Grupo 1 - Delvar/Shmul e Toshiharu/Gaijin

- Não devíamos continuar pelos esgotos, ou a galeria não continua na direção da colina? – Raciocinava – Talvez você devesse chamar por ajuda para transportar nosso amigo, Parvati. Alguém de confiança, e que consiga uma carroça.

Delvar então ouviu atento à explicação de Sybel e disse impressionado – Por Fenrir! Se você conseguir sair sem ser notada e abrir as portas da frente não levantaremos tantas suspeitas.

Verdade seria um elemento invisível por assim dizer e inesperado. Diz Toshiharu, mas o que ele pensava era se existia a viabilidade para isso.

Delvar fica impressionado com as habilidades da nekojin, que sorri e replica:
- Meow, como disse, tenho meus métodos...

A garota então parece encolher de tamanho e assume uma posição quadrupede, rapidamente se transformando numa gatinha parda, de cabeça branca e orelhas e rabo cinza. Ela avança ate o anão, circula duas vezes com o rabinho levantado, para depois correr e num salto atingir a janela. Pavarti acena com uma patinha e salta para fora.

Elisie corre para observar pela janela.
- A nekojin esta indo em direção da saída, onde estão dois guardas... Eles nem deram bola! Pavarti passou por eles... Onde estará indo? Foi embora...

Depois de uma espera de 1 hora, Elisie novamente avisa os companheiros.
- A nekojin chegou! Ela esta na forma normal dela, dirigindo uma carroça... Onde sera que ela arranjou uma tão rápido? Ela parou em frente do portão, está conversando com os dois guardas... Parece que estão rindo. Opa! Que intimidades são estas? Que absurdo... Bem, pelo menos estão abrindo o portão... E estão se dirigindo até a porta principal do deposito, parece que vão abrir! O que vamos fazer?

- Não gosto muito disso mas, vamos nos esconder. Depois questionaremos essa moça-gato. Os guardas não podem nos ver aqui dentro. Rápido! - Delvar tratou de se esconder tentando fazer o minimo de barulho possível.

Toshiharu também não era muito a favor de subterfúgios como esconder-se, mas o momento requeria e ele o fez.

Após os comentários de Delvar e Toshiharu, Tainsa fecha a cara, irritado.
- Ah, se esta mulherzinha estiver nos entregando, juro que eu quebro suas duas pernas e jogo de volta para o esgoto!

Sybel olha para o gnomo, assustada. Nunca tinha visto ele tão bravo assim. “Calma, Tainsa, vamos ver o que esta acontecendo...”, diz em voz baixa.

Do lado de fora da pra ouvir o som de chaves abrindo cadeados, e de repente a luz do sol ilumina a parte da frente do deposito. As silhuetas de Pavarti e os dois vigias aparecem. Ela esta de mãos dadas com um, enquanto beija o outro. Os três riem muito.
- Rrrr, vocês dois são muito apressadinhos... Eu disse que tenho pressa em chegar a loja, e só podia tirar uma lasquinha com vocês – comenta a nekojin, enquanto afasta uma mão boba de seu corpo.

Um dos vigias afaga o rabinho de Pavarti.
- Depois que a gente começar, você não vai querer parar, gatinha... – diz ele, começando a tirar a camisa da outra.

A nekojin segura sua mão, impedindo.
- Acontece que meus amigos estão me esperando, e não iriam gostar nadinha do que vocês estão fazendo comigo... – replica, olhando para o interior do deposito e apontando para os dois guardas, como se pedisse ajuda.

Entendendo a deixa Toshiharu olha para seus colegas e vê se os mesmos também perceber e diz para que apenas os mesmos escutem. - Nossa deixa não é mesmo?
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Iniciativa -1.

- Sim! Vamos ajuda-la. Mas não devemos mata-los. - Delvar correu em direção aos guardas com seu machado em mãos, e procura atacar de maneira não letal (com um machado? hahaha).

Percebendo o momento certo para atacarem, os heróis abandonam seus esconderijos atrás de barris e caixas e avançam com as armas apontadas para os vigias. Os mesmos são pegos de surpresa, e ao verem que estão em menor número, logo levantam as mãos em sinal de rendição.

Os vigias então são amordaçados, amarrados e deixados em um canto do depósito.

Pavarti, que estava um tanto quanto desarrumada, põe as mãos na cintura e reclama.
- Rowr! Por Mitz! Pensava que tinham ido embora e me deixado aqui para enfrentar estes rapazes. Não que eu fosse me dar tão mal neste tipo de luta... Mas não importa! Trouxe uma carroça, podemos colocar o corpo do meio-orc nele... E quem sabe também algumas caixas do deposito? Ninguem vai sentir falta...

A nekojin sorri, arqueando as sobrancelhas. “O que acham?”

Pode ser encontrado algo de útil que possa nos ajudar em nossa busca, mas eu ficaria em divida de restituir o dono posteriormente se for possível localiza-los. Eu ainda sou Lawfull Good.

- Ninguém vai roubar nada. Já estamos causando problemas demais para estes guardas. - se apressava para pegar o corpo do meio-orc e coloca-lo dentro da carroça. - melhor alguém ajudar ou será complicado transporta-lo com o respeito que merece.

- Não faremos nenhum mal a vocês, nem estamos roubando nada deste lugar. Infelizmente iremos amarra-los. Espero que não nos odeiem. - riu enquanto falava com os guardas rendidos.

Delvar sentou-se na carroça aguardando os outros companheiros.

De fato não seria o correto e ainda temos a questão do tempo. Eu ajudo o anão a colocar o corpo na carroça.

Diante da negativa dos heróis, Pavarti apenas alça os ombros e acompanha Delvar e Toshiharu enquanto estes levam o corpo de Vojta.

O grupo então deixa o deposito, com todos na carroça e o cadáver do meio-orc devidamente coberto por uma manta. Eles avançam até a rua principal e saem pela saída leste de União sem problemas.

Logo eles alcançam a colina assinalada pela elfa Loene, que já estava esperando a algum tempo. Ela leva as mãos a cintura e pergunta, “Voces demoraram! Aconteceu algum imprevisto? E quem é esta nekojin?”

Lugares inesperados... Geram aliados inesperados. Responde Toshiharu.

Depois de se inteirar do ocorrido, a elfa Loene ajeita o cabelo, fixando o olhar em um ponto no horizonte, pensativa. Depois de uns instantes ela suspira, e diz, em tom suave:”Lamento pelo ocorrido, podem deixar sob meus cuidados o funeral apropriado para o colega que tombou.”

Já estava de tarde, o ar começava a esfriar. Loene pede para que os heróis a acompanhem, e ao lado de uma estradinha estava estacionada uma carroça, onde um homem velho aguardava segurando as rédeas de um par de cavalos. “Este senhor ira leva-los ate o porto aéreo, que fica nas montanhas próximas”, diz, apontando para um local distante. De fato havia alguns barcos aéreos indo e vindo daquela direção.”Chegarão a noite.”

Loene então olha para Pavarti, examinando-a de alto a baixo. “Não sei o que fazer com você, mocinha... sabe demais, não seria bom voltar para a cidade...”, diz, e se volta para os heróis, “não querem levar ela com vocês? Afinal de contas perderam um membro do grupo, o que acham?”

A nekojin, que fora pega de surpresa com a proposta, logo se mostra receptiva. “Rrrr, se não se incomodarem, gostaria de ajuda-los com minhas habilidades, se possível.”

Delvar sentia enorme tristeza por conta da morte de Vojta e ficou aliviado em saber que a Elfa cuidaria do enterro do amigo e disse – Ele era feroz em combate e leal aos companheiros, precisa de um enterro digno de um guerreiro.

Delvar observava embasbacado para os barcos voadores. Ele não se lembrava de ter visto um, talvez por ser pequeno e por vislumbrar pouco o céu. Sentia um frio na espinha com o fato de ter que voar em uma daquelas coisas. Definitivamente não gostava de altura.

- Ficaremos lisonjeados com sua ajuda, senhorita Parvati. Espero que possamos viver grandes aventuras juntos. – disse cortês.

A principio todos concordaram com a entrada da nekojin no grupo, com exceção de Tainsa. O gnomo, de braços cruzados, diz em tom rispido, “desta maneira me da a impressão que somos todos descartáveis, logo surgindo alguém para nos substituir. Dúvido muito que ela tenha metade do valor do Vojta, mas se vocês querem assim, sou voto vencido. Que seja.”

Pavarti ouve aquilo constrangida, seu sorriso pelo convite oferecido desaparecendo por completo. Ela se limita a olhar para baixo, permanecendo no local um silencio incomodo.

É Loene que quebra o clima ruim. Ela vai até o centro do grupo, ergue as mãos com a palma para o ar e olha em redor. “Resolvido? Então subam na carroça e vão até o Porto Aéreo. Terão um bom tempo para se conhecer. Boa viagem!”

**

O caminho até o porto aéreo transcorre sem problemas, atravessando colinas montanhosas por uma trilha bem cuidada. Haviam flores silvestres de várias cores pelo caminho, despontando em meio a uma grama verde crescida, que jogavam no ar um perfume gostoso de se cheirar. O céu estava limpo, e vez ou outra passava um barco aéreo bem próximo e baixo, sendo possível escutar o barulho de suas hélices girando por cima das cabeças dos heróis. No convés alguns viajantes acenavam com lenços coloridos.

Tainsa, que estava mal-humorado, havia se afastado dos outros para permanecer ao lado de Delvar. Com um ramo de capim na boca e os pés apoiados em um saco de batatas, ele diz para o anão, “e então Delvar, como é retornar para seu reino, Hammerheim? Badur não vai economizar esforços para prende-lo, assim que botar os pés na cidadela de Stoneholme.”

Por sua vez, a nekojin Pavarti tentava puxar conversa com Toshiharu. Ela parecia uma humana normal, com exceção de uma pelagem fina que cobria sua pele, e suas enormes orelhas e rabo de gato. Enquanto conversava, seu rabinho mexia de um lado para outro, enrolando e esticando nervosamente. “Rrrr, Toshiharu é seu nome, né? Você é de Ling-Xao, né? Sabia que nós nekojins fazemos muito sucesso por lá? As pessoas gostam muito de nossas apresentações de dança, e somos muito convidadas para as cerimonias de chá! Vivi um tempo por lá. E posso dizer que fui muito bem tratada!”

- Acredito. Afinal nosso povo sabe tratar bem as pessoas dependendo de como as mesmas convivem com a sociedade, mas em gerar com respeito e consideração ainda mais artistas que são apreciados. Você fazia parte de alguma trupe teatral? diz em resposta a Pavarti.