Após uma longa e árdua cavalgada, a visão do forte de Kumbalgar era no mínimo reconfortante para William. Os muros de pedra da construção marcavam a presença da civilização em um território inóspito e praticamente inabitado, assolado por feras e bandidos. A viagem de William teve suas doses de emoção, mas isto era algo com que estava acostumado, enfrentando a injustiça e levando a palavra de Mitz aos locais mais isolados de Gália.
“Pensava que nunca iriamos chegar, Will” comenta sua companheira de viagens, Januar Whitley.
Januar portava sua indumentária de viagens, com o manto branco da Ordem do Punho do Valor, que era o braço armado de Mitz. A armadura não parecia incomoda-la, tendo sua proteção salvado sua vida inúmeras vezes.
A cleriga de Mitz abaixa o capuz, revelando seus longos e belos cabelos loiros. Estava suada e cansada, mas ver o Forte tão próximo foi o suficiente para anima-la. Kumbalgar tinha uma posição privilegiada, localizado por sobre uma colina alta, que permitia ver boa parte do extenso rio Shrill, que fazia fronteira com Siltanat.
“Fico me perguntando porque seu irmão James pediu para encontra-lo em um lugar tão longe... O que estava escrito na carta que voce recebeu?”, pergunta em tom curioso. Esta era a Januar que Will conhecia desde a época em que treinaram juntos no Condado de Dorset, sempre com a mania de querer saber de tudo.