Ellywick - Edu

Anatoli acena com a cabeça. “A vida tem dessas coisas... A gente se deixa levar, e quando ve, esta numa enrascada do qual não consegue sair. No meu caso, fui seguir viagem com meu amigo Borgin, que é surdo como a pedra! Estavamos em Galia, saindo de Hammerheim, mas ele se meteu em tanta confusão que acabei parando aqui, numa prisão do pior reino de todos! Minha esperança é que as deusas, depois de me maltratarem tanto, me deem alguma coisa de bom em troca...”

Ellywick ve que aquele homem que estava sentado ali, ao final das contas, não parecia ser ma pessoa. Ele sorri, e com seu sorriso a gnoma consegue ver uma juventude por baixo daquela sujeira e trapos velhos. “Talvez tudo aconteceu para que nós nos encontrássemos, quem sabe, Elly...”

Ellywick não sabe aonde enfiar a cara depois disso que o homem disse:

- Não sei em sentido você quis dizer, mas se for o que eu to pensando. É melhor não criar esperanças - disse ela se afastando e indo para um canto mais afastado de Anatoli o possível.

- Espero que esse seu amigo Borgin apareça logo - diz ela sentando no chão novamente.

Anatoli observa a reação de Elly e fica sem entender. Quando finalmente cai a ficha, ele começa a gargalhar, rolando no chão. Ele limpa os olhos com as costas das mãos e diz, “ah, voce esta querendo dizer aquilo? Não, não, voce não faz meu tipo, voce parece uma criança, me sentiria mal fazendo isto...”

O barulho da porta da prisão se abrindo ecoa pelos corredores. Parecia que alguém havia chegado. Anatoli se levanta e observa pelas laterais da cela para ver quem era.

Ellywick ouve os passos pelos corredores... A gnoma ve por entre as grades de sua cela que eram duas pessoas. A primeira era o carcereiro, um homem bruto, com barba por fazer e olhos sádicos. A segunda era...

Spoiler:

Ellywick quando ve Ergo abri um sorriso e corre até as grades.

- Ergo! Vem cá segura a minha mão meu amor - Disse ela estendendo a mão através das grades - pega minha mão. Você não sabe o que me deixa feliz ver que você não me esqueceu.

Num momento ali na grade veio uma ideia na sua cabeça. Ela olhou para o carcereiro com cara de sádico e disse:

- Abra a cela para mim.

E conjurou uma magia nele.

Spoiler:

Ergo abre uma largo sorriso e lagrimas banham sua face, quando se joga contra as grades para segurar as mãos da gnoma. “Não te esqueci! Nem por um minuto!”, diz com a voz embargada.

Elly então se vira para o carcereiro, e com o poder fornecido por Solaris o comanda a abrir a porta. O homem carrancudo busca as suas chaves e abre a porta da cela, para a surpresa de Ergo e Anatoli.

Porém logo o homem volta a si e saca seu chicote. Ele aponta para Ellywick, os olhos raivosos e vermelhos, e grita, “cleriga maldita! Voce jogou um feitiço em mim! Agora vai pagar o preço!” O carcereiro da um estalo de seu chicote no chão, que ecoa pelos corredores.

Ellywick segura a mão de Ergo colocando os seus dedos entre os da sua namorada. Sorri quando o carcereiro abre a cela para ela:

- Logo-logo estaremos juntas novamente Ergo.

Ela não se intimida com a chicotada no chão do homem. Ela para na frente da porta se vira para Anatoni e diz:

- Essa era a chance que você esperava - torna a olha para o carcereiro e falar - Vou pagar o que? se você está morrendo de medo.

Conjura novamente outra magia para o carcereiro.

Spoiler:

NRPG: Carcereiro resiste cause fear. Estado: shaken, -2 rolls (except damage)
NRPG: Iniciativa Elly 7 Carcereiro 6, Ergo 2, Anatoli 1
NRPG: Ataque chicote Carcereiro contra Elly 20/11 (não confirmou), dano não letal 3

Ellywick clama pela ajuda de Solaris, e assume aos olhos do carcereiro as formas de um horror negro cheio de tentáculos. O homem fica abalado, mas consegue se controlar o suficiente para enfrentar os prisioneiros. Ele estala o chicote, que ao tocar o peito da gnoma parece arder como brasa, deixando uma marca horrível.

NRPG: Ergo toca com chill touch, dano 4. Carcereiro resiste ao dreno de força.
NRPG: Anatoli corre contra o carcereiro. AdO 9, não acerta. Ataque soco Anatoli 17. Dano 3.

Ergo se ve tomada por fúria quando ve sua amada ser atingida, e de sua mão começa a brilhar uma luz azul pálida. Quando ela toca o carcereiro, este começa a se contorcer, pois aquela mão estava sugando sua energia vital, e o local onde ela tocou se tornou negro.

O bruto da um passo para tras e se solta, percebendo imediatamente a investida de Anatoli. Ele tenta esboçar uma reação, mas um soco bem dado em seu queixo o nocauteia.

Ao ver que o carcereiro já havia sido derrotado, a necromante apaga a luz de sua mão e corre para ver o ferimento causado pelo chicote na gnoma. “Oh, querida... É tudo culpa minha...”, diz, se lamentando.

Já Anatoli da um ultimo chute no inimigo e cospe sobre ele. “Isto é por conta da comida estragada que voce vem me dando, porco!”, fala, e se vira para Elly, “nada mal, hein, pequena. Agora me explique como vamos sair daqui? Pela porta da frente, enfrentando os guardas?”

Ellywick nem fala nada só puxa Ergo para junto de si e a abraça forte, ela sobe na pontinhas dos pés e dá um caloroso beijo na sua namorada.

- Qualquer dor se torna suportável com você do meu lado - afirmou ela olhando nos olhos da sua namorada.

Ela deixa o momento romântico de lado e se vira para anatoli respondendo a ele:

- Eu tenho só mais um truque na manga, mas é arriscado. Eu teria que me disfarçar do cacereiro e você fingiria me fazer de refém para assim conseguir sair daqui. No entanto por quem faz a guarda aqui não me parece plausível que iram nos deixar sair.

- Qualquer dor se torna suportável com você do meu lado - afirmou ela olhando nos olhos da sua namorada.

Ergo sorri e a abraça forte. “Me perdoa?”, sussurra.

- Eu tenho só mais um truque na manga, mas é arriscado. Eu teria que me disfarçar do cacereiro e você fingiria me fazer de refém para assim conseguir sair daqui. No entanto por quem faz a guarda aqui não me parece plausível que iram nos deixar sair.

Anatoli pensa um pouco e balança a cabeça. “Não, não. Poderia ate funcionar por algum tempo, mas não iriamos muito longe com isto... Precisamos de algo mais...”

Seu pensamento é interrompido pelo bater das canecas nas grades e a algazarra dos outros presos. “Nos deixem sair! Nos deixem sair! Soltem a gente!”, gritavam inúmeros prisioneiros em diferentes vozes.

Ellywick ouvindo aquela algazarra dos presos ali começou a caminhar pelo corredor olhando as celas:

- Vocês querem liberdade? - indagou ela primeiramente num tom normal - VOCÊS QUEREM LIBERDADE?! Eu posso abri suas celas, mas tem homens fora daqui que não deixaram escapar. A verdadeira você teram que lutar por ela, OUVIRAM ISSO?! LUTAR. LUTAR! - falou ela num tom mais alto ainda - Porquê agora vocês vivem em cativo e mesmo que morrerem na luta morreram LIVRES. ESTÃO PRONTOS PARA PAGAR O PREÇO?

Ela correu pelas celas batendo o escudo na celas.

- Morte, MORTE A AQUELES QUE NOS APRISIONARAM. MORTE! - finalizou ela gritou.

E correu pela celas as abrindo e libertando todos.


Para inspirar:

As palavras inspiradoras de Elly ecoam pelos corredores escuros da cadeia, fazendo com que os prisioneiros se levantem e comecem a se agitar. Gritos de concordância e os sons dos canecos aumentam em intensidade, a gnoma vendo que sua ideia de rebelião estava sendo abraçada pelos demais aprisionados. Eles estavam dispostos a lutar somente com seus punhos, vendo que esta era sua melhor opção para sair dali.

Ao serem soltos eles saem das celas, homens e mulheres que correm pelos corredores em sua chance de liberdade. Os guardas da sala ao lado, que estavam incomodados com a algazarra, foram pegos de surpresa com a saída dos prisioneiros, que logo entravam em combate corporal com qualquer um que estivesse fardado.

Ergo, que estava assustada, se agaixa e fica ao lado de Elly, enquanto Anatoli observava os presos passando por ele com um sorriso no rosto. “Bem, a bagunça já esta instalada...”, comenta o homem. “E agora? Saimos juntos com os prisioneiros, ou esperamos?”

Ellywick gentilmente levanta Ergo dizendo:

- Coragem meu amor, sairemos dessa - ela se vira para Anatoli - Sim vamos juntos, se esperarmos é capaz de quê nunca saiamos daqui.

Com isso ela puxa Ergo pela mão e começa a correr rumo a saída.

Ellywick, Ergo e Anatoli se juntam ao resto dos prisioneiros, correndo pelos corredores em direção da porta. Eles passam pela sala da guarda, onde veem que os soldados ali presentes enfrentavam em desigual proporção o crescente numero de presos saindo da carceragem. Varios deles saem para as ruas, inclusive os heróis, e veem que os transeuntes se afastam, com medo de serem agredidos pelos fugitivos. Felizmente não haviam chegado ainda os soldados das patrulhas, mas isto era algo que deveria acontecer em breve.

“Vamos, não podemos ficar por aqui. Lembra da feira onde procuramos pelas roupas da festa? Podemos nos misturar entre a multidão. La eles não irão nos achar...”, aconselha Ergo.

Anatoli tosse e acena com a cabeça. “Onde achar melhor, querida. Porém precisamos dar um jeito na minha condição... Pareço mais um mendigo...”, diz, apontando para seus trapos e abanando para afastar seu cheiro de urina e suor.

- Temos que sair da Cidade Ergo e possivelmente desse reino - responde Ellywick correndo ao lado de Ergo.

Ela escuta Anatoli e logo pensa "A casa de Ergo"

- Podemos ir na casa da Ergo e lá você toma banho, acho muito arriscado. Ou paramos numa estalagem e lá você toma banho, acho essa segunda opção melhor até. Tem dinheiro consigo Ergo?

Elly, Ergo e Anatoli tentam se misturar na multidão para fugir de uma possível perseguição, conseguindo fazer isto de maneira parcial. Anatoli, em sua atual condição, parecia mais com um mendigo, e por isto chamava a atenção pelo estado de suas vestes e mal-cheiro.

Como sugerido por Ergo, os três vão ate a feira, onde finalmente podem descansar um pouco. Com Anatoli sentado na calçada e as duas conversando com ele, aparentavam ser duas jovens que estavam dando esmolas a um mendigo.

- Podemos ir na casa da Ergo e lá você toma banho, acho muito arriscado. Ou paramos numa estalagem e lá você toma banho, acho essa segunda opção melhor até. Tem dinheiro consigo Ergo?

Ergo balança a cabeça negativamente. “Somente um pouco, o necessário para passar o dia. Tenho que voltar pra casa, Elly, tenho coisas importantes la que não posso abandonar. Tudo foi muito rápido, uma loucura...”, comenta, levando a mão até o peito.

Anatoli parecia preocupado. “Os guardas irão até a casa de Ergo para investigar, logo, logo! Muito perigoso!”

A necromante cerra a sobrancelha e aperta os lábios. “Já disse que tenho que pegar minhas coisas, e é pra la que eu vou!”

De repente, uma figura conhecida interrompe a conversa dos três.

Era Kelpip Zanston, o gnomo comerciante que queria vender as roupas para Ergo e Elly. Ele estava com as roupas em péssimo estado, e uma aparência de faminto. Estava com a face brava, e as mãos na cintura. “Ah sim, nos encontramos de novo! Meninas, sabem o que aconteceu depois que não quiseram me ajudar? Os meliantes tiraram tudo o que eu tinha e depois bateram em mim! Agora só me resta mendigar, como o meu colega ai...”, diz, e olha desconfiado, “hmm, eu não te conheço, é novo na área?”, pergunta.

- Kelpip?- indaga ela passando a mão no rosto - Ele é um amigo nosso, teve um dia ruim veio pedir ajuda. Não é mendigo. Fizemos tudo que podíamos por você mas não tinha menor condição de pagar 2 mil peças de ouro pra você.

A pequena gnomo se levanta batendo a sujeira das calças.

- Vamos Ergo e Anatoli.

E começa a andar para longe dali.

Elly e seus companheiros começam a se afastar do local onde estavam, mas Kelpip ainda não tinha se dado por satisfeito. Ele faz questão de acompanha-los, acusando-os. “Fizeram tudo? Fizeram tudo? O que quer dizer isto, tudo é sair andando como se não me conhecesse? Tudo é negar ajuda a um conterrâneo em necessidade? Se vocês tivessem vindo comigo, eu poderia ter recuperado minhas roupas, não precisava de muito, talvez alguma garantia! Mas como eu não tinha nada nem ninguém para me dar um suporte, foi isto que me aconteceu! Então pelo menos alguma ajuda vocês me devem, e não vou sossegar enquanto não me ajudarem!”, demanda o gnomo.

Anatoli cochicha para Elly: “Quer que eu de um jeito neste peste?”

Ellywick ignorou o Kelpip a continuou andando e respondeu a Anatoli:

- Não precisa. Ele quer a ajuda dele, vai ter.

Continuou andando sem nem sequer olhar para o gnomo que andava do lado deles. Caminhava ao lado de Ergo tentando manter o passo com as pernas grandes da mulher.

O grupo formado pela gnoma, a necromante e dois “mendigos” atravessou a feira e atingiu a rua novamente, e após algum tempo de caminhada chegaram a casa de Ergo. O esqueleto continuava a fazer sua jardinagem, e na menção de Kelpip querer entrar na propriedade, a necromante com um gesto fez com que o esqueleto se interpusesse em seu caminho. “Espere aqui que logo terá a sua recompensa”, disse Ergo ao gnomo, que satisfeito ficou a esperar do lado de fora.

Ao aparecer na casa, o escravo sempre fiel de Ergo veio recebe-la, e a mulher passou a ele instruções de providenciar um banho a Anatoli. O escravo e o “mendigo” foram até a área de banho, enquanto a necromante se dirigiu ate o quarto para pegar uma mochila e arrumar as coisas necessárias para a fuga. Enquanto ela vai percorrendo armários e gavetas, Ergo diz para Elly, “eu gostaria de falar sobre o que aconteceu desde que voce foi embora, mas não temos muito tempo... Por enquanto só quero dizer o quanto estou arrependida pelo que te disse naquele dia, e que estou feliz por estarmos juntas de novo. Mesmo que para isto tenha que deixar tudo que tenho para tras...”

Sorri para Ergo ao ouvir aquilo. Achava que pelo o que tinha feito a relação com Ergo tinha ido para o espaço. A gnomo pega a mão da necromante segurando-a entre as suas.

- Tudo bem, Ergo, você tinha todo o direito de ter aquela reação, afinal quem errou fui eu. Fico feliz que tenha voltado atrás e podemos ficar juntas. Prometo que aquilo nunca mais vai acontecer. Já pensou na possibilidade de nos casarmos? Eu quero.

Tendo dito isso ela foi e abraçou a humana.