Fauzi - Hades

Sendo chamada por Fauzi, a atendente anota o pedido e retira-se em direção da cozinha. Após vinte minutos ela retorna, levando um prato, feito com arroz, lentilhas e carne de porco, para a mesa da rabiahna. Ela olha intrigada para o prato, e depois de comentar algo com a atendente, volta a atenção para a mesa de Fauzi.

O munir cruza olhares com ela, olhos castanhos-escuros inquisitivos. Ele acena com a cabeça, ela retribui. Olha então para os outros integrantes, e para por alguns instantes na drow. E então volta sua atenção ao prato, pegando o garfo e comendo vagarosamente.

“Será que ela pensou que foi um galanteio? Muitas vezes já ofereci bebidas para belas garotas desconhecidas, e posso dizer que elas adoram isto!”, comenta Cray Jr.

“Ah Cray, voce não toma jeito! Maior namorador da ilha, depois de namorar com todas, veio para o continente para atacar gente nova. Por falar nisto, quem era aquela que voce tava conversando quando a gente se encontrou em Porto Negro?”, reclama Bia.

“Não digam asneiras! Em Rabiah oferecer um prato a um desconhecido é oferecer hospitalidade a ele, um compromisso de que nada lhe ocorrerá de mal enquanto estiver por ali. Aaliyah aceitou, então quer dizer que confia em nós... por enquanto”, diz a meia-drow, observando a mulher. Karen então se vira e apoia o queixo com a mão, o cotovelo sobre a mesa. Estava pensativa. “Agora o que me intriga é o fato de mesmo tendo me visto na mesa, ter aceitado a oferta. Será que é aliada de alguma das casas nobres?”

A rabiahna termina de comer, limpa a boca em um guardanapo e chama a atendente. A mesma conversa com Aaliyah por alguns momentos, acenando com a cabeça e indo em direção da cozinha. Ela volta trazendo água em copos de vidro, uma para cada um dos presentes na mesa de Fauzi. Bia e Cray Jr olham interrogativamente para Fauzi e Karen. A meia-drow respira fundo.

“Esta é a retribuição da água. Nós que oferecemos a comida devemos beber, para mostrar que aceitamos o agradecimento, e que confiamos no desconhecido”, explica. Bia já ia tomando a agua, sendo segura pela mão de Karen. “Pode estar envenenada,” comenta em tom frio.

A ladina deixa o copo de novo na mesa, engolindo em seco. Na outra mesa, a rabiahna permanece observando o grupo, aguardando.

Fauzi observa a bebida oferecida pela mulher e por um tempo fica a fitar o copo. Ele olha para a drow e diz com um sorriso:
- Espero que não...

Então ele pega o copo e bebe dá água...

Fauzi não se importa com o aviso da drow, e bebe da agua. Bia morde a ponta inferior do lábio e Cray prende a respiração, enquanto Karen observa de maneira fria o munir tomar da agua.

Para Fauzi a agua não tinha nem odor nem gosto, estava gelada e refrescante.

Passam-se 30 segundos e nada. A drow então pega o copo, sendo acompanhada pelos outros. Ela limpa delicadamente os lábios com o guardanapo, e então diz para Fauzi: “A mensagem foi passada. É voce que confia nela, nós apenas seguimos seus passos. Vá conversar com ela.”

Ao se levantar, o munir sente a mão da drow o segurando. Ela o puxa para cochichar em seu ouvido. “Se estivesse envenenado, eu não teria deixado voce beber... Agora va!”, sussurra.

Bia por sua vez fica intrigada com esta intimidade entre os dois... O que estaria acontecendo?

Fauzi segue em direção de Aaliyah, com a rabiahna observando Fauzi se aproximar e se sentar a mesa. Ela cruza os dedos e diz, no comum rabiahno, “já esperava isto, drows não confiam em ninguém. Agora fiquei curiosa... Por que a hospitalidade? E por que anda com uma drow? Ou o fato de ser uma meia-drow indica algo que desconheço?”

O munir identifica em seu sotaque algo familiar, regional. Algo da sua região.

Levanta-se para ir até a mesa da mulher quando a meio-drow o detém e cochicha em seu ouvido dizendo que não deixaria que ele fosse envenenado. Ele sorri e responde cochichando em seu ouvido também:
- Eu sei, por que acha que bebi?

Ele então pisca o olho e segue até a mesa rabiahana. A cumprimenta e quanto questionado o por que da hospitalidade ele diz:
- Nós de Rabiah temos que nos apoiar, esteja onde estivermos... Quanto a Karen, formamos um grupo para conseguir contratos e coisas assim... Como mercenários... Ela tem boas habilidades e é mais fácil de cumprir missões quanto se tem pessoas com habilidades conosco...

O munir então reconhece um sotaque regional na voz da mulher e complementa:
- O seu sotaque não me é estranho... De que região de Rabiah você é?

Aaliyah e Fauzi se apresentam rapidamente, e logo iniciam uma conversa.

- Nós de Rabiah temos que nos apoiar, esteja onde estivermos... Quanto a Karen, formamos um grupo para conseguir contratos e coisas assim... Como mercenários... Ela tem boas habilidades e é mais fácil de cumprir missões quanto se tem pessoas com habilidades conosco...

A rabiahna olha para a outra mesa, fixando sua mirada na drow. “Sim, as terras estrangeiras são perigosas, e a cultura decadente, não tenho uma boa conversa a meses... Hmm, se a elfa negra é mercenária, torna-se um pouco melhor. Um pouco, apenas, pois deve sua lealdade ao dinheiro, e não as pessoas...”

- O seu sotaque não me é estranho... De que região de Rabiah você é?

Aaliyah ergue as sobrancelhas, um tanto quanto surpresa. “Meu sotaque é tão reconhecível assim? Sou de uma vila do interior de Rabiah... você deve ter ouvido falar do massacre da vila de Qasim, promovida pelos nossos queridos Maharajas? Varias famílias desleais ao reino foram exterminadas. Pois bem, moro numa vila mais ao sul de Qasim, Asbag.”

A rabiahna se recosta em sua cadeira, virando o rosto meio de lado e observando a reação do munir. Ela era forte e tinha os músculos bem definidos, não era uma simples mulher que vivia lavando as roupas e cuidando do marido em sua pequena vila. Seus movimentos indicavam preparo, como uma mola tesa esperando para ser solta. O que lembrava a Fauzi os munires de sua vila natal, Qasim.

Fauzi quase abre a boca para falar que ele era da vila Qasim, mas detêm-se. Não podia falar que era um sobrevivente do massacre pois poderia chamar atenção indesejada para si, contudo a menção ao massacre faz com que memórias antigas retornem e ele lembra-se de sua vida e seus pais. Por um momento ele aperta o caneca com mais força.
- Eu conheço a história... -diz num tom triste- Você é uma munir? O que faz por essas terras? Se não é uma mercenária, o que faz por aqui?

Aaliyah observa as reações do homem a sua frente, e sabe que suas palavras causaram desconforto. Ela pega um copo da agua e beberica, molhando os lábios. “Você conhece os munires? Então deve saber que as outras vilas, para evitarem serem destruídas, tem que enviar seus melhores combatentes para a capital. E desta maneira nosso próprio sangue serve aos dominadores. O povo do deserto esta cansado disto, e precisa de aliados. Os elfos das areias não querem nos ajudar, eles sim são mercenários... E o que nos resta então? Procurar ajuda externa.”

A rabiahna toma mais um pouco de agua, tinha falado muito. Ela inspira, e continua, “por isto estou aqui... Não sou idiota, sei que chamo a atenção. Faço questão de chamar a atenção. E por isto voce veio ate a minha mesa, pagar um prato de comida, e bebeu da minha agua. Então eu te pergunto: você esta comigo? Sabe que as vilas não tem muito a oferecer, mas não podemos deixar que o que aconteceu em Qasim se repita, ou que as mortes não sejam vingadas...”

Fauzi faz um gesto positivo com a cabeça. Toda ajuda que pudesse dar as vilas de sua terra natal e todos os danos que pudesse na governante de Rabiah era uma oportunidade de vingança. Isso poderia atrair a atenção para si, mas não se importava.
- Eu estou com você... Mas o que você quer? Ajuda de quem? E como? Além disso, seja o que for terá que ser escondido... Não sei se posso confiar na meio-drow... Não sei se ela está com os governantes de Rabiah ou não.

Aaliyah recosta-se na cadeira, aparentando estar satisfeita. Tinha um sorriso misterioso no rosto. “Muito bem, então estamos juntos. Tive sorte em me encontrar com voce, um Rabiahno das areias em terras extrangeiras. Não sei se poderia confiar em outra pessoa,” diz, lançando um olhar para a outra mesa. Bia e Cray Jr conversam em cochichos, enquanto Karen limita-se a tomar um vinho em uma taça, sem se importar com nada. Aparentemente.

“Vamos manter então este nosso acordo em segredo... Sobre os detalhes do que pretendo fazer, prefiro conversar com voce em um local mais particular, longe dos olhos e dos ouvidos dos outros. Hoje a noite, no meu quarto, estarei te esperando. Não fale a nenhum dos seus companheiros sobre o nosso encontro,” diz em voz baixa.

Ela então se levanta, lança um ultimo olhar para Fauzi, e sai em direção da rua, sem se despedir.

Fauzi concorda com a cabeça e volta a mesa dos seus companheiros.
- Creio que consegui ter alguma proximidade com ela... Ainda não sei quais são os planos dela por aqui, mas acho que descobrirei no futuro. Ofereci ajuda caso ela necessite e ela ficou de nos chamar se necessário. Por enquanto, acho que vamos ter que passar mais uns dias nesta taverna... Então, o que vocês tem em mente para o dia de hoje?

Depois de Fauzi juntar-se a mesa novamente de seus companheiros, ele explica sobre o ocorrido. Bia estava com o sobrecenho cerrado e fazendo um leve bico com seus lábios. “Mesmo? Voces ficaram falando muito tempo... Não confio naquela mulher, especialmente depois desse negocio de envenenar a agua. E ela tem um jeito muito parecido com a Karen aqui, que eu também não confio nem um pouco...”, diz, em tom irritado.

A espetada presente nas palavras da ladina nem foi sentida pela meia-drow. “Ele disse o que nós precisávamos saber, e isto basta para mim,” comenta Karen, bebericando seu vinho.

Cray Jr leva as mãos a nuca e se recosta na cadeira. “Bem, o que vamos fazer... Hmm... Vejamos... Bem, temos o homem misterioso do qual Bia se escondeu ontem a noite. Podemos ir falar com ele pra saber do que se trata, já que ela não quer falar nada...”, sugere em tom zombeteiro.

Bia olha com raiva para Cray. “Não é nada, já disse! Mas se quer saber tanto assim, seu nome é Byron, e ele veio com uma proposta de emprego para mim. Eu pedi um adiantamento de 10 peças de ouro, só que não fui no local marcado. E pronto!”

Karen olha séria com olhos frios para Bia. “Devolva o dinheiro.”

A ladina se volta para Fauzi, sorrindo. “Então, uma coisa que me intriga nesta cidade são estes itens mágicos estranhos. Vi que tem algumas engenhocas que parecem ter sido construídas pelos anões, sem falar que para uma cidade estar encima de um pântano, não deve ser nada fácil. Poderiamos ganhar algum dinheiro com isto, sabendo destes segredos, o que acha?”, pergunta.

Fauzi tenta acompanhar o raciocínio da ladina, mas não consegue e coça a cabeça.
- Ganhar dinheiro sabendo dos segredos? Como assim? Não entendi o que propõe.... Quanto ao que Karen falou seria prudente, você tem dinheiro agora... Por que não devolve o que pegou desse tal Byron e fica com menos uma pessoa como teu inimigo?

Karen beberica um pouco mais do vinho. “A Bia somente esta tentando mudar o foco da conversa. Não tem realmente nada para propor...”, diz sem receio algum.

Bia pega o copo de agua e joga no rosto de Karen, que fecha os olhos instintivamente. Ela permanece com os cabelos brancos molhados, gotejando pelas pontas.

A ladina se vira para Fauzi. “Você me decepcionou! Agora só da ouvidos para esta megera fria e sem sentimentos! E eu que pensava que formávamos uma dupla, desde quando a gente se encontrou em Porto Negro. Voce me salvou, cuidou de mim... Fazia aquelas brincadeiras... Eu pensava que eu e você... Você e eu...”, titubeia, mirando seu olhar para os olhos e a boca do munir.

“Bah, homens!” exclama e sai correndo da estalagem, batendo a porta principal atrás de si.

Cray Jr permanece boquiaberto. “Mulheres! Quem as entenda que escreva um livro!”, comenta espantado.

A meia-drow pega um lenço oferecido por Cray para se limpar. “Já matei por muito menos que isto,” comenta e aponta para a porta. “Vai la falar com ela, Fauzi. Ela gosta muito de voce, e esta tensão pode atrapalhar o nosso grupo.”

O guerreiro fica espantado quando Bia joga a água no rosto de Karen. Por alguns segundos o ar fica tenso e ele realmente esperava alguma reação da meio-drow, mas diferente disso ela não faz nada. E essa atitude dela espanta-o mais do que a de Bia. Como se não bastasse, ela ainda diz para que ele vá atrás de Bia e converse com ela, preocupando-se com a união do grupo. Ele fita os olhos da meio-drow tentando entender se aquilo era algum truque ou algo assim. Será que ela era realmente diferente da maioria dos drows que conheceu? Sem dizer nada ele assente com a cabeça e segue Bia para fora da estalagem.

Caso a alcançasse a seguraria pelo braço e diria:
- Por que teve essa atitude? Ela não te fez nada... O que há com você?

Parece que Fauzi fica mais espantado com a atitude de Karen do que com a fuga de Bia. Com estes pensamentos ele levanta-se de sua cadeira e vai atrás da ladina, alcançando-a antes que fosse muito longe. Ao ser pega pelo braço ela tenta se soltar, mas a força do munir era maior.

Bia se vira e fixa sua mirada em Fauzi, com uma atitude desafiadora.

- Por que teve essa atitude? Ela não te fez nada... O que há com você?

“O que há comigo? O que há com voce, Fauzi! Pensa que eu não notei que você esta fascinado por esta bruxa? Fica olhando para ela com olhos de peixe morto, todo embasbacado! Parece que no grupo só existe ela... E toda esta troca de olhares e cochichos? Toda esta intimidade? Caraca, a gente conheceu ela ontem! E nós dois, que já nos conhecemos há muito mais tempo? Você não fala mais comigo, não toca mais em mim, não brinca mais comigo!”, diz, e então seus olhos castanhos começam a marejar, “você não gosta mais de mim?”

O munir dá um sorriso e puxa Bia para si, dando-lhe um abraço apertado enquanto afaga os cabelos dela.
- É claro que gosto de você pequena...

Ele segura a ladina com uma mão em cada braço e olha em seus olhos.
- Peço desculpas se não estou te dando a atenção merecida, mas eu gosto de você... Eu vim pra ele local por você afinal... Quanto a Karen, ela é da minha terra então temos algumas afinidades... Mas prometo que não vou te deixar na mão pequena... Somos parceiros, não somos?

O munir sorri e caso a ladina mostrasse receptiva chamaria para voltar a taverna e seguir com o plano.

Ele segura a ladina com uma mão em cada braço e olha em seus olhos.
- Peço desculpas se não estou te dando a atenção merecida, mas eu gosto de você... Eu vim pra ele local por você afinal... Quanto a Karen, ela é da minha terra então temos algumas afinidades... Mas prometo que não vou te deixar na mão pequena... Somos parceiros, não somos?

Bia acena com a cabeça e limpa as lagrimas com as pontas dos dedos. Ela da um sorriso meio triste e diz, “tudo bem, não tem problema. Quando era pequena ninguém me aturava quando tinha estas crises. Acho que voce deve ter muitas saudades de Rabiah, não é? As vezes também sinto saudades de casa.”

A ladina ergue a palma da mão para um high-five. “Parceiros.”

O munir sorri e caso a ladina mostrasse receptiva chamaria para voltar a taverna e seguir com o plano.

Quando Fauzi faz menção de retornar para a taverna, ela nega com a cabeça. “Eu queria aproveitar que é de manhã para fazer umas compras, tudo bem? Voce sabe, coisas de mulher...”, diz, meio sem graça e já saindo. “A gente se encontra depois!”

Ao chegar a taverna, o munir ve que Karen o estava aguardando do lado de fora, com os braços cruzados e uma expressão indiferente. Ao notar que estava sozinho, ela ergue uma sobrancelha. “E a humana?”, pergunta.

A meia-drow segura então firme no pulso de Fauzi, encarando-o. “Esqueceu-se do que conversamos hoje de madrugada? Sem segredos? Conte-me tudo o que disse Aaliyah!”, demanda em tom seco.

O munir fica contente que tudo tinha se acertado com Bia. Ele acena com a cabeça e pede para que ela tome cuidado. Em seguida retorna para a taverna, contudo Karen estava a sua espera na frente da mesma.

Ele se aproxima e quando ela pergunta sobre a humana ele diz que estava tudo acertado. Que já estava tudo bem entre eles. Contudo a meia-drow o surpreende segurando seu pulso. O guerreiro ele olha para a mão dela e depois fita os olhos dela e então dá um arrancam com seu braço para que ela o solte.

O munir se aproxima da elfa negra, colocando-a contra a parede e olhando-a de cima para baixo.
- Eu vou te dizer o que imagino sobre você... Imagino que você é alguém de posses que veio de Rabiah, alguém que estava acostumada com todos servindo e paparicando você... Mas você não está mais em Rabiah e não tem servos por aqui e não manda em mim...

Após dizer isso ele se afasta da meia-drow e diz:
- Quanto a Aaliyah não há segredo algum. Ela não parece estar aqui por causa de nada que envolva a governadora, mas vou pesquisar mais a fundo. Parece que ganhei a confiança dela... - ele diz isso e entra novamente na taverna.

Ele se aproxima e quando ela pergunta sobre a humana ele diz que estava tudo acertado. Que já estava tudo bem entre eles. Contudo a meia-drow o surpreende segurando seu pulso. O guerreiro ele olha para a mão dela e depois fita os olhos dela e então dá um arrancam com seu braço para que ela o solte.

A violência da puxada surpreende Karen, que fica boquiaberta e sem ação.

O munir se aproxima da elfa negra, colocando-a contra a parede e olhando-a de cima para baixo.
- Eu vou te dizer o que imagino sobre você... Imagino que você é alguém de posses que veio de Rabiah, alguém que estava acostumada com todos servindo e paparicando você... Mas você não está mais em Rabiah e não tem servos por aqui e não manda em mim...

As palavras do munir mudam a expressão do rosto da meia-drow, indo de surpresa para o de um ódio frio, as sobrancelhas brancas cerradas, a boca um fio de navalha e um tremer quase imperceptível dos músculos de sua face. Porém ela ouve sem retrucar, seus olhos desafiantes.

Após dizer isso ele se afasta da meia-drow e diz:
- Quanto a Aaliyah não há segredo algum. Ela não parece estar aqui por causa de nada que envolva a governadora, mas vou pesquisar mais a fundo. Parece que ganhei a confiança dela... - ele diz isso e entra novamente na taverna.

Dentro da taberna Cray Jr estava visivelmente entediado com a mão apoiando a cabeça e o cotovelo na mesa. Ao ver Fauzi se aproximar, ele aponta para um espaço vago, convidando-o a sentar. “Hmm, posso dizer que voce tem a mesma capacidade do meu pai de se interessar por mulheres-problema. Bem, se não tem nada para fazer, poderíamos visitar uma amiga minha que trabalha aqui em Kardunia. Ela me deu o endereço do local onde ela trampa, poderíamos dar uma passada lá, o que acha?”, diz, recostando-se na cadeira. “Existem halflings em Rabiah?”

Após a conversa com Karen ele volta para dentro da taverna e Cray Jr. comenta sobre sua escolha por mulheres. Ele sorri e diz: - E há mulheres que não sejam problemas?

O arcano então o convida andar pela cidade e encontrar uma amiga sua. O munir concorda com a cabeça, afinal teria bastante tempo até anoitecer.
- Sim, claro, vamos... E há, mas normalmente são estrangeiros, nativos são difíceis... Acho que não gostam muito do clima árido...

Ele termina de beber e acompanha Cray pelas ruas da cidade.