Capítulo DOIS - O Leão, O Texugo, A Serpente e A Águia

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Se Fargan podia mesmo enxergar o que estava diante dela era um mistério para todos, até mesmo para Sylpher que as vezes parecia se perguntar sobre o assunto, mas ninguém, exceto uma única pessoa no castelo conhecia a verdadeira razão da chefe da Sonserina cobrir os olhos, nem mesmo seus alunos mais próximos, aqueles com quem possuía mais confiabilidade ela dividira este segredo.

Farore abaixou-se de joelhos e, por um instante, Belle pode notar uma profunda ferida em sua coxa direita que ainda estava em processo de cicatrização. A bruxa notou rápido a curiosidade da aluna e escondeu seu ferimento por de baixo de sua veste grossa em tom de verde escuro. Fargan perambulou o corpo do menino com a mão esquerda até chegar em seu rosto como se estivesse estudando-o, cobriu sua testa com sua fina mão gélida e manteve-se calada por um tempo. Annabelle sentiu uma energia calorosa emanar de seu corpo, uma sensação convidativa e muito agradável que devolveu ao mesmo a coloração normal de seu rosto, mas ele não despertou.

– Eu não posso dizer com certeza o que ele tem... – Concluiu finalmente a chefe das serpentes – Porém, ele ficará bem! – Disse e levantando-se ela estalou os dedos suavemente e o corpo de Damyien Hemstorm começou a flutuar sendo atraído até ela – Não se preocupe, Sra. Hooper, irei pedir para que a Guarda Caça e a zeladora deem uma olhada no covil, eu levarei o Sr. Hemstorm pessoalmente até a Ala Hospitalar e você deve ir tomar o seu café da manhã, não te sobra muito tempo até a primeira aula. Sylpher, leve-a em segurança até o salão principal!

Fargan dera as costas sem demonstrar emoções, seus lábios estavam secos e o menino desacordado flutuava atrás dela como uma pena sem demonstrar peso algum, era difícil dizer se estava confortável para ele, mas desacordado, talvez nem estivesse sentindo nada. Estranho era a maneira como as coisas eram tratadas em Hogwarts e não só Belle, mas sua prima e os demais teriam que se acostumar se desejassem chegar ao sétimo ano com um nível de sanidade plausível.

– Ah...  Mais uma coisa... – Disse ela sem “olhar” para trás – Lembre-se que ainda que sejamos humanos, temos muito o que aprender com as serpentes. Elas são frias e controlam bem suas emoções, são ambiciosas e não medem esforços ou conhecem limites para atingirem seus objetivos, mas nunca se esquece de quem você é... Pequena Hooper...

Fargan e Damyien sumiram tão rápido quanto “Hooper” ecoou quase que silenciosamente pelo covil. Sylpher ronronou uma vez mais e seu miado chamou a atenção de Belle para que ela o seguisse para o grande Salão Principal.

O caminho até o Grande Salão Principal foi longo, porém rápido. Antes mesmo que chegassem até as escadarias de pedra que levavam até o Hall Belle notou o desconforto de Sylph quando, mais a frente, jaziam dois alunos muito parecidos, sendo um já conhecido, Alexia Axphord, uma garota loira do sexto ano e seu irmão com cabelos castanhos claros, mas que ele jurava serem loiros e era quase uma ofensa não o tratar como tal, Sr. Alfred Axphord. Os dois demoraram para perceber a presença de Belle e o gato, pois no momento estavam sendo severamente castigados pelo chefe da Corvinal, o Sr. Clowl.

– E não me tomem por idiota...  Eu não sou um dos quatro chefes de Hogwarts atoa! – Ralhou Elliot Clowl com o dedo indicador apontado para o nariz de Alfred que pertencia a sua casa – Menos trinta e cinco pontos para cada uma das casas pelo desrespeito para com a instituição, com seus docentes e colegas! Eu escreverei para o seu pai esta noite e os dois estão de detenção! – Disse Clowl enfurecido, o que era quase tão raro tirar ele do sério era moleza para aqueles dois. Clowl percebeu a presença de Belle e Sylph e os ignorou, estava irado demais para ser gentil naquele momento, virou e deu as costas, mas antes de sumir pelos corredores – Srta. Axphord... – Ele chamou... – Se eu descobrir que o que houve no covil tem dedo seu, então você estará embarcando de volta à Londres tão rápido quanto poderia dizer a palavra “Nocens...”.

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May se assustou quase que de imediato dando um pulo choramingando com o suco que o sujou. – O que?! – Choramingou ele ouvindo seus irmãos maiores caçoando de longe. Lumna Hughes, a menina de cabelos prateados, que estava próximo, chacoalhou a varinha e em alguns segundos a mancha de suco em seu uniforme havia sumido por completo – Nossa, obrigado.... Preciso aprender esse truque... – Respondeu ele envergonhado.

May chacoalhou a cabeça negativamente sem saber sobre o que se tratava a carta antiga recebida por Alanna. Delicadamente a corvina o abriu e não encontrou nada, apenas uma carta vazia sem quaisquer indícios de que algo estava escrito, algo muito estranho para ter seu nome como destino.

– O que é isso? – Perguntou Stacy, aproximando-se arqueando a sobrancelha direita como sempre fazia quando achava algo que não entendia.


– Isto é uma Pedra Lunar... – Explicou Lillo quando Clément comentou que a pedra parecia ser uma jangada. Lillo leu e releu a pequena cartinha e duvidou que pudesse ser de seu pai pela letra a qual se tratava a escrita e nem de sua irmã mais velha parecia ser. – Eu sabia que a mamãe possuía uma pedra lunar, mas, eu achei que... – Uma lágrima escorreu no canto do olho da menina que não pode conter a emoção de voltar as lembranças de uma época que ela não desejava relembrar, triste momento. – Me desculpe... – Disse ela levando um lenço de papel que estava próximo ao rosto para secar seu rosto.

– O que houve, Lillo? – Peguntou Louie, que sentara próximo a eles – Está tudo bem com você?

– Que bonito, Lillo, é um amuleto? – Perguntou Sophia Bornöffer que, preocupada, tentava animá-la.

Melissa encarou Daemon sem entender muito a atitude do mesmo, talvez fosse novinha demais para esse tipo de coisa que exigissem um nível maior de maturidade, muito embora ela não pudesse negar que ele fosse bonito. Em meio ao constrangimento momento e muito bizarro também da tentativa falha de seduzi-la e, sorte para ele, que ela não percebera a péssima atitude do colega, fora que ela chacoalhou a cabeça revirando os olhos – Você é estranho... – Murmurou ela e quase que no mesmo momento, Melissa sentiu seu corpo ser jogado para frente de encontro a Daemon e os dois caírem no chão com a menina sobre ele como um casal feliz no campo florido. Um grito ecoou pelo salão principal chamando a atenção de todos!

Daemon Meio Veela escreveu:Meio-Veela: É um híbrido entre um humano (bruxo) e uma Veela. Meio-Veelas são humanos/bruxos que ganharam uma beleza indescritível, herança de seus antepassados “Veelas”. Por serem belos, encantadores, estes indivíduos conseguem manipular as pessoas por meio da sedução, carisma, um rostinho bonito e muito fofo. Geralmente são aqueles que estão acima dos padrões de beleza e moda local. O Bruxo Meio-Veela pode lançar um dado de seis lados para tentar seduzir seu oponente. Um teste de PDF será exigido. Custo de 10 PM's.

Dado Daemon: 03
Dado Melissa: 04

Resultado: Falha

OBS: Dessa vez e APENAS dessa vez, não irei cobrar os PM's, pois eu esqueci de colocá-los na descrição da vantagem, então erro meu, porém nas próximas vezes terá este custo.

– Então quer dizer que você é o maluquinho da Grifinória? E vejam só, já arranjou uma namoradinha! – Caçoou peeves, o poltergeist de Hogwarts que surgiu atrás deles cruzando os braços. Peeves parecia ser uma espécie de fantasmas e sua vestimenta era a de um bobo da corte. Possuía grandes olhos maliciosos e intimidadores.

– Peeves, você não tem educação?! – Disse Cassandra levantando-se aborrecida da mesa azul ao ver a cena.

ESTADO ATUAL:

"...E não funcionou, minha má sorte só me surpreende mesmo." - Refletia Daemon, sobre sua atual situação enquanto Melissa caía por cima dele depois de ser empurrada pelo poltergeist Peeves II.

- Er... Se machucou? - Daemon tentava disfarçar o envergonhamento de suas bochechas tentando demonstrar algum afeto pela garota. Após se erguer e limpar suas vestes da poeira mais uma vez - o que vinha se tornando quase um costume para ele - Tratou de se desculpar para Melissa:

- Me desculpe Melissa, minha atitude não foi nada digna. - Na verdade ele não se importava e ainda estava chateado com a mesma por telo desdenhado, mas não poderia manter aquela situação na frente de todo mundo.

- Escuta aqui peeves seu cocô de pelúcio! Peça já desculpas para a menina! E ela não é minha namorada! - Gritava para o poltergeist ainda com as bochechas avermelhadas, mas mais agora de raiva do que de vergonha.

Depois de toda aquela confusão, decidiu então tentar esquecer sua preocupação sobre Annabelle já que Melissa se prontificara de ir averiguar a situação, e então se dirigiu caminhando até onde estavam sentados seus colegas de casa, Andrew e Matthew.

- Viram isso? - Como se fosse possível não ter visto. - Não dá pra acreditar, agora que as pessoas vão me chamar de maluco mesmo, até os fantasmas me perseguem! - Dizia emburrado enquanto se sentava e puxava seu prato para perto. Se serviu rapidamente e começou seu desjejum matinal com vigor.

- Vamos ter nossa primeira aula hoje *mastiga* Será que vamos aprender *mastiga* um feitiço novo?