Capítulo 1 - O Templo de Mystra

- Acho que podemos desaparecer, que tal? - Sorri animadamente. - Você com sua furtividade e eu com a magia, o que acha? - Indaga.

Turok segue logo atras de Clegorian. Ele vai dar suporte ao guerreiro em qualquer eventualidade.

Clegorian podia afirmar que o símbolo representado na estátua era o símbolo de Mystra, porém ele não fazia a minima ideia de quem poderia ser a mulher.

INFORMAÇÃO:

- E aí leRoy, vc que é especialista em invasão, o que vc sugere? - Aguarda a resposta de seu amigo especialista, depois tomaria alguma iniciativa junto com seu amigo.

O Ladrão analisa a situação por um momento.

-Acho que entrar escondido por meios mundanos seria muito difícil. Sugiro que você use magia para ficar indetectável se puder, e eu fingirei que não estou com o grupo, tento manter ser discreto e desaparecer assim que tiver uma chance.

Se o grupo concordar, o ladrão se afastará do grupo para um local isolado e tomar um disfarce mágico.

Turok fica de fora das questões de infiltração do grupo. Pelo que havia entendido, ele e Clegorian entrariam sem a menor cerimônia. Por isso pediu que tu ficasse de fora, mas por perto. Seu poder já se provou necessário antes e, se fosse o caso, estaria perto o suficiente para estar a disposição. Queria olhar para trás e fazer uma piadinha com a indecisão dos dois, mas, se o fizesse, podia entregá-los. Melhor não, depois vocês não escapam.

- Uai? Devo chamar Tu? Pensavu qui era apenar reconhecimento... Istá claro dimais pra isto, não? - Seu sotaque do interior tornava tudo que ele falava um pouco engraçado, mas ele não se incomodava quando riam dele. Ele dá um assobio e Tu se aproxima rapidamente deles...

O Druida não sabia bem qual era o plano e se existia um. Só achava que do jeito que iam, provavelmente não ia dar certo. Mas ele não era o mais inteligente dali.

Alexander dá um ultimo aceno de cabeça para o grupo e se afasta para um dos lados. Ele procura uma cobertura próxima onde ninguém estivesse prestando atenção e, uma vez lá, segura o chapéu com uma mão e o puxa para baixo, como se fizesse um cumprimento, mas muito mais amplo que o gesto que ele costuma fazer.

Suas feições e roupas começam a mudar de cor e formato rapidamente. Seu rosto envelhece e se marca de rugas, ele ganha uma barba rala e grisalha e muta sujeira no rosto, além de olhos muito azuis. Todo seu corpo fica muito mais moreno e as bonitas roupas e armadura são substituídas por um robe e casaco que poderiam ser o pano de chão de alguém, e sandálias mais que gastas. Suas luvas são trocadas por trapos envolvendo suas mãos e, por fim, o belo chapéu encolhe até se tornar um gorro de linho sujo e rasgado. O ladrão arruína sua postura, se encurvando muito e testa a nova voz rouca.

Dando um ultimo sorriso, ele se dirige ao templo, mancando esporadicamente, mas tentando se manter pouco notável, e sempre de olho em seus companheiros.

Alexander - disfarçado de mendigo - é o primeiro a entrar na principal face pública do templo.

Esse espaço amplo e murado é aberto para o céu. O chão é pavimentado com placas de obsidiana, cujos ladrilhos brancos em forma de estrelas imitam um céu noturno. Duas largas estátuas de pedra dominam o espaço, cada uma aparentemente retratando a mesma mulher. Elas permanecem separadas, mas cada uma encarando a outra, cada uma com mãos levantadas pra cima em direção a outra, praticamente formando um arco sobre o centro do templo. Quatro pequenos altares para Mystra situam-se em cada extremidade do pátio do templo.

Havia uma meia-dúzia de pessoas no local, embora nenhuma delas tenha vindo recepcionar Alexander, o Pedinte. O ladino percebeu que quatro pessoas eram simples visitantes curiosos, enquanto um era um guarda do templo e o outro um notório sacerdote. E foi o sacerdote que se aproximou para dar as boas-vindas a Clegorian e Turók, quando estes entraram no pátio (Endub veio logo atrás, invisível).

"Que a benção de Mystra recaia sobre vocês, amigos!" O sacerdote era um homem de três décadas vividas que mantinha um sorriso e um charme peculiar para a sua idade. Parecia ser amigável e do tipo sociável. "Se procuram a Mãe de Toda a Magia, vocês acabaram de encontrar um dos lugares em que ela reside em Faêrun. Vocês vieram ao nosso templo em busca por curas, ou talvez em busca de aliviar alguma outra dor? Nós pedimos algumas doações em retorno de nossas bênçãos, vocês sabem, mas estamos aqui para servi-los no que for preciso."

O pequeno gnomo apenas fica mais distante observando a movimentação de seus amigos, para ver qual seria seu próximo ato, caso precisasse agir.

Spoiler:

"Sinto informar-lhe que só vendemos poções em nossa humilde casa", diz o sacerdote. "Se procura por armas mágicas, elas podem ser encontradas no Arsenal do Dente Vagaroso. Ah, deixe-me me apresentar. Meu nome é Shan Thar."

OUVIR:

Alexander desconsidera o homem que acolhe o grupo e continua mais para dentro do templo. Ele precisava tentar ver a maior parte do local possível, e ser mais eficiente se visse lugares diferentes de seus companheiros.

O mendigo continua mancando e dirigindo um olhar vago aos lados, balbuciando asneiras pelo caminho.

-B-b-banobarnabo...trezentos ou-quefoiquedisse? Quatro homens velhos em uma taça de rum, que foi amigo? Muitobemobrigado...

O homem explica que as estátuas estão representando a própria Mystra, e agora que Clegorian reparava nelas, percebia que era exatamente a mesma mulher retratada no lado de fora. O sacerdote prossegue com a conversa.
"Já ouvi muitas histórias sobre o Elminster, naturalmente, mas não dá para diferenciar as verdadeiras das mentirosas que são contadas para enaltecer o mito que o cerca. Pelo que se sabe o velho mago mora numa torre precária no Vale das Sombras, muitas milhas de distância daqui. Se ele teve alguma coisa a ver com a construção desta igreja? Não, não, não, absolutamente não. A senhora Arthas foi a grande responsável por isto e portanto todos os méritos são dela", o sacerdote sorri. "Acho que sei qual poção o senhor se refere, servo de Tempus. Poderei pedir para Tendric trazê-la, se for do seu aprouver."

Caminhando pela sala, Alexander nota outras três entradas. Havia duas portas pequenas nas laterais, perto dos altares, e uma porta-dupla na frente. Nenhum dos outros visitantes olhavam para ele, embora o ladino percebesse que o guarda do templo tinha um olho posto sobre ele. O guarda estava próximo justamente da porta-dupla.

Por baixo da farsa, a mente do ladrão trabalhava. Quando ele se dirigisse ao guarda, ele provavelmente não poderia mais ficar bisbilhotando, pois levantaria suspeitas. Por outro lado, seria muito estranho se ele entrasse em todas as portas, e ir nas laterais antes o deixaria de fora da principal, muito provavelmente.

Por fim, ele tem uma ideia, e se dirige, trôpego, a uma das portas laterais.

"Estou receoso de que vocês não possam vê-la", diz Shan. "Ela está completamente ocupada com a administração de nosso novo templo. A Senhora Arthas tem tempo para falar apenas com os cultuadores que tenham avançado bastante no caminho para aprender a Verdade Sagrada de Mystra." Clegorian nunca ouvira falar neste termo antes, e embora ele não fosse mystrano, isto despertou uma certa curiosidade nele.

Enquanto isso Alexander foi até uma das portas laterais - a que ficava na esquerda de quem entrasse no templo - e tentou abri-la. O ladino percebeu que a porta estava trancada, e o guarda do templo logo se adiantou em sua direção.
"Ei, o que você está fazendo? O templo de nossa deusa não é lugar para moribundos intrometidos como você, venha aqui, vou te botar pra fora", o guarda se aproxima do mengigo e segura um de seus braços, pronto para guiá-lo até a saída do templo.