Capítulo 2: Negócios Ilícitos

Apossyn arrepia-se por completa e até estremece com a notícia, mas prefere não falar nada.
Ela observa atentamente a fechadura e diz à todos, procurando mudar o foco de seus pensamentos e da conversa sobre mortos falarem:

- Não sou muito boa com fechaduras quando não possuo a chave... Alguém conseguiria abrir isto?

Afastado do grupo, o ladino agora se levantava vagarosamente, em seguida caminha em direção aos prisioneiras pra ver o que se sucedia, caminhava em passos lentos para poupar sua energia, mas pra prevenir, ele carrega a sabre na mão direita e coloca seu manto, não sabia o que esperar dos prisioneiros, de inicio ele olharia para as mulheres, sem muita esperança de que encontraria Mirian naquela carruagem.

O ladino nota que haviam 10 pessoas, 6 homens, 3 mulheres e outro humanóide, de corpo robusto e de aproximadamente dois metros e meio de altura, braços fortes e feições rudes. Havia uma fechadura muito bem elaborada na porta da carruagem-cela.

O ladino nota que a fechadura que usaram pra prender os prisioneiros não era simples, mesmo assim tentaria liberta-los. O ladino se abaixa com bastante dor e vasculha sua mochila, agarrando o equipamento de ladrão e logo em seguida começa a trabalhar na fechadura.

Spoiler:

O ladino tenta abrir a fechadura, mas não consegue. A qualidade do material e do mecanismo era excelente. Ao mesmo tempo, o grupo estava vulnerável na estrada e o tempo estava passando.

Muitas preocupações começavam a passar pelos membros do grupo, uma delas era de como entrariam na cidade de Lua Alta.

Andariel perde a paciência:

-Arrombem esse cadeado! não temos mais tempo, estamos feridos, minhas magias esgotadas, se fomos pegos as coisas irão se complicar e muito. Avelha olha para seu corvo e ordena:

-Fuxo faça uma observação da estrada do alto, voe em direção a um lado e a outro e nos dê informações!

O corvo imediatamente ergue vôo.

Fuxo alça vôo, retornando apos alguns minutos enquanto o grupo analisava melhor a fechadur. Quando retorna, diz:

- Movimento! Movimento atraz e adiante!

Andariel interpreta como se, na estrada, tivesse movimento de pessoas/ caravanas na direção da frente e atras.

A velha responde:

-Maldição, sabia disso, arrombem isso com tudo!

O ladino sabia que pra abrir aquele cadeado ele precisaria de um tempo e de calma, e pelo que parecia, faltava tempo pra eles, infelizmente teria que abortar sua tentativa por segurança própria.

- Me desculpem pessoal... Eu não posso... Fala Lacov para os que estavam na jaula, bem contido, sua voz estava abafada, ele havia falhado, não podia salvar aquelas pessoas, então se afasta.

Sem atrasar o grupo, ele avisa a velha e aos outros que não podia continuar com aquilo, estava ferido e não aguentaria outro combate. - Não tenho tempo suficiente pra abrir o cadeado... Estão por conta própria, por sua própria sorte... Vamos nos esconder ligeiro e sumir daqui... Eles podem nos dedar...

Os escravos assentem com a cabeça. Eles pareciam abatidos e cansados.

- T-tudo bem. Nós já tamo marcado, cêis não. Se num puder solta a gente, nus leva com cêis, depois damo um jeito, diz o mesmo homem que falou antes.

Talvez agora fosse a hora do grupo formular uma estrategia de como prosseguir na estrada e futuramente entrar na cidade, talvez essa carruagem possa ajudar.

Kheltu refutou a ideia de Lacov em abandonar os prisioneiros na estrada.
- Não podemos fazer isso. Teremos que seguir com eles até darmos um jeito de libertá-los. Eles não cometeram crime nenhum por estarem trancados aí dentro, do mesmo modo que você, a Andariel o outro também não. Eles merecem a mesma liberdade que foi proporcionada à vocês três. - Kheltu parou de falar para pensar numa solução. Eles não tinham muito tempo sobrando. - É o seguinte, não sei quem é que vem pela estrada. Podem ser caravanas mercantes, guardas das cidades à procura de vocês ou até mesmo outra carroça chefiada por um Zentharim. Seja como for, não podemos correr riscos. Sugiro que os três, Andariel, Lacov e Aurion, se escondam nessa carroça, enquanto eu e Apossyn ficamos no controle da situação, já que nós não estamos sendo acusados de alta traição.

Kheltu sabia que não era a melhor das soluções, mas foi a única que conseguiu encontrar naquele curto espaço de tempo.

A velha gosta da idéia de Klethu e percevendo que o que viria ainda estavam a algus minutos ela usa duas curas no Lacov.

Spoiler:

Apossyn ouvia toda a conversa calada.
Por alguma razão as palavras lhe faltavam naquele momento, embora em sua mente uma centena de pensamentos fervilhavam.

Ela começa a trançar o cabelo e a desfazê-lo. Algo nisso a tranquilizava por alguma razão.

Ao ouvir a sugestão de Kheltu imediatamente aquiesce e se prontifica a amarrar as cordas que prendiam a carroça aos cavalos - que antes havia rompido.

A velha olha rapidamente para os lados e diz:

-Vamos nos esconder na floresta, acho que ainda é o melhor lugar.

Dito isso ela começa a se dirigir a floresta.

O ladino escutava o que Kheltu falava, não era o pior dos planos, mas discordava em alguns aspectos.

- Concordo que eu e os dois não podemos nos expor... Mas não irei me esconder dentro da carroça, tampouco acho que eles deveriam... Seja quem for que está vindo, eles irão ver sangue no trajeto, além de alguns corpos de orcs e o do homem, é tarde demais pra esconder os corpos... Eu recomendo que todos nós se esconda na floresta... Melhor, recomendo que corramos daqui enquanto ninguém sabe do envolvimento seu e da elfa em todo esse rolo... Depois de uma ligeira pausa para que Kheltu reflita sua ideia ele continua. - Se tu queres mesmo se expor a isso, pelo menos tente dar cabo da situação sozinho... Eu e os outros, incluindo a elfa, podemos vigiar o que irá acontecer ali da floresta... Caso de merda, nós temos o fator surpresa a nosso favor... O ladino faz outra breve pausa e novamente continua. - Bom, só sei que eu não ficarei ali dentro... Vou vigiar da floresta... Se estão de acordo façam o mesmo... Ficarei com a besta armada e apontada pra eles, a elfa pode fazer o mesmo caso venha... O ladino falava já saindo ligeiramente dali adentrando a floresta, procurando a posição perfeita pra vigiar Kheltu e aqueles que ficariam com ele, como disse anteriormente, ele já prepara a besta e arma o virote, deixando sua arma pronta caso precise utilizar.

Aurion ouviu todo o falatório e disse para a velha:
- Não possui mais um de seus truque que possa nos tornar invisíveis aos olhos dos estranhos? Assim como fez com aquele monstro verde?

Enquanto falava Aurion reuniu os corpos dos orcs em baixo da carroça e em seguida foi averiguar as vestimentas do homem careca para ver se lhe serviam, aproveitando para esconder seu corpo "morto" já que este morto falava, mas o Guardião Vermelho preferia mortos que falavam à mortos que lutavam, lembrando-se da caverna empestada de mortos e espera uma resposta da velha.

Antes que a velha responda o Guardião fala novamente:
- Também podemos levar a carruagem para a floresta, podemos quebrar uma roda, mas sairemos daqui e depois cuidaremos dessas pessoas, claro se forem guardas eles iram atras do nosso rastro, mas se forem mercadores irão passa apressados pensando que foi algum saque ou até darão meia volta.

O ladino ia pra floresta quando observa que o guerreiro estava escondendo os corpos embaixo da carroça.

"Ótimo, agora possivelmente tem um rastro de sangue que leva até a carroça... Isso vai dar merda com certeza, tomara mesmo que sejam apenas mercadores..." Pensava Lacov, balançando a cabeça negativamente já escondido na floresta.

Avelha responde enquanto seguia:

-Só usarei o que restou se extremo necessário, não complique as coisas Aurion, devemos fazer o simples esconder-se na floresta e vocês, dizia ele olhando para Klethu e Apossyn, sugiro que tentem esconder essa característica de Zatherim do homem...

- Algum risco nós teremos que correr caso queiramos ajudar os prisioneiros - diz Kheltu para todos, mas em especial ao Lacov. A seguir o Guardião dos Mortos aceita a sugestão dos outros se esconderem na floresta, enquanto ele próprio e Apossyn ficariam na carroça. Se possível, o Kheltu poria a carroça em movimento. Quanto aos corpos dos derrotados, ele pediu para que alguém os levasse para a floresta ao invés de deixá-los ao ar livre no meio da estrada.