SEXTO DIAQUERELLONCom Ordo Mendell - Ordo Mendell - Querellon tinha se dirigido até o mordomo, logo após terminar a conversa com Lady Dayne - Necessitamos que Sor. Arn honre com o débito acordado quando chegamos em Porto Real, correspondente a arcar com metade da quantia do porto - A voz rouca do meistre não era imponente, mas tinha a firmeza que julgava ser suficiente para o homem entender que uma resposta negativa não seria aceita - No dia de hoje, a soma atinge o valor de 30 Dragões de Ouro, sendo 15 de responsabilidade do Sor. Dada a situação que o cavaleiro se encontra, gostaríamos de contar com vossa presteza para levantar a quantia. Caso Arn não tenha deixado tal valor no acampamento, desde já tem autorização de Lady Dayne para vender quantos bens sejam necessários - Querellon esperou uma resposta do Ordo e, depois, frisou - É essencial que a quantia seja entregue no dia de hoje, para evitar que a dívida aumente.
O mordomo ouviu todas as explicações e exigências do meistre com seu ar impassível e altivo. Quando Querellon terminou, Ordo limpou a garganta e disse com voz baixa e firme:
- Posso fazer um levantamento do valor dos pertences de Sor Arn, meistre Querellon. O valor em dinheiro de Sor Arn não chega a um dragão de ouro, portanto creio que seja necessário vender algo.Mendell fez uma pausa e continuou num tom mais discreto ainda:
- Entretanto, devo lembrar-lhe, meistre, de que não sou um mercador, nem tenho qualquer experiência em comércio. O pouco que entendo me faz pensar que a pressa em vender algo tende a diminuir seu valor. Mas farei como deseja. Deseja que eu demita também os funcionários que sor Arn contratou, uma vez que a casa pode não ter fundos para mantê-los?Com Alef e JeanneQuerellon andou com seu imediato e sua navegadora pela área mais movimentada do cais de Porto Real, verificando as oportunidades de negócio que pipocavam ali, quase como uma feira livre, com alguns gritando suas ofertas de trabalho, fornecido ou contratado.
O meistre logo constatou que os negócios mais vantajosos e que também lhes manteriam próximo do Alto Ermitério envolveriam as cidades de Myr, Lys e Tyrosh, as mais próximas de Dorne. Pentos era uma possibilidade, mas sendo a mais próxima da capital de Westeros, era também o destino mais comum e mais concorrido, inviabilizando que um navio dornês tivesse preferência sobre qualquer navio portorrealense.
A maioria das propostas de comércio envolvia transportar mercadorias de Westeros para as três cidades livres, em sua maioria produção agrícola. As melhores oportunidades envolviam levar o carregamento e voltar com outro para Porto Real, Lançassolar ou cidades do oeste de Westeros.
Um comerciante de Myr queria levar cereais para a cidade e voltar com um carregamento de vidros especiais, inclusive as famosas lentes de Myr, e oferecia 250 DOs, desde que a mercadoria chegasse intacta.
Outro myrenês pretendia levar carregamentos de lã e seda para trazer de volta as refinadas rendas de Myr, disposto a pagar 125 DOs.
Um tyroshino pretendia carregar ferro e outros metais diversos para voltar com itens metálicos manufaturados, recusando-se a pagar mais de 100 DOs.
Uma nobre lysena pretendia agregar à sua frota qualquer navio disposto a transportar víveres para Lys e voltar a Westeros com vinhos tintos e brancos, ricas tapeçarias e produtos alquímicos. Ela prometia pagar 200 DOs por cada viagem de ida e volta à tripulação do barco que aceitasse.
Querellon também percebeu que transportar armas, escravos e soldados para qualquer uma das cidades ao redor das Terras Disputadas envolveria grandes ganhos, mas o levaria à áreas de guerra. E escolher uma das cidades envolvveria a inimizade duradoura das duas outras...
Após o dia de negociações, Querellon foi ao banco e ainda conseguiu enviar um corvo para o Lorde Dayne em Alto Ermitério.
SÉTIMO DIAQUERELLONÀ caminho do Banco de Ferro, Querellon informou Lady Yessenya sobre as condições que ele acertara. A nobre anuiu às medidas do meistre, sabendo-se inepta naquelas questões de comércio e logística.
Eles foram recebidos com cortesia por Drennatis Dollar, que lhes ofereceu assentos acolchoados e um vinho da Árvore para degustarem enquanto conversavam.
- Lady Yessenya Dayne e seu meistre Querellon, de Alto Ermitério! Sejam bem-vindos! Como posso ajudá-los?Yessenya começou a falar hesitantemente:
- Gostaríamos de fazer um empréstimo junto ao Banco de Ferro...Dollar assentiu e perguntou cautelosamente:
- É claro, mas de qual valor?Yessenya olhou para Querellon, esperando que ele dissesse um número.
Após ouvir o valor, Dollar olhou para o mapa que tinha a seu lado e assentiu novamente:
- Muito bem, e o que pretendem oferecer de garantia?A filha de Dayne respondeu incerta:
- Bem, temos uma mina e um porto...Drennatis se atentou àquele detalhe:
- Eu sei, mas por que não estão lucrando com eles? Seu porto fica no Rio Torrentine, não? Uma rota comercial difícil, eu presumo. E sua mina, é deficitária por qual motivo? Tem a ver com a criminalidade nessa região das montanhas?Querellon logo percebeu que Dollar estava bem informado e iria fazer um mergulho profundo nas finanças do Alto Ermitério, antes de definir a taxa de juros. E Yessenya não eraa páreo para o banqueiro. Se o meistre não interviesse, logo contraíriam uma dívida bem alta...
EYVON - Você não está errada… - virou o rosto para ela - Se tem algo pelo que zelo é pela justiça. Pela verdade. Pela honra… - levantou-se da cama, pesarosamente, indo em direção à saída da tenda, ficando de costas para Violet - Mas o que eu experimentei aqui foi só o nojo que sentem por nós. Não me surpreende, na verdade. Afinal, o “rei” - fala em tom de desdém - não passa de um usurpador. - de frente à saída da tenda, Eyvon parou, e por fim, declarou: - Lady Violet, teremos nossa vingança.
Violent assentiu para ele, encorajadora, e prometeu:
- Você vai se curar, se recuperar, e voltará ainda mais forte, sor. Não tenho nenhuma dúvida disso.ARN
-Não tive tempo e nem um mestre para adquirir esses tipos de habilidades Sor. Porém terei cuidado ao sair. Irei apenas participar das liças já que concluo que não continuarei nas justas. E enquanto isso ficarei recluso em um empreendimento que comecei.
Beron disse simplesmente:
- Isso seria sábio, sor. -Seria ótimo se conseguir com o lorde mão. Tão alto como a honra né? Gosto de lorde Arryn. Fico imensamente grato meu amigo, não irá se arrepender, inclusive podemos montar um grupo misto dos meus homens com os seus para as liças, se Arthur integrar o grupo eu o protegeria. - diz já em um tom mais leve revelando que queria realmente reatar os laços de amizade
O Lorde Felinight sacudiu a cabeça e falou:
- Não sei se Arthur irá participar da liça. Talvez não seja muito prudente. -Eu sempre sigo o caminho da luz. E ficarei feliz em fazer valer os seus interesses dentro dessa aliança. Mas tem algo a mais que o Sor. saiba que ainda não sei para que eu precise de tanta sorte?
Beron Felinight negou com a cabeça e disse:
- Eu lhe diria se soubesse, sor, mas há muitos segredos e mistérios aqui em Porto Real. Tenha cuidado. Talvez eu o veja em breve.