Salão Principal

Setembro, 02 de 1991, Hogwarts – Londres

HOLLY

Holly tentou despistar a moça do Ministério, dizendo que não falava com sua tia. Sua mente estava cheia de temores. Sua tia haveria tentado algo com sua mãe no St. Mungus e por isso ninguém lhe dava notícias sobre ela? Ou sua tia apenas explodiu a casa de mais alguém?

Mas a Srta. Wood parecia estar resoluta em lhe atormentar.

- Por favor, Srta. Pluemer, não me entenda mal. Jamais insinuaria que correspondesse com uma criminosa do Ministério, mesmo que fosse sua tia… Não, não. O que eu queria saber, se estiver confortável em me ajudar, é como era sua tia antes desse acidente… O que ela dizia e como ela se comportava…

Ela parou e olhou para Holly com um olhar sério, desconfiado e preocupado.

- Vou ser bem sincera, Srta. Pluemer. Estou preocupada com essa tentativa de roubo no Gringotes…

Como ela esperava que Holly soubesse alguma coisa sobre isso?
Holly não tinha ideia, mas sabia que se os adultos “importantes” estavam preocupada com o roubo alguma coisa de real valor estava guardada no cofre que fora esvaziado...

ERIN E TRISTAN

Erin deixou Tristan por um instante quando percebeu que seu irmão não estava satisfeito com o seu comportamento, por qualquer razão que fosse. Foi atrás dele tentando descobrir o porque estava chateado com ela. Eireann odiava quando ficavam magoados com ela, pois era meiga e bondosa demais.

Porém Owen não deu atenção à irmã. Estava magoado, ferido, com raiva e inundado de ciumes e sentimento de abandono. Enquanto ele estava no banheiro pensando no que faria para consertar (ou não) a bagunça que causara em sua irmã, que voltou para a mesa da Corvinal.

Era a vez da gêmea ficar magoada com o irmão. Pensou inutilmente em contar tudo para Agnes, como fazia quando estavam em casa. A babá sempre dava um jeito de conversar com o irmão e acelerar o processo de perdão e amizade…
Mas Eireann não estava mais em casa, não tinha mais Agnes para ajudar a resolver os problemas com seu irmão. Por mais que fosse difícil aceitar, Agnes só poderia ler a carta, escrever algo para acalmar Owen e mais nada.
Erin passaria a aprender a resolver seus atritos com o irmão sozinhos agora.

Passou por Carter, mas estava tão chateada que não se deu conta que conhecia o caçula dos Memphis. Foi direto contar para Tristan sobre o irmão, que tentou ajudá-la com palavras gentis.

Os dois estudantes da corvinal decidiram ir dar uma volta, indo ate as estufas onde seria a próxima aula. No caminho, acabaram vendo o meio gigante Hagrid sentado do lado de fora de sua cabana. Se recordaram que ele era o guarda-caca da escola. Ele tocava uma flauta distraidamente enquanto um cao enorme dormia aos seus pes.

Perto dali, mas não o suficiente para ouvirem a conversa, Tristan e Erin reconheceram Holly andando e conversando com a Srta. Wood, do ministerio da magia.


ELLIOT

Elliot decidiu ir para a biblioteca, talvez apenas para escrever uma carta para sua irmã.

Off > Elliot:

TREVOR

Dumbledore liberou o menino para o almoço junto com os demais estudantes de sua casa. Trevor não havia mencionado ao diretor que seu pai lhe aconselhara ir para a Floresta Proibida em suas transformações. Talvez porque ele tivesse dito que era estritamente proibido para qualquer aluno…

Pensando nisso, ou não, o menino voltou para o salão comunal. Por sorte encontrou um dos monitores da Grifinória saindo da biblioteca e indo para o salão comunal e não se perdeu no caminho descendo as escadas que se moviam sozinhas.

Ao cruzar pelo corredor dos banheiros encontrou com um dos gêmeos O'byrne e o garoto Memphis que também era da sua casa. Como era filhos importantes, os conhecia de vista, nome ou notícias no profeta diário. Também se lembrava que tinha um O'byrne em um time de Quadribol.

Pensando no que o diretor disse sobre amizades e no sentimento que ele teve quando pensou sobre isso, Trevor poderia se aproximar para tentar uma amizade com os dois meninos ou poderia seguir para o salão principal para o almoço, pois estava realmente com fome.

Mas a cena que viu dos dois não era exatamente uma cena amigável...

OWEN E CARTER

Carter foi até o banheiro para tentar conversar com Owen. É uma tecnica nada convencional para uma amizade, seguir alguém até o banheiro. Mas quem disse que Carter Memphis era um rapaz tradicional?
Mas sua tentativa de amizade foi frustrada. Owen parecia não se importar com ele, com a família ou a reputação que qualquer uma das duas tivessem. Estava magoado com sua irmã, não queria que ninguém o visse naquele estado… Além disso, não precisava se lembrar de que pertencia à “perfeita” família O'Byrne…

Mas Memphis se importava. Quando Owen saiu do banheiro dando-lhe as costas, Carter saiu atrás do rapaz e o segurou rudemente pelo braço, puxando-o para que se encarassem. Aparentemente nenhum dos dois seguiam a etiqueta da família.

Foi nesse instante que Trevor apareceu no corredor.

"Criminosa do Ministério" era um pouxo pesado de ouvir. A garota encolheu os ombros e ouviu em silêncio tentando lembrar algo. Não sabia muito sobre a tia.

- Eu nunca... falei muito com ela... Quando a conheci, ela só falava que queria ser minha amiga e dizia que gostava de magia.... - não conseguia ser muito útil no momento, mas o fato é que a tia era amigável com ela para poder descobrir o paradeiro da família no começo. Estava extremamente desconfortável e queria sair de lá. Não via como poderia ajudar a mulher sobre o roubo em Gringotes, mas começava a ficar ansiosa. - Não sei de nada disso...

Trevor saiu da sala do diretor contente pelo o que correu pela conversa, tentava se lembrar se tinha esquecido alguma coisa. Estava também pensando em como ir para o salão principal, ainda não conhecia tão bem a escola pra saber onde ir ainda mais com as escada se mexendo toda hora.

Até que onde encontrei um dos monitores da Grifinória, que desceu até o salão comunal que ajudou bastante para chegar lá sem problema. O Diretor tinha pedido para fazer amizade, mas com que falaria não tinha dito tempo pra isso. No corredor do banheiro viu o garoto Memphis, era da casa e tinha visto de noite, não falou, pois, parecia ser alguém importante, assim como outro, era da família O’byrne lá do Quadribol.

Se aproxima próximo deles espiando de olho o que fazia, não era uma melhor hora afinal parecia estar brigando, pensou em deixar os dois se virar sozinho. Talvez acabar com aquele clima ruim ali antes fique pior e assim começar a conversar com alguém. Se aproximou do menino da sua casa, colocou suavemente a não no ombro, para não o assustar e distrair do que queria fazer.

- Ainda bem que achei você. Estão chamando o pessoal da Grifinoria lá no salão. Vamos rápido antes que acabe o recreio. -  se posicional ao lado do garoto, olhando o com um sorriso amigável e inocente no rosto. Desconsiderou a gravidade da situação, tinha que conseguir amigo e mostrando simpático, acreditava que aceitariam de boa, quase na ingenuidade.

– Ainda nem almocei, sabe o que tem lá? – Se afastou um pouco dele esperando que o acompanhe, na verdade nem lembrava onde ficava, esperava que assim ele mostre onde ficava.

Antes que eu tivesse uma resposta do ruivo um garoto aparece falando que é pra eu ir pra sala da Grifinória, penso um pouco enquanto ainda olhava com um pouco de raiva pro Owen, me viro e saio acompanhando o outro, o reconheço como Trevor, o garoto que havia sido chamado para a sala do Diretor hoje de manhã.

– Tem várias coisas - falo tentando lembrar o que eu tinha comido - Coma as batatinhas recheadas, elas estão uma delícia.

Não queria mais pensar em cabeças de fósforo, depois tiraria satisfações com aquele atrevido.

– E você? Sabe o que tem na sala comunal, que estão nos chamando?

Falar com o Memphis, deu certo, ele acaba com ação rapidamente e o acompanha no caminho para o salão, pelo menos onde acreditava onde ficava. Poderia finalmente ir comer e alem de fazer um novo amigo.

- Prefiro carne, mal passada ainda. - passou a mão na barriga e passando a língua entre os lábios só de pensar em comer uma carne daquela. Ate que lembrou que tinha contando uma mentira para poder tirar o garoto dali. - Eu vi um monitor e pensei que tinha nos chamado.

Sabia ate mentir, mais para um novo amigo se sentiu mal, passou a mão na nuca, pensativo, tinha ficado com vergonha tinha que falar que tinha mentido para o que tinha acabado de conhecer, ele iria descobrir rápido. - Na verdade ele não disse, falei aquilo pois não queria que você brigasse, so arrumaria mais confusão... Alem de perder pontos pra casa.

Pensou no que o diretor lhe disse, escondia os olhar do garoto, mantendo o olhar para onde ia, o que fez ressaltar o sotaque irlandês dele. - Não quero que fique bravo comigo. Quero um amigo.. o Dumbledore falou para fazer isso...

Estava com vergonha de ter que falar tantas coisas para ele, se encolhia mais ainda para evitar mal entendidos - E eu não me lembro onde fica o salão comunal. Esperava que você me mostrasse onde fica.

Muito chateada, Erin ficou pouco falante quando retornou para sua mesa e para a companhia de Tristan. Não gostava de brigar com irmão, mas ele era bobo mesmo, fazer o que? Infelizmente não tinha nada que pudesse fazer, sua babá Agnes nem poderia ajuda-la agora, com seus bolinhos e chá quente para acalma-la. Teria que aprender a lidar com isso sozinha.

- Sim... vamos para a estufa... a próxima aula é lá né? - terminou seu almoço bem desanimada e seguiu para a saída logo depois.

No pátio viu Hagrid tocando uma flauta e foi até lá para cumprimenta-lo.

- Vamos lá dar um oi - e puxou Tristan pela mão. Aproximou-se do guarda-caça com muita animação. Onde estava aquela tristeza toda? - como vai essa tarde, senhor Hagrid? - por sorte, as tristezas de Erin dissipavam muito depressa.

Enquanto conversavam ali perto de Hagrid, Eireann viu Holly ao longe com a senhorita Wood e deu de ombros por não compreender o que acontecia ali. Não seria xereta a tal ponto.

- Olhem... - disse indicando com a cabeça - que assuntos Holly pode ter com a senhorita Wood? - não via ligação nenhuma entre elas.

O garoto pelo visto não era um adepto dos legumes e vegetais, nada contra, mas pessoalmente preferia evitar as carnes, não eram muito da minha preferência, mas no final apenas dou de ombros e continuo com a pergunta.

Quando o garoto fala que mentiu eu paro de andar e olho pra ele com a cabeça tombada para um lado, volta a andar rindo um pouco, não podia negar que estava bravo, mas a maneira como o garoto falava tornava aquela cena um pouco cômica.

– Você está perdoado desta vez - falo rindo enquanto aponto pra ele - mas não se intrometa nos meus assuntos e muito menos mentir pra mim.

Não sabia dizer se tinha uma ameaça implícita naquela frase ou se era brincadeira, prefiro que ele entenda da maneira que preferir. Então uma coisa que ele falou me chamou a minha atenção.

– Dumbledore? O diretor? Ele falou pra você fazer amizade? Foi esta manhã quando você foi chamado no meio da aula?

Eu tentava entender o porque de um bruxo tão poderoso estar falando para que os alunos fizessem amizade, principalmente tira-los da aula pra tal coisa. Lembro do Lucius falar que Dumbledore estava ficando senil, mas nunca realmente acreditei nisso, as histórias que precediam o nosso diretor sempre me fascinaram, mas talvez eu estivesse errado afinal.

– Bom, acredito que é melhor você almoçar primeiro, depois descobrimos o caminho até o salão comunal. O que você quer fazer lá?

Pelo visto o garoto não era muito chegado a carne, afinal fez pouco caso, nunca tinha visto alguém reclamar disso. Preferiu deixar isso de lado, não faria diferença mesmo.

Assim que falou que tinha mentindo para ele, se mostrou um pouco bravo com a situação toda. Trevor coça a cabeça, tinha ficado sem jeito, achou que fez o certo, falou logo que era uma mentira. Disse sorrindo sem jeito.

- Achei que seria melhor. Não fiz por mal, é só uma mentirinha boba. Não quero se intrometer nos seus assuntos.

Baixou a cabeça um tanto triste por ter pensado mal dele, até que a frase acabou por  criar ainda mais curiosidade nele.

- Por que estava brigando com ele? Ele te fez mal?

Olhou seu colega, logo desvia o olhar não queria parecer muito intrometido.

Memphis falou sobre Dumbleodore e o que teria o diretor teria o chamado. Trevor ficou pensativo pensando como responder sem levantar mais perguntas, procurava palavras em sua boca.

- Sim eu fui chamado, ele quis falar sobre algumas coisas na minha inscrição e como seria minha estadia. Ele é bem legal, gostei muito dele. É um velhinho gente boa.

Já estava com fome e seu colega levantou o motivo de querer ir no salão comunal. Seria melhor ir comer de uma vez antes que o almoço acabe e passe o dia com fome.

- Vamos ir comer, tô bastante fome. Depois vou lá na comunal, é só para pegar o material mesmo. Vamos precisar levar né? Não sei pois não vi a metade da aula anterior.

O garoto era legal, era bom achar alguém pra conversar, Draco estava ocupado com os amigos da casa dele e ainda não tinha arrumado tempo pra mim, então eu tinha que me virar com quem desse. Trevor me pergunta o porquê de eu estar brigando, o pior é que eu nem lembro exatamente o motivo.

– Nem lembro porque, mas depois me resolvo com ele.

Me pergunto se Dumbledore iria chamar a todos nós em sua sala ou se Trevor era especial de alguma forma. Tento lembrar qual é a próxima aula, não tenho certeza de quais materiais precisaríamos, penso em perguntar para alguém quando voltássemos pra mesa.

– Se não me engano seu nome é Trevor, certo? Bom, meu nome é Carter, Carter Memphis.

Sinto um orgulho ao falar meu sobrenome, fazia um tempo desde que um Memphis tinha vindo estudar em Hogwarts, estava na hora de mostrar para os alunos daqui o que nós somos capazes.

Vou indo em direção a nossa mesa e sento em um lugar que coubesse eu e o garoto.

Trevor fica um tanto triste, o garoto não estava querendo muito conversar com ele, preferindo ficar em silêncio boa parte. Tentava ver qual seria o interesse dele, já começava achar que não combinaria.

- Sim depois vocês poderiam resolver mais tarde, com a cabeça calma vai ser melhor.

Ainda sim ainda não prestava atenção em Trevor, preferia ficar pensativo em seus pensamentos. Começou a achar o garoto um egocêntrico.

- Memphis, acho que já ouvi no jornal algo sobre sua família. Não sou ligado nesse assuntos.

Senta na mesa ao lado dele, ainda prestando atenção ao que falaria. Aproveitou, já pegou um prato e foi comer com bastante ferocidade, estava com bastante fome.

- Sou Trevor Duffy, sou do interior da Irlanda.

Coloco os dedos sobre os lábios em um movimento pensativo enquanto encarava o teto, não lembrava de já ter ouvido falar dos Duffy, o Malfoy não gostaria nada se me encontrasse falando com um sangue ruim, mas ele mesmo não estava me dando atenção ele que coma um feijão com saber de cera de ouvido e não venha me encher o saco.

– Bem possível que tenha ouvido falar da minha família - diz o garoto com um brilho no olhar quando ve uma oportunidade de falar dos Memphis e fala tudo sobre a sua família, ficava animado ao falar sobre seus antepassados e como foram importantes pra comunidade bruxa.

– Mas e seus pais, são bruxos, nunca ouvi falar de nenhum Duffy?

Na prática não faria muita diferença, mas Carter torcia para que a resposta fosse sim, só para desencargo de consciência.

– O que está achando de Hogwarts? Espero que eu me acostume esse ano ainda com essas escadas que se movem, se não vai ficar difícil a vida, sempre precisando estar com alguém se quiser chegar em algum lugar.

Tristan seguiu Eireann até as estufas, ainda pensando em como animar sua nova amiga. Encontraram Hagrid sentado na frente de sua cabana tocando sua flauta e Tristan hesitou um pouco, intimidado pelo tamanho do guarda-caças.

Eireann o puxou pela mão na direção de Hagrid, animada de repente. Tristan teria resistido, mas ao ver a menina animada novamente, se deixou levar e se aproximou do guarda-caças, caminhando um pouco atrás de Eireann que já o cumprimentava.

-Olá Senhor Hagrid. - disse, achando que estava disfarçando o nervosismo muito bem, quando na verdade sua voz saiu uma oitava acima.

Pigarreou, levando as mãos aos bolsos e deu uma espiada em Holly e na mulher do Ministério que conversava com ela.

-Será que ela fez alguma coisa? - era a segunda vez em um curto espaço de tempo que sentia curioso sobre Holly e enrugou a testa, pensativo. Do seu ponto de vista trouxa, era muito estranho que funcionários de qualquer Ministério dessem atenção a crianças de 11 anos, mas vendo desse angulo, não havia quase nada em Hogwarts que ele pudesse considerar normal, então não tinha certeza se poderia confiar em seu próprio julgamento.

Continuava a comer, estava mais atento a refeição, mais ainda animado em estar ali. Não reparava como estava o outro menino, não por desinteresse, até olhava para ele ocasionalmente, mas não quis parar pensar.

Pensou quando Memphis falou da família dele - Seus pais trabalham aonde? - Olhou rapidamente para o garoto, falou de forma informal.

– A família do meu pai é  de bruxos sim... os Duffy, não gostam de aparecer, eles não gostam de buscar status bruxos.

Parou e pensou um pouco, não tinha parado muito para pensar sobre os motivos da família dele ser assim. Deu de ombros para o assunto, por mais que tinha motivos para isso.

- Eu gostei bastante, tão grande e tão bonito. Pena que nem deu para conhecer bem ainda, queria muito ir passear  e ver de perto os lugares daqui.

Graças ao menino que interrompeu os dois, não acontecera situação pior. A raiva de Owen estava prestes a explodir quando segurou seu braço com força.
Direcionou-se para sua mesa afim de ficar sozinho. Sentiu saudade de Donn, seu gato. De fato, animais são os únicos que não os abandonara. Pelo menos não ainda. Pouco a pouco foi sentindo-se confortável novamente agora que não existiam mais interações inconvenientes com ele. Tentou pensar em outras coisas para o acalmar de vez, como nas aulas que queria ter. Permaneceu tentando evitar contato ocular com sua irmã e interações alheias.

Setembro, 02 de 1991, Hogwarts – Londres


HOLLY E ELLIOT

Holly dá suas últimas informações para a Srta. Wood. A moça do Ministério a encara por alguns instantes antes de suspirar e dizer para que ela vá e não se atrase para a aula de Herbologia.

Pluemer não entendeu muito bem o que aconteceu. Ficou nervosa, tímida, inquieta com as perguntas sobre a sua tia. Teria ela realmente tentado roubar o banco dos bruxos? E se sim, por quê?!

Novamente a tia estava interferindo em sua vida. Uma raiva começou a se apoderar de Holly lembrando que seu pai foi obliviado por culpa dela, que ela estava vivendo com sua madrinha porque ela tinha explodido sua casa…
Se não fosse sua tia, nada disso estaria acontecendo. Ela não seria a “filha de loucos”, Malfoy não a importunaria (tanto), ela não teria medo e vergonha nas aulas e não duvidaria de suas capacidades ou – talvez – sua insanidade.

Imersa em seus pensamentos, Holly vai até a Estufa onde teriam a sua primeira aula.
Inicialmente, Holly pensou que não teria ninguém lá, mas observando melhor, observando fascinado as plantas, estava Elliot Hawkins o menino da Corvinal.

Para Luxi:

TREVOR E MEMPHIS

Trevor e Carter seguiram para o Salão Principal comentando sobre suas famílias. Trevor não revelou muito sobre sua conversa com o diretor ou seus reais motivos. Carter chegou a pensar que o chamaria também, afinal era um Memphis… Se o diretor chamou alguém como Duffy para conversar, alguém de uma família que não significasse nada para o mundo bruxo, sem status ou qualquer coisa, como não chamaria ele?

Chegaram no Salão Principal, ainda falando sobre famílias. Trevor sentou-se e comeu ferozmente o que estava servido, enquanto Carter discursava, orgulhoso e com uma pitada de arrogância sobre sua Família.

Os Memphis são uma importante família da Irlanda. Os antepassados de Carter eram famosos por criarem Dragões e alguns ainda zelam pelas poucas espécies que existem, inclusive o Ministério da Magia conta muito com a ajuda, influência e conhecimento mágico sobre as criaturas para diversas questões de segurança – tanto dos bruxos quanto dos trouxas – fazendo com que os Memphis sejam muito queridos e de alta influência no Ministério da Magia.

O Pai de Memphis é um Auror. Trabalha com um dos melhores bruxos da Irlanda e auxiliando diversas vezes o Ministro de Londres com casos que exijam mais disciplina e discrição. É normal Carter não saber nada do que o seu pai está fazendo, pois ele é severo e não confia certas informações ao seu filho de 11 anos.

Porém a mãe de Carter é sua principal fonte de informações, sendo Jornalista e Editora de uma das grandes unidades do Profeta Diário, fazendo coberturas em países como Londres, Paris e toda a Irlanda. Certamente é comum ler o nome dos Memphis nas principais manchetes.

Carter fala satisfeito para Trevor sobre sua família, e para todos os Grifanos sentados na mesa da Grifinória que mostram interesse, incluindo os Weasley, visto que um dos irmãos estavam na Romênia cuidando de dragões, algo que Carter certamente sabia.


Terminando o almoço, os dois recém amigos seguiriam para a aula de Feitiços com o Professor Flitwick.

ERIN E TRISTAN

Eireann viu o guarda-caça e acabou se empolgando com a ideia de fazer mais uma amizade. Afinal, o grandalhão sempre pareceu ser bom, desde a noite anterior quando os guiou da estação do trem até o Castelo. Afinal, além de Guarda-Caça, era o Guardião das Chaves de Hogwarts.

Tristan seguiu Erin, e comentou com ela brevemente sobre Holly estar falando com o Srta. Wood, do Ministério da Magia. Sua curiosidade acerca da menina apenas aumentou. Certamente procuraria notícias sobre ela no tal Jornal Bruxo que Erin recebeu. Deveria ter alguns exemplares anteriores na Biblioteca… Ao menos nas “normais” sempre tinham. Não custava acrescentar isso na sua lista de pesquisas.

Hagrid cumprimentou os dois, animado por ter com quem conversar um pouco. Conversaram durante um tempo sobre o castelo, o lago, as aulas… Hagrid mandou lembranças à Familia O'Byrne, que conhecia e respeitava, e mandou abraços ao irmão de Erin que jogava no time de Quadribol da Irlanda.
Á Tristan, desejou as mais sinceras boas vindas e disse-lhe que qualquer problema que tivesse com o mundo mágico que o procurasse. Ficaria muito contente em ter com quem conversar, mesmo que não soubesse muito, certamente seria muito útil ao jovem.

Enfim, terminada a conversa e feita mais uma possível amizade, a dupla seguiu para as estufas.

OWEN

Owen, por outro lado, não havia conversado mais com ninguém depois que brigou com a irmã e com Carter. Não sabia o que realmente se passava dentro de seu coração quando foi para a aula de Herbologia, nas estufas. Novamente estaria com sua irmã… Será que ela iria aceitá-lo em sua bancada para a aula? Será que ele quereria isso?
A mágoa ainda estava doendo em seu peito quando entrou na estufa.

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