Capítulo 2: Negócios Ilícitos

Apossyn passa tranquilamente para dentro da cidade, sabendo que ainda poderia estar sendo observada. Assim que saiu do campo de visão deles ela respirou profundamente, como se estivesse sem respirar durante todo o momento.

Ela decide caminhar por entre os elfos, sempre próxima da carroça, mas sem fazer isso notável. Não queria levantar suspeitas de que estaria junto deles.
Não demora muito e vê que Kheltu estava procurando por alguém, imaginou que pudesse ser ela.

Ela passa por uma tenda que vendesse maças e compra duas (depois desconto o valor) se aproxima da carroça como quem não tem nada a ver e, com uma expressão jovem e despreocupada - mais um de seus disfarces harpistas de atuação - ela pára na frente da carroça onde estavam os cavalos que a conduzia, dá um afago ao animal e uma maça para cada um dos dois.
Enquanto o fazia olhava para Kheltu para saber se ele tinha algum tipo de plano. Ela não tinha muito tempo ali para isso, deveria ser algo rápido.

Esperava que soubesse que Kheltu não deveria ser agradável com ela naquele momento, afinal estavam com trajes Zentharin e ela era uma estranha curiosa que alimentou os seus cavalos.

Ao terminar de dar as maças e o afago aos cavalos, ela se distancia da carroça, mas não muito.

Kheltu percebe a aproximação de Apossyn. Ela tentava disfarçar para que ninguém, especialmente os milicianos, suspeitassem de nada em relação a sua real intenção ao se aproximar da carroça. Kheltu, também dissimulando, evitou olhar para a "moça desconhecida", e sussurrou palavras quase sem mover os lábios.
- Tente achar informações sobre onde fica a casa de Vorstag. Teremos que começar por ele. - A seguir o Guardião tenta parar a carroça em algum ponto onde estivessem outras carroças e caravanas.

Kheltu seguia adiante com sua carroça por entre os pedrestes.

Ele estava se sentindo perdido e começava a trafegar por entre caminhos que carroças usuais não trafegavam. As pessoas começaram a reparar mais nele, a olhá-lo fixamente e algumas ate reclamaram quando a carroça interrompeu o caminho delas. O clérigo suava e estava irritado.

Apossym via tudo mas nada podia fazer, já que não queria estragar seu disfarce.

Os demais estavam trancafiados naquela temperatura escaldante e estavam se irritando. O calor se intensificava e o cheiro também. E aquela “lona” sobre a cela não ajudava.

Após 30 minutos, Kheltu para a carroça diante de um homem que não se movera diante do veículo. Ele tinha um olhar penetrante e usava um capuz que revelava somente seus olhos. Vestia uma cota de malha prateada, que se revezava com seu manto como armadura pelo corpo. As suas costas, um longo arco finamente detalhado poderia ser visto junto a uma aljava. Ele não move um músculo diante dos cavalos, que param.

- Onde ta Lemuel? E o que tu faz com a armadura dele? Veio sem guardas?

Após as respostas, ele dirá:

- M irá no Escudo de Prata a noite. Não o faça esperar.

Dito isso, ele irá embora, se misturando aos pedestres. Kheltu já ouvira falar do Escudo de Prata, era uma hospedaria que ficava do lado de fora da cidade (o grupo havia passado por ela, mas a hospedaria não ficava a vista da estrada) fina e cara. Uma noite la custava 13 peças de prata.

Aurion estava quase impaciente, mas sempre lembrara-se dos mandamentos do Cavaleiro Vermelho e tentava manter a calma, como em um jogo de xadrez. o Guardião mostra sua arma para Lacov e fazendo um movimento de quem cortava algo para que o Ladino fizesse um pequeno furo na lona para que ele pudesse ver um pouco do que se passava lá fora, algo suficiente apenas para um olho, e depois esconde sua arma novamente

Andariel estava muito incomodada com tudo, seu ferimento que não parava de doer e ardia quando seu suor escorria sobre ele. O calor insuportável. A velha se apoiava o tempo todo nas grades. A velha queria sair dali, descansar o suficiente para se recuperar mas a situação não prmitia. Fuxo por sua vez vinha seguindo de longe a carroça pousando nos tetos.

Apossyn entende o que Kheltu havia lhe pedido, e tenta fazer isso com o maior cuidado possível, nunca perdendo de vista a carroça, preocupada com a ferida daquela senhora no meio de tanta sujeira. Seu plano era de tirá-los de lá assim que chegassem na cidade, mas parecia meio impossível no meio de tantas pessoas.

Rondando disfarçadamente, sem perder seu disfarce, Apossyn procura algum tipo de informação sobre Vorstag, sem nunca desviar a atenção da carroça e de Kheltu.

Rolagens 1:

Quando Apossyn vê que um homem pára a frente deles, ela procura se aproximar e ouvir algo a respeito, procurando saber se havia mais alguém interessado demais ali, observa tudo furtivamente, disfarçadamente.
Se necessário procurará esconder-se também, mas sem chamar a atenção.

Rolangens 2:

- Lemuel e os outros foram comprar alguns mantimentos, mas voltarão em breve - disse Kheltu. - O seu recado está dado. Não deixarei M esperando no Escudo de Prata. Tenha um bom dia.

A seguir o guardião disfarça um pouco e se aproxima da prisão onde estavam os outros. Ele murmura:
- Irei para uma hospedaria hoje a noite, talvez eu encontre respostas lá. Algum de vocês irá querer sair dai e me acompanhar?

O ladino se aprontava pra fazer o furo na lona que o guerreiro havia pedido quando escuta Kheltu falar do lado de fora, pelo menos, a voz era, então responde com convicção e também murmurando.

- Eu quero... Qualquer coisa pra não ficar aqui nesse chiqueiro.

Lacov, cuidadosamente colocava seus equipamentos novamente e organizava sua mochila, ficaria pronto pra sair, só esperaria Kheltu o chamar novamente.

A velha também responde:

-Eu quero. Me tirem daqui...

Aurion responde:
- Sim, eu quero sair daqui e se possível tomar um bom banho e se quiser posso acompanha-lo.
Já fazia bastante tempo que Aurion não tomava um banho de verdade.

- Acho melhor você tratar do ferimento da velha primeiro e quanto à essa pessoas o que faremos com elas? Diz o Guardião Vermelho pensativo.

Apossym não vê nada demais no homem que falou com Kheltu, o único “estranho” ali era ele mesmo, que sumiu após seu breve dialogo com o clérigo. Ela não consegue achar nada na cidade que indique algo de Vorstag, mas sabe que poderia gastar algumas horas em uma taverna buscando as informações.

Era de tarde e o clérigo teve que “matar tempo”, rondando pela cidade.

A noite, ele sai da cidade com os olhos dos milicianos atentos aos seus movimentos, mas nada alem disso. Após 30 minutos, ele chega próximo a hospedaria e liberta os companheiros. Estes se equipam e passam a seguir a carroça, com os escravos ainda dentro dela.

Aurion, Lacov e Andariel lembram de que alguns dias atrás eles ficaram impressionados com o tamanho de um suposto homem que estava na cela, muito quieto e fechado. “Ele não é um homem. É um meio-ogro dos Picos da Tempestade” foi a resposta que obteve do homem mais comunicativo daquele grupo.

Ao chegar próximo a hospedaria, feita de alvenaria com detalhes em alto relevo e muito bem conservada, percebem que ela fica em uma área com grama bem aparada, uma cerca de madeira e o local fica em meio a muitas árvores. O caminho ate la já tinha muitas árvores.

Eles veem alguém se aproximar a distancia com uma tocha.

Testes:

A distancia do grupo, Apossym, Aurion e Kheltu conseguem vislumbrar um vulto, atras de uma grossa árvore a cerca de 20 metros. O vulto logo se esconde e não aparece mais, não dando sinais se trata-se de um trabalhador, um aldeão, um perdido ou algo pior.

Apossyn vê o vulto caminhando e escondendo-se ao arredor, imediantamente ela sussurra para apenas o grupo escutar:

- Estamos sendo observados. Não sei o que é, mas não façam nada brusco. Dependendo de quem é só pioraria a situação de todos...

Dizendo isso ela começa a se afastar disfarçada e sorrateiramente do grupo, procurando não levantar suspeitas.
Sua intenção é a de verificar a área para saber quem são, ou ao menos quantos são que estão "cercando" o grupo. "Desconfie primeiro..." - Foi o que aprendeu.

Seu arco sempre a postos para qualquer perigo que pudesse aparecer, mantendo-se sempre a uma distancia mínima de 10 metros do grupo.

Rolagens:

Isso não é um bom sinal, pensa Kheltu ao ver o homem tentando se esconder deles. É bem verdade que poderia ser alguma criança bisbilhoteira ou um mero aldeão curioso, porém na situação em que eles se encontravam era mais possível tratar-se de um miliciano da guarda local, ou até mesmo de um homem de Vorstag.

- Vamos seguir o caminho como se não tivéssemos nada a temer - sussurra o Guardião para os outros, complementando dessa forma as palavras ditas pela Apossyn. - Não adiantará corrermos ou gritarmos, muito menos sacar nossas armas. Senhorita Andariel, se a senhora possuir alguma feitiçaria que possa nos ser útil nesse momento... Lembre-se que tem que ser algo discreto.

Preocupada e ouvindo a sugestão de Klethu, Andariel começa a fazer gestos sutis com suas mãos e pronunciar algumas palavras de poder então aponta para a árvore conjurando a magia sono.

Spoiler:

Apossym se afasta do grupo e nota que a hospedaria fica ao final de uma grande corredor de grossas árvores. A elfa se esforça para achar alguma coisa naquela escuridão e vislumbra uma coruja, que alça voo.

- Prru prrruuuuuu...

Andariel se esforça para enxergar um alvo que não havia visualizado antes e conjura sua magia na direção que o clérigo a havia indicado. Nada acontece e nenhum som é ouvido.

- Não me machuquem, não me machuquem, sou apenas um servo de Thamires, a dona da hospedaria! Não fui eu, não fui eu! Diz o jovem que se aproximava com a tocha, vindo da hospedaria, momentos antes de Andariel conjurar a magia em direção as árvores.

- Só vim recebê-los e dar as boas vindas! Não faria nada a um Zhentarin! Meu nome é Sancho, muito prazer!Diz o jovem, trajando roupas simples de plebeu.

- E-eu recebi instruções para recebê-los, peço humildemente que deixem a carruagem naquela casa coberta, vocês podem se dirigir a hospedaria, se quiserem tomar um banho ou comer algo, disse o jovem, apontando primeiro para uma simples casa de madeira que parecia um galpão, depois para a hospedaria, que tinha uma ótima aparência.

Aurion percebe a aproximação de alguém, mas não foi o único e por enquanto não faz nada, apenas observa, espera o comentário dos outros e segue suas ideias sem questionar, mas continuava à observar para se certificar de que era apenas um, até que o homem sai de onde estava e se mostra apenas um rapazola que trabalhava na taverna. Aurion ouve o que o jovem dizia e fita o rapaz com severidade a procura de algo nele e depois olha para o sacerdote espera um momento e segue o rapaz até a taverna, caso algo não seja dito neste período em que ele esperou.

- Realmente precisamos de um banho. Diz o Guardião Vermelho para o grupo.

Lacov se mantinha atrás do grupo, tentando aparecer o menos possível e só observava o rapaz, escutava Aurion falar com o jovem, não via vantagem nenhuma em se passar por Zentharin, acaso fossem descoberto, teriam uma morte lenta e dolorosa, se tivessem muita sorte, ficariam presos em alguma "fortaleza" Zentharin no meio do nada, vivendo em uma condição precária esperando pela morte, que viria por conta de alguma doença.

Temendo em falhar com Mirian, o ladino torcia pra que o grupo não falhasse com o disfarce e não caísse em uma armadilha, se limitava em apenas ouvir o jovem e observar seus movimentos, para que assim se prevenisse de alguma possível cilada.

Spoiler:

-Não é tão simples...

Dizia Andariel com a afirmação de Aurion enquanto encarava o jovem com seu olhar desconfiado, a velha não era uma especialista em descobrir mentiras mas sim em mentir, logo esperava que alguém mais capacitado do grupo dissesse algo sobre as palavra do jovem.