- Sim, tenho certeza. Única coisa que me interessa agora é a vida da minha mãe, então o que acontecer com a minha eu penso depois.
Não se preocupava com o que teria q enfrentar nesse lugar onde Elanne iria lhe levar, na verdade tinha mais preocupações sobre deixar o corpo de Maria Helena sobre os cuidados de Claudio e sem a sua supervisão. Estava tão focada no que tinha que fazer naquele momento que, até mesmo, não se dera o trabalho de responder as explicações do homem.
Depois pensaria nisso e em tudo que acontecera naquela noite, junto a sua mãe.
Então, ela recebia o cachecol da ruiva e estranhava um pouco. Mas, como ela não entendia nada sobre o mundo qual estava prestes a entrar, não fizera nada além de seguir e aceitar tudo que Elanne dizia e fazia.
- Obrigada, muito obrigada mesmo. Estava séria, mas deixava escapar um pouco de sua gratidão pela oportunidade que lhe era dada. - Certo. Vou manter ele no pescoço custe o que custar.
Tensa e prestando atenção aos movimentos de Elanne, Mari apenas desviava o olhar em um momento para encarar uma última vez o corpo de sua mãe que era carregada por Claudio. Mentalmente, prometia voltar logo e trazer de volta sua alma para que ambas pudessem finalmente voltar para casa e ter um dia normal.
Com o chamado da mulher, Mari apenas acenou com a cabeça e a seguiu para dentro do portal. Antes de entrar, sem tirar os olhos do portal, Mari fala à Claudio.
- Cuide dela como se cuidasse da coisa mais preciosa da sua vida. Ela sabia que um estranho não cuidaria de Maria Helena como sua própria filha, mas somente tentando por isso em sua cabeça Mari poderia tentar se acalmar diante do fato de deixá-la ali.
Passando pelo portal, Mari apenas aceita todas as instruções da ruiva e permanece logo atrás dela. Quieta e atenta. Encarava o estranho deserto a sua frente sem entender muito como foram parar ali, praticamente a mesma sensação que teve antes quando foi parar naquele bar.
- Pode deixar, vou seguir o que você disser. Respondeu à Elanne e, diante da pergunta, gaguejou um pouco por não esperar que ela estivesse lidando tão bem com a presença da garota. - É... Eu... Eu não tenho uma história especial nem nada. Eu morava no Japão com meu pai e lá, na escola que eu estudava, eu encontrei essa espada dentro de uma parede. Desde então eu consigo ativar a luz dentro dela e lutar contra uns seres de sombras que aparecem. Ela para um pouco pra pensar.- Como pode ver, não sei muito nem mesmo sobre a espada... Por isso estava naquele bar. Queria saber se alguém ali poderia me explicar o que é a espada.
Sentindo um toque inesperado, Mari põe a mão na espada como reflexo e olha na direção daquela estranha e desconhecida mulher.
- hmmm! Emite um som com a boca fechada para alertar Elanne e tentava seguir sua instrução de não falar com ninguém ali.
Com a apresentação de Dora, Mari se lembra do nome e, sentindo um misto de medo e um pouco da raiva de antes, encara Elanne procurando respostas de como deveria agir perante aquela senhora. Via o contato das duas sem entender muito, mas também não tinha muito motivos de entender.
Ao ver sua mãe na distância, Mari deu um passo a frente e se lembrou de que não podia se distanciar da mulher que lhe levara ali.
- Mãe. Falara consigo mesma. - Ela está realmente aqui, está logo ali. Se volta para Elanne, visivelmente feliz, mesmo sabendo que a ruiva também havia visto Maria Helena.
Estava feliz por ver que sua mãe era, de certa forma, protegida tanto pela luz da espada, quanto pela escuridão que ela havia conhecido antes mesmo de Mari, com o seu pai.
- Vamos até ela? Mari espera as ordens de Elanne para poder ir até lá.
Se ela permitisse, seguindo o que Dora falou de não usar a espada, Mari iria correndo até a mãe.