Mesmo estando ali, em desvantagem, Kaliel está imensamente feliz com a presença da sua deusa e sabe que aquilo é uma resposta as suas orações e pede desculpas por não poder se ajoelhar e reverencia-la como merece e começa a fazer um cântico de louvor a sua deusa com muito sentimento.
A deusa se aproxima e da uns dois tapinhas leves na bochecha do servo, dando uma risadinha marota, e fazendo um sinal de silencio para interromper o cantico.
- Voce está sendo irônico comigo? É claro que não consegue se ajoelhar, esta acorrentado, eu te acorrentei! Por sua ironia, terá sua punição.
Dito isto ela coloca a chupeta de sucção no mamilo esquerdo de Kaliel, que sente estar sendo quase arrancado do seu peito, sentindo uma agonia terrível.
O Aasimar olha com admiração para Erotika e diz: - Senhora do meu destino, venho tentado seguir seus conselhos dados na lagoa, mas os acontecimentos tem sido muito tumultuados na minha mente, o senhor Karson morreu e a Vicky está furiosa comigo e nem tive chance de mostrar minha mudança de agir para ela, mas sinto-me bem em seguir esse novo comportamento, em ceder a vontade de brigar e humildemente ceder aos caprichos da Vicky evitando o confronto, apesar de sentir a urgência em salvar Norma e a mãe das meninas, mas consegui ver uma saída maior que é a simplicidade e a humildade. A Jasmina tem me mostrado a necessidade do respeito e do consenso e fiquei feliz ao seguir este posicionamento, pude ajudar os habitantes da vila no seu momento de dor.
O feiticeiro da uma pequena pausa reflexiva e continua: - Minha amada deusa, só uma coisa me deixa confuso dentro de todas essas ocorrências nestes últimos dias: a minha falta de memória mestra das mestras, as vezes por não lembrar meus sentimentos são contraditórios e minha mente fica confusa, mas me coloco nas suas mãos e humildemente peço a sua ajuda para cuidar das meninas, salvar a mãe delas e a minha querida Norma e ajudar a Jasmina no seu caminho de Iluminação e sou humilde em pedir essa ajuda e confiante na tua sabedoria! Perdoe a minha impulsividade juvenil, e ao mesmo tempo agradeço pelo meu crescimento nesse curto espaço de tempo.
E abaixa a cabeça como forma de demonstrar sua devoção, confiança e obediência.
A deusa ouve a explicacação de Kaliel batendo um dos pés no chão, enquanto segurava o chicote casualmente com sua mão direita. A mão esquerda permanecia segurando o queixo, numa postura superior ao de Kaliel. Ao final ela balança a cabeça.
- Tsk, tsk, Kaliel, voce pensa que me engana. Eu sou a deusa suprema de Erotika, o mundo tem meu nome. Eu vejo tudo, sei de tudo. Você é bom com o dom das palavras, mas não adianta querer esconder nada de mim. O senhor Karson morreu por sua causa, num ataque sem levar em consideração sua segurança, é obvio que Vicky estaria furiosa com voce. A confusão com os anciões da aldeia foi causada por que voce e Jasmina desobedeceram minha ordem de não transarem, pois conhecia a disposição de vocês dois... E mesmo na forma de cadela, voce transou com ela. Tem ideia de que estão no reino de Yelena, o mais recatado de todos os reinos dos meus domínios?
Erotika então da a volta em Kaliel e estala o chicote em suas costas, que parecem arder como fogo.
- Voce conhecia este meu aspecto da dor, meu caro servo? É o aspecto que eu uso quando estou muito brava com alguém... O que te salva é sua grande devoção a mim, mas isso também é algo que esta sendo contraproducente. Voce a toda hora pede minha ajuda... Mas voce acha que é o centro das atenções? Tenho milhares de outros problemas a resolver, milhões de servos para cuidar, atender as preces de todos os seres que necessitam de um pouco de erotismo em suas vidas... As vezes voce me faz pensar se não teria sido melhor chamar um outro para tomar seu lugar... Teria menos trabalho...
A deusa fica na frente de Kaliel e segura em seu queixo, olhando em seus olhos.
- Minhas palavras doem também, não doem? Pois bem, mas sofrimento neste caso tem o proposito de crescimento. Voce se tornou muito arrogante, devido sua ascendência, mulheres caiam aos seus pés somente com um piscar de olhos, vitimas de seu sex-appeal enfeitiçador. Suas proezas sexuais são lendárias, podendo aguentar gozar mais que qualquer ser vivente nas minhas terras, como se seu sêmen fosse inesgotável...
Kaliel sente a mão de Erotika envolver seu pênis. Mas não sentia prazer naquilo, eram mãos extremamente geladas, quase cortantes.
- Vai ter que aprender a fazer sexo como um homem normal agora, meu caro Kaliel. Não é mais garantia de sucesso, poderá falhar como qualquer outro homem. Nada mais de gozar 7 vezes numa relação, fique feliz se passar da segunda.
O feiticeiro sente um corte em suas partes baixas. Não há dor, mas sabe que algo importante se foi.
Erotika então se aproxima e passa a mão nos cabelos de Kaliel, falando bem próximo de seus lábios.
- E agora? Ainda sente devoção por mim, mesmo tirando algo tão precioso de ti? Quem sabe não prefere agora ser discípulo de minha irmã Mitz? Ela possui uma ordem de cavaleiros castos, talvez fosse melhor segui-los, não acha? – diz, em um tom indecifrável.