Capítulo 3: Coisas que se mexem quando não se está olhando

Rachel soca o ar de raiva por uma vez errar e não acertar o tapete nem nada. No canto do seu olho ela vê vulto passar, quando se vira nota a guerreira elfa se livrando de uma das cortinas e depois a destruindo, nisso se toca que o mago estava preso também numa das cortinas.

Ela mal tinha notado isso e aparentemente ninguém também, tinha todos focado no druida e esquecido do pobre coitado do mago. Era melhor começar ajuda-lo agora antes que fosse tarde demais.

- Eu vou tira-lo dai mago - diz ela esquentando a mãos.

Nem repara que o tapete tinha morrido e o meio drow estava livre agora.


Com a energia chegando ao ponto maximo nas suas mãos ela dispara.

Rachel escreveu:- Eu vou tira-lo dai mago.

Lin escreveu:- Tente não se mexer, senhor Galadon – sei que parece difícil, mas tente...

Conseguia ouvir a voz de seus companheiros em meio ao sons da batalha que parecia se estender por agonizantes minutos. Gritou em frustração, o tecido tornando seus inúmeros xingamentos em algo irreconhecível e abafado. 'Tente não se mover'? Putaquepariu eu não consigo sequer respirar!

Continuava seus esforços de maneira febril, mordendo o pano que lhe amordaçava enquanto impulsionava seu corpo em saltos abortados em toda e qualquer direção. Thea continuava circundando-o e tentando rasgar a cortina com suas pequenas garras, sem sucesso. Eu não sobrevivi àquela maldita crypta só pra morrer aqui! EU ME RECUSO!

O combate se aproximava do fim...

Com todos os heróis que conseguiam atacando o tapete, foi um rápido golpe de machado de Tal'Burz que partiu o tapete no meio. O Druida finalmente saiu esbaforido dali de dentro...

Porém, aquilo não acabou. A cortina que segurava Galadon apertou ainda mais forte e, numa última tentativa de suspiro, o Mago ergueu sua mão, mas caiu ao chão de joelhos e depois de rosto... A cortina se desenroscou dele e então ficou numa posição de "S", como uma cascavel que visa dar o bote...

Quem seria o corajoso a se aproximar e arriscar ser agarrado?



turno: 6

Depois de muita dor e agonia finalmente o tapete cede, Nalklyr cai esbaforido de joelhos e puxando o ar quase que desesperadamente, seu corpo tinha muitas ronchas que podiam ser vistas até com sua pele escura, pois fiapos de sangue chegaram a escorrer do centro dessas manchas. Ele olha ao redor e vê uma cortina caída, o tapete inerte e outra cortina esganando o mago.

-Pensei...que..morreria....aqui com um ta...pete, que...ver...gonha! Aju...dem o Mago!

O druida estava sem fôlego ainda, Tufo mergulha e meio que abraça a cabeça do druida aliviado em seguida Nalklyr saca sua varinha de curar ferimentos e toca em sí, como Shivra estava em sua mochila, colada a seu corpo os efeitos também se estenderiam a ela.

Com os olhos vidrados na cortina que envolvia o Mago, Ta'burz escuta o que o Meio-Drow falava ao seu lado.

Nalklyr escreveu:-Pensei...que..morreria....aqui com um ta...pete, que...ver...gonha! Aju...dem o Mago!

- Hunf...

O Grandalhão vê o último objeto "vivo" apertar o mago violentamente, como uma jiboia que estrangulava sua presa antes de se alimentar. Porém, segundos depois, a cortina largou o Humano e tomo uma postura ameaçadora. O corpo do rapaz caiu inerte no chão, o que fez Crohar urrar de raiva.

- Ora sua... - Ele apertou o cabo do machado e correu em sua direção (C3). - CORTINA DE MERDA!!

O Bárbaro estava mais irritado por seu adversário ser exatamente isso, uma cortina. Se fosse algum monstro amedrontador, grande ou com garras e presas, talvez fosse justificável, mas o Guerreiro Selvagem estava diante de objetos "vivos" que estavam simplesmente esgotando as energias do Grupo.

- Quer agarrar alguma coisa?? AGARRE ISSO AQUI!!

Ta'burz faz um arco sobre a cabeça com seu machado e experimenta golpear a cortina lateralmente.

Off:

Informações do Ataque:

Ouvindo o pedido de Jack a warlock esquenta os seus braços com o acumula de energia.

- Agora que eu acabo com essa coisa maldita - expressa ela juntando as duas mãos.

Ela dispara, era tanta energia que quase joga ela para trás, mas infelizmente o seu disparo vai para cima e acerta a parede quase no teto.

Percebendo a situação critica de seu companheiro, mesmo estando bastante ferido, Nalklyr decide usar sua varinha e cura nele. O mago ficou em situação muito pior, estava com muito mais ronchas no corpo todo e desacordado. Rapidamente o Druida que já estava com sua varinha de cura nas mãos corre até o mago, porém sente um fisgão em suas costelas e faz uma expressão de dor. Logo lembra que algo o perfurou enquanto estava preso no tapete. Ele coloca a mão sobre o ferimento e vai até o mago, agacha-se e toca seu corpo na tentativa de curá-lo.

O druida estava bastante preocupado, seus olhos arregalados vendo a cena, ele esperava que o mago estivesse vivo:

Ah não, não!

-Se...gure-o Lin, eu cuido disso, deixe-me trata-lo.

Nalklyr nunca imaginou que cortinas e tapetes pudessem ser tão perigosos se animados magicamente, o grupo estava tendo muitos problemas com esses seres, o que era estranho, a impressão é que enfrentar um bando de Zatherins parece ser mais fácil do que enfrentar um apete e duas cortinas.

-Se isso é a recepção...nem quero imaginar o que mais tem nes...se casarão... Seria sábio de nossa arte que fizé...ssemos o que planejávamos: Subir a escadas e tentar chegar até o mago.

Mapa Atualizado...

O ataque da Cortina era rápido e voraz, o objeto tentava agarrar seu braço e traze-lo para um abraço mortal, mas o Meio-Orc consegue evitar com um puxão tão forte quanto o da cortina. Ta'burz observa de canto de olho seus aliados se afastado, incluindo Lin que carregava o corpo inerte do Mago, isso tranquilizou o Bárbaro.

Crohar então toma uma postura mais defensiva e resolve recuar alguns metros, mantendo distância do objeto que, por ser uma cortina, estaria presa à parede, pelo menos é o que ele imaginava.

- Como estão? Todos bem? E o que são essas coisas? - O Meio-Orc estala a língua irritado e olha para o teto, pensando no andar logo acima. - Temos que encontrar logo esse mago.

Off:

-Ai, caramba! Estamos bem, Ta´burz! Vou dar um jeito nesse resto de retalho filho de um limo verde!

E com isso Jack avança ficando mais perto dos cães, os usando parcialmente como cobertura caso haja um possível contra-ataque da cortina (E3) e arremessa outra adaga.

Rachel sente-se um pouco mais aliviada após ver o mago acordar depois da cura do druida. Certamente se sentia culpada por não ter prestado atenção antes que o arcano precisava de ajuda.

Seu olhar se volta para cortina, aquela coisa maldita.

- Agora eu mato você - Diz ela atirando mais uma rajada.

E como sempre ela erra miseravelmente.

Nalklyr sorria com a palavras de ameaça de Lin, ele achava muito interessante o fato dela ser elfa e ter certa ignorância sobre magia, o que tornava tudo engraçado, ela ameaçava ele quando ele tentava curar o mago.

Senhor!? ahahahaha, não sou tão velho, aliás nem aparento ser...eu acho...

Ele volta-se para Lin.

-Pelos deuses, não em chame de senhor, me sinto com cinquenta anos...hahahaha

Ele ouve o bardo tentando preparar uma musica sobrs aquele momento e logo intervem, não parece ser bom nem para ele:

-Kvote, sugiro nem pensar no que fazer sobre essa situação, lembre-se que você esta conosco e a vergonha seria sua também, a não ser que invente que ouviu isso em outro lugar... Aliás...quem foi que me acertou com algo que aumentou a pressão do tapete numa determinada parte de meu corpo? Foi algo pontiagudo...aquilo doeu. Caso, outro tapete desse me agarre, tentem evitar isso...

Por fim Nalklyr concorda com Lin, ele chama a bruxa e o meio-orc para subirem as escadas, não sem antes se curar e curar o mago e libertar Shivra da mochila.

-Vamos galadon, mais um pouco de cura pra nós.

Nalkyr escreveu:...ido di...ixe...a-lo.

Lin escreveu:...se...ocê...ta-lo...ato o senhor.

A primeira coisa que percebeu em seu lento retorno à consciência foram as vozes de duas pessoas, discutindo sobre ele. Perto demais, pensou. A segunda foi a dor, trazendo consigo a memória de seus últimos momentos - seu corpo imóvel, o laço apertando-lhe o pescoço, não conseguir gritar...

Tomado por um senso de urgência, Galadon abriu os olhos rapidamente, adrenalina contrastando com confusão ao ver seus companheiros pairando sobre ele. Avariel?.

Lin escreveu:Ah, senhor mago Galadon, está bem?

Piscou, olhando ao redor e só então compreendendo que se encontrava no chão, do lado oposto da sala - havia sido movido em algum momento. Normalmente o mago ficaria ofendido pela indignidade do ato, mas o alívio que sentia era tanto que isso nem lhe passou pela cabeça. Estava vivo, apesar de tudo. Levantou-se com certa dificuldade, massageando os doloridos hematomas em seu braço e pescoço. Estou- tossiu levemente, encobrindo a falha de sua voz - Estou bem. Obrigado. Terminou, dirigindo-se a ambos. A mentira seria mais mais plausível se suas mãos parassem de tremer.  

Lin escreveu:...quase morrer para um tapete? Ridículo!

Um tapete? Direcionou sua atenção para os retalhos de tecido no chão, e então para a cortina animada do outro lado da sala, ligando os pontos mentalmente. Quer dizer que fonte do meu terror e quase algoz era... uma... cortina? Hah. Hahah. HahahahAHahAhAHAHahAhHAhAHaHAhAHAHAHAHAHAHAHA... A gargalhada do mago ecoava pela sala, soando vagamente demente. Por Mystra, às vezes eu odeio a minha boca - há pouco estava dizendo que encheria um casarão meu de constructos! Hahahahahah... hahah... ha... Inclinou-se para frente, tentando recuperar o fôlego e compostura. As garras de Thea em seu ombro eram uma bênção para o último. Boa familiar.

- Essas... criaturas... são denominadas “objetos animados”. Sua voz retornava ao timbre normal, as palavras fluindo mais facilmente conforme repetia as antigas lições de Davos. São o resultado de um procedimento arcano complicadíssimo – e muito caro – que as imbuem com uma função, um conjunto de instruções que seguem à risca independente de direção de seu criador. Como uma armadilha que se move e é impossível de desarmar - nosso único recurso seria destruí-la, ou convencer o criador a desativá-la.

Olhou para cada um dos companheiros, sério. E ele pode nem estar em casa. Em suma? Não confiem em objeto algum que encontrarem.