~ Eyvon permaneceu em silêncio enquanto Anamara falava. Observava seus trejeitos e forma de se expressar. Nitidamente, ela não era como qualquer outra estalajadeira que já tivesse conversado antes. Não era apenas a eloquência como falava, mas como suas ideias eram organizadas, construídas e bastante assertivas sobre o espectro político que Dorne e sua população se encontravam, bem como em relação ao Trono e à Coroa. Ao término das colocações da estalajadeira, Eyvon sorriu com o canto de boca. ~
- Anamara Nymeros…de Limoeiros para a Porto Real. Diga…quem é sua família, senhorita? O que faziam lá e como você veio parar aqui?
~ Eyvon voltou a aproximar-se da jovem, estava agora realmente interessado em saber mais sobre a estalajadeira. ~
~ Ao ser convocado por Lady Yessenya, Eyvon dirigiu-se até o quarto da mesma, onde pode cumprimentá-la juntamente com Meistre Querellon.~
- Milady, fui em busca da jovem Violet, a espiã de Sor Arn, porém não a encontrei. Nosso acampamento estava praticamente deserto e não havia sinal algum dela - Eyvon fez um rápido movimento e retirou a carta redigida por Querellon de seu bolso, segurando-a com o indicador e médio - não sei se não é o caso de tomarmos outra abordagem para tirarmos Sor Arn da Fortaleza Vermelha.- Eyvon então colocou a carta sutilmente em cima da penteadeira do quarto, aos olhos de Yessenya e Querellon, e em seguida retomou a palavra -Sinceramente - disse com a voz bastante séria -não acho que devemos confiar plenamente na Senhorita Poesy. Talvez não tê-la encontrado tenha sido algo bom…De certa forma, tenho uma dívida com ela, mas também não gosto de ser feito de idiota.- Eyvon virou-se para o Meistre - Sabemos algo sobre ela? Ela me revelou ser filha de criados de Ellia Martell. Todos mortos naquela chacina. É possível buscar algum registro sobre as famílias que serviam os Martell aqui em Porto Real?
~ Eyvon tinha gratidão pela jovem Poesy, mas também tinha algumas dúvidas em relação a mesma. Embora seus "sumiços" posteriormente pudessem ser justificados, havia algo ainda um tanto nublado, que impedia Eyvon de confiar totalmente nela. Uma de suas reflexões no Forjado no Álcool o fazia questionar justamente seus últimos movimentos. Talvez a ideia de vingança viesse a surgir no coração do Cavaleiro do Torentine com o passar do tempo, mas era inegável que a jovem havia plantado aquela semente assim que Eyvon abrira os olhos na tenda Meistre Querellon, poucos dias atrás. ~