|
Connor Mcleary
- Ankou
Adepto da Virtualidade - Mensagens : 1923
Reputação : 74
Conquistas :- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/411.png
- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/1413.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh40.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh47.png
- Mensagem nº361
Re: Connor Mcleary
- Wordspinner
Antediluviano - Mensagens : 3112
Reputação : 176
Conquistas :- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/411.png
- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/1012.png
- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/1413.png
- https://i.servimg.com/u/f51/19/64/68/80/dourad13.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh33.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh22.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh42.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh28.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh44.png
- Mensagem nº362
Re: Connor Mcleary
Connor escreveu: Talvez na próxima.
"Não precisa correr." Como se ele pudesse sentir. Ou talvez só ver. "Me ouve. Vamo conversar, negociar..." Ele talvez fosse dizer mais quando vidro explodiu para todo lado com a passagem de Connor. "Eu faço um juramento: Não te machuco se ficar e conversar." Connor corre e ouve as chaves do carro entre os seus passo e as batidas do coração. Um sussurro distante. Então vem o motor, o ronco baixo mais imaginado que ouvido. As luzes do farol. O pneu no asfalto cantando aquela canção aguda e desesperada.
Os tiros foram a porra de uma surpresa. Uma surpresa de merda. Uma saraivada nas costas. Costas enormes e fáceis de acertar. Ele treme com os impactos e derrapa batendo numa lixeira grande. Sente sangue escorrendo nas pernas, mas não das costas. Doeu, mas o casaco segurou as balas que bateram nele. O lua cheia pula para o telhado de um mercadinho de uma vez só vendo o carro derrapar e contornar para encontrar. Não esperou para ver se o cara tinha outro cartucho para esvaziar no rahu, pulou em uma varanda e correu e jogou no prédio ao lado e foi pulando até o chão pelas saidas de incêndio. Ninguém.
O lua cheia corre e procura uma moto. Procura uma moto e corre. Alguma delas tinha que estar largada no meio da rua. Tinha que estar. Mas não estavam. O medo e o aumento da criminalidade tinham chegado até ali. Ele xinga para si mesmo ainda sentindo as balas escorrendo da carne. Quando parava de correr ele mancava com a perna esquerda. Só um pouco. Quase nada. Mas era desesperador estando dentro do tanque dos tubarões.
Ele sente como se tivesse sido puxado, mas eram só os próprios reflexos agindo. Um garagem de grades altas e pontas afiadas. Uma moto lá dentro. O cadeado não foi um grande desafio. Mas as pessoas já tinham visto ele aqui e ali. Tinha certeza que tinham tirado alguma foto. Era impossível fugir pela sua vida e ser invisível ao mesmo tempo. Ele olha a moto e tem certeza que estava grande demais para ela. Uma magrela feita para correr nas montanhas e trilhas, ele literalmente não caberia nela desse jeito.
--
Connor acelera a toda pela avenida. Tinha sido difícil chegar até ali pelas ruas desenhecidas seguindo placas e o caminho que o google maps entendia que ele queria. Não dava nem para parar e escrever ou corrigir. Ele xingou quando entendeu que a forma familiar do impala pesado e baixo era o carro que o estava esperando na academia. O desgraçado vinha rápido do acostamento. Tinha passado a noite toda torcendo por menos gente e odiando cada momento em que era visto ou acompanhado. Mas agora queria todo transito que pudesse. Não tinha quase nada. O farol alto era além do que qualquer fabricante poria em um carro. Eram um ultraje e um carro que Connor ia usar de escudo simplesmente sai da pista e encosta xingando. Era difícil ver com os retrovisores brilhando feito farois. Era impossível ver o carro ali. Mas nem precisava. O filho da puta tava atrás dele explodindo HighWay to Hell.
- Ankou
Adepto da Virtualidade - Mensagens : 1923
Reputação : 74
Conquistas :- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/411.png
- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/1413.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh40.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh47.png
- Mensagem nº363
Re: Connor Mcleary
|
- Wordspinner
Antediluviano - Mensagens : 3112
Reputação : 176
Conquistas :- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/411.png
- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/1012.png
- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/1413.png
- https://i.servimg.com/u/f51/19/64/68/80/dourad13.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh33.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh22.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh42.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh28.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh44.png
- Mensagem nº364
Re: Connor Mcleary
Uma, duas, três ruas. Então o farol de novo. Na contra mão, o impala fazia o cérebro dele doer com aquela maldita luz. O Lua cheia vira sem nem olhar e acelera. O barulho que a moto vazia nunca ia deixar ele se perder na cidade, não a noite com o ronco ecoando nos prédios. O desgraçados do Impala logo ficava para trás, na verdade nem tentava perseguir ele.
Para alguém que conhecesse a cidade eram óbvios os caminhos e as direções de Connor. Claro que estava Indo para Dover. Claro que ia usar o caminho mais rápido de todos.
Na segunda vez ele só acende o farol depois de jogar o carro com tudo. Não era um carro discreto, mas não dava para ouvir ele chegando e Connor já tava cheio de manchas na visão do farol. Mesmo assim ele sabia o caminho bem o bastante depois que o mendigo o informou.
Um bloqueio na avenida que ia levar ele a melhor parte do caminho. Guardas sonolentos parando todo o transito. Não tinha por onde passar sem começar uma perseguição com a policia. Melhor dar a volta nos caras e entrar mais a frente.
Na entrada seguinte, lá estava o impala. Mas dessa Connor desviou e alternou a rota de novo. Ele vem outra vez atrás, mais uma investida que arranca o retrovisor e quase joga o Lua cheia no chão. Mas a moto era menor e ele se enfia em um parque com ela. O cara nem tenta seguir. Dá ré e some.
Dali para frente Connor se afasta das principais e não tem mais problemas com o impala. Só com o tempo. Demorava mais. Era mais arriscado. Cada minutos extra era uma chance a mais de uma alcateia estar na cola dele. Uma alcateia grande e organizada? Pequena e debilitada?
A roda da frente toca o chão de terra. Alívio escorre pela espinha. Uma fazenda a frente. Ele ia ter de dar a volta ou... A porra do farol de novo. O motor do Impala gritando de esforço enquanto o carro sacolejava nos buracos. Aquela era a pior estrada que ele tinha encontrado e isso trazia um sorriso involuntário ao rosto do rahu. Mesmo assim dessa vez ele o perseguia. Os segundos passavam e o impala não ficava para trás, só ficava mais sujo e ferrado. Também não chevaga mais perto.
A dor veio antes do som. Abafado e distante. O som, não a dor. Essa era profunda e intima e aguda. Ela tomava tudo. Era toda cor do mundo e cheiravam a torrada e sangue. E tinha gosto de terra e grama.
Ele acordou no chão. O Impala em algum lugar lá na frente. Era só luz. A moto ele nem lembrava mais. Só ouvia os uivos e o vento assobiando no buraco na cabeça dele. Qualquer humano estaria morto. A maioria dos urathas também. Tudo era dor e cada pedaço dele estava no lugar errado.
Mais uivos. Mais uivos. De quem? Dele mesmo? Não, ele tinha gritado? Estava gritando?
Para alguém que conhecesse a cidade eram óbvios os caminhos e as direções de Connor. Claro que estava Indo para Dover. Claro que ia usar o caminho mais rápido de todos.
Na segunda vez ele só acende o farol depois de jogar o carro com tudo. Não era um carro discreto, mas não dava para ouvir ele chegando e Connor já tava cheio de manchas na visão do farol. Mesmo assim ele sabia o caminho bem o bastante depois que o mendigo o informou.
Um bloqueio na avenida que ia levar ele a melhor parte do caminho. Guardas sonolentos parando todo o transito. Não tinha por onde passar sem começar uma perseguição com a policia. Melhor dar a volta nos caras e entrar mais a frente.
Na entrada seguinte, lá estava o impala. Mas dessa Connor desviou e alternou a rota de novo. Ele vem outra vez atrás, mais uma investida que arranca o retrovisor e quase joga o Lua cheia no chão. Mas a moto era menor e ele se enfia em um parque com ela. O cara nem tenta seguir. Dá ré e some.
Dali para frente Connor se afasta das principais e não tem mais problemas com o impala. Só com o tempo. Demorava mais. Era mais arriscado. Cada minutos extra era uma chance a mais de uma alcateia estar na cola dele. Uma alcateia grande e organizada? Pequena e debilitada?
A roda da frente toca o chão de terra. Alívio escorre pela espinha. Uma fazenda a frente. Ele ia ter de dar a volta ou... A porra do farol de novo. O motor do Impala gritando de esforço enquanto o carro sacolejava nos buracos. Aquela era a pior estrada que ele tinha encontrado e isso trazia um sorriso involuntário ao rosto do rahu. Mesmo assim dessa vez ele o perseguia. Os segundos passavam e o impala não ficava para trás, só ficava mais sujo e ferrado. Também não chevaga mais perto.
A dor veio antes do som. Abafado e distante. O som, não a dor. Essa era profunda e intima e aguda. Ela tomava tudo. Era toda cor do mundo e cheiravam a torrada e sangue. E tinha gosto de terra e grama.
Ele acordou no chão. O Impala em algum lugar lá na frente. Era só luz. A moto ele nem lembrava mais. Só ouvia os uivos e o vento assobiando no buraco na cabeça dele. Qualquer humano estaria morto. A maioria dos urathas também. Tudo era dor e cada pedaço dele estava no lugar errado.
Mais uivos. Mais uivos. De quem? Dele mesmo? Não, ele tinha gritado? Estava gritando?
- Ankou
Adepto da Virtualidade - Mensagens : 1923
Reputação : 74
Conquistas :- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/411.png
- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/1413.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh40.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh47.png
- Mensagem nº365
Re: Connor Mcleary
|
- Ankou
Adepto da Virtualidade - Mensagens : 1923
Reputação : 74
Conquistas :- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/411.png
- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/1413.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh40.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh47.png
- Mensagem nº366
Re: Connor Mcleary
|
- Wordspinner
Antediluviano - Mensagens : 3112
Reputação : 176
Conquistas :- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/411.png
- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/1012.png
- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/1413.png
- https://i.servimg.com/u/f51/19/64/68/80/dourad13.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh33.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh22.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh42.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh28.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh44.png
- Mensagem nº367
Re: Connor Mcleary
Ele chuta a roda para uma lado da pedra e ouve a explosão até com os ossos. Ele sente o fogo que gruda na pele. O barulho do trovão. A luz absolutamente cegante. A escuridão verdadeira era feita de formas brilhantes. O silêncio era um grito sem fim metálico e cortante. O seu corpo era uma só queimadura gigante. Pura agonia. Era tudo que ele era. Queria poder pensar. Queria poder pensar que não sentiu a segunda bala. Que não sentiu os ossos partidos. O pulmão perfurado e cheio de sangue. Que não conhecia o desespero e o medo da morte. Ele queria saber pelo menos para onde estava correndo.
Só uma opção. Não era nem mesmo uma questão. Nem mesmo uma decisão. Só um reflexo de um corpo feito para sobreviver.
A clareza retorna carregada pela fúria ancestral que corre na forma da guerra. Mas o fogo ainda era demais. O teria consumido em alguns segundos sem a vitalidade indestrutível do gauru. Ainda assim precisava de um alvo. A mente estava cada vez mais fraca. Mais desgastada. Ele corre e a arrisca a fúria mortal guiando a si mesmo para a escuridão, mas ele era a luz. Ele era um incêndio ambulante e sentia a pele e a carne caindo dos ossos para ser feita de novo pelo poder da forma da guerra.
A luz diminui ao mesmo tempo que o calor aumenta com o fogo procurando seus ossos como algo vivo e cruel. O tiro vem acompanhado de um grito alto de agonia que poderia ser dele, mas vinha de muito longe. Não havia espaço para fraqueza, a forma da guerra percebia a dor, mas não se dobrava a ela. Ele continua correndo e a fúria continua exigindo sangue e retribuição. Mas todos os seus ossos dizem para continuar correndo e era só isso que ele era. Que ele sentia. Ele sentia como um monte de ossos queimados. Sentia como se fosse feito de cinzas e dor.
Mas nenhum tiro. Ninguém perto o suficiente para ele perceber. Mas voltar a forma humana séria deixar o fogo o consumir.
"Puta que pariu caralho eu preciso daquela coisa de fogo agora." Era pavor na voz. Pavor irrestrito. Medo e dor. Mas não mais dor do que ele sentia.
Não era um inimigo, não. Mas era melhor que a fúria mortal.
Connor sente a garra rasgando tecido duro e pele e carne e rapando nos ossos. Um grito. Sangue uratha.
O lua cheia levanta o uratha menor. Mais fraco. Fraco demais. O fogo some. Escorrendo dele como água para longe. A dor continua lá. A dor além do que a forma de guerra podia reparar. Mas estava livre.
"Me solta! Me solta! Ele vai me matar! Socorro, vem me salvar!" Era Jay sangrando por debaixo do colete de kevlar. Os olhos arregalados. O corpo de dalu desesperado para impedir a forma de guerra de surgir. Connor vê a própria mão segurando o irraka e mal consegue se lembrar de como aquilo foi decisão dele. "Me solta porra, eu te salvei!" O irraka parecia pronto para fugir, se ao menos tivesse os pés no chão.
Só uma opção. Não era nem mesmo uma questão. Nem mesmo uma decisão. Só um reflexo de um corpo feito para sobreviver.
A clareza retorna carregada pela fúria ancestral que corre na forma da guerra. Mas o fogo ainda era demais. O teria consumido em alguns segundos sem a vitalidade indestrutível do gauru. Ainda assim precisava de um alvo. A mente estava cada vez mais fraca. Mais desgastada. Ele corre e a arrisca a fúria mortal guiando a si mesmo para a escuridão, mas ele era a luz. Ele era um incêndio ambulante e sentia a pele e a carne caindo dos ossos para ser feita de novo pelo poder da forma da guerra.
A luz diminui ao mesmo tempo que o calor aumenta com o fogo procurando seus ossos como algo vivo e cruel. O tiro vem acompanhado de um grito alto de agonia que poderia ser dele, mas vinha de muito longe. Não havia espaço para fraqueza, a forma da guerra percebia a dor, mas não se dobrava a ela. Ele continua correndo e a fúria continua exigindo sangue e retribuição. Mas todos os seus ossos dizem para continuar correndo e era só isso que ele era. Que ele sentia. Ele sentia como um monte de ossos queimados. Sentia como se fosse feito de cinzas e dor.
Mas nenhum tiro. Ninguém perto o suficiente para ele perceber. Mas voltar a forma humana séria deixar o fogo o consumir.
"Puta que pariu caralho eu preciso daquela coisa de fogo agora." Era pavor na voz. Pavor irrestrito. Medo e dor. Mas não mais dor do que ele sentia.
Não era um inimigo, não. Mas era melhor que a fúria mortal.
Connor sente a garra rasgando tecido duro e pele e carne e rapando nos ossos. Um grito. Sangue uratha.
O lua cheia levanta o uratha menor. Mais fraco. Fraco demais. O fogo some. Escorrendo dele como água para longe. A dor continua lá. A dor além do que a forma de guerra podia reparar. Mas estava livre.
"Me solta! Me solta! Ele vai me matar! Socorro, vem me salvar!" Era Jay sangrando por debaixo do colete de kevlar. Os olhos arregalados. O corpo de dalu desesperado para impedir a forma de guerra de surgir. Connor vê a própria mão segurando o irraka e mal consegue se lembrar de como aquilo foi decisão dele. "Me solta porra, eu te salvei!" O irraka parecia pronto para fugir, se ao menos tivesse os pés no chão.
Off escreveu:Total final, mais um ponto de fdv gasto e 5 agravado. Parabéns. Se você decidir fugir agora, acabou.
- Ankou
Adepto da Virtualidade - Mensagens : 1923
Reputação : 74
Conquistas :- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/411.png
- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/1413.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh40.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh47.png
- Mensagem nº368
Re: Connor Mcleary
|
- Wordspinner
Antediluviano - Mensagens : 3112
Reputação : 176
Conquistas :- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/411.png
- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/1012.png
- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/1413.png
- https://i.servimg.com/u/f51/19/64/68/80/dourad13.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh33.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh22.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh42.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh28.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh44.png
- Mensagem nº369
Re: Connor Mcleary
Os Dragões contaram como ficaram esperando por ele. Sem saber exatamente por onde ele iria sair. Sem poder chegar mais perto sem alertar os puros. O que entregou foi o tiro. Mesmo com o abafador de chama era um tiro.
Jay foi na direção de Connor porque era mais forte que Rail se precisasse acarregar o Rahu. Os irrakas eram os mais rápidos pra cruzar essa distância. Era caro, mas valia a pena.
Os Dragões falavam bastante de tudo que tinha rolado. Rail insistiu em que Connor fosse tratado e esgotado Edrick tirou uns pedaços de costela e colou tudo. Amy olhava para Connor com orgulho e satisfação, mas não disse nada. Nem falou nada quando pegou o casaco e a malha e guardou.
Deram água para ele. Muita água. Rail revistou a pele dele tirando crostas queimadas e limpando com pano umidecido de bebês.
Até aí tudo é turbolento mais faz sentido.
Então vem um grande amassado de memórias claras, porém embaralhadas. Fora de ordem. Da casa. De Sam. De dor. De sangue. De Chloe. De ... Elas terminavam todas as vezes em uma nuvem de fumaça escura.
"Não era para estar aqui." A voz de trovão fazia relâmpagos correrem no ar. Quase dava para ver o velho delimitado em sombras. Mas lá estava a brasa na altura do rosto. "Não é a hora de dizer que tenho orgulho do seu caminho. É hora de você voltar lá e caminhar. Mas Connor não tinha ido a lugar nenhum. Nem se sentia disposto a ir. Só queria ficar ali.
A presença se aproxima. A fumaça espessa e fria escorre em volta do Lua cheia. "Garoto, onde foi que você se enfiou?" Ele podia ouvir a risada na voz aspera.
Jay foi na direção de Connor porque era mais forte que Rail se precisasse acarregar o Rahu. Os irrakas eram os mais rápidos pra cruzar essa distância. Era caro, mas valia a pena.
Os Dragões falavam bastante de tudo que tinha rolado. Rail insistiu em que Connor fosse tratado e esgotado Edrick tirou uns pedaços de costela e colou tudo. Amy olhava para Connor com orgulho e satisfação, mas não disse nada. Nem falou nada quando pegou o casaco e a malha e guardou.
Deram água para ele. Muita água. Rail revistou a pele dele tirando crostas queimadas e limpando com pano umidecido de bebês.
Até aí tudo é turbolento mais faz sentido.
Então vem um grande amassado de memórias claras, porém embaralhadas. Fora de ordem. Da casa. De Sam. De dor. De sangue. De Chloe. De ... Elas terminavam todas as vezes em uma nuvem de fumaça escura.
"Não era para estar aqui." A voz de trovão fazia relâmpagos correrem no ar. Quase dava para ver o velho delimitado em sombras. Mas lá estava a brasa na altura do rosto. "Não é a hora de dizer que tenho orgulho do seu caminho. É hora de você voltar lá e caminhar. Mas Connor não tinha ido a lugar nenhum. Nem se sentia disposto a ir. Só queria ficar ali.
A presença se aproxima. A fumaça espessa e fria escorre em volta do Lua cheia. "Garoto, onde foi que você se enfiou?" Ele podia ouvir a risada na voz aspera.
- Ankou
Adepto da Virtualidade - Mensagens : 1923
Reputação : 74
Conquistas :- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/411.png
- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/1413.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh40.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh47.png
- Mensagem nº370
Re: Connor Mcleary
|
- Wordspinner
Antediluviano - Mensagens : 3112
Reputação : 176
Conquistas :- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/411.png
- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/1012.png
- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/1413.png
- https://i.servimg.com/u/f51/19/64/68/80/dourad13.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh33.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh22.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh42.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh28.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh44.png
- Mensagem nº371
Re: Connor Mcleary
Connor: E tu não vai ganhar mais nenhum deles
"Não botaria grana nisso. Dentes came muito fácil." Era Jenna mostrando uma mão cheia de esmalte quebrado e cuspe vermelho.
"Entrar e sair. Sem alarde. Sem riscos." Diz sentado ao lado dela com o rosto coberto por bolhas de queimadura.
"Quer uma mão?" Amy pergunta para ele e não surpriende ao jogar uma mão rasgada na altura do pulso.
Edrick passa a mão na ferida dolorida. "Cê quer um osso? Pra lembrar?" E fisga um cordão com os dedos sujos de sangue. Sangue Mcleary. Ossos cortados em pedaços pequenos com rabiscos de pauzinhos. Em outro lugar, em outra hora e em outra pessoa poderiam ser um trabalho com massa e tinta. Connor sabia o que era.
--
"Ainda fala como um filhote impertinente querendo justiça pela sua dor, perdão pelos seus crimes e atenção por qualquer avanço." A voz começava contrariada mas terminavam em uma risada engasgada. Uma tosse seca. A fumaça descia quando tinha que subir. Escorria feito oleo.
Connor: Você nunca me achou bom o bastante pra ser um Corvo e continua não achando, e eu nunca nem soube o porque.
"Para de choramingar garoto, me culpar pelas suas falhas não resolve nada." As palavras tinham cheiro de chuva e tempestade. "Você nunca nem tentou. Mordeu a isca que Olhar Curioso jogou e acha que eu sou o anzo?" Tinha humor Ali. Ele se divertia. Talvez fosse solitario ali. Talvez ele não achasse os erros que apontava tão ruins.
Connor: Os Anshega, são uma máquina de guerra bem treinada e armada, e a gente não tem vinte Connor pra sairem daquela merda vivo, da mesma forma que a gente não tinha vinte Daniel, só um não vai resolver o problema… Eu não sei o que eles querem, mas eles não querem cadáveres, eles já teriam isso se quisessem como foi em Sparhall e eu não sei o que fazer.
"É bom que não tenham vinte de você. Iam ficar rodando em circulos medindo o pau." A brasa brilha vermelha quando ele traga mais uma vez. "Eles querem o que você quer. Tudo. Caça. Segurança. Glória. Dominação. Libertar os irmãos das Correntes da Lua. Os caras querem ganhar." Os relâmpagos deixam o rosto dele quase visível. Quase.
Connor: . - Eu to cansado de perder gente. - fúria queimando por dentro - A gente tem que revidar ou largar essa porra de uma vez, eu não sirvo morto pra lua, eu não quero minha filha na mão de um bando de canalhas malucos.
"É isso que eles pensam da gente." O silêncio cresce enquanto as nuvens diminuem. O trovão rola distante se afastando. "Me diz uma coisa garoto... Meu corpo. Como vocês pegaram ele de volta?" Sem as nuvens ele era só uma sombra preenchida com as lembranças de Connor. As expressões. Os detalhes. As emoções.
"Não botaria grana nisso. Dentes came muito fácil." Era Jenna mostrando uma mão cheia de esmalte quebrado e cuspe vermelho.
"Entrar e sair. Sem alarde. Sem riscos." Diz sentado ao lado dela com o rosto coberto por bolhas de queimadura.
"Quer uma mão?" Amy pergunta para ele e não surpriende ao jogar uma mão rasgada na altura do pulso.
Edrick passa a mão na ferida dolorida. "Cê quer um osso? Pra lembrar?" E fisga um cordão com os dedos sujos de sangue. Sangue Mcleary. Ossos cortados em pedaços pequenos com rabiscos de pauzinhos. Em outro lugar, em outra hora e em outra pessoa poderiam ser um trabalho com massa e tinta. Connor sabia o que era.
--
"Ainda fala como um filhote impertinente querendo justiça pela sua dor, perdão pelos seus crimes e atenção por qualquer avanço." A voz começava contrariada mas terminavam em uma risada engasgada. Uma tosse seca. A fumaça descia quando tinha que subir. Escorria feito oleo.
Connor: Você nunca me achou bom o bastante pra ser um Corvo e continua não achando, e eu nunca nem soube o porque.
"Para de choramingar garoto, me culpar pelas suas falhas não resolve nada." As palavras tinham cheiro de chuva e tempestade. "Você nunca nem tentou. Mordeu a isca que Olhar Curioso jogou e acha que eu sou o anzo?" Tinha humor Ali. Ele se divertia. Talvez fosse solitario ali. Talvez ele não achasse os erros que apontava tão ruins.
Connor: Os Anshega, são uma máquina de guerra bem treinada e armada, e a gente não tem vinte Connor pra sairem daquela merda vivo, da mesma forma que a gente não tinha vinte Daniel, só um não vai resolver o problema… Eu não sei o que eles querem, mas eles não querem cadáveres, eles já teriam isso se quisessem como foi em Sparhall e eu não sei o que fazer.
"É bom que não tenham vinte de você. Iam ficar rodando em circulos medindo o pau." A brasa brilha vermelha quando ele traga mais uma vez. "Eles querem o que você quer. Tudo. Caça. Segurança. Glória. Dominação. Libertar os irmãos das Correntes da Lua. Os caras querem ganhar." Os relâmpagos deixam o rosto dele quase visível. Quase.
Connor: . - Eu to cansado de perder gente. - fúria queimando por dentro - A gente tem que revidar ou largar essa porra de uma vez, eu não sirvo morto pra lua, eu não quero minha filha na mão de um bando de canalhas malucos.
"É isso que eles pensam da gente." O silêncio cresce enquanto as nuvens diminuem. O trovão rola distante se afastando. "Me diz uma coisa garoto... Meu corpo. Como vocês pegaram ele de volta?" Sem as nuvens ele era só uma sombra preenchida com as lembranças de Connor. As expressões. Os detalhes. As emoções.
- Ankou
Adepto da Virtualidade - Mensagens : 1923
Reputação : 74
Conquistas :- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/411.png
- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/1413.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh40.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh47.png
- Mensagem nº372
Re: Connor Mcleary
|
- Wordspinner
Antediluviano - Mensagens : 3112
Reputação : 176
Conquistas :- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/411.png
- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/1012.png
- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/1413.png
- https://i.servimg.com/u/f51/19/64/68/80/dourad13.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh33.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh22.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh42.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh28.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh44.png
- Mensagem nº373
Re: Connor Mcleary
Connor: ...o treco chumbado na parede, bem diferente da foto que o Rich mostrou, valioso o bastante pro cara não se mover
Amy não parece saber do que ele tá falando. Mas se mostra disposta a ajudar com o quebra cabeça. "Era território urdaga antes. Quem ficava ali mesmo?" Mas ninguém parece saber a resposta. "Eles tinham um ithaeur dos nossos. Mestre do Ferro." Ela completa para ser bem clara. "Paranoico com informação. não confiava em arquivos digitalis. 'muito vulneráveis'." Ela diz com uma voz forçada e um sorriso que morre rápido.
Connor: Um bom o bastante pra fazer um pingente e eu desfilar com ele na cara dos desgraçados
"Mãos tem muitos ossos bons." Ele parece ter uma ideia na hora. O rosto iluminado pela compresão e então escurecido por uma ironia cruel. "Três. O dedo do gatilho." Satisfeito e final.
--
Connor: ...mas eu não vou mais reclamar, ou pedir por reconhecimento
"Faz disso um juramento, garoto." A voz cheia de expectativa. "Vocês pareceram bem felizes com o modo como aconteceu. Eu não vou esquecer sua cara orgulhosa com o titulo de alfa." Sem escarnio. Sem ironia. Sem emoção. Era difícil imaginar a verdade.
Connor: Até agora eu só quero eles longe da ilha, que voltem pro buraco de onde saíram
"Desculpe um velho por não falar só do presente. Não falar só da faca que você quer tirar da carne, mas da que está disposto a usar também." De alguma forma ele parecia achar graça.
Connor: exceto que seus feitos foram lembrados e houve um adeus de todos presentes na noite seguinte onde o protetorado se reúne.
"Então ela morreu mesmo. Ele nunca teria deixando ela ir." Como se pudesse ver outro momento. "Ele não lutou, sabia garoto?" A voz cheia de perplexidade e não acusação. "Não se escondeu. Não fugiu." Ele balança a cabeça e traga de novo. A fumaça pesada desce. "Você tinha que acordar. Tinha que acordar, irmão..."
Connor: O que tem o seu corpo, por que isso é relevante?
"Não é." A voz trovejava e as nuvens ficavam mais densas, escalando Connor. "A cerveja preta do George. É o que vai ajeitar você, garoto." Ele se levanta e com ele a tempestade. Ela é tudo que existe até ele acordar.
Amy não parece saber do que ele tá falando. Mas se mostra disposta a ajudar com o quebra cabeça. "Era território urdaga antes. Quem ficava ali mesmo?" Mas ninguém parece saber a resposta. "Eles tinham um ithaeur dos nossos. Mestre do Ferro." Ela completa para ser bem clara. "Paranoico com informação. não confiava em arquivos digitalis. 'muito vulneráveis'." Ela diz com uma voz forçada e um sorriso que morre rápido.
Connor: Um bom o bastante pra fazer um pingente e eu desfilar com ele na cara dos desgraçados
"Mãos tem muitos ossos bons." Ele parece ter uma ideia na hora. O rosto iluminado pela compresão e então escurecido por uma ironia cruel. "Três. O dedo do gatilho." Satisfeito e final.
--
Connor: ...mas eu não vou mais reclamar, ou pedir por reconhecimento
"Faz disso um juramento, garoto." A voz cheia de expectativa. "Vocês pareceram bem felizes com o modo como aconteceu. Eu não vou esquecer sua cara orgulhosa com o titulo de alfa." Sem escarnio. Sem ironia. Sem emoção. Era difícil imaginar a verdade.
Connor: Até agora eu só quero eles longe da ilha, que voltem pro buraco de onde saíram
"Desculpe um velho por não falar só do presente. Não falar só da faca que você quer tirar da carne, mas da que está disposto a usar também." De alguma forma ele parecia achar graça.
Connor: exceto que seus feitos foram lembrados e houve um adeus de todos presentes na noite seguinte onde o protetorado se reúne.
"Então ela morreu mesmo. Ele nunca teria deixando ela ir." Como se pudesse ver outro momento. "Ele não lutou, sabia garoto?" A voz cheia de perplexidade e não acusação. "Não se escondeu. Não fugiu." Ele balança a cabeça e traga de novo. A fumaça pesada desce. "Você tinha que acordar. Tinha que acordar, irmão..."
Connor: O que tem o seu corpo, por que isso é relevante?
"Não é." A voz trovejava e as nuvens ficavam mais densas, escalando Connor. "A cerveja preta do George. É o que vai ajeitar você, garoto." Ele se levanta e com ele a tempestade. Ela é tudo que existe até ele acordar.
- Ankou
Adepto da Virtualidade - Mensagens : 1923
Reputação : 74
Conquistas :- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/411.png
- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/1413.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh40.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh47.png
- Mensagem nº374
Re: Connor Mcleary
|
- Wordspinner
Antediluviano - Mensagens : 3112
Reputação : 176
Conquistas :- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/411.png
- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/1012.png
- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/1413.png
- https://i.servimg.com/u/f51/19/64/68/80/dourad13.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh33.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh22.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh42.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh28.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh44.png
- Mensagem nº375
Re: Connor Mcleary
O dedo chega na manhã seguinte. Bem a tempo de ele pegar antes de ir para o tio George. Jun em uma roupa de corrida coladinha e colorida deixou a caixa de papelão de montar, fina e marrom com um Marco sonolento que a perdeu para um Joe preocupado com o cheiro dela.
"Hey C, tão te mandando um bagulho meio estranho." Ele balança a caixa na direção do uratha maior sem disfarçar a curiosidade.
--
O avô não da mais nenhuma resposta. Nenhum sinal.
--
Ele ouve barulho das botas afundando no chão, esmagando grama e pedrinhas a esmo. Era melhor um calçado firme, já que a dor o acompanhava a cada movimento. Cada respiração. Esforço extra sempre fazia sangrar. Corridas sempre faziam tossir sangue. O ar mais puro da fazenda era frio e cheio de cheiros.
Terra molhada. Folhas. Muitas folhas diferentes. Os legumes e as hortaliças. Os cães da propriedade. O oleo dos caminhões e tratores. Os carvalhos lá no fundo do outro lado da cerca do Sr.Mortmer que nunca morria e nem parava de trabalhar.
O céu cinza não caia bem com as plantações e parte delas ficava coberta. Longas lonas brancas. Um galpão torto que George chamava de celeiro. As cinco vacas da família pastavam gordas e soltas. Preguiçosas e lentas. Mastigando e mastigando.
O frio entrava pela roupa e fincava raizes nos pontos e fazia elas doerem até o osso. A regeneração de Connor não estava se comportando. Errática. Consumia energia contra a vontade as vezes. Ficava horas sem dar qualquer sinal de existir. Era preocupante para um uratha, mais ainda para um Lua cheia. Ele continuou andando até o casa o menor dos prédios. Menor que a estufa. Menor que o galpão. Menor que a gararem de madeira que ficava ao lado e menor até que o galinheiro. Galinheiro que não era de forma alguma pequeno.
George estava de costas para a porta de entrada aberta. A casa cheirava a linguiça frita e ovos. O som do garfo no prato. George também mastigava o almoço. Connor se lembra que ele almoçava bem cedo. A caneca vermelha, ou talvez laranja, estava ao lado dele. O cheiro era cerveja. George adorava cerveja.
"Hey C, tão te mandando um bagulho meio estranho." Ele balança a caixa na direção do uratha maior sem disfarçar a curiosidade.
--
O avô não da mais nenhuma resposta. Nenhum sinal.
--
Ele ouve barulho das botas afundando no chão, esmagando grama e pedrinhas a esmo. Era melhor um calçado firme, já que a dor o acompanhava a cada movimento. Cada respiração. Esforço extra sempre fazia sangrar. Corridas sempre faziam tossir sangue. O ar mais puro da fazenda era frio e cheio de cheiros.
Terra molhada. Folhas. Muitas folhas diferentes. Os legumes e as hortaliças. Os cães da propriedade. O oleo dos caminhões e tratores. Os carvalhos lá no fundo do outro lado da cerca do Sr.Mortmer que nunca morria e nem parava de trabalhar.
O céu cinza não caia bem com as plantações e parte delas ficava coberta. Longas lonas brancas. Um galpão torto que George chamava de celeiro. As cinco vacas da família pastavam gordas e soltas. Preguiçosas e lentas. Mastigando e mastigando.
O frio entrava pela roupa e fincava raizes nos pontos e fazia elas doerem até o osso. A regeneração de Connor não estava se comportando. Errática. Consumia energia contra a vontade as vezes. Ficava horas sem dar qualquer sinal de existir. Era preocupante para um uratha, mais ainda para um Lua cheia. Ele continuou andando até o casa o menor dos prédios. Menor que a estufa. Menor que o galpão. Menor que a gararem de madeira que ficava ao lado e menor até que o galinheiro. Galinheiro que não era de forma alguma pequeno.
George estava de costas para a porta de entrada aberta. A casa cheirava a linguiça frita e ovos. O som do garfo no prato. George também mastigava o almoço. Connor se lembra que ele almoçava bem cedo. A caneca vermelha, ou talvez laranja, estava ao lado dele. O cheiro era cerveja. George adorava cerveja.
- Ankou
Adepto da Virtualidade - Mensagens : 1923
Reputação : 74
Conquistas :- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/411.png
- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/1413.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh40.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh47.png
- Mensagem nº376
Re: Connor Mcleary
|
- Wordspinner
Antediluviano - Mensagens : 3112
Reputação : 176
Conquistas :- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/411.png
- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/1012.png
- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/1413.png
- https://i.servimg.com/u/f51/19/64/68/80/dourad13.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh33.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh22.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh42.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh28.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh44.png
- Mensagem nº377
Re: Connor Mcleary
Os três ossinhos eram tão pequenos e delicados no fim. As linhas cuidadosamente polidas. Nem um pedaço de carne ou cartilagem. Uma fina camada de verniz. Ainda dava para sentir o cheiro.
--
"Dia." Ele diz sem parar de mastigar. Sem nem olhar também. Concentrado na tarefa de eliminar qualquer traço de alimento. Por um momento curto e constrangedor parece que ele nem vai pegar a mão do Lua cheia e então ele engasga quando o vê.
"Puta que pariu, meu filho, tudo bem?" Ele diz segurando a mão de Connor como se fosse ampará-lo. "Isso aí foi no treino?" Claramente incapaz de ver a extensão do ferimento de Connor.
"Hild só ajuda quando acha que não tem ninguém vendo e o George doido sumiu." Diz rindo. Animado. Fofocando feliz. "Hild passou para faculdade na america. Não acho que vai. É um lugar perigoso, cheio de caipira armado fazendo cachaça no quintal!" Talvez immune a ironia. Ou quem sabe ciente demais dela. Mas de forma alguma escondia a nota profunda de tristeza, ou mesmo a ansiedade que o assunto causava. "Lina sente saudades da mãe. Sabe, ela pergunta muito de um monte de coisa. Agora deu pra ler um monte de livros e querer aprender frances e alemão e mandarin e espanhol. A menina quer tudo. Mas é boa e tá bem determinada." Não tinha qualquer preocupação ali.
"Brendan. Nem vejo mais o menino. Nem vejo mais você também." Ele não deixou Connor escapar da distância. O abandono cobrava um pedagio. "Então você bebe agora?"
Ele não reagiu a mensão de um tiro. Era como se Connor tivesse confirmado que era um acidente de treino. Mas agora ele segurava a caneca ciumento. Apertava ela perto do corpo, longe dos olhos de Connor. "Não acho que sua mãe vai gostar disso. Não é meu lugar, sabe?" Ele diz relaxando um pouco. Se sentindo melhor.
"Nem adianta que eu troquei a chave também. Botei uma tranca de barra com cadeado. O vizinho tava roubando a coisa. Roubando mesmo, tenho certeza." Ele diz olhando pela parede na direção da propriedade ao lado.
--
"Dia." Ele diz sem parar de mastigar. Sem nem olhar também. Concentrado na tarefa de eliminar qualquer traço de alimento. Por um momento curto e constrangedor parece que ele nem vai pegar a mão do Lua cheia e então ele engasga quando o vê.
"Puta que pariu, meu filho, tudo bem?" Ele diz segurando a mão de Connor como se fosse ampará-lo. "Isso aí foi no treino?" Claramente incapaz de ver a extensão do ferimento de Connor.
"Hild só ajuda quando acha que não tem ninguém vendo e o George doido sumiu." Diz rindo. Animado. Fofocando feliz. "Hild passou para faculdade na america. Não acho que vai. É um lugar perigoso, cheio de caipira armado fazendo cachaça no quintal!" Talvez immune a ironia. Ou quem sabe ciente demais dela. Mas de forma alguma escondia a nota profunda de tristeza, ou mesmo a ansiedade que o assunto causava. "Lina sente saudades da mãe. Sabe, ela pergunta muito de um monte de coisa. Agora deu pra ler um monte de livros e querer aprender frances e alemão e mandarin e espanhol. A menina quer tudo. Mas é boa e tá bem determinada." Não tinha qualquer preocupação ali.
"Brendan. Nem vejo mais o menino. Nem vejo mais você também." Ele não deixou Connor escapar da distância. O abandono cobrava um pedagio. "Então você bebe agora?"
Ele não reagiu a mensão de um tiro. Era como se Connor tivesse confirmado que era um acidente de treino. Mas agora ele segurava a caneca ciumento. Apertava ela perto do corpo, longe dos olhos de Connor. "Não acho que sua mãe vai gostar disso. Não é meu lugar, sabe?" Ele diz relaxando um pouco. Se sentindo melhor.
"Nem adianta que eu troquei a chave também. Botei uma tranca de barra com cadeado. O vizinho tava roubando a coisa. Roubando mesmo, tenho certeza." Ele diz olhando pela parede na direção da propriedade ao lado.
- Ankou
Adepto da Virtualidade - Mensagens : 1923
Reputação : 74
Conquistas :- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/411.png
- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/1413.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh40.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh47.png
- Mensagem nº378
Re: Connor Mcleary
|
- Wordspinner
Antediluviano - Mensagens : 3112
Reputação : 176
Conquistas :- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/411.png
- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/1012.png
- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/1413.png
- https://i.servimg.com/u/f51/19/64/68/80/dourad13.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh33.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh22.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh42.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh28.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh44.png
- Mensagem nº379
Re: Connor Mcleary
Connor: Ué eu achei que todos os Georges dessa família fossem doidos
"Não, me ouve. Eu sou o normal. Eu sou o ok." Ele diz sem rir.
Connor: Ela devia ir, não tem nada pra ela aqui, não agora.
"Tá doido? Tem eu. Tem você. Tem Lina e Kandy e a familia toda." Parecia ter acabado, mas ele tinha parado para arrotar. "Tem a Molly também." Que era uma vaca.
Connor: Então, é bem nessa situação que eu to agora. Hora de ficar de molho
"Entendi. Vai curtir um descanso." Como se Connor não tivesse tocado em violência. Ele termina de comer e beber, mais rápido que o normal, e logo está do lado fora Indo para o galpão. Ele não para no barril grande de metal perto da porta e nem nos menores empilhados no fundo. Ele move um monte de feno, tira do chão capas de couro velho e levanta um alçapão. A madeira range reclamando e as costas de George também. "Argh que beleza." A cara era uma mistura de dor e satisfação.
Ele se adianta para a escada. Degraus largos de pedra, todos exceto os primeiros. Em uma prateleira ele pega uma lampada a oleo e acende. "É bonito de ver ." Era frio também. Connor sentia os pés escorregando na pedra lisa. Mas não era umido.
Um estalo e luzes quentes brilham nas suas posições em todos os cantos. Eles tinham descido algo entre dois e três andares, mas o quarto não era alto. Connor raspava a cabeça no teto de pedra. O lugar era limpo. Mas o tipo de limpeza que sabão e água pode trazer, nada mais. Um motor no fundo chamou a atenção de Connor. "Por causa da umidade. É um filtro." Ele diz explicando a única coisa que não eram barris empilhados. O quarto comprido e posição das luzes não era boa. Mas deviam haver uns vinte barris.
"Lá no fundo a direita tem uma cadeira e uma caneca." Ele diz casualmente. Não dava para ver nenhuma das duas. "Vai precisar de um balde?" Ele aperta o braço de Connor brincalhão. O rosto do tio mal iluminado fazia ele parecer velho.
"Não, me ouve. Eu sou o normal. Eu sou o ok." Ele diz sem rir.
Connor: Ela devia ir, não tem nada pra ela aqui, não agora.
"Tá doido? Tem eu. Tem você. Tem Lina e Kandy e a familia toda." Parecia ter acabado, mas ele tinha parado para arrotar. "Tem a Molly também." Que era uma vaca.
Connor: Então, é bem nessa situação que eu to agora. Hora de ficar de molho
"Entendi. Vai curtir um descanso." Como se Connor não tivesse tocado em violência. Ele termina de comer e beber, mais rápido que o normal, e logo está do lado fora Indo para o galpão. Ele não para no barril grande de metal perto da porta e nem nos menores empilhados no fundo. Ele move um monte de feno, tira do chão capas de couro velho e levanta um alçapão. A madeira range reclamando e as costas de George também. "Argh que beleza." A cara era uma mistura de dor e satisfação.
Ele se adianta para a escada. Degraus largos de pedra, todos exceto os primeiros. Em uma prateleira ele pega uma lampada a oleo e acende. "É bonito de ver ." Era frio também. Connor sentia os pés escorregando na pedra lisa. Mas não era umido.
Um estalo e luzes quentes brilham nas suas posições em todos os cantos. Eles tinham descido algo entre dois e três andares, mas o quarto não era alto. Connor raspava a cabeça no teto de pedra. O lugar era limpo. Mas o tipo de limpeza que sabão e água pode trazer, nada mais. Um motor no fundo chamou a atenção de Connor. "Por causa da umidade. É um filtro." Ele diz explicando a única coisa que não eram barris empilhados. O quarto comprido e posição das luzes não era boa. Mas deviam haver uns vinte barris.
"Lá no fundo a direita tem uma cadeira e uma caneca." Ele diz casualmente. Não dava para ver nenhuma das duas. "Vai precisar de um balde?" Ele aperta o braço de Connor brincalhão. O rosto do tio mal iluminado fazia ele parecer velho.
- Ankou
Adepto da Virtualidade - Mensagens : 1923
Reputação : 74
Conquistas :- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/411.png
- https://i.servimg.com/u/f11/17/02/65/26/1413.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh40.png
- https://i.servimg.com/u/f89/19/67/13/04/medalh47.png
- Mensagem nº380
Re: Connor Mcleary
|