Schebet, agradeço pelo seu apoio até aqui. Mas provavelmente eu cometerei um ato de loucura e não quero que se sinta obrigado a vir comigo... - murmurou, depois de um tempo em silêncio, colocando em palavras o que decidira - Irei libertar os anões. Não posso conceber que haja escravos e eu nada faça para libertá-los... - completou, encarando-o.
O mago acena com a cabeça devagar, avaliando a situação pensativo. As possibilidades de sucesso não eram boas, afinal de contas eram apenas dois contra dezenas de inimigos, em território hostil. Mas ao mesmo tempo, libertar os anões tinha a vantagem de prejudicar o plano inimigo, que contava com eles para a forja das espadas e armaduras... O siltanatense surpreende-se a si mesmo ao pensar nestes termos, pois se não tinha tanta afinidade com seu próprio reino, o que dirá então de Gália? Por que se preocupava com o Forte Kumbalgar?
Schebet encara William, e ve em seus olhos uma devoção a sua causa que o siltanatense nunca tinha visto em outra pessoa antes. Podia realmente existir uma pessoa capaz de sacrificar sua vida lutando por seus ideais? Parecia que sim. E parecia também que parte desta honradez estava se tornando parte do mago.
Schebet suspira, põe a mão no ombro do paladino e diz:
- Acho uma temeridade o seu plano, mas estou com voce, William... Em nome de nossa recém adquirida amizade. Qual o seu plano? Como planeja entrar nas forjas? A entrada através da fenda do meio do pátio é mais direta, porem bem vigiada... A edificação no canto esquerdo é guardada por apenas dois soldados, mas não tenho certeza se tem ligação subterrânea com a forja.