Grupo 1 - Delvar/Shmul e Toshiharu/Gaijin

Ah tá acho que sei do que falam então era isso que a capitão da guarda me mostrou era um relato curto e ainda me lembro do que era.

"Lady Shimazu Kashiko chegará em União em 3 dias e corre grave perigo. Avise o embaixador de que sua segurança deve ser reforçada. A Guilda da Serpente pode estar envolvida.” diz em citação

Delvar fica um pouco confuso com todos falando e com tanta informação, e então pergunta:
- Quer dizer que temos um Nobre envolvido com as Serpentes. Vocês sabem o nome dele? E este mapa com esta torre, alguém já ouviu falar ou conhecem alguém que possa nos dar mais informações, sem ser o sujeitinho mal agradecido (se referindo ao Byron)?

Ouve, por fim, o samurai e responde:
- Ajudar esta tal Lady pode ser um golpe no grupo da Serpente? Ainda estamos dentro do prazo?

- Meu voto é por irmos o quanto antes ao encontro dessa Lady... aposto que encontraremos ela em perigo! O que vocês acham? Hein!? - Aguardava impaciente a resposta do grupo.

Elisie coça a cabeça, franzindo a sobrancelha.
- Calma ai, tem muita coisa da Guilda da Serpente na fala de vocês... É Guilda da Serpente pra cá, Guilda da Serpente para lá! O que que está acontecendo nesta história?

Tainsa alça os ombros.
- Também não sei... Pode ser tudo coincidência, ou pode ser relacionado, quem sabe? O nome do nobre é Novak Svehla, e ele mora numa mansão da área da nobreza. Quanto ao mapa, não sei dizer...

Sybel se aproxima, pega o mapa, da uma olhada e diz:
- Tem ums referencias aqui e ali, mas são regionais... Eu acho que fica no reino de Galia mesmo, mas acho melhor irmos para uma biblioteca... Conheço um sábio que trabalha la que talvez possa nos ajudar.

Moonbeam pousa no ombro de Vojta e comenta:
- Creio que a prioridade é ajudar damas em perigo! Alem do que a Lady é conterrânea de Toshiharu e pode ate rolar alguma coisa ai...

Vojta acena com a cabeça.
- Costume orc dizer que se macho ajuda femea, femea ajudar macho.

Elisie balança a cabeça, enojada.
- Mas sera possível que em todas as raças os homens só pensam com a cabeça de baixo?

Toshiharu tosse como que se fosse para mudar de assunto - Existem certas coisas que não destinadas a ser. Seria uma imprudência, inadequado e nesse momento algo maior me move. -

- Podemos ir à tal da biblioteca posteriormente - Comentou com a Halfling.

Ouve o papo "sexual" e indaga:
- Ei, fadinha, é verdade que vocês nascem de flores? - ri e comenta com Elisie - ela nem deve ter cabeça de "baixo".

Logo emenda outra frase:
- Mas, enfim, vamos atras da carroça e da Lady? Pra que lado você viu a carroça rebuscada, humano do olho puxado? - se referindo ao samurai.

Olha isso já faz algum tempo logo na entrada dos portões da cidade, mas não é difícil encontrar afinal pelo que pude notar meus concidadãos chamam a atenção por algum motivo que não me é claro e se foram ao encontro do embaixador é mais fácil ainda e se tudo falhar a líder da guarda poderia nos informar possivelmente.

Delvar faz seu comentário e Elisie cai na gargalhada.
- Kkkk, se tiver, so com lupa para verificar... Sera que é do tamanho de um pólen - diz com o indicador e o polegar quase encostando para mostrar o tamanho do aparato sexual do fado.

O anão olha para Moonbeam, e pensa ter desencadeado uma transformação num pequeno diabrete. O bichinho estava vermelho, com fogo saindo pelas ventas.
- Me segura, me segura, que eu mato estes dois – diz, e Vojta atende seu pedido, quase o esmagando. Depois de se acalmar, ele diz – Claro, nascemos das flores, assim como os anões nascem das pedras. Alias, a dificuldade dos anões em distinguir o sexo das pessoas é totalmente compreensível, eu também teria dificuldade se as femeas de minha raça tivessem que fazer o bigode todo dia!

O fada borboleteia em frente de Elisie, apontando seu minúsculo dedo em seu nariz.
- E pra que voce quer saber o tamanho do meu instrumento? Do jeito que você é ranzinza, e pelo jeito de brucutu, só posso concluir que você é mulher-macho, gosta de outra coisa – diz, fazendo um gesto obsceno.

Elisie rosna, e esmaga Moonbeam entre as mãos.

***

O grupo se dirige então até a guarda sul da cidade, local onde Toshiharu esteve preso. Depois de esperar um certo tempo, eles são atendidos pela chefe da guarda, Estele Nash, uma mulher de cabelos prateados e vestida com uma armadura completa



- Já avisamos a embaixada de Ling-Xao sobre a ameaça a Lady Shimazu Kashiko, e eles nos pediram um efetivo para garantir sua segurança – diz, e suspira – Porém estamos muito atarefados, somos um contingente muito pequeno para uma cidade tão grande quanto União.

- Sou o anão Delvar PowderKeg, servo de Fenrir, e estes são meus camaradas, e acredito podermos ajudar com essa tarefa. Quais são os objetivos de Lady Kashiko? A senhorita pode nos guiar até ela? - Apesar de Delvar ser muitas vezes severo, agressivo e impaciente em suas falas, era um bom orador das palavras de Fenrir, o que o ajudava um pouco em momentos diplomáticos.

Toshiharu apenas observa, mas talvez não quisesse encontrar pessoas de sua terra nesse momento.

A mulher de cabelos prateados olha para Delvar e para os outros, permanecendo alguns momentos em silencio. Então ela acena com a cabeça.
- Creio que posso confiar em vocês, aventureiros. União sempre recorreu a vocês na hora de necessidade, e na maioria das vezes não desapontaram. Não posso falar nada sobre os objetivos de Lady Kashiko, terão que perguntar a ela, isto se ela decidir contar para vocês – diz, e se volta para um subordinado. – Avise para o segundo em comando assumir o quartel, que eu vou sair.

***

O grupo parte então em direção do setor de embaixadas de União. No caminho, Moonbeam tagarelava os mais diversos assuntos, fazendo com que Vojta colocasse duas rolhas no ouvido para servir de tampão. O fada então aponta para a chefe da guarda Estele e comenta baixinho.
- Eu acho que esta chefe da guarda confia demais nas pessoas... E se a gente fosse da Guilda da Serpente? Nada mais fácil para dar cabo da Lady oriental do que tendo acesso ao local onde esta.

Sybel alça os ombros.
- Vai saber... Bem, ouvi falar que determinadas salas do quartel tem magias que detectam a verdade e que também permitem ler pensamentos das pessoas...

Moonbeam arregala os olhos:
- Ler os pensamentos? Caraca...

Estele repentinamente vira o rosto e lança um olhar gélido para Moonbeam, sem dizer nada. O fada quase morre do coração. “Será que pensamento da prisão?”, pergunta.

***

Ao chegar na embaixada, Estele marca uma audiência com o embaixador de Ling-Xao em União, Zhuo Wang, um jovem oriental de cabelos longos e traços suaves. Todos são recebidos em um belo jardim, com um pequeno lago cheio de carpas, cerejeiras e flores. A chefe da guarda sul faz as apresentações.



- Estes são os aventureiros que irão fazer a guarda de Lady Shimazu Kashiko. – diz, e se vira para os aventureiros – Querem fazer alguma pergunta ao embaixador?

Toshiharu tem perguntas, mas nesse momento tudo o que ele quer é ficar na moita e não ser percebido.

- Olá, senhor "Zuang", gostariamos de saber quais os perigos que rondam a senhorita "Shimazuka" e onde ou como devemos guarda-la, para que possamos estar preparados - Não tinha mais certeza dos nomes. Delvar esperava saber o por que a Guilda da Serpente se envolveria, mas não foi tão direto.

O embaixador de Ling-Xao ouve as palavras do anão impassível, com exceção de um ligeiro sorriso de canto de boca. Ele olha para todos e faz um ligeiro cumprimento, um curvar quase imperceptível.
- Agradeço honorável Nash Estele por providenciar guerreiros para proteção de Lasy Shimazu Kashiko – diz. Ele se volta para Delvar – Honoravel Powderkeg Delvar, deixarei aos seus cuidados proteção de Lady Shimazu, tarefa de mais alta importância. Lady Shimazu esta em aposentos de embaixada, e temos guardas para proteção. Mas perigo ronda Lady Shimazu, guerreiros proporcionar proteção extra. Honoravel Powderkeg e guerreiros acompanhar Lady Shimazu em atividades. Disponibilizarei aposentos em embaixada.

Estele curva-se diante do embaixador.
- Estamos honrados em poder ajudar – diz, e se vira para Powderkeg – Quanto ao pagamento, ao final da proteção eu recompensarei por dia trabalhado. Não me decepcionem!

Neste momento o embaixador se dirige a Toshiharu, falando em sua língua natal. Embora não possam entender nada, os outros notam que o embaixador conversa no mesmo tom amigável com o oriental.

Delvar faz um “afirmativo” com a cabeça para Estele – Não vamos decepcionar, Fenrir nos guiará.

Observou o embaixador conversando com o samurai e não entendeu nada do que foi dito, depois voltou à atenção para seu novo grupo – Parece que vamos passar um tempo juntos. Gostaria de conhecer melhor com quem estou me envolvendo. Pois como devem ter percebido sou um servo fervoroso de Fenrir, gosto de usar meu machado, fazer e beber cerveja e tenho alguma habilidade com forjas. Ah, e tive o “prazer” de abrir o tórax de um dos funcionários da Guilda das “Minhocas”. – gargalhou.

Após a conversa com o embaixador, Estele se despede e o grupo espera no jardim por novas instruções. A apresentação de Delvar faz então com que cada um dos membros fale um pouco de si para os outros.

- Meu nome é Elisie, sou sobrinha de Delvar e aprendi a lutar com meus tios. É só.

- Meu nome ser Vojta. Vojta vir de Nova Karzek. Vojta lutar contra Galia, agora lutar com Galia.

- Eu sou Tainsa, sou conterrâneo de Delvar, e como todo bom gnomo sou alegre, dinâmico e divertido. A vida nos prega peças, e como meu palco é o mundo, sai por ai, sobrevivendo como se pode, por diferentes paragens. Gosto de cozinhar, especialmente fazer comida com cogumelos, dos mais diversos tipos, variedades e sabores. Por isto não se importem se por vezes eu parar em algum lugar para pegar alguns cogumelos, o segredo de um bom cozinheiro é se manter atualizado e com a mente sempre aberta!

- Tainsa falar demais – comenta Vojta.

- Já eu sou Sybel, venho do sul de Gália, da cidade de Trokair-Parm – diz, e aponta para a serpente de fumaça, que estava enrolada em seu braço – Este é Ekoms, meu familiar, presente dos Shadar-kai que se estabeleceram recentemente na região. Sou uma praticante das artes arcanas, me interesso por geologia e eu queria estudar o povo-gato que veio do outro continente.

- Eu sou o fada Moonbeam... – começa o fada, quando Elisie o interrompe. “E quem quer saber quem você é? Você é só um chato que está de passagem, toma teu rumo!” – diz, troçando. Moonbeam lança um olhar mortal para a guerreira, e volta a ficar calado.

As apresentações abrem caminho para o dialogo entre os membros, que continuam a conversar até serem chamados para o jantar com o embaixador.

Toshiharu olha solta um resmungo em seu idioma e por fim diz - Eu sou Toshiharu Hatoyama, samurai em missão e que não posso voltar para casa até cumpri-la. -

Delvar se volta para Elisie com um olhar de reprovação - Deixe Moonbean se apresentar. - Volta atenção para o fado - Por favor, senhor fado, Elisie não vai lhe interromper novamente.

Posteriormente Delvar apressa o grupo para jantarem. Comida deixa o anão entusiasmado.

O fado sorri de felicidade diante da generosidade de Delvar, e Elisie faz um bico do tamanho de uma garça.
- Muito obrigado, senhor anão! Vejo que entre os seus ainda existe a justiça e também os bons modos, coisa que algumas pessoas não tem e nem terão na sua vida – diz, e depois de um pigarro começa a contar sua trajetória de vida, a linhagem de sua família em cinco gerações, por parte da mãe e do pai, e os feitos heroicos de seus antepassados.

Quando o grupo se dirige para o salão onde seriam servidas as refeições, Moonbeam ainda estava falando.

***

Cada qual se acomoda no tatame, e percebe a falta de mobília no local, que parecia mais espaçoso justamente por causa disto. O embaixador Wang e lady Shimazu estão sentados no centro, enquanto o grupo de aventureiros se dispõe ao lado esquerdo de Wang. Do lado direito estão sentados outros convidados, todos eles orientais de Ling-Xao. Mesas baixas são trazidas pelos criados, e a comida é servida. O meio-orc Vojta fica triste pela pequena quantidade, servidos em pequenos vasilhames. Tainsa e Sybel por sua vez se maravilham com as iguarias, comendo facilmente com os palitinhos. Elisie, depois de cansar de manusear os palitos, decide usar eles como espetos.
- Arrggghhh! Odeio peixe! E ainda por cima esta cru! – reclama baixinho.

Depois de uma rodada de saque, o aguardente de arroz, o embaixador diz:
- Espero que estejam apreciando a culinária de Ling-Xao, temos cozinheiros especialmente de terra natal para preparar – diz, olhando para cada um – Por favor, contem experiência que vocês tem em combate. Importante saber, vou confiar segurança de lady Shimazu em seus cuidados.

Lady Shimazu acena com a cabeça, porem nada diz. Durante os relatos, tanto Delvar como Toshiharu percebem que apesar de tentar disfarçar, Lady Shimazu continua a voltar seu olhar insistentemente para o samurai.