Minsoo a assistiu tomando o frapuccino e sorriu sozinho. Em um determinado momento, ele moveu a mão em direção ao rosto dela e afastou fios de cabelo de seu rosto, colocando atrás da orelha, com a desculpa de que a ajudava a não se atrapalhar com os fios para beber.
- Você está bem? - Levantou-se depois dela e colocou as mãos nos bolsos. - Certo, então vamos. - Abriu a porta de volta para ela e Taegyu parou para analisar a expressão da irmã, tentando identificar traços de tristeza.
- Está tudo bem, Yuki? Quer ir agora? Ok. Eu vou demorar um pouco aqui, mas se quiser esperar...
- Eu posso deixá-la em casa, se não se importar. - Minsoo mal falou e já era observado por Taegyu, mas ele era esperto em completar. - A minha irmã vai ficar feliz de fazermos o caminho de volta - sorriu.
De volta ao salão, Yuki e Minsoo descobriram que o grupo estava "animadinho demais" e aos poucos todos começaram a ir embora. Nana estava na mesa com Shin Hee e a namorada e foi “devolvida” com sucess após um agradecimento. Chae estava de saída também, mas não ofereceu carona a Yuki, dando uma piscadinha para ela e optando voltar com a mão.
Eles se despediram dos rapazes que teimaram ficar mais um pouco no local e foram de taxi para a casa de Yuki. Minsoo abriu a porta da frente para a irmã e dessa vez escolheu ir atrás com Yuki. A menina sentiu que ele olhava o tempo todo para ela no trajeto, às vezes dando uns sorriso para ninguém em especial, enquanto Nana tagarelava sobre o programa, mas só falava sobre as coisas boas, como a beleza das músicas ou das vozes das pessoas e que não tinha entendido o que eles estavam fazendo no final da noite, mas que começaram a gritar e falar coisas engraçadas.
Por fim, Minsoo desceu do carro após as duas se despedirem e a levou para a porta de casa. Quando a garota estava prestes a entrar, Minsoo a chamou, mas ao virar, ele estava olhando para o lado, respirando fundo antes de olhar para ela.
- No futuro, a partir de agora, quero que me procure se tiver problemas. Porque eu… - seus lábios mexeram sem som e ele respirou pela boca para falar. - Quero poder te proteger. - olhou rapidamente para o chão e deu um sorriso. Ultimamente ele tinha feito muito daquele gesto. De repente ergueu o rosto para ela mais confiante agora e acenou. - Boa noite.
♪ Shin-Hee ♪
- O que está dizendo, oppa? Seus amigos são divertidos e além disso eu pude te ver de terninho de novo - as bochechas dela inflaram decoradas por covinhas e ela riu sem graça. - Eu acabei me divertindo bastante... - buscou a mão dele - Mas também queria ter ficado mais tempo com você. - ela o observou de baixo e seu ânimo foi enevoado por uma breve preocupação nos olhos. Lembrou-se das questões que a incomodavam, mas tinha coragem de perguntar? Suspirou. - Já está tarde, mas não quero me despedir logo, vamos pegar o caminho mais longo. - Saiu andando em direção ao metrô, aproveitando a deixa para pensar um pouco.
A garota quis o caminho mais longo, encostando no ombro dele no metrô (do lado que ele resolvesse estrategicamente se sentar) e parecia um pouco cansada, porque não queria conversar muito, pelo menos, isso combinava com o humor do próprio rapaz. Saíram de mãos dadas caminhando para sua casa.
- Tome cuidado para voltar, está bem? Me manda mensagem quando chegar. - ela espiou as luzes acesas no andar de cima de casa, mas com a cortina fechada e decidiu dar três passinhos em sua direção e ficar na ponta dos pés para lhe dar um beijo, aproveitando a calmaria da rua.
♪ Eu Se ♪
Minki aceitou a mão dela, segurando com firmeza, mas acabou puxando para perto, colocando o braço em volta de seus ombros e andando com ela para fora. Amihan tentou tirar a menina daquela situação, mas o loiro deu um safanão na mão dele e voltou a andar “pendurado” em Eu Se.
- Go Mi Nam, você é um bom amigo.
Bae fez uma reverência a todos e saiu apressado andando bem atrás do grupo. Amihan tentava ficar por perto, para evitar maiores problemas.
- Go. Mi. Nam. Seu nome é um pouco engraçado. Minam. GoMinam. O meu é Minki. Minam. Minki.
- Haja paciência… - Amihan suspirou - Vamos pegar um táxi antes que alguém o note desse jeito. - ele fez um sinal no meio da rua.
- Minam~ De perto o seu rosto é pequenininho. Você tem um furinho no queixo. - Ele encostou o indicador no queixo dela e deu cutucadinhas de leve, rindo.
- Minki, vamos parar com isso.
- Por que vocês me dão bronca? Todo mundo me dá bronca. Não sou criança. Não vou voltar com vocês. - ele tirou os braços de cima da menina e saiu andando, mas Amihan o pegou pelo colarinho para jogar dentro do taxi. O loiro encostou na porta. Eles entraram em seguida.
De repente, Eu Se sentiu o garoto deitar em seu colo.
- Aish… minha cabeça está esquisitada….eu falei esquistiada...esqui..hahaha. Aish.
Amihan pigarreou alto e foi distraindo o taxista, que olhava desconfiado para o grupo. No caminho, o loiro ficava cantarolando baixinho a música “Go Mi Nam”, que ele parecia achar legal de combinar as sílabas. Eu Se notou que ele tremia um pouco.
Quando chegaram, Amihan pagou e ajudou o amigo a sair. Minki saiu todo pulante e falando alto.
- Eu não moro aqui!! Eu moro em Busan. BUSAN. Com os velhos.
- Por favor, fica quieto…
- Cadê o Bae? Bae cadê você? Mi Nam, você ainda é meu amigo? BOA NOITEEE. EU PASSEI. - gritou para uma dupla de garotas no caminho.
No quarto, Amihan foi levar o amigo para o banheiro, para jogar uma água fria nele e tentou insistir para que ele tomasse banho, mas o loiro ficava gritando “socorro” para Eu Se e fingindo choro. O filipino jogou uma muda de roupas lá dentro e fechou a porta, no processo um vidrinho de remédio rolou pelo chão.
- Juntou um louco com outro e deu nisso…
- Não. Olha. Ele realmente não devia ter bebido nada… não se pode misturar remédio com bebida, não é? - Bae olhou o frasco sem rótulo e colocou de volta na mochila de Minki. - Será que ele vai ficar bem?
Minki surgiu da porta, largando o chuveiro aberto. Usava uma bermuda e ainda estava um pouco molhado. Se jogou na cama de bruços e ficou procurando um braço para puxar para perto.
- Acha que eu vou morrer? Meu coração. Aishhh.. Eu vou com certeza morrer. Aigoo…
O grupo teve um belo trabalho para cuidar do garoto bêbado naquela madrugada. O primeiro a desistir foi Bae, que se enfiou debaixo das cobertas para dormir. Amihan disse que Eu Se estava “liberada” quando quisesse, mas sossegou e apagou as luzes dando-se por satisfeito quando Minki começou a falar mais baixo, ainda que não dormisse.
♪ Eun-Ji ♪
- Sim! Estarei aqui no domingo, mas acho que dessa vez você é que virá comigo - sorriu.
(...)
- Ela é mesmo muito bonita. Dá para perceber o quanto ela gosta de você. Os olhos dela brilham quando você a chama de mãe.
(...)
- Está ótima! É como se você estivesse pronta. É incrível como você consegue captar a nota certa. Isso com certeza é algo especial. Todos gostam bastante de você também. Minha família não é muito praticante da religião, mas aceitam que eu venha aqui e isso para mim já é ótimo. Meu pai vem quando temos eventos especiais. Qualquer dia desses eu o apresento a você. Não tenho irmãos, mas isso tornou minha ida para casa toda especial. Me senti muito mimado - riu - Comecei a cantar mais ou menos como você veio até aqui. Eu estava entediado e encontrei o coral, onde fiz muitos amigos. Não sou um cantor tão bom a ponto de querer viver disso, mas para mim o que importa é transmitir uma mensagem. Sra. Cheong.
- Siyang, obrigada por trazê-la. Eunji, por favor, venha comigo, você tem visita.
- Ah. Parece que hoje é um dia de notícias para você, não é mesmo? Tenha um bom dia, Eunji-shi. Até amanhã!
A senhora Cheong a acompanhou novamente para diretoria, mas quem ela encontrou sentada naquele lugar dessa vez foi a estilisita do programa, May. A mulher segurava as próprias mãos no colo e se endireitou ao avistá-la, parecendo ansiosa.