- Anamara Nymeros…de Limoeiros para a Porto Real. Diga…quem é sua família, senhorita? O que faziam lá e como você veio parar aqui?
Anamara disse com simplicidade:
- Minha família, como pode adivinhar, são os Nymeros. Eles sempre tiveram muitos negócios no leste de Dorne, em Limoeiros, Lançassolar e outros portos do sul. Eu vim para cá há cerca de dez anos, pouco depois do fim da Rebelião de Robert; as relações de Dorne com o Trono de Ferro estavam estremecidas mas estabilizando, e essa estalagem se tornou um refúgio seguro para muitos dos dorneses em Porto Real.
Para Eyvon, pareceu que havia mais nas entrelinhas, mas ela era discreta demais para falar abertamente e deixaria aquilo sutilmente implícito.
YESSENYA, QUERELLON & EYVON
Callahan mantinha-se como um guardião silencioso ao lado de Yessenya, apenas observando a conversa dela com Querellon e Eyvon. O escudeiro tinha reações discretas para um dornês, mas Yessenya e Querellon conseguiam distinguir as micro-expressões do jovem.
O que Yessenya sabia sobre Alcanceleste:
Alcanceleste é o castelo sede da Casa Fowler em Dorne. Localiza-se no extremo sul do Passo do Príncipe, a sul de Tumbarreal. Existe um rio que nasce próximo a ele que corre para leste em direção ao Mar de Dorne, tendo foz aos pés de Paloferro.
A Casa Fowler de Alcanceleste é uma casa nobre dornesa. Eles detêm o título de "Protetor do Passo do Príncipe", sugerindo sua grande proeminência na região.
Os Fowler se juntaram a Nymeria e a Casa Martell quando os roinares invadiram Dorne. Desde então, eles tem uma rixa com os Yronwood, os Protetores do Caminho dos Ossos, que lutaram contra eles.
Suas palavras são "Deixe-me Pairar". Seu brasão ostenta um falcão encapuzado, azul em fundo prateado.
Os Fowlers são descendentes dos Primeiros Homens e governavam como reis a partir de sua fortaleza em Alcanceleste, guardando o Passo Largo entre Dorne e a Campina. Eles se auto-proclamavam Reis da Pedra e do Céu e Senhores do Passo Largo. Junto com os Daynes e os Yronwoods, os reis da Casa Fowler estavam entre alguns dos mais poderosos monarcas de toda a Dorne.
Os Fowlers frequentemente se viam guerreando contra os Senhores da Marca ao norte. O rei Ferris Fowler liderou uma tropa de 10 000 dorneses através do Passo Largo e invadiu o Reino da Campina, mas eles foram derrotados e repelidos pelo rei Garth VII Gardener.
Quando os roinares invadiram Dorne, o rei Garrison Fowler foi derrotado e mandado para o exílio na Patrulha da Noite. Os Fowlers então dobraram o joelho para a Casa Nymeros Martell e depois os auxiliaram na sua luta contra os Yronwoods durante a Guerra de Nymeria, mil anos antes da Conquista. Desde então eles tem mantido uma rivalidade com a Casa Yronwood de Paloferro, os Protetores do Caminho de Pedra a leste do Passo do Príncipe.
Em 10 d.C., durante a Primeira Guerra Dornesa, o lorde Fowler liderou uma tropa dornesa que queimou a fortaleza de Nocticantiga e tomaram vários reféns dos castelos nas Marcas. Os Targaryens retaliaram mandando seus dragões sobre Alcanceleste e vários outros castelos dorneses, queimando-os.[7]
Quando jovem, a Princesa Arianne Martell andava nos ombros das gêmeas Fowler, Jeyne e Jennelyn, enquanto brincavam nos Jardins de Água. Yessenya talvez tivesse conhecido as gêmeas também nessa época, mas não eram mais do que conhecidas de vista.
EYVON com Anamara
Eyvon foi a Anamara para procurar um moleque de recados.
A estalajadeira o corrigiu:
- Tenho meninos que podem servir como mensageiros, sim, sor. Mas onde está a mensagem e para quem deve ser entregue? Assim que souber disso, poderei dizer-lhe qual o preço desse serviço.
QUERELLON com Lady Evelyne
O meistre saiu da estalagem e se encaminhou novamente para a área portuária, à procura da sua contratante, Lady Evelyne de Lys.
A nobre lysena estava alojada em um prédio de pedra e madeira de dois andares, bem perto de um bloco de armazéns com fundo para o cais. Havia dezenas de empregados no local, alguns montando guarda, outros entrando e saindo com entregas e mensagens, além dos servos domésticos que ministravam a dama mercante.
Ao declarar seu propósito ali, Querellon foi levado para uma sala de espera, onde ficou observando o vai e vem de pessoas. alguns eram comerciantes também, outros pareciam produtores interessados em vender a produção, e muitos eram funcionários de porto, os estivadores, ou de navios, os tripulantes, acertando detalhes de seus contratos e trabalhhos.
Quando finalmente foi admitido à presença de Lady Evelyne, na sala contígua, Querellon encontrou a senhora sentada atrás de uma mesa grande e bem ornamentada, coberta de muitos rolos de papel e livros contábeis; ao redor dela, dois ajudantres de ordens anotavam tudo que ocorria, enquanto um outro controlava o acesso à sala e uma serva elegante servia vinho e biscoitos à ama e aos convidados dela.
O controlador de acesso anunciou o meistre-navegador:
- Meistre Querellon, capitão do Sabre da Sapiência, conveniado para o transporte de mercadorias a Lys.
Evelyne indicou uma cadeira ao meistre, dizendo:
- Sente-se, meistre Querellon. Seu navio está confirmado para o trabalho? Tem mais algum para me indicar?
YESSENYA com as garotas
A conversa com as garotas surgiu quando ela, tentando afastar um pouco a ansiedade, disse. — E vocês o que fizeram durante o dia?- Havia interesse na voz de Yessenya. Após escutá-las abriu um sorriso divertido e lembrou sobre o empréstimo. — Meninas teremos vestidos novos para o baile da rainha.- Bateu palminhas excitada, afinal apesar de tudo ainda era só uma garota de dezesseis anos.
Lamya disse preocupada:
- Lady Yessenya, os custos dessa nossa hospedagem serão muito altos!
Lulwa repreendeu Lamya:
- Não incomode a lady com essas tolices, Lamya! Ela não merece menos que isso, e nós como suas acompanhantes também!
Numa respondeu a pergunta de Yessenya:
- Há muitos dorneses aqui, senhora! Quais dos homens a senhora consideraria apropriados?
Maryam disse:
- Aí está Numa de novo se engraçando com qualquer macho que vê! Mesmo que haja dorneses aqui, são todos plebeus, nenhum é sequer cavaleiro! Não valem nem mesmo o trabalho que dariam!
Numa redarguiu:
- Maryam diz isso porque não fez nada o dia inteiro! Preguiçosa, é o que ela é!
Mas as discussões cessaram assim que Yessenya anunciou que teriam novos vestidos para o baile da rainha. Elas foram substituídas por uma comemoração incontida, com as garotas eufóricas com a perspectiva.
YESSENYA & Callahan
Ao terminar de se arrumar, pediu para Maryam que avisasse a Callahan que sairiam em instantes.
Maryan foi chamar Callahan enquanto Yessenya dava os últimos retoques em sua aparência. Quando ele entrou, usando suas melhores roupas e com a espada atava na cintura, Callahan arregalou os olhos e ficou admirando as formas da lady Dayne.
- Você está maravilhosa, como sempre, Yessenya!
— Você deve ter alguma opinião sobre tudo que ouviu.- Os olhos púrpura dela se deleitavam com as linhas de expressão sérias dele. — O que acha desse convite?
Callahan disse algo que não dissera na feente do meistre e de sor Eyvon:
- Eu o vi nas justas. Ele não é dornês, é um nortenho. Acho que você deve ter cuidado com ele.
Yessenya estava sentada do outro lado do banco, mas mudou para sentar-se perto dele. O perfume dela é sândalo com notas suaves apimentadas. — Com tudo que aconteceu nós dois não tivemos nenhuma chance de ficarmos sozinhos…- Ao terminar de dizer isso os dedos delicados dela tocam o pescoço dele e suas unhas raspavam na pele de Callahan.
Callahan sentiu os dedos delicados de Yessenya e estremeceu de leve com as unhas dela. Ele falou numa voz que era quase um gemido:
- ...você gostaria disso...?
YESSENYA, EYVON & Callahan
Yessenya, Eyvon e Callahan conseguiram alugar uma carruagem por 30 gamos de prata.
OFF: Marquem esse gasto no tópico Cofre do Tesouro.
O cocheiro percorreu preguiçosamente as ruas da cidade, passando pelo portão do rei já próximo do anoitecer. As estradas de terra fora da cidade eram ainda piores que as de dentro, e os três sacolejavam a todo momento enquanto se moviam ao longo dos acampamentos. Havia bem menos deles agora que o torneio de justas se aproximava do fim, e muitos nobres tinham trocado a proximidade da arena pelo conforto de estalagens, tal como os Dayne.
Depois de perguntar aqui e ali, finalmente o cocheiro parou diante de um acampamento bem adornado com várias bandeirolas azuis e brancas, com um símbolo de falcão azul com os olhos cobertos.
Eles foram recebidos por alguns servos, cuja aparência denunciava que alguns eram dorneses de areia e outros dorneses de pedra. Eles convidaram os três a entrarem numa tenda ricamente decorada à moda dornesa.
- Spoiler:
Quando eles entraram na tenda, um homem de aparência acima dos 30 anos estava sentado à frente de uma mesa já preparada. Ele se levantou com dificuldade quando eles entraram e saudou-os:
- Ah, Lady Dayne e seus acompanhantes! Sejam bem-vindos, é um prazer conhecê-los! Sentem-se, acomodem-se!
Ele deu a ordem e um dos servos serviu a comida: chá de hibiscus na entrada, hommus tahine, coalhada seca, tabule, arroz com lentilha e cebola frita e espetos de kafta. Para beber, tinto de Dorne. A sobremesa seriam laranjas sanguíneas. Um incenso de limão perfumava o ar.
- Spoiler:
- Comam à vontade, meus caros convidados!
ARN
-Antes de tudo Sor. Beron quero me desculpar com você - faz uma pausa – Eu era um jovem tolo e me deixei levar pelo meu ímpeto por justiça. Você merecia ter tido ao menos uma despedida melhor. Mas quando a guerra já estava ganha, Twin finalmente trai o rei louco e invade porto real abrindo o caminho para ele continuar na corte. Eu não pude suportar isso, não sei como alguém fica durante a guerra toda neutra e quando a guerra praticamente já estava ganha ele entra? Isso deu poder pra ele sem ao menos nem se arriscar. E com isso tudo senti um chamado interior, eu precisava voltar para minha terra natal, me conectar com minhas raízes dornesas e principalmente me desculpar com os Daynes de alguma forma. O destino me levou a uma casa menor vassalos e parentes dos Daynes em alto Ermitério. Mas não posso ficar com eles agora pois eles correriam um maior perigo e seriam um alvo mais fácil sem um acampamento próprio. Por isso gostaria de ficar em seu acampamento como um membro de sua comitiva, por hora assim poderia unir forças com você para parar esses ataques de vez a sua casa. Gostaria de saber mais sobre os ataques que estão sofrendo e se já traçou algum plano?
Beron dispensou as desculpas de Arn com um gesto magnânimo de cabeça:
- Esqueça o passado, sor. Já aprendemos o que podíamos com ele. Devemos nos concentrar no que temos de enfrentar no presente.
A voz do Lorde Felinight era baixa e discreta, com tom confidencial.
- Quanto aos acampamentos, houve falhas de segurança no meu próprio assentamento. Minha proposta é que você, sor, fique acampado fora do meu acampamento, perto o suficiente para vigiar tudo que se passar ali. Podemos contatar a casa Dayne e tentar uma aliança, pelo menos para disputar as competições de corpo-a-corpo e arqueiria; se for uma relação produtiva, poderemos estabelecer relações comerciais e diplomáticas para benefício mútuo. O que acha disso, sor?