Fauzi - Hades

O munir observa Bia, que avança em sua direção e para a sua frente, com os braços cruzados. Sua face indicava que ainda estava irritada, mas pelo menos num grau menor do que anteriormente.

“É claro que continuo falando com voce, Fauzi, é que as vezes voce me irrita!”, diz, lançando um olhar de soslaio para Karen, que permanece impassível. “Vamos logo devolver este artefato, que mais parece estar amaldiçoado... Ultimamente só venho encontrando coisa ruim, desde que eu achei ele...”

Dito isto, os olhos de Bia se arregalam, como se tivesse visto um fantasma. Num impulso ela se joga na direção de Fauzi, abraçando-o e mantendo seu rosto colado ao peito do munir. O mesmo percebe que a ladina era uma falsa magra, pois era notável a pressão que seus peitos faziam contra ele. Cray permanece boquiaberto com a cena, enquanto a meia-drow discretamente observa ao redor para ver o que tinha causado aquela reação na garota.

Um humano de meia-idade, com cabelo e barba castanhos escuros, passa apressado por uma das laterais da passarela.



Somente depois dele estar a algumas boas dezenas de metros dali, que Bia se atreveu a descolar do munir.

“Vamos andando agora mesmo!”, comandou a ladina, indo em direção contrária a daquele homem.

**

O grupo já estava aguardando faz vários horas na ante-sala que dava para o gabinete da governadora Lilia, vendo toda maneira de pessoas passarem a sua frente para uma audiência. Cray, muito entediado, já tinha ido reclamar com a recepção sobre a demora, e recebeu uma resposta muito mal-educada, onde diziam que deveria estar contente por ter recebido esta oportunidade, pois a espera normalmente era de semanas.

Para passar o tempo, Cray Jr, que apesar de dizer que achava o pai muito tonto, não parava de contar historias sobre ele. “Voces acreditam que ele teve oportunidade de ficar com a rainha de Darkover e a rainha de Rabiah, e que jogou tudo fora para ficar com uma garota que morou nas ruas? Por isto que digo que cada um tem que lutar pelo seu próprio destino, porque se eu fosse seguir o meu sangue, ah, eu estava perdido...”, comenta fazendo troça.

Fauzi se assusta quando Bia abraça ele. Enquanto sente o corpo dela junto ao seu o guerreiro a abraça também, envolvendo-a com os seus braços e sentindo um calor percorrer seu corpo.

Ele nota que Karen procurava por alguém e vê que era um homem esquisito que passava por ali.

Após o homem se afastar Bia parece apressada para sair do local. Enquanto seguem para o gabinete da governadora o munir sussurra no ouvido de Bia.
- Quem é aquele homem e por que você se escondeu dele? Já furtou algo dele antes?

No gabinete da governadora, Cray Jr. parecia impaciente pela demora e então começa a contar sobre as intermináveis aventuras de seu pai, sendo que em determinado momento ele critica as escolhas amorosas dele.
- Deixe-me me ver se entendi... Você critica seu pai, por ter escolhido sua mãe? Suponho que a garota que morou nas ruas seja sua mãe, uma vez que você disse que ele jogou tudo fora para ficar com ela... Se for esse o caso, você deveria ter mais respeito com ela... Se seu pai a escolheu apesar de ter as "oportunidades" que você disse que teve, então é por que ele amava sua mãe... Além disso, ele não perdeu nada com a rainha de Rabiah...

Quando fala da rainha de Rabiah o munir não consegue esconder o sentimento de raiva que tem contra ela.

Hades escreveu:Após o homem se afastar Bia parece apressada para sair do local. Enquanto seguem para o gabinete da governadora o munir sussurra no ouvido de Bia.
- Quem é aquele homem e por que você se escondeu dele? Já furtou algo dele antes?

O munir percebe que suas palavras causam um calafrio na jovem. Ela suspira e da um sorriso sem graça. “Digamos que aquele homem e eu temos nossas diferenças, e que prefiro continuar sem encontra-lo. Bem, já roubei umas coisas ou outras dele, mas nada assim tãããoo importante...”, comenta, logo desconversando.

Hades escreveu:No gabinete da governadora, Cray Jr. parecia impaciente pela demora e então começa a contar sobre as intermináveis aventuras de seu pai, sendo que em determinado momento ele critica as escolhas amorosas dele.
- Deixe-me me ver se entendi... Você critica seu pai, por ter escolhido sua mãe? Suponho que a garota que morou nas ruas seja sua mãe, uma vez que você disse que ele jogou tudo fora para ficar com ela... Se for esse o caso, você deveria ter mais respeito com ela... Se seu pai a escolheu apesar de ter as "oportunidades" que você disse que teve, então é por que ele amava sua mãe... Além disso, ele não perdeu nada com a rainha de Rabiah...

Cray ouve as palavras de munir e subitamente fica sem jeito, parando de falar e se recostando na parede, pensativo. Karen, que estava um pouco afastada, aproxima-se de Fauzi e observa a raiva incontida do munir. “Não é nada sábio ir contra a rainha de Rabiah, Maharajah Vezna... Ou se for contra, que mantenha-se nas sombras...”, diz, passando os dedos no braço forte do rapaz. “Não tem medo de que eu te denuncie? Posso ser de uma das famílias leais a Vezna... ou posso ser de uma família de oposição. Para quem você acha que esta minha lealdade?”

O grupo então é chamado por um dos serviçais para entrar na sala de audiência. A mesma era até simples, comparada com os outros cômodos do castelo. As paredes eram brancas, enfeitadas com quadros e espelhos, haviam algumas cadeiras espalhadas pela sala e também um sofá confortável.



Sentada numa poltrona estava a governadora Lilia, que permanecia observando os heróis com uma mão apoiando o queixo. Fauzi pode constatar que ela era exatamente a pessoa retratada no artefato encontrado por Bia.



A vampira, cuja face pálida e lisa como marfim não permitia discernir sua verdadeira idade, esperou o grupo se sentar de maneira paciente e tranquila. “Mostrem o que vocês tem,” comandou em tom firme. Bia, depois de lançar um olhar para o munir, entregou o aparato para a governadora. Esta deu um sorriso satisfeito e a tomou da ladina. “Que ótimo! Pensei que tinha perdido para sempre! Hmm, esta sem bateria, preciso recarregar.”

Lady Lilia voltou então seu olhar para o grupo. “Vocês serão bem recompensados...”, diz, e então observa melhor o munir e a drow. Sua expressão se torna de curiosidade. “Voces formam um grupo bem diferente. De onde vem e o que fazem aqui em Kardunia?”

Karen escreveu:Karen, que estava um pouco afastada, aproxima-se de Fauzi e observa a raiva incontida do munir. “Não é nada sábio ir contra a rainha de Rabiah, Maharajah Vezna... Ou se for contra, que mantenha-se nas sombras...”, diz, passando os dedos no braço forte do rapaz. “Não tem medo de que eu te denuncie? Posso ser de uma das famílias leais a Vezna... ou posso ser de uma família de oposição. Para quem você acha que esta minha lealdade?”

O munir encara a meia-drow com um olhar penetrante e então diz:
- Denunciar-me? Pelo que? Por não gostar da rainha? Creio que se for esse o caso muitas pessoas em Rabiah estariam sendo perseguidas... E não tenho medo algum... Não sabes quem eu sou o que fiz... O que falaria para a rainha? Tem um homem negro do outro lado do mundo que não gosta de você...

Ele fica curioso quando a vampira diz que precisava recarregar o item. Se ele havia dito aquele termo provavelmente era um item mágico, afinal, era a única coisa que conhecia que necessitava de cargas e podia ser recarregado. Outro termo que chama a atenção do guerreiro é quando ela diz "bateria". Não entendia o conceito daquela palavra. Quando a governadora pergunta sua origem Fauzi se prontifica a falar de forma sucinta.
- Sou das terras de Rabiah senhora, e o que fazemos aqui, bem eu sou um mercenário e minha amiga precisava de ajuda para chegar as duas terras, logo me propus a ajudá-la e claro, conseguirmos alguma recompensa, quem sabe devolvendo o artefato para a senhora.

Hades escreveu:O munir encara a meia-drow com um olhar penetrante e então diz:
- Denunciar-me? Pelo que? Por não gostar da rainha? Creio que se for esse o caso muitas pessoas em Rabiah estariam sendo perseguidas... E não tenho medo algum... Não sabes quem eu sou o que fiz... O que falaria para a rainha? Tem um homem negro do outro lado do mundo que não gosta de você...

Karen não recua nem baixa os olhos, devolvendo o olhar penetrante do munir. Ela ouve a resposta de maneira impassível, desafiante. Alguns instantes após o final da fala imperou o silencio, seria possível ate ouvir um alfinete caindo no chão. Bia e Cray Jr prenderam a respiração, com medo de provocar uma guerra.

Mas foi a meia-drow quem primeiro desviou o olhar. “Tem razão. É que não estou acostumada a ouvir criticas de Maharajah Vezna, tanto que me esqueço até que estamos em terras estrangeiras. Só queria ver se era um tolo inconsequente...”, diz, afastando-se.

Hades escreveu:Quando a governadora pergunta sua origem Fauzi se prontifica a falar de forma sucinta.
- Sou das terras de Rabiah senhora, e o que fazemos aqui, bem eu sou um mercenário e minha amiga precisava de ajuda para chegar as duas terras, logo me propus a ajudá-la e claro, conseguirmos alguma recompensa, quem sabe devolvendo o artefato para a senhora.

A vampira acena com a cabeça, cruza as pernas e leva a mão até o queixo. “Sim, serão bem recompensados...”, diz, e repentinamente, como num passe de magica, na palma de sua mão está uma bela ametista. “É o suficiente?”



Bia cuidadosamente pega a pedra e a avalia. Ela da um tremelique e um cutucão em Fauzi. “Vale 1 mil! 10 vezes mais que o velho ofereceu! Voce merece um beiiiijjooo!”, comenta em seu ouvido e dando um gritinho de felicidade.

A governadora, sentada em seu lugar na poltrona, continua. “Gostaram? Tem muito mais de onde veio isto... E Kardunia esta necessitando muito do serviço de mercenários...”

Cray Jr aparece no meio de Bia e Fauzi, abraçando os dois. “Mercenario, aventureiro, é tudo a mesma coisa... O que importa é bolso cheio de moedas, isto sim é o que conta! Você vai dividir a grana desta pedra, não é, Bia lindinha!”

O munir fica encarando os olhos amendoados da meia-drow e não consegue evitar de sentir atração por aquele olhar desafiador. Contudo, ele mantêm-se firme em sua posição até que Karen desvia o olhar. Alguns segundos depois, Fauzi já estava arrependido de sua atitude, não tinha tato para lidar com as pessoas e sempre falava algo que as magoava ou as deixava chateadas. Não que achasse que aquele teria sido o caso da meia-drow, não imaginava que ela se deixasse magoar tanto por tão pouco, mas mesmo assim, sentia-se mal por ter falado de forma rude com ela.

Enquanto a governadora mostra a recompensa, o munir fica a olhar para a meia-drow, pensando se devia se desculpar pelo que tinha dito. Contudo, logo seus pensamentos são desviados quando Bia se aproxima dela e sussurra em seu ouvido que merecia um beijo. Ele sorri sem graça e sussurra no ouvido dela também:
- Não por isso, mas cobrarei esse beijo posteriormente…

Cray Jr. logo mostra interesse por sua parte na gema e o munir nada diz. Deixaria que Bia dividisse a recompensa como achasse que devia. De sua parte, já estaria feliz com qualquer valor que lhe fosse dado por seus serviços.
- De minha parte senhora, estou disponível para qualquer contrato que possa oferecer… Mas tenho que saber se meus companheiros também estão de acordo, afinal um homem sozinho não é capaz de resolver qualquer problema….

O guerreiro olha para Bia e Cray Jr. e por fim pousa o olhar em Karen, desejando saber a resposta deles.

Hades escreveu:Ele sorri sem graça e sussurra no ouvido dela também:
- Não por isso, mas cobrarei esse beijo posteriormente….

Bia se surpreende com a resposta, corando-se levemente e levando a mão até a boca. Ela nada diz, mas permanece com um pequeno sorriso na ponta dos lábios.

Hades escreveu:O guerreiro olha para Bia e Cray Jr. e por fim pousa o olhar em Karen, desejando saber a resposta deles.

Bia e Cray Jr mais que rápido aceitam a proposta de trabalho. “Você não está sozinho nesta, caro colega, acho que nós formamos um belo time... Bem, pelo menos em matéria de beleza, nós somos belos!”, comenta o mago.

Karen por sua vez fixa o olhar em Fauzi. O munir pode sentir na pele o quão difícil era tentar saber as intenções daquela garota. Com um leve acenar de cabeça ela da sua aprovação.

A governadora sorri satisfeita. “Muito bem. Posso dizer que vocês são a equipe apropriada para cuidar desta tarefa, já que estamos falando de uma conterrânea de vocês...” diz a vampira, enquanto sorve um liquido vermelho em uma taça. Seus lábios tinham assumido o mesmo vermelho forte presente na bebida. “Não recebemos muito a presença de Rabiahnos aqui em Kardunia, e o fato de haverem 3, sendo que 2 deles estão aqui na minha sala, indica algo raríssimo. De qualquer maneira, estou partindo do pressuposto de que vocês não estão juntos com a terceira, que inclusive chegou antes na minha cidade...”

A vampira então faz uma pausa. Ela olha pela janela em busca de algo no céu escuro. Diz algo em tom baixo para si mesma, e seus olhos pareciam vazios. Depois de alguns instantes ela volta seu olhar para Fauzi. “Recebi informações que ela esta fazendo muitas perguntas, sobre coisas que poucas pessoas sabem. Quero que usem o fato de terem nascido no mesmo lugar para se aproximar dela e descobrir o que ela esta tramando. Acham que podem conseguir isto para mim?”

O munir agradece a Cray Jr. pelo elogio e faz um aceno positivo para ele quando ele se concorda em se unir para cumprir a missão. Depois, o guerreiro fica a observar Karen e quando ela finalmente aceita a fazer parte do time. Ele d'a um sorriso e acena positivamente com a cabeça também. Apesar de tudo, estava satisfeito em ter a drow na equipe. Algo nela o atraia.

Quando a governadora fala sobre a missão ele fica preocupado cocando o queixo.
- Eu não vejo problemas... achava que fosse algo mais difícil, mas conseguir realizar a missão precisaríamos de mais informações. O que a senhora já sabe sobre essa pessoa? E sobre que assuntos ela pergunta? Talvez possamos aborda-la apresentando respostas ou interesses mútuos por esses assuntos...

Lady Lilia ouve a resposta positiva de Fauzi atentamente, mantendo as mãos cruzadas sobre seu colo. Antes de responder ela permanece alguns instantes em silencio, pensativa. “Bem, considerando que irão trabalhar para mim, creio que posso contar alguns ... fatos sobre Kardunia. São informações sigilosas, e repassa-las a pessoal não-autorizado recebe uma pena de alta traição...”, diz, observando os 4 membros do grupo. Bia engole em seco, Cray Jr encara como se fosse uma brincadeira e Karen mantem sua rotineira face misteriosa. A vampira então continua, “Kardunia foi construída sobre um local rico em magia necromântica, resultado da morte de dezenas de milhares de pessoas devido a praga magica ocorrida a centenas de anos atrás. Antigamente esta região era uma planície fértil, de clima perfeito para o plantio e a criação de animais, mas a catástrofe alterou as condições da região, transformando-a em um imenso pântano.”

A vampira aponta para uma mesinha, que continha o esqueleto de um animal, um gato mais precisamente. Com um pequeno gesto ela o anima, fazendo-o se movimentar como se estivesse vivo, lambendo suas patas e circulando pela sala. O munir pode ver que Karen ficou surpresa, abrindo levemente seus lábios em espanto. A governadora comanda o pequeno esqueleto a subir sobre seu colo. “Não tive que fazer muito esforço para anima-lo... Este é o poder que emana deste local, e isto é o que muita gente de fora vem procurar...”, diz, lançando um olhar de relance para a meia-drow.

Lady Lilia acaricia os ossos do gato esqueleto. “O nome da pessoa que vocês irão investigar é Aaliyah Al-Kader. Ela está hospedada na taberna “O viajante cansado”, e costuma ir com frequência a casa de banhos, “Fontes de Kardunia”. Creio que isto é o suficiente para começar, conto com sua discrição. Dispensados.”

Os heróis consentem e se retiram do castelo. Do lado de fora, Cray Jr da um forte tapa nas costas de Bia, que da um grito de dor. O mago da uma grande risada e diz, “pode parar de tremer, Bia, já estamos do lado de fora! Tem medo de vampiros?”

Bia da um soco dolorido no braço de Cray Jr. “Você é um idiota se não tiver! E fazer aquele esqueletinho de gato ficar andando me fez gelar a alma! Isto não é natural! Brr.”

Karen revira os olhos, assumindo uma posição mais descontraída. “Coisas naturais é o que voce vai menos ver por aqui, Bia.” A meia-drow ia perguntar algo para Fauzi, mas então para e se dirige ao grupo. “Esta muito tarde, Aaliyah deve estar dormindo. Devemos procurar por uma taverna decente para pernoitar, agora que temos um bom dinheiro para gastar, ” diz, lançando um olhar para a ladina. Cray Jr também da um sorriso e alça as sobrancelhas, esperando a resposta dela. Bia fecha a cara e olha para Fauzi, os olhos suplicando por ajuda.

O guerreiro ouve atentamente as informações passadas pela governadora e também fica surpreso quando ela anima o esqueleto do gato. Ele dá um leve sorriso quando Cray Jr. brinca com Bia e quando eles decidem que deveriam passar a noite em algum lugar, ele diz:
- Bom, se vamos procurar por uma taverna, por que não ir na taverna a qual nosso alvo fica hospedada? Seria uma forma de nos aproximarmos dela.... Outra coisa... Acho que precisamos trocar essa pedra por dinheiro de verdade, não poderemos pagar por tudo só mostrando ela, não?

Bia, que olhava suplicante para Fauzi, despejando toda sua esperança no guerreiro, ao ouvir suas palavras se irrita, e transforma seu olhar ao de um demônio que esta prestes a dissecar sua vitima. Mas logo se da por vencida, suspira e alça os ombros. “Fazer o que... Mas lembrem-se que este é o meu dinheiro, não é do grupo, e que será reposto com o que quer que seja que iremos ganhar com esta missão! E sou eu que darei a palavra final no que for relativo a gastos neste grupo!”, diz a moça, dando sua posição. Bia simplesmente a ignora, e Cray da uma risadinha, batendo no ombro dela amigavelmente. “Claro, claro, o que voce disser esta valendo! Olha o nome da taberna, “O viajante cansado”, deve ser uma espelunca só!”, comenta casualmente. O grupo então foi a um joalheiro, onde puderam vender a gema preciosa, e Bia guardou o dinheiro em sua mochila.

Porém o mago estava errado, e só faltou Bia pular no pescoço do mago quando foi informada das diárias. Era uma taberna bem cuidada, agradável ate.



Devido ao horário o local estava vazio, com um ou outro freguês tomando seu ultimo caneco de cerveja. A ladina negociou com o dono dois quartos, que acabaram sendo divididos entre os homens e as mulheres do grupo. Todos estando cansados pela noite que parecia interminável, foram logo para seus quartos. Depois de se arrumarem para deitar, Fauzi e Cray Jr se deitaram, cada qual em sua cama. A janela estava fechada, mas era possível perceber que o céu já não estava tão escuro, anunciando a chegada de um novo dia.

“Sabe, estive pensando no que voce me disse quando estávamos esperando a audiência,” diz Cray de sua cama, deitado. “Não me entenda mal, gosto de meus pais, foi devido a eles que eu sou a pessoa que sou hoje... Heh. Pode zoar! Posso aparentar ser um idiota, mas sou uma pessoa de bom coração, sério!”

O mago acende uma pequena luz com seu dedo. Parecia que não estava com sono. “Minha mãe também perdeu a chance de ser rainha... De um reino para além dos mares, a mulher por quem estava apaixonada também ascendeu ao trono... Hmmm, sim, é uma historia complicada. De qualquer maneira, ambos desistiram de uma vida na alta nobreza em nome do amor.”

Cray Jr faz a luz ficar em formato de coração, e depois uma seta o atravessa, apontando em direção de Fauzi. “E posso dizer que esta rolando alguma coisa entre voce e a misteriosa elfa negra, não esta? E também vejo que tem alguma coisa com a Bia, também... Você é do tipo quieto, mas já esta querendo formar um harem, não? Este charme todo é a cor da pele, ou é outra coisa?”, pergunta o mago, pensativo.

Fauzi fica surpreso com a reação agressiva de Bia, o que ela esperava? Que eles dormissem na rua para economizar o dinheiro? Ele nada diz quando ela esbraveja que tomaria conta das moedas que seriam trocadas. No local, Bia organiza para que pegassem somente dois quartos e separa entre homens e mulheres. Apesar de achar meio lógico, o guerreiro estranha essa separação, acreditava que Bia não ia querer de jeito nenhum ficar no mesmo quarto que a meia-drow, posto que pareciam se odiar.

O munir ao chegar ao quarto abre a janela e fica olhando a movimentação lá embaixo pela mesma. Cray Jr. então pede desculpas pelo que havia dito e o guerreiro faz um movimento positivo com a cabeça.
- Eu também peço desculpas, não quis ser rude e não cabe a mim julgar seus atos... Mas pelo que você diz, seus pais parecem ser boas pessoas... Pessoas de bom coração e que não se importam com coisas materiais... Ou pelo menos não é o primeiro objetivo deles... Além disso, devido a essas decisões eles fizeram você... Se fosse de outra forma, e tivessem tomados outras decisões você não estaria aqui...

Cray então começa a falar sobre as garotas e o munir sorri com o comentário do mago. Ele retira seus equipamentos enquanto fala com Cray Jr..
- Eu e Bia somos bons amigos somente, quando cheguei em Porto Negro eu a conheci e logo ficamos amigos, você sabe como ela é... Sempre aberta a conversas. Então eu passei a protege-la de algumas encrencas que ela se metia. E de onde eu venho não há noção de somente um parceiro para a vida.... Lá é permitido múltiplos casamentos, e múltiplos parceiros, o que vocês chamam de harém. Tanto para o sexo masculino, quanto o feminino. Contudo, normalmente quem os tem são pessoas de posse, uma vez que terão de sustentar os seus consortes... Então, respondendo a sua pergunta, sou muito pobre para ter um harém...

Ele senta-se a cama e olha para o mago.
- Quanto a drow, bem, ele é uma bela mulher, mas eu não confio muito nos drows e consequentemente não confio muito nela... O que a Bia disse sobre eles na maioria das vezes é verdade, apesar de existir alguns que desviam do comportamento maléfico de sua especie. Contudo, ela me atrai... Há algo nela... Mas e você? Quando eu vi você com a Bia, parecia que vocês tinham algo... Era como um namoro de algum tempo, e que se afastaram por algum motivo...

O mago, ao notar o interesse demonstrado por Fauzi, pega o travesseiro, apoia-o na parede e se recosta nele confortavelmente. “Minha historia com Bia? Bem, digamos que na realidade ela é da família. Certo dia, quando pequeno, la na ilha onde morava, meus pais chamaram eu e todos meus irmãos para apresentar uma menina que mais parecia um menino, toda suja e de cabelo desgrenhado, que gostava de brigar e brincar na lama. Eles disseram que seria nossa mais nova irmã, e assim a tratamos, como se fosse da família.”

Cray para por alguns instantes, pensativo, como se estivesse apreciando as memórias daquele tempo. E então continua. “Bia sempre foi apegada a mim, e assim foi ate chegar a hora de sair da ilha. Isto foi ha dois anos atrás, e falei para ela que retornaria em breve para leva-la comigo em minhas aventuras. Detalhe é que eu não voltei, mas posso dizer que foi por um bom motivo.”

O mago da uma risadinha, e então se senta na cama. “Agora quanto as drows... Sugiro que realmente tome cuidado. Meu pai disse que elas se comportam como se fossem homens, numa sociedade em que os papeis estão trocados. Nos locais onde elas mandam, são os homens que fazem as tarefas domesticas, e as mulheres que são as cafajestes, que usam e jogam fora seus parceiros. Não que eu fosse reclamar se a Karen quisesse me usar.”

A conversa é interrompida por 3 batidas na porta. Cray olha para Fauzi, e se levanta para abrir a porta. Era Karen, que estava vestindo apenas uma camiseta branca por sobre um short de cor caqui. O mago fica boquiaberto, admirando as formas generosas da elfa negra, delineadas pelo tecido fino de suas roupas.

“Saia”, diz a drow para Cray, que leva alguns segundos para digerir a ordem. O mago se volta para Fauzi, esperando o que fazer.

O guerreiro ouve a história do mago sobre a infância de Bia com um sorriso no rosto. Era bem típico dela a cena de uma pequena com cabelos desgrenhados.

Cray Jr então mostra seu conhecimento sobre a sociedade drow e era um pouco diferente do que sabia de Rabiah. Lá, aparentemente, a sociedade era mais igualitária, se bem que quando ele fala cafajeste o munir não vê sentindo naquela palavra. Como havia dito, o relacionamento com diversos parceiros não era tabu na sua cultura.
- Eu sei lidar com drows... De onde venho há bastante deles, mas tomarei cuidado...

Ao terminar a frase, Karen bate a porta vestindo roupas íntimas e ordena que Cray saia. O munir faz um gesto positivo com a cabeça para o mago e não consegue evitar em admirar as formas da meia-drow. Enquanto ela entra no quarto ele diz:
- O que houve? Não conseguiu ficar com a Bia?

Cray sai resmungando algo sobre certas pessoas terem muita sorte, e tropeça no pé de Karen, indo ao chão e praguejando muito. Dificil saber se aquilo foi acidental ou não.

A drow entra no quarto, indo direto sentar-se na cama, testando para ver se estava macia. Impossivel não notar que a camiseta da outra era bem apertada, e que aqueles dois montes cobertos tinham os picos bem afiados. “Bia dormiu logo que deitou na cama. Se eu fosse uma ogra vestida com armadura completa andando pelo quarto, ainda assim não teria acordado ela.”

A meia-drow então volta seu olhar superior para Fauzi, levantando-se e com as mãos fazendo o munir sentar na cama. Sua voz era firme, mas ao mesmo tempo tinha um fundo melodioso... O som das palavras do comum rabiahno dançavam pelos seus lábios carnudos. “Não conseguiria dormir, nem se quisesse, pois meus pensamentos estão só em você, desde o momento que te vi. Os homens ocidentais são crus e ignorantes, senti falta dos homens da minha terra. Voce pode não ser da capital, mas tem o gosto das areias dos desertos. Quero te possuir...”, diz, passando a mão sobre os lábios de Fauzi. “Mas se voce acha que é muito cedo, não tem problema, sei respeitar os seus limites. Pode confiar em mim, estarei do seu lado sempre.”

O munir senta-se sem nada falar ao lado de Karen. Ele olha para o corpo sexy dela e seus lábios carnudos e convidativos. Apesar de ser um guerreiro, era inexperiente com esse tipo de coisa e a meio-drow pode notar que ele engole seco quando ela lhe profere palavras de desejo. O jovem sente um receio que nunca sentiu antes, até mesmo medo daquela situação. Desejava-a, mas tinha medo de avançar... Sabia a fama dos drows, mas mesmo assim queria aquilo.

Ele fixa o olhar nos olhos amendoados de Karen e coloca e mão no rosto dela, acariciando e sentindo a textura da pele macia dela em suas mãos. O guerreiro continua a acariciar o rosto da drow com sua mão direita e coloca-a na nuca dela, então a puxa lentamente para próximo dele e beija os lábios dela. Primeiramente mordisca e suga os lábios de Karen para então colocar sua língua dentro da boca dela e trocar salivas. Em seguida ele coloca sua mão por baixo da camiseta dela e acariciando a barriga dela e subindo a camiseta até chegar com a mão no seios dela e usar o seus dedos para brincar com os mamilos duros.

Fauzi sentia seu coração disparado. Algo dentro dele dizia para que ele parasse naquele momento, dizia para se afastar dela e que aquilo poderia gerar complicações para ele no futuro, mas ele não queria seguir essa voz.
- Confesso que, desde o momento em que te vi, desejei-te e ainda te desejo...

O guerreiro retira a camiseta da drow, deixa-a completamente despida e a deita delicadamente sob a cama para logo em seguida descer os beijos pelo pescoço dela, seios, barriga, coxas, virilha e isso enquanto acaricia o corpo delicado dela com suas mãos.

Obs.: Acho que isso é o máximo que posso fazer por aqui, afinal não estamos no "quarto escuro" kkkkk O resto deixo contigo, Hell!

NRPG: Pois é Hades... Bem, conversei com o Aumar e ele disse que tudo OK. De qualquer maneira, vou colocar o texto em spoiler, quem quiser ler, que clique e leia, kkk!

Cenas quentes - cuidado!:

Um breve cochilo se segue, os dois permanecendo abraçados, bem próximos um do outro. Karen desperta e acorda o munir com um cutucão dolorido. Ela observa Fauzi, uma das mãos apoiando a cabeça por entre as mechas prateadas de seus cabelos. “Muito bom, Fauzi. Há muito tempo não me sinto tão bem,” diz, passeando com seus dedos longos pelo peito musculoso do parceiro. “Mas se vamos manter este tipo de intimidade, necessito saber mais sobre voce. É vital que não haja segredos entre dois que tenham partilhado tal grau de proximidade. Conte-me sua historia, seus anseios e desejos... Talvez possa ajuda-lo.”

Fauzi dorme como um criança após o ocorrido até que é acordado por um cutucão da mulher e então ela fala sobre intimidade e dividir segredos. Ele sorri e acaricia o rosto dela.
- Concordo e não teremos mais segredos, daqui para frente... Contudo, acredito que devemos deixar nossos passados para trás... Não faz diferença e além disso, também não conheço a sua história...

O munir não estava para compartilhar seu passado com a drow. Revelar isso poderia trazer problemas para ele e principalmente para pessoas que o ajudaram.

A drow cerra as sobrancelhas, visivelmente irritada com a recusa, mas logo substitui por uma expressão mais amena. “Entendo. Deixemos o passado para trás então. Vou retornar para o meu quarto, melhor Bia não saber de nada, pode atrapalhar seu desempenho no grupo,” diz Karen de maneira objetiva. Ela se veste silenciosamente e sai sem se despedir. Não demora muito e Cray Jr aparece, todo indignado.

“Você acredita como esta drow é folgada? Fui dormir no quarto da Bia, e quando estava no sétimo sono ela me expulsou de novo! Ta pensando que é a rainha de Rabiah? O pai dela devia dar umas palmadas no traseiro pra aprender a tratar melhor as pessoas...”, reclama o mago, que se joga embaixo das cobertas.

**

De manhã o grupo sai de seus quartos e se encontra na área central da taberna, onde pedem pão e queijo para o desjejum. Bia estava toda animada e cheia de energia, ao contrario de todos os outros, ainda sonolentos.

“Ah, que dia lindo! Dormi tão bem, que nem uma pedra, e agora me sinto como se fosse conquistar o mundo. E vocês, como estão?”, pergunta aos outros.

Cray tapa os ouvidos e faz um sinal de silencio. “Sua disposição cega meus olhos, quase não dormi. Pode falar mais baixo?”.

Karen acena com a cabeça, também cansada e dolorida. “Melhor não chamar a atenção, Bia... Não pude descansar muito ontem a noite”, diz, lançando um olhar furtivo para Fauzi e piscando levemente com o olho esquerdo, “se bem que não posso reclamar da cama, muito confortável e deliciosa.”

Cray balança as sobrancelhas e faz uma careta. “Sei, sei... Qual delas?” comenta, e logo ia se protegendo da drow, quando faz um sinal exasperado para todos. “Quietos! Quietos! Olhem para la, discretamente...”, diz, apontando para um canto do salão.

Sentada ao lado de uma mesa estava uma jovem de pele marrom escura, cabelos crespos longos e corpo atlético e esbelto. Sua indumentária era característica das regiões quentes de Rabiah, assim como seus adornos.



“Chama realmente a atenção... Então esta é Aaliyah Al-Kader... O que faremos?”, pergunta o mago.

Fauzi acena com a cabeça em relação ao comentário sobre Bia, mas não compreende por que isso afetaria o desempenho dela. Ele então fita a drow se vestir e sair do quarto sem nada fala, admirando o corpo dela e pensa: Mas que gênio que essa ai tem...

O guerreiro fica deitado na cama com os braços atrás da cabeça enquanto Cray Jr. entra reclamando de Karen. Fauzi nada comenta e só sorri com os comentários do mago e pensa: Dá próxima vez farei isso...

No desjejum, o munir pede um café forte para mante-lo acordado após a noite de atividade. Quando a drow comenta sobre a cama ele troca olhares com ela com um sorriso no rosto e diz: - Minha noite foi boa, muito boa...

O guerreiro para de falar quando Cray chama a atenção deles para a bela rabiahense.
- Vamos esperar...

Ele chama a atendente e pede a mesma que ofereça algum prato que fosse típico de Rabiah, as suas custas para a moça morena. Caso ela olhasse, ele faria um aceno com a cabeça.