Kheltu, O Guardião dos Mortos

Kheltu tenta acalmar a situação.
- Pare com isso Barundar, não é crime cortar árvores - o guardião compreendia a fúria do anão, pois ele havia dedicado sua vida inteira na proteção da floresta. Mas ainda assim, os humanos necessitavam de madeira para construir suas casas e todo o resto. A menos que... - Qual o propósito disso tudo? - pergunta aos lenhadores. - Todas essas árvores derrubadas foram necessárias? Vocês estão tomando o cuidado de replantar estas perdas?

DIPLOMACIA:

Kheltu faz um aceno ao capitão da guarda e segue os passos de Barundar, esperando que o anão não fizesse nenhuma besteira.
- Barundar, o melhor que você tem a fazer é conversar com algum de seus superiores.

Kheltu pega sua foice de volta e cumprimenta o anão.
- Você não está mais me chamando de jardineiro, penso que isto é um avanço no respeito que um cultivou pelo outro... Que Kelemvor acompanhe o seu caminho também, nobre anão, mas não àquele que o leva através do Pós-Morte. Você ainda tem muito a oferecer ao mundo e aos cuidados na floresta.

A seguir ele cumprimenta também o bárbaro.
- Você também está precisando de um banho. Na verdade, depois de toda essa aventura, todos nós estamos precisando nos lavar. Minhas botas estão cheias de terras e minhas vestes estão mais sujas do que as covas em que trabalho. Bom, foi bom conhecê-lo. Se precisar de mim, me procure no cemitério da cidade.

Agora não restava mais nada para Kheltu fazer a não ser retornar aos seus afazeres como coveiro. Afinal, ele era o Guardião dos Mortos.

Kheltu adentra o seu humilde casebre ao lado de Freezeheart. A situação parecia a mesma de alguns dias atrás, incluindo a chuva que caía. Ele retira sua vestimenta clerical e a pendura num canto qualquer da sala. Meu corpo está mutilado, pensa ao ver pequenas cicatrizes que haviam se formado na barrida, no peito e principalmente nas costas. Provavelmente com o tempo elas sairiam, pois nenhuma chegou a ser um corte tão profundo.

O sacerdote então começa a narrar tudo o que ocorrera em sua missão, sem esconder nenhum detalhe e respondendo todos os questionamentos de Freezeheart.
- ... então, após termos aniquilados algumas dezenas de zumbis, nós resolvemos voltar para casa. Mas a figura misteriosa que mencionei ainda me desperta curiosidade, mais até de quem é o responsável por todos esses mortos-vivos. Ele era um avantesma, estou certo em afirmar, mas nada mais sei a seu respeito. O senhor saberia de quem se trata?

Kheltu enche seu próprio prato com a sopa e experimenta a culinária de Barder. Pelo menos está quente, e é tudo que preciso no momento, reflete o guardião após a primeira colherada. Ele retoma a conversa a seguir.
- Eu também achei estranho um avantesma por aqui, e fiquei preocupado ao ouvir sobre os Zentharims... Seja lá o que eles estão tramando, com certeza não é coisa boa. - Sobre a inauguração da igreja, Kheltu diz: - Fico honrado pelo convite, e pode contar comigo para fazer essa oratória. Embora eu não busque glória pessoal ou reconhecimento pela morte dos zumbis, muito me agrada a ideia de propagar os feitos de nosso Deus perante a população.