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    Connor Mcleary

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    Mensagem por Wordspinner Qui Abr 28, 2022 11:52 pm

    Connor: Não importa, você sempre foi meu George favorito.

    O tio sempre expressive não demonstra nada por um momento breve.

    Connor: - Isso tá aqui desde sempre?! -

    "Alguém construiu." Sendo óbvio de proposito como se Connor tivesse achado que era uma formação natural. "Antes do primeiro Mcleary botar os pés nessa terra." Ele completa assim que Connor ia falar alguma coisa.

    Connor: Não sei, essa cerveja vai fazer eu vomitar ou me cagar todo?

    "Se você beber demais" ele diz sem nenhuma certeza. "É a minha reserva pessoal, eu nunca fico de caganeira." Ele dá de ombros.


    A cadeira era grande e solida. Um tronco de alguma coisa cortado para isso. O encosto era duro e desconfortável. Ela era toda desagradável e forte. Espetava e pinicava.

    Já a cerveja era uma delicia e descia cremosa pela garganta. Fria como a sala subterrânea. Ela borbulhava rápido e tinha uma espuma doce. Um gosto frutado misturado com torrado. O cheiro não era tão bom. Parecia ozonio e ervas.

    As luzes apagaram com um estalo depois de um tempo. Mais um gole. O barrilete abraçado com a torneira de ferro preta. Mais um gole. No escuro. Nem era incomodo. Era comfortável. Mais confortável que a cadeira. Mais um gole, um dos grandes.

    Ele nem sabe quando os olhos chegaram. Impossíveis de ver. Só dava para sentir, observando ele. Desde quando? Tempo demais.

    O Rahu sentiu os dedos antes mesmo do alerta, antes do arrepio do medo correr a pele dele. Um bafo frio com cheiro de morte é espelido no rosto dele. A pele reage devagar recuando.

    "Seu merdinha arrogante." Os dedos feitos de aço nos seus braços. Os olhos tão perto. "Você não entende porra nenhuma. Só tá respirando por que ele morreu. Todos vocês." Uma corrente elétrica corre os ossos de Connor. Ele sente a mente revivendo pensamentos antes de a voz voltar.

    "Uma buceta?! Eu não sou você! Ela é minha filha..." A voz perde a fúria. Perde a paixão. Desaparece e deixa um gosto amargo e azedo na boca de Connor. Um cheiro azedo e molhado de carne podre e cerveja ruim.

    Connor está sozinho no escuro.


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    Mensagem por Ankou Sex Abr 29, 2022 12:53 am


    Ele sorri pro tio inexpressivo ainda assim, como se aquilo fosse uma brincadeira, já ia anotar no caderninho que ele não gostava de ser chamado de doido, mesmo que fosse verdade.

    No momento que o tio fala sobre a estrutura ele veria um olhar de espanto cobrir o rosto jovem e pálido de Connor - Melhor o museu não ficar sabendo dessa porra. - ele diz pra descontrair, mas devia ser velho pra cacete, séculos, muitos séculos, ainda assim a pedra e a limpeza parecia que tinha sido feito ontem ou quase isso.

    Ele nunca ficava de caganeira também, e nem por isso, mas não sentia saudade nenhuma. - Eu eu me cagar eu limpo, prometo. - ele diz com honestidade, nem tinha coragem de deixar uma belezura daquelas suja de bosta.

    - Hummm, essa é boa. - ele diz com toda honraria que a bebida merece, dando um gole firme - Queria eu que todo remédio tivesse gosto assim. - ele bebe mais um gole, o cheiro era diferentão, pelo menos diferentão do que esperava-se de uma cerveja, fazia a experiência ainda mais engraçada, exótica pra dizer o mínimo, ainda assim ele não dispensa a cerveja boa.

    O escuro priva ele dos sentidos, dá uma falsa sensação de segurança agora, confortável, até que não era mais, não sabia se tinha algo mais ou era só o álcool agindo de verdade sobre um Uratha que não tinha os meios certos pra regenerar mais.

    O corpo dele se arrepia todo quando ele sente os dedos e ouve a voz da coisa - Merrrrrdinha rogante é seu cu! - ele retruca, puto e bêbado, a voz não sai do jeito que ele pretendia, por mais que ele achasse que saía - Cê tem tod razão ça vagab…Vagabunda!!! Traíra do cagalho! Shi fudeu junto! - um soluço uma risada, corajoso igual o diabo por causa do álcool, ele não fazia a menor ideia com quem falava mas podia jurar que era Ariel, Ariel morta, ele tenta se levantar, mas as pernas não obedecem bem.

    Ele bambeia - Que buceta? Filha de quem? Romero Brito? Meu pai? - aquilo tinha parado de fazer sentido, no segundo seguinte ele se perguntava como uma cerveja tão boa podia ter aquele gosto podre, mas ele entende o porque do balde, ele tateia pra não fazer um estrago na cervejaria do tio, até sentir o metal com as mãos, ele vomita tudo que tem, no fim ele ainda força pra terminar de vomitar mais, ele sabe que aquilo era tudo de ruim saindo dele, não sabia explicar as visões, não sabia quem ou o que eram realmente as vozes.

    Ele limpa a baba e um pouco do vômito na manga da camisa não tava nem aí, ele fica de pé no meio da sala com a cara virada pra cima, dava pra sentir o ar da respiração dele bater no teto e voltar sobre o rosto, ele fica ali por algum tempo - Eneno d vedade. - ele fala com ele mesmo e continua buscando ar até se acalmar, não queria levar um susto de novo e arrancar a cabeça do tio por isso.

    Ele espera tempo o bastante pras pernas obedecerem melhor, caminha de olhos fechados tateando sua volta, fica mais fácil quando ele chega na parede da escada, ele bate na madeira da porta secreta. - Tio!? - bate uma segunda vez - TIO!? - ele espera pacientemente, não tinha sido a melhor onda que havia curtido, nem a melhor bebedeira, mas era melhor que nada.

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    Mensagem por Wordspinner Seg maio 02, 2022 4:03 am

    Ninguém responde no escuro. Mas as luzes se acendem para testemunhar bem o vômito do uratha. Ele sente o corpo todo formigar como se estivesse dormente um segundo atrás. O liquido é escuro e melequento. Azedo. Acido. Tinha cheiro de digestão mal feita.

    O teto era escuro e devolvia o ar para ele. O alcool estava saindo do corpo rápido como sempre, alguns minutos e estaria alto, mais alguns e alegre e dai par frente sóbrio. Ele se sentia seu novo normal. Seu normal uratha.

    O tio demora a aparecer. Suado e sujo do trabalho com a terra. Ele cheirava a fertilizante, leite fresco e terra. "Opa." Ele diz antes mesmo de abrir. Connor ouve o arrastar do esconderijo. A madeira range e a luz do sol alaranjada entra com tudo. "Dormiu legal, hein? Quer ficar pro jantar?" Ele faz estalo com a boca e Tira uma luva com a outra. "Ainda tem uma cama sobrando se quiser ficar pro dejejum." Ele estica uma mão para ajudar Connor a sair.

    Lina estava na entrada assistindo ele sair. O por do sol ao lado dela deixava ela laranja também. Um aceno tímido. Um sorriso amarelo. Ela logo está andando na direção da casa.

    "Gostou? Bebeu demais né?" Ele diz torcendo o nariz.
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    Mensagem por Ankou Seg maio 02, 2022 4:04 am


    As batidas na madeira eram no barril invés de na porta, ele podia jurar que tinha subido a escada, mas não, tinha alucinado? A cerveja era uma espécie de veneno e remédio, feito pra uratha, dificilmente o tio tinha descoberto aquilo sozinho, devia ser fórmula de quem construiu aquele lugar, guardada pelo vô e entregue a ele, nem sabia, tentava raciocinar qualquer coisa, mas tudo que sentia era o gosto ruim de vômito.

    O corpo volta ao normal, ele dá um sorriso que só faz sentido pra ele, o desconforto é imediato, a pele e carne se arrochando contra os pontos, se adaptando e tentando voltar pro lugar, que só significava que Chloe e Sam havia feito um ótimo trabalho, ainda doía, doía pra cacete, mas menos.

    Ele virou o rostou e cerrou o cenho, a luz incomodando a vista, tempo demais no escuro, tinha chegado lá de manhã, e o sol parecia já no final da tarde - Chessus quant tempo fiquei lá? - ele queria aproveitar os poucos minutos que ainda teria de bebedeira, mas nem teria como - Pera pera… - ele diz voltando e buscando o balde cheio de vômito, não queria deixar aquela coisa lá, ele coloca do lado de fora e aceita a ajuda do tio logo em seguida.

    - Uff - o estômago revira quando o tio menciona comida - Me dá quinz minuts. - ele sai a joga o vômito fora num canto onde ele não vai impregnar o nariz de ninguém, joga água no balde e finalmente volta o deixando dentro do galpão , ele acena pra prima com um joínha e não interrompe a caminhada dela pra dentro da casa.

    Pescoço pra um lado, pescoço pro outro a coisa estala como uma cama velha - Eu vou até o morro e volto pro jantar, passar a noite não sei, o sinal de telefone aqui é horrível. - ele se queixa cutucando a tela do celular, não era pra menos, o lugar era longe da cidade, não longe demais, mas o bastante pro sinal ser ruim.

    A primeira mensagem vai pra Ash, mas não tem celular nenhum envolvido, não era seguro, nada era mais seguro que o mensageiro.

    O lugar das cervejas cheira a morte, alguma coisa ou alguém do outro lado tá querendo vingança. Se queixando de Trovão por coisas do passado e ele ter se livrado do tio Billy. George me convidou pra jantar e passar a noite, se quiser posso ficar por aqui pra ter certeza que tá tudo bem, mas se não sangra eu não posso matar. É isso ou a cerveja preta me fez alucinar.

    A segunda mensagem vai pra Sam essa sim pelo telefone.

    As coisas ficaram complicadas aqui na casa do tio, mas já to bem melhor, não sei se volto pra casa hoje, mas não me espera pro jantar. Pode deixar que eu não vou me esforçar não, e seguir as ordens médicas. Mas fique tranquila eu to sempre de olho, se alguém entrar eu vou saber quando e onde.

    PS: O sinal de telefone aqui é uma merda.

    Ele desce do ponto alto e segue em direção a casa do tio, esperava algum tipo de resposta de Ash, ou talvez ela até fosse aparecer por lá, não sabia, só sabia que não tinha gostado do que havia visto e sentido.

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    Mensagem por Wordspinner Ter maio 17, 2022 7:26 pm

    Connor: Eu vou até o morro e volto pro jantar, passar a noite não sei, o sinal de telefone aqui é horrível.

    "Para isso que serve o de linha." Ele Faz uma cara que diz que Connor está sendo escravizado pelo telefone. Mas não diz nada no fim.

    A resposta de Ash é bem rápida.

    "O porão secreto do Geo?" A voz fria do mensageiro não indicava muita coisa. "Eu e Maria vamos Fazer uma visita quando ele estiver dormindo. Não se preocupe." Era impossível ler entrelinhas. "O que você fez?" Era impossível saber o tom que a mãe usava, só imaginar.
    --

    Na casa do tio o ambiente era quase igual. Mas agora o fogão a lenha estalava seus últimos suspiros esquecido no fundo. A mesa grande e rústica tinha um monte de nomes rabiscados embaixo que George não se importava em apagar, ele mesmo tinha marcado o seu, mas dizia que tinha sido o outro George. As cadeiras já eram mais modernas e confortaveis. Lina e Kandice estavam arrumando seus pratos enquanto falavam de algum seriado.

    Pure de batatas, carne ensopada, legumes cozidos picados e torta de abobora. Essa ultima estava nas mãos gorduchas da esposa de George, Sally. A televisão ligada no noticiario estava sem som nenhum.

    George já estava sentado e derramava um molho marrom de uma jarra de vidro no próprio prato com a felicidade de uma criança. Tinham oito pratos na mesa, mas não parecia que ninguém mais ia chegar.

    Cheirava a comida. Cheirava do mesmo jeito que já tinha quando a família toda estava reunida ocupando os doze lugares e os sofas também.
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    Mensagem por Ankou Ter maio 17, 2022 11:30 pm



    - Sério que você tem uma velharia dessas? - o tom é bem humorado, mas ele não se desvia do caminho pro ponto mais alto e nem retruca a indignação do tio com o smartphone.

    Vô apareceu de novo, dessa vez a gente se falou de verdade, ele disse que eu precisava beber a cerveja preta, então eu bebi a cerveja preta, meu corpo tava funcionando mal,apaguei o dia inteiro, botei tudo pra fora, funcionou. Essa coisa tá saindo fora de mão, eu preciso conhecer a Estalos pra ontem, eu sentei naquele toco de madeira que o tio chama de cadeira, alguma coisa a favor dos Anshega ou contra a gente veio até mim, o que pra mim dá no mesmo, cheirava a morte. Alguma coisa que não podia me vencer ou só veio passar o recado, alguma coisa cheia de rancor.

    Era estranho escutar palavras vazias, e ele sabia que as deles soavam tão vazias quanto a dela, mas eles se conheciam a vida inteira, no fundo era como ouvir ela falar, ou pelo menos a cabeça dele entendia assim.

    Ele tava lá mãe, tão claro quanto o tio futucando na lenha do fogão agora. Fumando um charuto, com a mesma cara sisuda, o mesmo cheiro, um paletó risca de giz que eu nunca vi ele usar, mas apostaria minha moto que ele devia ter um assim pra ocasiões especiais não é? Ninguém usa risca de giz hoje, a não ser que seja um hipster ou tenha mais de sessenta anos.

    Era complicado, a situação toda, aquilo podia ser um segredo guardado a sete chaves da alcateia da mãe, e no fim a alcateia sempre tomava maior proporção que o sangue, mesmo que os sentimentos se misturassem, mas era uma coisa que tava fora do controle dela e ele não tinha motivos pra mentir, ela saberia de uma forma ou de outra o que ele havia feito, que ele havia bebido a cerveja que tinha no mínimo um efeito curioso nos uratha.

    O ritual era ainda mais cansativo, pior quando feito com dor e repetidas vezes, não o faria uma quarta vez, o tio já deveria estar se perguntando o motivo dele demorar tanto, mesmo que pra ele o mensageiro fosse fácil e corriqueiro, ele havia aprendido aquela merda antes de aprender a caçar, caçar de verdade.



    Quando Connor entra ele sorri olhando pra todo mundo ali, era como sonhar com o futuro, um futuro que ele queria pra ele, uma mesa cheia de nomes marcados, cheia de memórias, uma família reunida, ele troca uma cadeira moderna por uma desconfortável do lado de fora, mas rústica quase tanto quanto a mesa, era melhor pra aguentar o peso dele.

    - Noite tia. - ele cumprimenta a mulher da casa e chefe da cozinha, ele escolhe um lugar aleatório na mesa pra por sua cadeira, olha pros lugares vazios como se o tio sempre esperasse mais gente pra jantar.

    - Já era hora de eu ter uma refeição decente. - aquilo nem era um cumprimento barato pra tia Sally, ainda que ele soubesse que nada além da carne lhe daria algum sustento. - Devo ter perdido uns vinte quilos nos últimos meses. - ele fala, sério e como se aquilo fosse ruim, muito ruim, ainda que nem parecesse, já que ele parecia maior do que nunca.

    Ele come da comida da tia, come com gosto, tece elogios, pergunta o tio sobre a fazenda e fala mal do vizinho, ri, se diverte de verdade se descolando da própria realidade por um segundo, ele parece satisfeito e se move pro sofá ocupando metade dele, coloca os óculos escuros na cara e fica numa pose sonolenta, mas olha pro outro lado em especial Kandice, já que tudo indicava que ela era de alguma forma ligada a Ariel, ou pelo menos ele imaginava isso, era uma merda saber quem era filho de quem, quando se tinham tantos casamentos internos entre primos e afins, mas lembrava bem da mãe tecendo suas preocupações sobre a menina.

    - Francês é? Eu tenho uma amiga que saca dessas paradas. - as palavras dele vão pra Lina, a cabeça com os óculos escuros pendem pro lado dela e ele os levanta com os olhos normais, os óculos sobre a testa, estranho demais conversar com eles, a não ser que fosse tirar um cochilo, ele diz isso pra atiçar ela, de verdade, mas nem era mentira Chloe realmente sabia falar aquela porra de língua cheia de Rs. Na verdade ficava curioso no que tinha acontecido naquela festinha regada a MD que ela havia se enfiado, o que de verdade tinha feito Brendan perder as estribeiras no galpão, mas não era hora nem lugar de futucar nisso, mas ia ter a oportunidade, Lina era curiosa demais, demais pro próprio bem dela.

    Já ficava mais tranquilo com o fato de que Maria e a mãe estariam no encalço do que quer que havia procurado ele no porão, mas ele não sai da propriedade, ele diz pro tio que vai passar a noite, mas que tá sem sono já que tinha dormido o dia todo, ele espera pelas duas, ele acha melhor assim, melhor pra colocar os pingos nos is, melhor pra não deixar ninguém ali desprotegido.

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    Mensagem por Wordspinner Ter maio 31, 2022 4:18 pm

    Connor escreveu:- Sério que você tem uma velharia dessas?

    "Crianças..."

    --


    Connor escreveu:Já era hora de eu ter uma refeição decente.

    "Que garoto charmoso." Ela tira a garrafa de molho do marido e coloca na frente do prato de Connor.


    Connor escreveu:Francês é? Eu tenho uma amiga que saca dessas paradas.

    "Nem é, eu acho. Acho que..." Lina respondia sem perder um segundo, mas Kandice a interrompe. "Holanda, é um show Holandês." Espetando purê de novo e de novo. "É bom demais rimo, você viu?" Os olhos cheios de expectativa. "Não." Ela responde pelo uratha e era verdade. Ele não via nenhum show.

    As meninas continuam na sala depois do jantar. Elas conversam e conversam e conversam. Um caderno com capa cheia de retalhos de revistas aparece entre das duas segundos antes de Connor ouvir a voz de Maria e Ash do lado de fora. Nenhum dos outros parece ter percebido. O tio cochilava no sofá em frente a televisão, o controle na mão.

    --

    Quando Connor chegou Nestor já estava lá. Skye também, ela tinha feito o próprio caminho horas mais cedo. Nenhum sinal de Ash, Chloe ou Amy. Rail tinha que estar ali, seu cheiro estava em todo o lugar, assim o de Shaw. "Quem bom que chegou, garoto. Quer fazer o fogo?" Ele pergunta alegre e olha para a fogueira. Skye ao lado dele olha emburrada para o mais velho e ignora Connor. Mesmo assim ela parecia gostar do lugar. Provavelmente o cheiro das árvores. A paz de estar num lugar sagrado, ou pelo menos tradicionalmente importante. O sol fraco e meio encoberto ainda entrava pelas folhas.

    Nestor tinha duas cases de plástico duro grandes perto dele. Grandes o suficiente para sentar em cima, o casaco e a camisa dele estavam em cima de uma delas junto com o que parecia um monte de tranqueiras velhas. Skye estava com uma camisa branca com Patrick estrela e uma calça jeans ferrada pra caralho, a cara séria investigava o uratha mais velho.
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    Mensagem por Ankou Ter maio 31, 2022 5:47 pm


    Connor abre um sorriso divertido pro tio e nada mais.



    Ele segura a mão gorducha da tia e dá um beijo carinhoso se servindo de molho logo em seguida, mas não tanto quanto George.



    - Uhum, zero tempos pra ver show. - na verdade nunca havia sido chegado e normalmente quando participava deles estava embolado em algum canto com alguma mulher ou afastado tomando uma bebida, era sempre assim.

    As vozes de Maria e Ash lhe vem no ouvido assim como uma coceira, as orelhas se movem quase nem dá pra ver, ele se levanta sem falar nada, discreto, vai até o banheiro lavar as mãos mas não volta pra sala onde estão reunidos, ele sai pelos fundos ele anda em direção delas a passos lentos.

    - Noite. - ele diz quando já mais perto - Tá todo mundo bem e de barriga cheia. - ele mesmo ainda cheirava a molho e sabonete da pia do banheiro.

    - Cê tinha razão - ele diz olhando pra mãe - A tarefa do Richard não foi um passeio no parque, tava relacionada a um Ithaeur dos Mestres do Ferro, pirado ou esperto o bastante pra esconder informações em mídia analógica, o cara concretou um livro atrás de uma parede, foi uma merda… Cê vai saber logo, eu vou dar essa história pra Chloe. - ele sorri orgulhoso, principalmente de ter saído inteiro ou quase inteiro - Ela precisa aprender a cumprir o dever dela - O tom era sério, mas logo se desfaz, ele se aproxima e dá um beijo na mãe, um abraço apertado, tava acostumado a ver ela todos os dias, hoje no máximo conseguia ver algumas vezes no mês, ele repete o gesto com Maria, ainda que menos caloroso e mais respeitoso. - Seja lá o que for, não vai cair na mão dos Anshega. - ele dizia com certeza de que era algo bom, não tinha como não ser bom.

    - Eu to ferrado, mas não fora da jogada - ele diz olhando em direção ao galpão - Mas eu prefiro ficar de molho pelos próximos dias. - dava pra sentir o cheiro de sangue nele, sangue dele principalmente quando ele se aproximou delas, o machucado tava higienizado, mas nada daquilo era o bastante pra manter o cheiro longe de qualquer nariz uratha.



    Cheiro dos Irrakas em todos os lugares, mas nenhum sinal deles, Connor olha discretamente pra cima, era o único lugar pro qual eles podiam ir, era isso ou estavam longe demais agora, o que ele duvidava. - Claro. - ele responde ao tio e ignora Skye igualmente ela fazia com ele.

    Ele junta um chumaço de gravetos e saca um isqueiro do bolso, o mesmo que ele geralmente usava pra acender os charutos que ele não tinha mais condição de comprar, logo ele tem uma labareda alta que ele enfia na bucha meio úmida da fogueira, mas a aquela altura graças ao isqueiro ter fogo não seria um problema. - Sem saco pra brincar de arco e broca, tá muito úmido também. - ele comenta, mas logo resolve o problema, afinal era Dover, tava sempre úmido.

    - Chloe não vem - ele comenta em igual tom casual - Alguma coisa haver com os bebês e Berlim, ela ainda não voltou. - era melhor avisar logo antes que aquilo causasse exaltação de ânimos quando todo mundo da reunião estivesse lá.

    - Eu vou procurar algo pra sentar. - ele não queria dizer que os cases iam afundar com ele, mas provavelmente iriam, ele sai e não demora a voltar na forma de Dalu, com uma pedra enorme sobre os ombros de meia tonelada, talvez mais, era pesada até pra ele, ele chega no lugar a passos lentos e joga ela no chão, suor escorrendo pela testa, ele se senta, descansa e espera.

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    Mensagem por Wordspinner Ter maio 31, 2022 8:08 pm

    Connor: ..., pirado ou esperto o bastante pra esconder informações em mídia...

    "Escrever e pensar é a mesma coisa." Diz Maria em um tom educado. "Deve ser importante para alguém." Ela olha pensativa em volta, investigando o tempo todo.

    Já a mãe se demora no abraço, os dedos apertando o Lua Cheia como se pudesse tomá-lo de volta. "Se meteu em que filho?!" Mas ela nem deixa ele responder. "Tá cheirando a morte." Ela procura nele os machucados, as mãos não tem nenhum respeito pelo Rahu. Os olhos preocupados vão correndo na frente.

    "Nenhuma brecha." Maria é categorica. "Como está Axel? O que ele achou do seu trabalho com Olhar Curioso e do resultado?" Ela imediatamente começa a analisar Connor com cuidado e atenção. Ele sente que as suas palavras realmente importam para ela.

    --

    A garota olha para ele sabendo alguma coisa. Esperando. Mas era tarde demais, a fogueira explode em faíscas coloridas. "Deu certo." Ela parece confusa. Nestor só faz que sim com a cabeça e não mostra nada.

    Exceto quando Connor volta com a pedra. "Leva de volta." Assim que ela cai no chão. Depois disso ele espera Connor se acomodar antes de falar de novo. "Eu sei que ela não vem hoje. É um erro e um desrespeito a Cruzada, espero poder contar com ela de verdade. O que vocês acham?" Agora ficava porque estavam só os três ali. "Eu posso confiar nela?" Alguma emoção tinha escapado para a voz. "Nós Podemos confiar nossas vidas a ela?" De alguma forma ele soava como frio do inverno.
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    Mensagem por Ankou Ter maio 31, 2022 9:13 pm


    Connor não faz a menor ideia do que Maria queria dizer com aquilo, mas a verdade é que era só ela sendo ela, ela teria razão se as pessoas pudessem ler a mente das outras. - Pra alguém ou pra todos nós, a gente vai saber quando eu tiver tempo, a coisa toda escrita na primeira língua. - dá de ombros.

    Ele facilita a procura da mãe pelo ferimento e vira de costas - Uma granada e três balas de algum rifle de caça, a última a entrada o lobo deu conta, a saída não, mas as meninas amarraram tudo bonitinho. - ele fala aquilo em tom de elogio.

    O olhar dele se cerra quando Maria pergunta de Axel, alguma desaprovação nítida, mas as palavras saem macias, o melhor que pode de verdade. - A última vez que eu vi assistindo fitas que eu roubei do museu, enquanto as meninas olhavam o tal manuscrito, no geral, mais preocupado com a construtora e os vizinhos do que eu gostaria ou acharia saudável. - são as últimas palavras dele que saem amargas, mas ele não entra em detalhes, fofoca não era algo que ele gostava, preferia não dizer mais nada e isso fica claro quando ele fica em silêncio, talvez por um tempo constrangedor.



    Os olhos se arregalam com a coisa estourando perto da mão dele, um rosnado do fundo da garganta, uma porra de um susto do caralho por uma brincadeira pueril, ele olha pra Nestor e depois pra Skye, balança a cabeça em negativo e revira os olhos, mas não diz nada.

    - Q…? - Ele não entende nada, mas não questiona, aquilo podia ser um teste, ou podia ser um pacto com os elementais locais, nunca iria saber, mas não ia questionar por uma pedra, ainda assim ele toma ela de volta em mãos e retorna com ela pro lugar de onde havia tirado, por dentro ele resmungou o tempo todo, por fora ele não queria dar esse gostinho a Nestor.. Quando ele volta está arfando, cansado, mais suado, a jaqueta vai parar em uma galho baixo, depois daquele esforço não precisava mais dela, começou sentir calor de verdade. Ele olha no entorno então e sobe num galho grande e grosso, parecia a porra de um macaco, era inacreditável ver um cara tão grande subindo aquilo com aquela facilidade. Ele se estica e parece confortável ali, meio macabro até já que a luz da fogueira só ia até a altura do peito, o rosto no escuro.

    Ele não discorda que Chloe desrespeitava a Cruzada, imaginava que ela havia feito uma escolha e agora não queria pagar o preço dela, pisando numa linha cinza em meio aquilo tudo, era exatamente o que Connor faria se pudesse, talvez acelerar o parto das crianças, se é que aquilo era possível, ele meneia em positivo, nem dava pra ver direito no escuro, pelo menos não ser alguém alí fosse humano.

    - A família dela tá toda do outro lado, é por isso que ela se apegou a lua e a alcateia de maneira fervorosa e ao garotinho que ela adotou… Se a sua pergunta fosse diferente… Lutar não vai ser a primeira opção que ela vai adotar contra a família dela isso eu tenho certeza, até porque ela nem é muito boa nisso, e sem querer faltar ao respeito, ela anda, se move e fala como uma dondoca, e é exatamente o que ela era antes da lua escolher ela pra fileiras, mas com uma agulha, linha e um bisturi a mulher é uma autoridade, cê acha que tem risco dela trair a gente? - a pergunta retórica. - Claro que tem, mas se for parar pra pensar ninguém aqui tá imune à tentação nenhuma, mas eu não ia querer estar na pele dela não. - as palavras saem com convicção, e uma certa pena. - Semana passada ela e a Ossuda fizeram uma cirurgia nas minhas costas, eu quase fui visitar o vô de verdade, visitar pra ficar, se ela quisesse ter me passado e trair todo mundo, ele já teria feito, dava pra ela fazer e ainda sair de todas as suspeitas, teve muitas oportunidades pra fazer estrago se quisesse. O coração dela por agora tá no lugar certo, isso eu posso dizer. - ele diz meneando em positivo, mas sem saber ou apostar no dia de amanhã.

    No fim de alguma forma ele parecia contrariado, a verdade é que não gostava de sair falando da vida dos outros, mas a Cruzada era importante demais pra respeitar seus gostos pessoais.

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    Mensagem por Wordspinner Sáb Jun 11, 2022 9:01 pm

    Connor: Pra alguém ou pra todos nós, a gente vai saber quando eu tiver tempo, a coisa toda escrita na primeira língua.

    As duas se entreolham, mas não dizem nada. Pelo menos nada que ele possa ouvir.

    Connor:...mas as meninas amarraram tudo bonitinho.

    "A gente aguenta Maia dor que a maioria dos humanos." Era uma afirmação branda, como quem diz que amanhã o sol vai nascer. "Cuidado mesmo assim. Um erro e sua alcateia mata metade da cidade." Ela diz com alguma emoção indefinível fazendo a voz tremer.

    "Sua tribo tem uma história de uma alcateia entregue ao kuruth por toda a noite." Maria coloca se intrometendo na conversa.

    Connor: A última vez que eu vi assistindo fitas que eu roubei do museu, enquanto as meninas olhavam o tal manuscrito, no geral, mais preocupado com a construtora e os vizinhos do que eu gostaria ou acharia saudável.

    "Os dois lados são nossa responsabilidade e fico feliz que ele confia em vocês tão profundamente." O tom era positivo, porém ela estava pensando em alguma coisa. "Melhor entrar e descansar. Suas primas estão vigiando da janela." Quando Connor olha, elas se abaixam atrás da leve cortina branca rendada.


    --

    Os dois ouvem Connor falar sem interromper. Quando ele termina os dois permanecem em silêncio. Parecia que ia durar para sempre, mas Skye falou primeiro.

    "Ela não é ruim, mas acha que pode resolver tudo. Acha que tem um jeito. Acha que vai ficar tudo bem. Não vai. Não pra ela. Não pra ninguém. Não sei o que precisa acontecer. O que a gente vai fazer. Eu só… só tenho que tá aqui."
    Ela abaixou o rosto por um instante no final, mas o levantou com orgulho e olhou cheia de desafio para Nestor.

    Ele confirma com a cabeça. "Obrigado." E se vira na direção de um distante som de passos. "Façam o melhor por ela e por nós. Ninguém pode ficar no caminho." A voz intocada por qualquer preocupação. Cheio de confiança nos dois. Confiança que podia muito bem estar mal colocada.

    A voz de Ash já pode ser ouvida entre as folhas. Brendan também e Maria. Mas os dois voltam antes mesmo de ser possível ver os dois. "Trouxe o que pediu." Ela diz sacudindo uma bolsa de pano cinza com um símbolo da Nike.

    Ela coloca a bolsa em cima de uma case antes de ir abraçar Connor sem qualquer constrangimento ou reserva.

    "Chama eles de volta." Nestor dia para Skye que rapidamente muda de forma o pescoço e rosto para uivar. Um momento depois e ela é a garota normal de novo. Se é que ela é normal.

    Nestor olha dentro da bolsa e não diz nada. Não mostra nada. Parece contente em esperar. Shawn e Rail chegam correndo alguns momentos depois uma Amy esbaforida pula de árvore para a clareira xingando baixo.

    "Perdeu." diz Rail com um sorriso enorme. Shawn só confirma com a cabeça, o rosto vermelho e suado.

    "Shawn, entrega os kits." Era Nestor, sem se dar o trabalho de reconhecer o treino ou jogo que tinha acabado de acontecer. O irraka obedece sem questionar abrindo a case de plástico duro e pegando bolsas e mochilas diferentes para cada um.

    Connor receber uma bolsa de ombro que para ele era quase uma pochete. Dentro tinha um celular, café em pó, tubos de cola, algodão e ataduras, três sinalizadores de combustão, uma faca preta, fios de cobre e um pote de vidro com cinzas. "O telefone é um rádio também." Diz Shawn passando de um para o outro.

    "Vocês podem ver que tem o minimo para parar um sangramento e também ter luz e fogo se necessário." Nestor fala devagar sem pressa. "Espero que possam me dizer o que mais vamos precisar e estaremos prontos até a hora de atacar. Até lá vocês precisam dizer como vamos atacar. Como acreditam ser melhor. Precisam dizer para ter dito. Começando com você garoto." Ele olha para Connor direto nos olhos. "Fala para gente o que deviamos fazer. Qual seu plano?"
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    Mensagem por Ankou Dom Jun 12, 2022 12:17 am


    - Provavelmente toda tribo tem, nenhuma dessas noites com final feliz. - ele diz aquilo com certeza, palavras pra se esquivar das de Maria, pra lembrar que todos tinham culpa e canalhas.

    A expressão de Connor diferentemente de Maria não era exatamente feliz, ou ele havia se expressado mal, ele sentia que o Elodoth devia caçar mais e fazer menos resenha, fazer mais tratos e menos prédios, mas não competia a ele falar isso, ele se mantém resignado, não iria jogar o alfa na fogueira, sem algo absolutamente sólido pra o fazer.

    - Nah, eu vou nessa, só estava esperando vocês pra não deixar todo mundo aqui sozinho, caso acontecesse alguma coisa. - ele retruca olhando a janela e vendo as primas se escondendo atrás da cortina.

    A voz agora soa baixa, pra não causar pânico nas garotas, baixa o bastante pra elas não escutarem - A coisa tinha dedos de metal, cheirava a morte, olhos visíveis mesmo no escuro, parecia mulher, parecia perdida, cheia de ódio, ela disse: “Você não entende porra nenhuma, só está respirando porque ele morreu” - ele repete palavra por palavra - Não dá pra saber se ela tava falando do vô ou do Tio Billy, mas eu particularmente apostaria no tio, logo depois ela reclamou de uma filha, como se quisesse recuperar uma filha ou sei lá, foi por isso que eu concluí que pode ser o espírito da Ariel, ela deixou uma filha pra trás? Do vô, do Tio Billy? Sei lá, tudo muito velho pra fazer sentido pra mim, já que ela tava rodando por aqui e eu nem era nascido, década de 60 né? Vocês tem a cabeça dela, vocês estudam a morte, faz os ossos dela falar. - as últimas palavras tinha um tom misto de humor e ao mesmo tempo dúvida ou incredulidade de que aquilo seria possível, mas no fundo ele nem duvidava de verdade.

    - Vou me adiantando, antes que as garotas me esganem, já era pra eu ter trocado os curativos - ele diz dessa vez sem humor nenhum, apenas fazendo questão de se despedir propriamente das duas e seguir seu caminho de volta pro seu próprio território.




    Ele não interrompe Skye, dá a mesma cortesia que lhe foi dada aos outros dois urathas - Esperança, ela tem esperança. - ele diz meio cabisbaixo e desanimado, mas sabia que ela precisava daquela ilusão, sabia melhor do que ninguém.

    Ele só meneia em positivo quando Nestor diz que ninguém poderia ficar no caminho, ele concordava plenamente com aquilo, por mais que doesse pensar na possibilidade de tirar uma companheira de alcateia pra fora da jogada.

    Ele deixa o corpo descer do galho da árvore assim que vê a mãe despontando por detrás dos arbustos, ele recebe o abraço igualmente e lhe dá um beijo no topo da cabeça cheia de cabelos avermelhados.

    No instante seguinte ele está olhando pra Skye que parecia ter um controle sobre o corpo que ele mal podia compreender, é impossível não deixar o pensamento correr  e se perguntar como ela conseguia fazer uma transformação parcial tão facilmente daquele jeito, mas ele não deixa a surpresa transparecer, cada um tem as bençãos que lhe são de direito ele pensa.

    A brincadeira dos três urathas parece contagiar Connor que abre um sorriso olhando pros três apostando corrida, corrida que ele tinha certeza que nunca perderia se estivesse participando - Se fosse com uma moto eu apostava em você. - ele diz pra Amy como se fosse um prêmio de consolação, mas ao mesmo tempo se divertindo com a derrota dela, logo ela que sempre parecia tão inderrotável…

    Um soquinho no ombro de Shaw e logo uma mão estendida pra Rail era o cumprimento rápido e casual que ele oferecia aos dois.

    Ele toma a bolsa em mãos vinda do Irraka e logo olha o conteúdo, pego de surpresa pelo café, logo a porra do café que era tão mal falado, pretendia não precisar usar aquilo.

    Ele é pego de surpresa quando Nestor lhe pergunta sobre sua tática, ele parecia pronto pra perguntar se ele tinha certeza, olha pra Amy e de volta pro ancião mais uma vez, como se esperasse algum tipo de aprovação, mas a sensação e a postura dura pouco e ele logo se põe a fazer seu papel.

    - Um par de semanas atrás eu tava fazendo um corre no meio da reserva, bem divertido por sinal, até que veio a necessidade de caçar, muito longe de um loci seguro. - que na verdade se traduzia melhor pra muito orgulhoso pra recorrer a essência fácil naquela circunstância. - Então tinha esse espírito coruja que me ofereceu conhecimento invés de um pedaço dele quando eu botei ele na lona, eu achei curioso, porque foi uma situação bastante inversa do que eu to acostumado a passar, ele me ensinou como invadir o corpo de animais, o curioso é que quando a consciência vai pra dentro do animal um pedaço espiritual seu vai junto e isso é o bastante pra acionar qualquer alarme dos dons de proteção, eu sei porque eu já testei, o problema é, é bem difícil de rastrear uma ave de rapina quando você tá procurando por um uratha, noites sem dormir, urathas que entram e saem do seu território quando e onde bem entendem é não só absolutamente aterrorizante quanto exaustivo, uma vigília interminável e paranóica - ele olha pra Rail no instante seguinte - Foi por isso que eu te perguntei se você sabia “wargar”, porque eu não tenho um termo melhor pra isso. - ele sorri e aponta pra Amy - ela pescou o que eu quis dizer. - ele se recompõe no momento seguinte - Um ataque frontal seria devastador pra nós, eles estão esperando por isso, bem armados, treinados… - Ele tira o cortador de charuto do bolso, a coisa fazendo click click nas mãos, abrindo e fechando o semblante sisudo - Eles querem tudo. Caça, segurança, glória, dominação… - Palavras pesadas, sábias demais como se fossem ditas por experiência e não por teoria, nem pareciam pertencer a ele, tão jovem, pareciam pertencer a alguém que possivelmente já havia estado naquela situação antes, ou definitivamente fazia dele um gênio incompreendido. - Cada nome que caiu pra eles contribuiu pra glória, cada dia que a gente se negou a fazer algo em relação a ocupação deles contribuiu pra segurança e pra caça, a única coisa que eles não tem é dominação e é tudo que tem impedido eles de nos atacar agora. Segurança é a primeira coisa que devemos atacar, é o pilar que quando derrubado vai causar pânico, desordem, cansaço, coordenar nossos esforços pra eles pensarem que estão sendo invadidos o tempo todo, invadido por fantasmas, observarmos como eles reagem a cada ataque que não existe, eu e Rail e quem mais conhecer o dom podemos aplicar esse golpe, ganhar vantagem estratégica, mas isso só vai funcionar uma vez, mas vai ser o bastante pra derrubar rápido e rasteiro os caras que os Dragões de Aço vem colecionando braços e pernas nos últimos meses. - Ele tira o dedo do sujeito de dentro da camisa e balança pra Amy - E acredite isso nem é pessoal, o cara já foi humilhado o bastante pras minhas contas, mas tá faltando a derrota fulminante, a derrota que faz o cabra desistir e é isso que a gente vai ter. - ele parecia bem sólido e confiante em sua estratégia, ele olha no momento seguinte em direção de Amy, mas fixa seu olhar em direção de Shaw - Eu juro pela lua cara que eu queria fazer vista grossa pro que a Legião tava fazendo, pra onde Atiçador tava guiando vocês, fazer de conta que não era problema meu, mas a morte dos Anshega nunca foi a solução e continua não sendo, assim como a nossa morte pra eles também não é, são as derrotas fulminantes que vão fazer eles irem embora, principalmente do Rei deles, morte só vai trazer mais ódio e mais puros, o irmão querendo vingança pela irmã, o filho querendo vingança pela mãe. - ele olha diretamente pra Ash sem desviar o olhar em hora nenhuma, era nítido nele que havia uma preocupação em relação a ela, não importava que ela corresse com quatro patas vinte anos mais que ele.

    - Se tudo der certo como eu acredito que vai no final das contas a gente vai ter uma base sólida em Sparhall pra agir de verdade… Passos de bebê, passos de bebê… - ele parecia repetir pra ele mesmo.

    - Por agora eu acho que a gente devia caçar, caçar de verdade como uma alcateia, eu Shaw, Amy e Rail já caçamos juntos em ocasiões diferentes, mas isso faz muito tempo, a pequena Skye ainda tá me devendo esse prazer, assim como você e a mãe… Dona Ash tem uma lista interessante de espíritos bagunceiros, bons o bastante pra deixar a gente afiados e coordenados, eu também não me importaria de eventualmente engajar em um confronto direto com um par de fetiches e talens extras pra serem usados como cartas na manga. - ele dá de ombros.

    - Eu também poderia ter uma parceira de treino no meu tempo livre, meu boxe continua enferrujado. - ele diz em tom cordial como se fosse um convite a Amy.

    - Mas tem mais, tem um fator que pode mudar tudo, Gurim-Ur, eu fui informado recentemente de que ele tava fazendo alguma coisa pra sacanear o sonho de vocês - Ele diz se referindo aos Cahalith olhando diretamente pra Ash e  Nestor - e talvez ainda esteja, disseram que ele inclusive tava envolvido de forma indireta na morte do Romano, Voz da Sombra, e que obviamente Aponi foi a mais afetada dos Cahalith, seja como for profecias são provavelmente menos confiáveis do que já normalmente seriam. - não é como se ele levasse fé nelas ultimamente de qualquer forma, até que finalmente silêncio, ele parecia não ter mais nada a dizer, mas parece esperar milhões de perguntas e respostas.
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    Mensagem por Wordspinner Qui Jun 16, 2022 12:36 am

    Connor: Provavelmente toda tribo tem, nenhuma dessas noites com final feliz.


    "Não, não tem." Era Ash ainda carregada de emoção.

    Connor: Vocês tem a cabeça dela, vocês estudam a morte, faz os ossos dela falar.

    "Vamos fazer o que precisamos fazer." Diz Ash.

    "Ninguém vai se ferir aqui." Era Maria que parecia mais curiosa agora que quando chegou.

    --
    Connor: Se fosse com uma moto eu apostava em você.

    "Melhor montando que correndo." Ela responde tirando suor do rosto com a mão.

    Connor : ela pescou o que eu quis dizer.

    As duas fazem que sim com a cabeça. "Eu não vejo tevê." A voz de Rail tinha um tom de desculpas e parecia que ela ia dizer mais, porém um olhar de Nestor a convenceu a não dizer nada.

    Connor: Eles querem tudo. Caça, segurança, glória, dominação…

    Murmúrios de concordância por toda clareira. Mas ninguém parecia disposto a interromper.

    No momento em que Connor finalmente para de falar Nestor é o mais rápido. "Ash." E o nome dela demora para desaparecer na floresta. "O que tem de errado com o plano dele?" Frio.

    Ash mastiga as palavras antes de falar. "Não é o meu lugar. A Crestwood tem mais legitimidade para isso." Calma e afável.

    "Mesmo que seja, você vai fazer." Sem espaço para negociações.

    Ash respira fundo antes de começar e quando fala ela está claramente contrariada. "Um bom rastreador uratha vai conseguir seguir qualquer coisa. Qualquer." Ela suspira. "Corvo, morcego, rato... Qualquer coisa." Ela ajeita o cabelo incomoda.

    "Além de mostrar nossa mão, o rastro pode ser seguido até um dos territórios. Pode causar uma retaliação antes de estarmos prontos, vamos vigiar todas as rotas que cada animal usou?" Ela deixa a pergunta se assentar como poeira no fundo de um lago perturbado por uma pedra. "Eles tem usado os mais novos para testar as nossas defesas e vão adorar uma chance de chegar até nós sem passar pelos Dragões ou pela Irmandade. Além dos riscos para os envolvidos. Seus corpos ficam vulneráveis e claro que vamos guardá-los, mas isso aumenta o nosso comprometimento de recursos. Tempo e atenção e essência. Além do trauma de morrer no corpo de um animal." Ela balança a cabeça com uma expressão de dor no rosto. "Eles são espertos também, alguns são velhas raposas cheias de artimanhas." Ela olha para Connor com remorso claro. Mas Nestor não permite que ela diga mais nada.

    "Skye, Shawn e Rail. Conseguem ver alguma falha?" Ele pergunta de imediato.

    "Eu rastrearia qualquer coisa. Até um falcão." Shawn é o primeiro a se voluntariar. Mas fala devagar e sem emoção.

    "Quando você tá no animal fica vulnevável, perde o faro. Não vai saber quem é o que. Perde perspectiva também, pode ser difícil reconhecer uma pessoa que você saberia quem é com seus olhos." Rail fala logo depois.

    "Precisamos caçar. Não precisamos perder tempo com essas coisas." Skye toda emburrada.

    "O que você acha Amy? Eu to vendo você se retorcer. Me diz como faria dar certo." Não era mais uma pergunta. Era um desafio.

    Ela realmente muda e muda de novo de posição. "Pode dar certo. Eu sei que pode." Ela parece estar muito concentrada. "Ninguém pode rastrear o que não está lá. Eu posso resolver essa parte, mas custa dinheiro e mais essência. Mas economisa tempo e gente." Ele fala rápido, como se estivesse inventando ou calculando. "Deixa outro tipo de rastro e pode ser difícil cobrir esse, pode ser que nem precise." Ela olha parar Shawn como se fosse especificamente para ele. "Drones."


    "Drones." Ela aperta a mão de Rail. "Drones são ótimos para reconhecimento. Podem ser discretos e até filmam. O que descobrirmos pode ser usado para atacar com eles. E eles podem ser usados para causar mais distrações se precisar. Não é tão bom quanto o seu nariz, mas é bom e pode ser possuido para o mesmo efeito de um passaro. Até um carro pode. Mas também tem um custo. Maior em todos os aspectos." Ela parece nervosa falando sem parar.

    "Dá pra espiar bastante antes e ser descoberto. Se a gente for esperto da pra plantar evidências e realizar pequenas sabotagens. Quem sabe um incêncio criminoso? Drogas plantadas em um carro ou casa. Usar os humanos para pressionar eles vai ser necessidade. Sem isso não dá pra funcionar, eles vão se adaptar." Ela respira fundo e continua falando.

    "Se os mantivermos realmente ocupados. Realmente atacados de todos os lados. Aí sim vai dar certo. Uma guerra total, até usando o crime organizado e metendo cafeina na bebida dos caras. Tudo que tiver ao nosso alcance. Aí pode dar certo."

    Ela termina.

    "Mas não é o que você faria." Ele não precisa de confirmação. "Porque?"

    Ela responde isso rápido e sem pensar. "Porque todo mundo vai saber o que a gente tá fazendo e onde a gente vai atacar. Mas usaria como distração... Ou um blefe duplo... Ou triplo..." Ele balança a mão como se estivesse com algo grudado.

    Nestor não mostra nada. "Então garoto, o que acha do seu plano agora? Quer acrescentar alguma coisa? Mudar alguma coisa?" Era impossível saber se era sério ou um teste. Nestor estava fazendo algum jogo. Simples e direto ou dissimulado e convoluto. Impossível saber ainda.
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    Mensagem por Ankou Qui Jun 16, 2022 1:49 am


    A arcada de dentes de Connor se abre em um sorriso malicioso de canto a canto - Bom saber. - ele ri com um pouco de escárnio, mas não alimenta mais a provocação.

    Connor se mantém em silêncio ouvindo todas as considerações, haviam imperfeições, era verdade, e se drones podiam ser usados como como os animais, não faria diferença, eles deixariam rastro de qualquer maneira, quando Nestor pergunta se ele teria algo a adicionar ao plano.

    - Eu estou ciente de que a gente poderia rastrear, poderia rastrear wi-fi do drone se quisesse, a transmissão a rádio, esse não é o ponto, eles vão saber que estamos lá de alguma maneira, mas eles vão pagar pra ver se somos nós ou um animal ou drone? Eu duvido muito, porque eu não iria, três dias sem dormir, sua capacidade cognitiva e reflexos ficam um lixo, esse é meu ponto, acertar a janela de tempo perfeita entre eles descobrirem o que está acontecendo e terem tempo de se recuperar e bater bem onde dói mais. - ele para e acaricia o rosto, as palavras da mãe martelando na cabeça - Testando os mais novos… É isso! - ele diz como se tivesse descoberto alguma coisa - Mandar os mais novos pra cima da gente é o começo da derrota deles. - ele olha pra Amy os olhos brilhantes cheios de malícia - A gente não precisa plantar nada exatamente, eles já estão armados até os dentes, colocar humanos na cola deles é uma ótima ideia pra desarmar eles, mas tem uma outra coisa que eu não tinha pensado até agora. - ele desvia o olhar pra mãe - Talvez seguir o nosso rastro seja exatamente o que a gente quer, não até os nossos territórios, mas até onde nós quisermos. O segredo é esse, a gente se preparar pra isso. - ele volta a olhar pra Amy - A gente cria pontos de enforcamento, embosca os novatos e joga eles em quartos escuros, Rich tem um, a casa dos Algozes tem outro, quantos mais a gente tem? - dúvida genuína.

    - Não adianta a gente colecionar braços e pernas deles e eles continuarem voltando, mas colocar eles na cadeia funciona, e essa são as únicas cadeias que eu conheço, a gente precisa arriscar tudo aqui ou ninguém vai ter mais Dover, pra seguir essa linha de raciocínio a gente precisa da cooperação dos alfas e das alcateias que não vieram pra manter esses caras presos, ou algum espírito poderoso com um acordo bem feito. - ele olha pra própria mãe como se ela pudesse ter uma resposta. - Além do mais a gente nem precisa usar animais dos nossos territórios, nem perto disso, poderia usar uma coruja do outro lado da ilha avistada há dois quilômetros de distância... - no momento seguinte o rosto de Connor se retorce e ele faz um bico, pensativo - A gente tá aqui cheio de conjecturas e especulações do que fazer, mas você disse que já fez parte de uma Cruzada antes, como vocês ganharam ou se não ganharam o que deu de errado? Experiência e realismo me parece mais valioso agora do que todo o resto. - aquela era uma pergunta que poderia mudar totalmente tudo que tinha pensado até ali.

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    Mensagem por Wordspinner Dom Jun 19, 2022 8:25 pm

    Connor: A gente tá aqui cheio de conjecturas e especulações do que fazer, mas você disse que já fez parte de uma Cruzada antes, como vocês ganharam ou se não ganharam o que deu de errado? Experiência e realismo me parece mais valioso agora do que todo o resto.

    "Porém eu sou o líder. Eu aponto a direção. Eu escolho as batalhas e as armas. Se não posso confiar em você para responder perguntas e pensar é melhor te trancar na sua sala escura até tudo acabar. Mas não é esse o caso, é?"

    Ele espera a resposta curta de Connor e o interrompe antes da sexta palavra.

    "Na guerra a primeira batalha e a ultima é do Lua cheia. Temos a sorte de ter dois. A primeira luta é travada com pensentos, planos. Os irrakas vão nos dar informações e vão apontar nossas falhas." Ele abre devagar uma das cases. "Nós temos que saber o que queremos antes agir. Porque temos esse luxo. Já temos um alvo também." Ele puxa de dentro da case uma pele de carneiro ainda com pelos. Ainda vermelha de sangue. "Esse é o homem que matou Quebra Correntes em um duelo." A voz dele estala com fúria acorrentada. "Esse é o homem que assassinou Trovão." O rosto velho e severo estava marcado na pele e parecia prestes a falar. Parecia vivo e presente. Parecia encarar cada um ali com orgulho impertinente.

    "Vamos arrancar essas vitórias deles. Se alguém vai ser preso, não vai ser nenhum filhote. Vai ser Cresler Cartwell. Ou Fazedor de Reis. Ou até o maldito rei dos puros." Ele joga a pele entre os outros.

    Como era de se esperar Ash não tira os olhos dela e nem se aproxima para ver melhor e quando Nestor tira a segunda e pele e a joga junto com a outra, um rosto marcado e cínico nela, Ash nem a percebe. Quando a terceira pele é jogada.

    "Esse é o Rei dos puros." Uma nota de desdem ou quem sabe desapontamento na voz. A pele não mostrava rosto algum.

    "Eles precisam saber onde vamos atacar." Uma palavra mais fria que a outra. "Precisa ser ousado. Precisa ser perigoso." Da mesma case ele tira um mapa de Sparhall e o coloca na tampa da case, com a mão ele chama todos para se aproximarem.

    "Agora." Ele coloca o dedo no bairro histórico mais importante da cidade. "Como vocês vão fazer o plano funcionar?" Ele segura o ombro de Connor antes de ele começar a falar. "Não existe cansaço para o Gauru, mas os parentes dos Anshega podem ser letais." Nestor se vira para Amy em seguida. "Sem segredos Sombra Vermelha, qual sua manobra para evitar o rastreamento?" Os olhos de Nestor deixam claro quem deveria falar agora.

    "Richard pode criar ruas temporárias. Ele pode fazer isso a distância se tivermos um membros da alcateia dele no local. Temos lobos nos Dragões. Ele pode fazer usando um animal comum." Ela para, mas Nestor continua olhando para ela em silêncio. "Se você passa pela rua e depois ela não existe tem um buraco no seu rastro. Podemos usar isso para tornar a perseguição impraticável se juntarmos com a furtividade de um irraka e um loci bem posicionado." Ela obviamente não gosta de expor como pensa.

    Mas Nestor não está satisfeito e o silêncio continua. "Ok. Eu tenho um fetish que pode me levar de um transporte público a outro sem passar pelo caminho no meio. Não tenho, mas posso conseguir. Isso pode nós dar umas milhas dependendo de quão forte for o espírito." Ela faz uma careta logo depois. "Mas isso significa pedir ajuda da aliança, não sei outro jeito de descolar o que é necessário, e a conta com eles já tá grande." Ela diz as palavras a contra gosto.

    Dessa vez Nestor parece satisfeito. "Vamos precisar de qualquer arma em que possamos por as mãos. Você e Connor vão traçar aqui e agora nosso plano de campanha até o momento final. Eu sei o que vamos fazer no ultimo dia. Vocês tem dois dias para começar e vão agir com os irrakas. Ash vai supervisionar vocês diretamente. Eu vou estar ocupado." ele lança um olhar rápido para o Garra sangrenta. "Shaw vai organizar os horários e os detalhes mãos mundanos e ainda assim necessários."

    Um aperto no ombro de Connor. "Agora. Como vamos fazer?"
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    Mensagem por Ankou Dom Jun 19, 2022 10:23 pm


    O olhar de Connor pra Nestor é confuso, pode dentro ele pensava como e porque diabos o tio precisava ficar reafirmando a autoridade dele, quando ela nunca havia sido questionada, na cabeça um relance do avô que ficaria calado com os olhos compenetrados e botaria qualquer um pra baixar a cabeça, definitivamente eles eram diferentes.

    - Sim senhor, te dei as melhores resposta que pode… - ele é interrompido antes de terminar sua sentença, mas não retruca, ele só anda de costas de na direção da árvore que ele havia saltado instantes antes e se recosta nela, ele mantém um olhar firme e duro e escuta o que vem a seguir olhando as peles intrigado com que tipo de mandinga havia sido usado pra retratar aqueles sujeitos ali, não reconhecia nenhum deles, a noite da morte do avô em questão tinha sido uma bagunça e ele nem mesmo chegou a ver o velho se derrotado, podia jurar que havia sido Ariel desde o princípio, mas e olha todas aquelas faces com uma determinada indiferença, não havia resquício de nada nem raiva quando ele vê o suposto assassino do avô.

    Ele se mantém em silêncio conforme eles discutem sobre o plano - Eu não to aqui pra lutar contra o que eu odeio. - ele diz olhando pras peles - Mas sim pra lutar pelo que eu amo. - o olhar se desvia pra mãe, o pensamento vai parar em Aria. - Você quer algo perigoso? Algo espetacular… - ele diz olhando com o semblante abatido pra ele - Então eu posso desafiar esse desgraçado e eu vou vencer, mas eu também vou roubar e ele vai cair na frente de todo mundo. - ele diz sem vergonha nenhuma, pelo contrário, era como se fosse bom algo de se orgulhar - Eu vou precisar da ajuda do Rory e da Dalia, eles me mantiveram em um pedaço só contra coisa pior que um uratha, mas não sangraram por mim como Questiona o Céu, são mais discretos. - mas de alguma forma o semblante continuava desgostoso no final de contas - Quanto a mim eu vou negociar uma marca da Fúria. - ele balança a cabeça como se fosse algo que não desejasse, engole seco no momento seguinte, como se tivesse um nó na garganta. - Eu não tenho vida mundana faz um tempo, não tem nada pra ser realmente administrado. - ele diz parecendo não ter tempo pra aquilo.

    Ele parece sair daquele semi transe e voltar a si - As ruas, não vão funcionar, elas demoram demais pra se fechar, não se forem ruas feitas pela marca da cidade, qualquer uratha vai poder passar por ela. - ele parece ter certeza no que diz, mas Richard podia ter outros recursos que desconhecia.

    - A gente precisa saber onde eles estão, Marco pode detectar uratha no olho, Sílvia pode apontar a polícia pra onde a gente quiser, talvez até ligações anônimas, mas é melhor com ela sabendo o que fazer. - ele olha pra Amy confiante - Usa os drones pra inibir eles de qualquer transformação enquanto a polícia tiver agindo, deixa eles verem se quiser, se achar prudente, deixa a polícia desarmar eles pra gente, se quer um serviço bem feito coloca alguém pra fazer pra você, se esses caras pegarem rastro de dois sangue do lobo trancados dentro de um carro chupo o cu de um mendigo. - o tom dele é quase de desafio, sem chacota alguma, mesmo com o palavreado chulo e o dizer popular totalmente e propositalmente distorcido.

    - Você queria idéias sujas, não vai ter nada mais sujo que isso, foi assim que eu vesti vermelho. - ele diz fitando o tio - Contratei um cara pra fazer meu trabalho e nunca pus a mão no que deveria fazer. - ele sorri de canto, com um brilho no olhar, orgulhoso. - Se a minha palavra vale de alguma coisa, esse deveria ser nosso primeiro passo pra facilitar a nossa vida, com sorte até um dos novatos passa uns dias na cadeia, os caras se focando, se desdobrando pra tirar o sujeito de lá. - dá de ombros, não era decisão dele.

    - Eu vou caçar aqueles espíritos. - ele diz pra mãe - Eu não sei se dá pra fazer o que Amy quer com algum deles, mas se a gente tem respaldo legal pra trancafiar eles, todo recurso é valioso, preciso de voluntários comigo. - ele diz aquilo, mas tinha certeza que a mãe iria junto, as palavras tem um certo propósito de atiçar Amy, que tornaria o trabalho muito mais fácil, tinha certeza que Skye não perderia a chance de se meter em qualquer bagunça que lhe fosse proposta, então os olhos recaem sobre Shaw e ele espera.

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    Mensagem por Wordspinner Sáb Jun 25, 2022 7:53 pm

    Connor: Eu não tenho vida mundana faz um tempo, não tem nada pra ser realmente administrado.

    "Você não sabe o que muito tempo é." Era Ash com um tom suave e leve.

    Connor: As ruas, não vão funcionar, elas demoram demais pra se fechar, não se forem ruas feitas pela marca da cidade, qualquer uratha vai poder passar por ela.

    "Nem é um problema, é uma vantagem e pode ser controlado." Dessa vez era Amy olhando Connor de algum jeito engraçado.

    Connor: - A gente precisa saber onde eles estão, Marco pode detectar uratha no olho, Sílvia pode apontar a polícia pra onde a gente quiser, talvez até ligações anônimas, mas é melhor com ela sabendo o que fazer.

    "A polícia é uma ótima ferramentas e como o pessoal de Sparhall tá na pior, talvez Silvia possa mesmo dar uma mão." A voz de Shawn era baixa e séria.

    Connor: Usa os drones pra inibir eles de qualquer transformação enquanto a polícia tiver agindo, deixa eles verem se quiser, se achar prudente, deixa a polícia desarmar eles pra gente, se quer um serviço bem feito coloca alguém pra fazer pra você, se esses caras pegarem rastro de dois sangue do lobo trancados dentro de um carro chupo o cu de um mendigo.

    Rail ri. Uma risada curta, quase uma tosse. "Melhor ir escolhendo seu mendigo. Os caras não estão perdidos e nem complacentes. Mas deve funcionar uma vez." Ela dá de ombros no fim.

    Connor: Eu não sei se dá pra fazer o que Amy quer com algum deles, mas se a gente tem respaldo legal pra trancafiar eles, todo recurso é valioso, preciso de voluntários comigo.

    "Não precisa." É Nestor, calmo e decidido. "E não vai também." Ele aponta o mapa de novo. "Você não vai se armar para lutar, não vai duelar para morrer. O que você vai fazer é garantir o plano que começou a fazer. Recolher os animais que vão precisar." Ele aponta para Rail. "Vão precisar de muitos deles e dos comuns em Sparhall. Animais são frageis, um caçador, uma criança entediada, um motorista distraido ou até um uratha desconfiado ou um predador natural." Ele olha para Connor de novo. "Vai traçar as rotas que vai usar daqui até lá. Vai saber onde estão delegacias e postos dos bombeiros e até hospitals e clinicas em Sparhall, a gente vai precisar dessas informações na have Ra de agir." Ele vira na direção de Shaw. "Você vai ajudar Connor com drogas e armas que ele precisar, incriminar eles vai ser imprescindível para isso Tudo funcionar, vai ser mais fácil que achar os estoques deles."

    Nestor olha para Ash e Amy. "Connor vai precisar de transporte, se ele roubar alguma coisa no território de vocês não se incomodem." Ele se vira para Connor. "Precisa dar certo e é sua responsabilidade. Quero alternativas para qualquer coisa que dê errado. Você e Rail vão executar as incursões e não Amy. Ela pode ajudar com drones, mas vou precisar dela a qualquer momento para caçar alguns alvos."

    Ele coloca a mão no ombro de Connor. "Não vai duelar. Não precisamos enterrar mais ninguém. Entendi?"

    Ele espera a resposta de Connor antes de designar as tarefas dos outros.

    --

    "Cê tem o meu número." Shaw dizia Indo embora apressado depois de chegar o cronograma de todos.

    "Connor, a gente pode treinar no fim do dia amanhã." Amy não parecia nada difícil de derrotar com aquele tamanho, mas se mostrava animada.

    Rail não diz nada. Só acena antes de sair para uma noite em claro de patrulha na fronteira. Nestor aperta mãos e sorri animado quando se despede, especialmente caloroso com Ash e Connor.

    Ash fica por último e espera Skye sair de fininho antes de falar.

    "Eu quero que você não faça nenhuma besteira. Não seja imprudente. Sete dias agora e então vamos precisar de todo mundo inteiro." Ela suspira. "Quando isso acabar eu preciso de você inteiro, filho." Ele estica a mão para poder tocar o rosto de Connor. Os olhos serios e ao mesmo tempo sofridos.

    --

    Quando Connor finalmente deixa a clareira ele ouve os passos de Skye. Esperando por ele. Dando cobertura sem nenhum inimigo por perto.
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    Mensagem por Ankou Sáb Jun 25, 2022 10:42 pm


    - Talvez eu não saiba, mas parecem anos… - ele retruca, sem sentimento nenhum, sem parecer dar importância ou exaltação pra aquilo.

    Ele olha pra Amy no momento seguinte, parece meio incrédulo - Se você diz… - não era um assunto que ele queria levar pra frente, talvez o Irraka tivesse meios de controlar as ruas criadas, mas ele preferia apostar que não, preferia não apostar naquele recurso.

    Ele meneia em positivo pra Shaw - Vou dar um toque nela, mas aí depende dela, vai ser arriscado e ela tem que saber dos riscos, no momento que ela se mover ela vira presa e a gente tem que tá lá pra cobrir ela. - ele diz concordando com o Garra Sangrenta.

    - Talvez a gente só precise de uma vez. - ele diz retrucando Rail e talvez fosse mesmo verdade. - A gente precisa de uma base sólida lá pra incomodar, já disse a gente não vai ganhar tudo isso num dia só, do mesmo jeito que não perderam em um dia só. - até podiam, mas seria muito arriscado.

    - Isso é alguma piada de mal gosto? - ele pergunta contrariado - Quando foi que eu deixei de ser o troglodita uga buga pra começar a traçar planos?! - ele respira fundo e se acalma - Eu vou cumprir seus desígnios, mas meu tempo é meu tempo. - ele diz como se impusesse um limite pra onde a vontade de Nestor podia ir.

    Ele não responde nada sobre o duelo, não de início, mas dá pra ver as têmporas se estufando, a veia no meio da testa saltando, no fundo ele parecia se importar, os sentimentos todos vindo como uma onda crescente, incapaz dfe mentir pra ele mesmo - Aquela noite foi uma bosta, a gente correu pra lá todo ferrado, se eu não vou duelar com esse filho da puta ninguém vai, e eu vou amassar qualquer Urdaga que desafiar ele. - a coisa soa como uma promessa que ele estava muito disposto a cumprir, ele olha de novo pra pele marcada com o desenho do sujeito - Eu não sei que mandinga é essa, mas você tem certeza que foi esse cara? - ele pergunta com uma dúvida real, era um campo de batalha caótico e nebuloso, podia ter sido qualquer um, ainda achava que havia sido a feiticeira desgraçada, algo que ele nem tinha visto.

    No final de contas é ele fazendo todo o esforço que podia pra ser um bom soldado e não contrariar o tio, ele pensa no carvalho quebrado pelo furacão e no bambú, devia ser o bambú, o tio era o carvalho, ele não ia esmurrar em ponta de faca, resignação fazia parte do juramento, decidiu fazer o sacrifício, não pelo tio no entanto.

    - Vai dar certo. - ele diz confiante, e não se pronuncia sobre roubo de veículos, normalmente achava eles lentos, previsíveis, preferia correr pelos becos, estruturas e intrincações das cidades inglesas, mas nunca dava pra prever se alguma hora um carro ou moto viria a calhar.



    Ele meneia em positivo pra Shaw, faz um joínha com a mão.

    - Eu não vou pegar leve dessa vez. - ele diz com um meio sorriso, muita coisa tinha mudado desde a última vez que ele e Amy haviam trocado socos. - Mas meu boxe continua enferrujado. - ele diz, honesto, ou pelo menos ele tinha certeza de que aquilo era verdade.

    Mesmo com as discordâncias e ter aceitado as demandas do tio a contragosto ele se despede do velho com o mesmo ardor, como se nada tivesse acontecido, ou o destempero fosse coisa de momento e não importasse mais.

    Por fim a mãe - Não tem nenhum Connor querendo bancar o herói mais mãe. - ele diz como se tivesse aprendido uma lição - Mas eu preciso me armar pra guerra, eu ainda vou atrás da marca da fúria, mesmo sabendo que eu não deveria, eu sei o que ela faz com a gente, minha alcateia foi fundada com dois Garras Sangrentas… - ele olha na direção em que Shaw havia se retirado - A gente tá correndo sem nenhum meia lua, só me promete que se eu perder a linha você dá um jeito de não deixar eu fazer merda, por que a corrente nem sempre é o bastante. - ele dá dois estacões de leve no “cinto” que era muito mais do que um aparato pra segurar as calças.

    Ele abraça a mulher e se afasta, arrastando o mapa de Sparhall com ele, tomando a rota pra ir pro território da alcateia “trombando” com Skye no caminho - Tu não é do tipo que espera, nem que conversa. - a segunda parte sai quase como uma chacota, já que ela não gostava que ninguém falasse com ela - Tá querendo alguma coisa… - ele diz de maneira tranquila e suave ficando de orelha em pé e em silêncio enquanto andava.

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    Connor Mcleary - Página 20 Empty Re: Connor Mcleary

    Mensagem por Wordspinner Sáb Jul 02, 2022 8:46 pm

    Connor: Talvez eu não saiba, mas parecem anos…

    Ninguém discute, mas a mãe olha para ele como se estivesse sendo um garoto teimoso.

    Connor: A gente precisa de uma base sólida lá pra incomodar, já disse a gente não vai ganhar tudo isso num dia só, do mesmo jeito que não perderam em um dia só.

    "Esse é o ponto, o que a gente não pode ir pra guerra com uma bala só. Vamos precisar de mais de um tiro." Diz Rail com animação talvez inadequada.

    Connor: Isso é alguma piada de mal gosto?

    Ele sente o quanto aquelas palavras tocam o humor do grupo. A irritação que elas espalham.

    Connor: Quando foi que eu deixei de ser o troglodita uga buga pra começar a traçar planos?!

    "Quando decidiu enfraquecer e humilhar sua alcateia e todas as reuniões do protetorado como se fosse o rei prometido." É Nestor, sem veneno e sem pressa. Como um professor que aponta a um aluno a solução de um problema.

    Connor: Eu vou cumprir seus desígnios, mas meu tempo é meu tempo.

    "É seu e com ele não vai atrapalhar a caçada. Com ele, não vai tentar alcançar onde não consegue. Com ele, não vai desperdiçar nossos recursos. Queremos os puros cansados e com sono, não você." Ele estava entediado. Não parecia, mas dava para sentir nos ossos.

    Connor: Aquela noite foi uma bosta, a gente correu pra lá todo ferrado, se eu não vou duelar com esse filho da puta ninguém vai, e eu vou amassar qualquer Urdaga que desafiar ele.

    "Não vai duelar e não vai ficar no caminho de ninguém. Vai pensar bem sobre o juramento e esse monte de besteira arrogante que tá vomitando aqui." Ele estava ainda mais entediado do que antes. "Se continuar agindo como um adolescente, vai ser tratado como um." Ele se vira para Amy. "Se precisar alterar qualquer parte do planejado, vá em frente, mas me comunique. Mantenha esse ... Seja já lá o que foi que ele disse ocupado, não quero ele tendo ideias."

    Connor: Eu não sei que mandinga é essa, mas você tem certeza que foi esse cara?


    "Sim." a resposta é firme e seca e vem de Ash. "Ele deu o último golpe."

    --

    Connor: Mas meu boxe continua enferrujado

    "O meu nunca esteve melhor." Ela fala brincando.

    Connor: A gente tá correndo sem nenhum meia lua, só me promete que se eu perder a linha você dá um jeito de não deixar eu fazer merda, por que a corrente nem sempre é o bastante.

    "Não filho." A voz dela era pequena. "A responsabilidade é sua. Só sua." Ela suspira. "Você quer ser maior e forçar sua vontade com pressa. Temos Nestor e Amy para se você perder a cabeça, mas temos Rail, Shaw e Skye para deixar tudo mais difícil. Cada um que sucumbe a fúria ela fica mais forte. Mais difícil de resistir." A preocupação era muito maior que um Rahu descontrolado.


    Connor: Tá querendo alguma coisa…

    "Quero ver a minha mãe. Sabe o caminho?" A voz aparece dentro da cabeça dele.



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    Connor Mcleary - Página 20 Empty Re: Connor Mcleary

    Mensagem por Ankou Sáb Jul 02, 2022 11:45 pm


    Ele meneia em positivo pra Rail, concordava com ela, ele já havia posto algumas de suas cartas na mesa, suas ideias. - Qualquer coisa pra além das coisas que eu falei eu preciso de conhecimento de causa, ou fazer o que eu faço de melhor, quebrar gente. - ele diz sem parecer ter nenhum remorso.

    - Não sei do que você tá falando, minha alcateia nunca esteve mais forte e talvez eu seja um rei prometido, não me autoproclamei e o cara que passou a coroa fez porque quis, porque achou o certo. - Sarcasmo, uma pontada de humor no final de contas, mas não dava pra saber a verdade, ele mesmo nem sabia.

    - Não vou, não vou desperdiçar nada, meu normal é cansado e com sono e eu to bem com isso. - ele diz como se aquilo fosse realmente verdade, normalmente era. - Eu só quero melhorar nossas chances de sucesso e eu tenho alguns recursos pra levantar essa semana, só isso, podiam ser uns fetiches, mas se a vida te dá limões… - ele se cala, não tinha mais nada a ser dito em relação a aquilo.

    O olhar do Rahu era de quem estava pronto pra voar na garganta do tio a qualquer segundo, no momento seguinte ele tem um sorriso cheio de dentes estampados no rosto. - Tá certo. - Fácil, simples assim ele não leva a questão afrente, preferiu o juramento a perseguir a glória e a vingança, decidiu que honrar o maior era o certo - Mas se alguém vai desafiar o cara, espero que seja você, ele era seu irmão antes de ser meu avô. - a cusparada voa em direção a pele “manchada” com a face do sujeito, mas acerta ao lado propositalmente.

    Ele só olha pra mãe respondendo sua última pergunta e meneia em positivo, não havia motivos pra duvidar da palavra dela, na verdade não havia motivos pra duvidar de nenhum deles.



    Connor sorri pra Amy, mas não retruca, queria mais ver do que crer, ele sempre achava que havia muito o que melhorar nele.

    Ele meneia em positivo pra mãe como se compreendesse aquilo - Eu não quero forçar nada, só quero que morra o menos gente possível, tô fazendo meu melhor… - ele suspira, a voz parece cansada, ele não queria mais falar, já tinha gasto todas as palavras sobre o assunto aquele dia.

    - Eu não sei nem quem é sua mãe… - Ele diz com estranheza como se aquilo fosse algo incomum - Pode falar, para de se desgastar pra manter silêncio, os lobos não vão ligar da gente conversar. - Ele soa casual - Você sabe o endereço pelo menos? É a rua e número que vem na correspondência. - ele facilita o que pode pra ela, se ela soubesse pelo menos isso seria fácil de achar.

    Connor Mcleary
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