Sivirino pensou ter ido até a prisão de Zeed analisar o local, mas não foi, e pensou ter falado com alguém, mas não falou, exceto com Morgana, ele cambaleava como um bêbado no parque e andou para lá e para cá, parecia sem rumo, o sonambulismo estava a atacá-lo como se fosse uma doença grave, o rapaz foi até o portão e o abriu para sair para o deserto, embora os grito das pessoas para que ele não o fizesse existissem Sivirino não estava atento e nem nas plenas faculdades perceptivas.
Lá fora motos e carros chegavam perto da vila, uma pedra gigante voou por cima da cabeça de Sivirino e bateu contra o muro, quebrando parte dele com o impacto, era uma catapulta que os inimigos traziam, Motos começavam a avançar passaram por Sivirino que nem ligou, parecia não enxergá-las, os motoqueiros riam e sacudiam suas correntes, porém o santo do cangaceiro era forte, ninguém o tocou, era como a passagem do livro sagrado:
"De noite não terás medo de alguma coisa pavorosa, nem da seta que voa de dia.
Mil cairão ao teu lado, e dez mil a tua direita, mas não se aproximará de ti".
Livro dos Salmos 91: 5,6,7.
Morgana ficou estarrecida lá dentro da vila, os portões foram fechados com pressa, ela foi informada que o cangaceiro havia saído e não ligou aos avisos de uma invasão iminente. Ela correu para uma torre na vila, para tentar enxergar lá fora, alguns homens foram com ela, ela viu na frente da vila os vilões a atacarem, ela se dirigiu a uma mulher:
- Na casa dos vigias tem duas crianças, pode por favor tomar conta delas? Por favor com sua vida como promessa.A jovem olhou nos olhos dela e falou:
- Tomarei conta delas como se fossem meus filhos, lhe prometo com minha vida como prova.Morgana agora pensou e tentaria uma estratégia:
- Existe alguma saída por trás da vila? Eles apenas estão concentrados a nossa frente...Alguém respondeu:
- Sim existe o portão leste, é um portão pequeno por onde levamos o lixo para enterrar no deserto.- Reúna rápido uns 50 homens e vamos atacá-los por trás!!! RÁPIDO...Neste momento mais uma pedra vou atingindo uma casa de barro que esfacelou.
O brasileiro do sertão caminhava lentamente apenas olhando pra frente, viu rosinha a sua frente e ela estava de braços abertos esperando por ele, atrás dela havia uma luz, parecia uma santa, ele seguiu em frente olhando apenas para ela, inúmeros guerreiros passando por ele de moto, sedentos de sangue, e o líder deles em cima de um caminhão, as luzes do farol do enorme veículo a ofuscar o sertanejo, mas ele só via Rosinha a sua frente e Zeed ao lado dela rindo como um assassino brutal.