Rugall Saavick

quela situação era novidade para a garota. Tirando o que ela própria havia passado com o seu mestre, ela desconhecia como ele fazia aquilo tudo com outros, mas gostava de observar como era aquela mecânica toda. 

David havia sido alimentado pela segunda vez e estava um pouco menos desgostoso com tudo aquilo. Sua natureza era bem rebelde e desordeira e ele com certeza iria dar muito trabalho para Rugall. Se fosse apenas Morgana que o controlasse, era bem possível que a garota terá problemas, principalmente porque é humana e obviamente humanos, sendo carniçal ou não,  não podem com os filhos de Cain.

As ordens de Rugall foram expressas para ela durante aquele gostoso abraço que fez seu corpo estremece. Simplesmente pelo toque de seu mestre em qualquer situação fazia com que ela se arrepiava toda. 

- Estou sempre me alimentando da melhor forma possível senhor... mas prometo que irei tomar um pouco mais de sol e ar fresco com frequência. Eu apenas não sinto falta e prefiro ficar com você... – respondeu ela fofa abraçada com Rugall. 

Os corpos estavam nus e encaixados  aquele gostoso abraço.  Apesar de Morgana estar enrolada com um lençol,  David observava as curvas da mulher e tramava em morder ela toda assim que ficasse completamente livre.

Mesmo sem querer sair do local, Morgana apenas correu para se vestir enquanto parecia que seu mestre entrava em contato com algumas pessoas no celular. Primeiro de tudo, os associados responderam que estava tudo preparado para o próximo evento, que a única coisa que precisavam era de mais dinheiro para poder trazer mais novidades que haviam prometido. Na segunda ligação, com o hospital, ele descobriu que sua segunda carniçal havia saído do coma desde a última visita de Morgana, mas ainda não havia saído da uti.  

Ele sabia que na manhã seguinte que Morgana iria visitá-la e caso as coisas estivessem melhores, ela cuidaria para que logo pudesse ser feita a transferência de sua colega para um quarto particular e depois futuramente para casa, pois era isso o que Rugall queria. 

organa tinha muito o que fazer, pois seu senhor lhe deu uma lita de afazeres, então ela rapidamente se aprontou mas quando foi se despedir ele a provocou como de costume. Era muito gostoso e ao mesmo tempo perturbador receber um abraço e um beijo daqueles como só Rugall sabia lhe dar e ainda por cima sussurrando aquelas palavras em seus ouvidos.

- Prometo voltar logo. – disse ela tentando se recompor e quase que saindo correndo do local.

Rugall então vestiu uma calça e foi a ter com David. O loiro estava muito entediado com aquilo que estava sendo submetido. Gostava muito de ação e mal podia esperar para alguma coisa realmente acontecer. Ele dá um bocejo ao ouvir Rugall começar a falar.

- Vim como a maioria, em busca de uma boa bebida e diversão, mas também aproveitei para analisar o local, seus clientes e donos, afinal todos de um clã independentes ou não, tem um preço e podem servir a um senhor...

avid olha Rugall, suspira e responde:

-Eu não tenho um nome... nem um rosto... apenas 2 informantes que tem contato com essa pessoa...

O vampiro não mentia, afinal para se saber o quão mortal um animal é, se joga uma presa viva na gaiola e se conta quanto tempo ela permanece viva. David estava sendo esse filhote de leão dentro de uma jaula com um verdadeiro leão adulto.

Será que Rugall iria acreditar?

avid estava tentando colaborar com o que podia e com o que sabia, mas também não tinha muito conhecimento da causa. Ele só foi mandado fazer algo e foi pago por isso então não tinha muito o que fazer...

- Foi pedido para que eu viesse aqui ver como são suas festas, que tipo de gente frequenta e o que acontece. Se eu pudesse descobrir algo sobre você seria muito bem apreciado mas não deu muito tempo sabe... rsss

E ele observava a postura de Rugall no meio daquele interrogatório todo, talvez tanto quanto o próprio Rugall mas talvez não tão profundamente, já que não era dotado da mesma inteligência e também era mais novo...

- Eu tenho apenas um nome... Sanders....

O resto eram imagens em sua cabeça... a menos que Rugall pudesse ve-las...

avid ficou ali quieto apenas observando e foi bem frustrante ver que Rugall apenas colocou uma roupa e saiu para dar uma volta. 

Saindo do galpão e indo para a rua ele sentiu uma leve brisa fresca acariciar sua pele, um leve cheiro de maresia adentrar o seu nariz e um uivo ecoou muito distante. A lua ia bem cheia no céu iluminando quase tudo se não fosse pelas belas sombras que produziam. O chão era até que bem iluminado, o que facilitava onde se pisava. 

Há alguns metros dali ele viu Morgana encostada em um poste do outro lado daquele lugar deserto. Ele sabia que era ela pelo cheiro, pelas curvas do corpo, movimentos, brilho e movimento do cabelo que era ela. A luz do poste piscava um pouco por algum tipo de mau contato ou energia ruim do lugar... não se sabe, mas lá estava ela, falando no celular e fumando. Como ele havia pedido,  estava resolvendo alguns detalhes para o próximo show..
 

organa fazia tudo sempre seu mestre havia pedido. Rugall podia ouvir que ela negociava as atrações para a próxima festa com alguém no telefone. Falava sobre quantidade de bebidas, tipos de bebidas, comida e coisas do tipo. Havia alguns momentos que parecia que ela subia mais o tom de voz pressionando a pessoa do outro lado da linha para que as coisas fossem feitas do jeito que ela queria. Depois de algumas palavras mais altas e ríspidas, seu tom de voz voltava ao normal, em sinal que a pessoa do outro lado na ligação faria como pedido. Entre algumas palavras e outras ela dava um trago no seu cigarro despreocupadamente. Ela não podia nem ver e nem sentir que Rugall estava alí espreitando o que ela fazia e ouvindo suas palavras.

Rugall gostava daquela sensação de parecer que estava caçando e Morgana iria ficar feliz se soubesse que mesmo já sendo dele, que ela poderia distrai-lo daquela forma, ainda mais porque não percebia nada.

conversa que a jovem estava tendo não demorou muito para encerrar, então ela simplesmente desligou a ligação e deu mais alguns tragos em seu cigarro Não passava em nenhum momento pela sua cabeça que seu mestre poderia estar alí com ela e de olho nela, como se ela fosse uma presa e ele fosse um animal selvagem a espreita e pronto para atacar.

Alguns minutos mais haviam se passado antes que ela pegasse o celular de novo e fizesse mais uma ligação. Não que seu mestre havia pedido, mas era costume dela fazer aquele tipo de ligação. Era para o hospital, para saber como andava uma certa jovem, que parecia ainda não ter saído da UTI. Não conseguia ir vê-la sempre, mas procurava estar sempre em contato para ter informações para contar ao seu mestre.

Parte de sí não queria que a colega retornasse, pois isso obrigaria a dividir a tenção de Rugall do jeito que ela não queria. Era egoísta e não queria e nem gostava de dividir nada, pois o que havia conseguido tinha que ser seu e de mais ninguém, como se lago dentro de si gritasse isso para sí própria, então ela brevemente teve as informações que precisava, encerrou a ligação, terminou o cigarro jogando a bituca no chão e amassando com a ponta do pé e então virou-se para voltar ao galpão...

quela sensação de ser tocada por ele, como se fosse uma presa encurralada a fez estremecer e quando ele a segurou daquela forma e começou então a falar, Morgana se derreteu completamente e por debaixo da mão que lhe tapava a boca ela sorria.

Não podia negar que ter sido pega daquele jeito lhe causou um pouco de susto pois foi tudo muito repentino e pela cabeça dela poderia passar qualquer tipo de coisa e não que necessariamente era Rugall que estava ali.

Quando seu corpo é virado de frente, ele então podia ver como Morgana sorria aliviada ao ver o seu mestre falando aquelas coisas gostosas de se ouvir e estando ali com ela daquela forma. Era o tipo de coisa que parte de si queria, porém parte dela aceitaria qualquer coisa desde que viesse dele. E ela apenas assentiu com a cabeça.

E então ele a beijou e começou a puxa-la para um beco escuro, mas o que ele não estava contando é que naquele noite havia um animal a espreita naquele beco escuro e mal Rugall encosta Morgana na parede para continuar erguendo o fino vestido que a jovem usava quando se escuta um rosnado de animal selvagem...

momento tinha sido meio que completamente estragado graças a presença daquele animal. O vampiro estava distraído com sua carniçal mas aquele rosnado havia lhe chamado completamente a atenção.

Em um primeiro momento, o animal apenas observava o que ele fazia. Mesmo Rugall aguçando seus sentidos, o animal não avançada, parecia apenas curioso observando, pois sentia o cheiro da imortalidade de Rugall e se ele visse alguma coisa suspeita iria atacar, mas naquele momento enquanto Rugall se mantivesse sem fazer nada ameaçador para a mulher, parecia que o animal iria ficar apenas a espeita olhando.

Morgana percebeu o rosnado porque, com a influência do sangue de Rugall ela tinha alguns sentidos um pouco aguçados, não tanto quanto os dele, mas tinha alguma coisa. Ela saiu detrás de Rugall e ficou olhando em volta do lugar para ver se via alguma coisa, mas naquele momento não via absolutamente nada e estava muito escuro.

Não estava sendo nada fácil ver onde o animal estava escondido e aparentemente tinha olhos negros com a noite também, mas será que não era apenas um reles cachorro de rua?

pesar de não parecer, mas o animal seguia ambos com o olhar.  

Morgana sorria com o beijo que recebia do seu mestre e com o comentário do quanto ele queria, por isso a estava levando de volta para o galpão. Ele questionou sobre os preparativos e ela respondeu:

-Tudo indo bem. Preciso ás vezes ser mais intransigente em algumas situações mas tudo vai acontecer como você quer e a tendência é ser uma festa bem maior do que a última, eu lhe asseguro...

No momento o animal apenas o seguia com o olhar, mas dependendo do quanto se afastasse o animal poderia ir atrás. Talvez por curiosidade e por querer algum refúgio/proteção ou até mesmo para ameaçar, mesmo estando só, mais será que pelas atitudes Rugall saberia se era ameaçador ou se era apenas curiosidade.

Assim que entrasse em seu refúgio, ele iria para algum lugar com uma vista mais privilegiada e então a beijaria mais uma vez. O animal iria segui-lo apenas até a porta do local mas inicialmente não iria entrar, pois parecia receoso.