Alice não estava nem aí, só queria se alimentar. Estava sedenta e tinha uma pessoa ali muito bem preparada servida num prato para ela. Ela vai sem rodeios nenhum, pega o sujeito pelo pescoço e morde. o sujeito de barba tem um espasmo ela, e ela sentia o sangue passando pela sua lingua, descendo pela sua garganta queimando, e aí ela tem os flashes. O sujeito Olivre indo até o caixa eletrônico, em uma rua qualquer de Londres, ele digitava alguma informação, fazia uma transferencia de 1.500 dólares e enviava para o nome de uma mulher. Ele ficava um pouco estressado, Alice podia sentir na testa dele suando, de alguma forma Alice sabia porque sentia como ele que a situação ia ficar apertada, denovo. Mais um gasto, estava dificil, muito.
Ele saía e outra pessoa entrava no caixa eletrônico. Ele retirava o celular do bolso e ligava pra alguém com o mesmo do titular do caixa eletronico.
- Oi mãe, eu já transferi o dinheiro ta? Eu sei que não é muito, mas é o suficiente pra pelo menos pagar sua cirurgia. Você tá numa situação dificil, eu sei que o Matthew e a Caroline não tão nem aí pra senhora, e aqueles meus irmãos sao muito ingratos, mas eu ainda to aqui pela senhora e vou pagar sua cirurgia. Eu sei que a senhora não tem dinheiro, mas eu me comprometo a pagar pra senhora ta? Não precisa se preocupar, consigo me virar, fazer umas horas extras, isso é mais importante. Te amo tá?
Alice sentia aquele sentimento, um misto de frustração, raiva, tristeza, culpa, como se carregasse o mundo nos seus ombros. Ele então seguia para o supermercado em que ele trabalhava, era um supermercado simples. Ele colocava o avental e conversava com uma menina, uma funcionária colega também.
- Oi Amanda, olha eu vou fazer hora extra ta?
- Denovo, Oliver?
- É, eu tava precisando de dinheiro. Minha mãe ta doente e os vagabundos dos meus irmãos esqueceram que tem mãe e não ajudam em nada, sobra tudo pra mim. Então vou fazer hora extra denovo, vou precisar ser pago em dinheiro, não vou ser pago em folga não.
- Tudo bem, você quem sabe
Quando Alice se dava conta ele desfalecia na mão dela, era tão intenso e forte ali, que ela não conseguia descrever a conexão que sentiu com Oliver. Uma das poucas vezes que ela podia ver o dia era atraves das lembranças das pessoas que se alimentava. O corpo de Oliver completamente palido, caído e morto. Ela não sentia mais sede nenhuma. Não era intenção de Alice se alimentar até Oliver morrer, e agora ele estava morto em seus braços com ela se alimentado até a ultima gota.