seus pais quando ele ainda era uma criança.

Belgorod havia bloqueado os dois últimos ataques do leão e já preparava uma investido quando Cyrus o chama de volta.

- Divertimento seria eu esfregar tua cara na pedra, mas você é um grande dum covarde. - Belgorod se vira para Arya e estende a mão - A pedra.

Depois de pegar a pedra com a elfa, Belgorod prende a cabeça do dragão em algum lugar para que o sangue escorresse. O bárbaro se senta de frente para a porta, tira uma das poções que comprou alguns dias antes de aceitar sua primeira missão como aventureiro e fica em completo silêncio, comendo uma das rações que tinha trazido.

Poção de Curar Ferimentos Leves

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Thurdoo, permaneceu sem fazer nada perante toda aquela briga, ele não tinha nada haver com aquilo e não dava a mínima para o que faziam. Ele pega o machado e o testa no ar tentando ver se era uma peça valiosa ou não, se serviria para algum propósito ou não.

Os desafios estavam cada vez mais difíceis e ele precisava estar preparado para enfrentá-los e aniquilá-los.

O grupo finalmente termina sua briga, o bárbaro sentando num canto, e o assassino no outro. Finalmente tendo alguma paz, Ennibel finalmente pode testar seu anel. Quando a maga pronuncia a palavra que vira no elo, o ar à frente de seu punho começa a ficar turvo e translúcido. Tentando passar a mão pelo espaço, a kiloren descobre que alguma força a impede. Testando os limites do campo, ela descobre uma área de força hexagonal do tamanho aproximado de um escudo de cavaleiro flutuando logo acima de seu punho, centrada no anel. Ela supunha que o campo podia ser usado como um escudo grande, mas sem peso algum.

Cyrus se dirige para um dos cantos da sala ao lado do leão. Ele acariciava o pelo exuberante do animal enquanto descansava recostado na parede. Cyrus sabia que o leão logo logo desapareceria assim como o tigre desaparecera. Esta bolsa foi um grande achado e numa excelente hora. O assassino pensa então na briga com Belgorod, briga esta que estava para acontecer havia muito tempo. Nós somos o oposto. Ele é fervoroso, burro e se baseia em concepções de que o mundo é belo. Eu sou frio e calculista, e minhas percepções são baseadas na dura realidade das ruas e do submundo de Goug. Um dia ele irá descobrir que o mundo não tem lugar para inocentes.

Com o tempo, o leão se desfaz e retorna à bolsa. O grupo se aconchega, as brigas ainda ardendo levemente em seus peitos. Horas se passam e as dores e inchaços melhoram, e todos se sentem mais dispostos. O descanso não se dá fácil, porém. O ar da câmara é abafado e o calor que emanava da porta deixava todos com dificuldade de respirar.

Corpos e mentes descansadas, corpos mais ou menos acostumados ao calor, o grupo se prepara para continuar. As feridas de Thurdoom e Belgorod estavam longe de curadas porém, e Arya ainda precisaria trabalhar um pouco neles.

OFF: cada jogador recupera 6 PVs.

Arya estava com uma imensa vontade de ir embora. Aqueles dois haviam chegado as vias de fato por nada. Não mereciam nem que a elfa se dignasse olhar para eles, quanto mais curar suas feridas. Mas Arya queria saber das informações daquele meliante e para isso precisava de todos inteiros. Ela se aproxima de Thurdoom primeiro e cura suas feridas. Depois vai até Belgorod sem nada dizer e faz o mesmo. Depois vai para um canto e faz seu transe obrigatório.

Pela manhã Arya olha o estado de Enibel e o Elemental. Ela começa o dia curando os ferimentos que ainda restavam neles. Iam começar o dia como novos. Esperava que eles não se matassem depois de seu sacrifício.

Cyrus é o primeiro do grupo a acordar. Na verdade ele mal dormira direito visto que não estava tão cansado assim e tinha muitas coisas com o que pensar, inclusive nas consequências da briga com Belgorod. O assassino tinha consciência que o bárbaro entrara na briga machucado, e o leão de Cyrus já estava invocado e pronto para o bote. Talvez em uma outra situação ele não conseguisse frear o ímpeto de Belgorod. Só tenho que aturá-lo mais um pouco, depois disto aqui acabar pegarei meu dinheiro com Marlok e tratarei de meus negócios particulares. Quando Leghorian se levanta ele se dirige até a enorme porta da câmara e começa a inspecioná-la meticulosamente para encontrar uma forma de abri-la, mas tomando cuidado para não tocar em sua superfície.

O portão exalava um calor abafado e sufocante e estava coberto de gravuras em baixo relevo. Letras de grafia vagamente nânica brotavam cá e lá e, no meio da estrutura titânica, entre as pernas do herói esculpido a mais ou menos quatro pés do chão, havia um engaste. Pelo que Cyrus vira, a gema da dragonesa caberia lá perfeitamente.

Cyrus espera Arya acordar para dizer a ela:
- É necessário aquela gema que estava com a dragoneza para abrir esta porta. Ela se encaixa bem ali - e aponta no lugar.

Belgorod, quando se sentou no seu canto, dormiu em questão de minutos, e o bárbaro ainda roncava profundamente, fazendo barulho que o dragão morto deveria estar ouvindo. Por mais que Belgorod estivesse pensando na briga com Cyrus e que seria perigoso dormir com um verme covarde como ele depois de tudo o que aconteceu, seu corpo estava exausto, e os diversos ferimentos espalhados pelo corpo apenas aumentavam a necessidade de descanso.

Belgorod não ouviu Cyrus acordando e inspecionando a porta, nem ele e Arya conversando, nem ouvirá qualquer outra coisa a não ser que alguém vá acordá-lo.

Arya se recorda da conversa com Marlok. Foi um erro estratégico de alguma forma não permitir que o Dragão adentrasse com os trogloditas. Seria muito mais interessante deixar que o Dragão enfrentasse os Azer. Eles que se intendessem e depois poderiam enfrentar apenas um dos grupos... Fizeram tudo do jeito mais difícil. Vamos ao encontro deles agora. Arya entrega a pedra nas mãos do assassino sem pesar, ela já havia feito suas orações, já que não precisava descansar tanto quanto os humanos e estava pronta para encarar os Anões de fogo.

Cyrus se aproxima da porta e com o máximo cuidado possível encaixa a gema no portão. Feito isso ele recua alguns passos e vê o que acontece a seguir.

A gema encaixa perfeitamente, mas assim que o assassino a larga, ela cai no chão. Estava faltando alguma coisa, eles devem ter se esquecido de algo...

- Tornalus, venha cá - chama Cyrus. - Você é quem deve usar a chave para abrir a porta.