Capítulo 2: Negócios Ilícitos

Apossyn ouvia um murmurio vindo da velha senhora e de Aurion, mas sequer perdeu seu tempo ouvindo-os, seus sentidos estavam todos voltados à Lacov naquele momento.
Ignorou à todos até o final das palavras de Lacov e, quando ia abrindo a boca para responder à ele Kheltu a chamou, fazendo-a engolir suas palavras:

- Kheltu, compreendo seu carinho pelo anão, mas até os mais nobres sábios podem se enganar com seus aliados. Barundar era seu amigo e deve à ele confiança, mas não tenho nenhum laço à manter com sua memória. Sinto muito... Mas meu único dever é encontrar o responsável pela morte do Lorde e garantir que a justiça perante ele seja mantida... Quanto à magia, não confio em nenhuma. Ouviu o que Lacov disse, ele está escondendo algo. Como posso confiar neles?

Ela suspira. Kheltu podia ver que em seu suspiro havia um pouco de tristeza e desapontamento entre tanta raiva e desconfiança.

Sem dizer uma palavra, Apossyn se afasta de Kheltu e dos outros e segue caminho sozinha à Lua Alta.

Lacov percebe a bandeira e a carroça, muito familiar, já havia visto muitas dessas carroças, seu conteúdo era ilegal com certeza e muito provável que a cortesia do homem seja uma cilada, porém, este homem poderia ser muito útil para encontrar seu "sogro", Lorde Scoitler.

- Esperem... Fala Lacov em voz baixa para o grupo, para que o homem e os Orcs não o escultasse... - São Zentharins, esse cara pode nos levar até seu chefe... Pelo que parece, o que ele está fazendo é uma pratica que o homem que eu procuro faz por muito tempo... É um escravista, provavelmente transportando elfos prisioneiros para algum comprador ou para o próprio chefe... E receio que seu chefe seja Lorde Scoitler, ele tem algo a ver com a conspiração feita por Volstag... Vocês se decidem o quê irão fazer enquanto eu vou até o homem... Enrolarei por algum tempo, quando eu voltar espero que já tenham decidido o que fazer... Ou farei algo por conta própria... Quando termina, Lacov caminha em passos suaves até o homem que conduzia a carroça.

- Olá... Fala Lacov ao homem, com cortesia, começando o diálogo. - Como vai bom homem?... Eu, meus dois irmãos, nossa mãe... e uma das nossas empregadas, uma ELFA... Viajava pra Lua Alta também... Mas o trajeto ficou mais longo quando alguém roubou nossos cavalos enquanto a gente dormia... Malditos... Eu sabia que deveríamos ter trazido mais empregados, mas nossa mãe reclamou que eles comem demais nas longas viagens... Puff, agora seriam úteis esses malditos elfos... Lacov faz uma pequena pausa, ele falava como se estivesse desabafando e gesticulava enquanto olhava para o condutor e os Orcs, depois da pausa, continua... - Desculpe pelo meu desabafo Senhor... E me perdoe pelo inconveniente, mas o que farão em Lua Alta?... São mercadores?... Finaliza Lacov, esticando seu pescoço para a carroça, deixando claro sua curiosidade sobre o que estavam carregando.

Aurion avista o homem e escuta o que ele diz e em seguida ouve o que Lacov tem a dizer e em seguida fala:
- Concordo, Acho que ele deva ter informações que possam nos ajudar.
Aurion espera que os outros falem, mas não permitem que Lacov vá só e o acompanha sem expressar temor ou rancor e apenas ouve Lacov falar e acena para os homens, cumprimentando-os.

Kheltu se preocupa ao ver a carroça se aproximando. Não tanto pelo símbolo "Z" - já que Kheltu estava tendo dificuldades em se relembrar do que ele significava -, mas pelos orcs que acompanhavam a carroça. Amigáveis eles não deviam ser, embora o homem-condutor de cabeça raspada tivesse oferecido ajuda. Antes que pudesse falar algo, Lavoc tomou as rédeas da situação. Ele queria aparentar que o grupo não passasse de uma família, o que Kheltu achou que soara estranho. Uma elfa como empregada? Acho que ele não conhece os elfos, pensa. Ou será que ele quis cutucar propositalmente Apossyn?

Kheltu ajeitou a cabeça para fazer o capuz esconder mais o seu rosto e ficou calado, apenas observando para ver onde que isso ia dar.

Andariel logo identifica o símbolo ela se irrita por um momento mas percebe que o sem língua poderia obter informações com o homem, ela então acena a cabeça para o homem com um meio sorriso.

Apossyn seguia caminha quando avista os orc, sequer lhe chama atenção o homem que conduzia a "carruagem", mesmo que ele tenha falado com o grupo.
Mas, quando viu o "Z" na armadura negra das criaturas, teve que parar o seu caminho.

Nunca nenhum Orc passara vivo depois do encontro de Apossyn, ao não ser os que ela não conseguia oportunidade ou desculpas para matá-los.
Se houvesse um inimigo predileto seriam eles. Essas criaturas mataram os seus pais, eles condenaram a sua infância e era por culpa deles o rumo de seu destino até ali.

De súbito Apossyn esquecera o rancor que tinha do grupo, tudo em nome de descobrir o motivo dos orc estarem ali e a oportunidade de arrancar das terras mais dessas criaturas imundas e cruéis.
Ela ouve o que Lacov dizia ao homem da carruagem, apesar da distãncia, a elfa apenas encara o homem, levando suas mãos discretamente às costas, próximo de seu arco, enquanto a outra pairava próximo de sua espada, mas sem nenhum movimento brusco que a denunciasse.

" Empregada? Ora essa, os elfos são seres infinitamente melhores que os frágeis humanos... O sangue nobre corre em nossas veios de uma forma tão natural como a qual respiramos... Jamais seriamos escravos de seres tão estúpidos e convencidos como essa raça, principalmente de uma família de covardes... Mas, se quero acabar com a vida desses miseráveis Orc's e saber o que eles estavam fazendo por aqui é preciso manter o disfarce..." - Pensa Apossyn enquanto acompanhava todo o movimento seguinte tanto do grupo quanto dos homens da "carruagem".

" Essa carruagem é estranha, parece com a que eu vi os outros pressos pelos milicianos.. Será que alguém estaria ali dentro? Uma criatura? Um refém? Um escravo ou seria apenas um monte de prissioneiros? Talves... alguem que queira passar despercebido à Lua Alta..."

Tentava entender tudo em seus pensamentos, mantendo a distância emque estava.



"Maldição! Quero ir logo para Lua Alta para averiguar algumas coisas e purificar-me destes covardes que me cercam... Mas isto aqui pode ser interessante..."

Pensa, por fim, sem ainda proferir nenhuma palavra.

O homem olha Lacov nos olhos, em seguida olha para os dois lados da carroça, quando então os orcs movimentam-se de modo a ficar na frente do veículo. Seus escudos unidos praticamente formam uma muralha entre Lacov e Aurion e a carroça.

Em seguida ele olha os integrantes do grupo, calmamente. Após, torna a olhar a Lacov:

- Não vou me arriscar, não conheço você, estranho, diz ele se referindo a movimentação dos orcs, que encaram os dois. - Mas que família belicosa a sua...uma ELFA EMPREGADA munida de um arco longo as costas e espada; aqueles dois ali estão bem armados também. Esse de armadura e escudo escarlate parece que vai para uma batalha! Para onde vocês estão indo, talvez queiram seguir conosco, diz ele, inclinando o corpo a frente, mas continua sentando na parte de cima da carroça.

Lacov por um instante acha que iria dar merda quando os orcs vinham pra frente, mas o homem apenas estava se prevenindo.

- Pois claro... Nosso pai era um habilidoso guerreiro, ele nos fazia passar horas manejando espadas... Esse aqui era o orgulho do papai, sempre se mostrou mais habilidoso que os outros! Lacov falava batendo nos ombros do Aurion, como se também estivesse orgulhoso. - Quanto a elfa... Ela é habilidosa, ela caça e reconhece trilhas... Uma mão na roda! Neste momento Lacov abria um largo sorriso e continuava logo a seguir. - Bom... Só um momento senhor, eu e meu irmão iremos consultar nossa mãe pra ver o que ela acha... Ela continua tomando as rédias mesmo sendo tão velha... Espere um pouco... Lacov puxa Aurion e caminha até onde estava a velha e o homem de manto, esperava que já tivessem pensado em algo, pois se não teria que improvisar o que viesse na cabeça.

- Então... Idéias?... Velha, você tem magias pra uma possível luta?... Talvez se seguirmos com eles seremos emboscados mais pra frente, onde poderão ter mais Zentharins esperando por eles... Fala Lacov em voz baixa para o grupo.

- Fique onde está, diz o homem, interrompendo a saída estrategica de Lacov e "gelando" o ladino. As suas feições amigáveis mudam completamente, para um rosto sério e frio.- Você me toma por um tolo, mas o único idiota aqui é você mesmo. Uma carruagem-cadeia saiu de Sharburgo há 3 dias, nela haviam 4 prisioneiros e um exército os escoltando. Ontem cruzei com uma bagunça sem igual na estrada. Vocês são foragidos da justiça. Guardas, matem-nos, ele diz, ao que se levanta da carroça, embora permaneça de pé ne mesma.

Iniciativa:

Quando Lacov ia saindo e carregando Aurion com sigo o Homem interrompe sua saída e dá a ordem de ataque. O guardião vermelho fita os orcs à sua frente e em seguida olha para o homem careca e diz:
- O que um Zentharin pode saber de justiça, se anda tão próximo dela quanto um rato anda de um gato. Aurion diz estas palavra enquanto saca sua espada em um movimento rápido com a mão esquerda retira o escudo do orc à sua frente e faz um arco vertical com a lâmina da sua espada, tentando acertar o ombro do orc.

Spoiler:

O ladino se afasta do homem e dos Orcs e começa a falar em voz alta, para que tanto ele quanto os Orcs escutassem.

- Seu verme inútil e burro!... Se um exército não deu conta da gente você acha que você e estes quatro orcs irão?... ORCS... Não importa o quanto eles pagam pra vocês... Se é que pagam alguma coisa... Eu pago mais... Se não estão interessados na minha oferta... Morrerão junto com este homem... Caso aceitem... Prendam este homem!... Lacov gritava com os Orcs, fazendo-os uma proposta que não sabia se aceitariam, talvez não estavam ali por dinheiro, mas não custava tentar, eram guerreiros, mais provável que sejam bárbaros, Lacov contava que conseguia influenciar suas mentes fracas.

Spoiler:

Apossyn ouve o que a conversa se dava, quando o homem começa a falar sobre os prissioneiros e a "bagunça" na estrada, a elfa já sabia que aquela conversa não iria dar em boas coisas...

Quando vê o início do combate, Apossyn pega duas flechas (comum, sem óleo) e seu arco, atirando no Orc, sem acertar nenhum de seus companheiros, embora se passasse uma flecha de raspão por Lacov, sem ferí-lo gravemente e parecendo um acidente, Apossyn não se importaria....

" O que?! Esse... maldito está oferecendo ouro para Orc's trabalharem conosco que seja em um combate?! E depois se dizem amigos.... arg!"

Com este pensamento de ira e revolta ela atira as duas flechas na criatura, para que as flechas afundassem na carne e a sua ira fosse um veneno à ele.

Ataque:

Andariel olha serena pra o homem, sem perca de tempo a velha saca sua besta e dispara contra ele:

Spoiler:

Confirmando Crítico de Andariel:

Spoiler:

A ideia de Lavoc não dera certo, como era de se imaginar. Kheltu já tinha se preparado para um eventual combate quando o ladino disse que eles eram uma família e a Apossyn uma empregada. Da próxima vez, o Guardião se lembraria de não deixar Lacov tomar à frente da situação.

Kheltu conjura a magia benção sobre o grupo e ergue seu escudo de prontidão para quaisquer ataques que vierem contra a sua pessoa.

BENçÃO:

O combate se inicia. O oponente é organizado e meticuloso.

Iniciativa e Jogadas da Primeira Rodada:

Lacov tenta argumentar com o homem, mas ele não lhe dá ouvidos. O ladino já pensa que aquela situação toda, do oferecimento de ajuda, havia sido premeditada pelo homem e visava estudar a reação do grupo para então ataca-los.

Aurion saca sua arma e ataca os adversários, que estão unidos em uma formação de falange. Os escudos de corpo os protegem plenamente e descobrir uma brecha em suas proteções é um desafio a parte. Porem, devido a sua experiência em combate, ele consegue cravar sua espada no ombro do inimigo a sua frente, arrancando sangue do orc.

O humano de armadura negra fala várias palavras em um dialeto antigo e obscuro, aparentemente sem nenhum efeito no momento. Seus movimentos são leves e precisos.

Dois dos orcs atacam Aurion e outros dois atacam Lacov. Eles usam espadas curtas robustas e atacam combinados, embora os escudos os atrapalhem um pouco. Lacov esquiva dos ataques, assim como Aurion.

Apossym retesa seu arco e dispara uma vez, mas a flecha atinge a carroça do grupo inimigo. Aurion e Lacov atrapalhavam sua visão para os dois orcs do centro, embora os dois das extremidades fossem alvos melhores para ela.

Kheltu lança sua magia divina Benção, fazendo com que seu grupo se sentisse iluminado e agraciado com um auxílio do bem em seus ataques.

Andariel saca sua besta e mira no orc da extremidade esquerda, acertando a sua coxa e fazendo-o cambalear.

Andariel então enfia sua mão na sua bolsa ferrugem e pega uma bola de pelos, então arremessa em direção aos orcs.

Spoiler:

A bola de pelo surge a uns 6m a frente da bruxa e a esquerda, toma a forma de um Lobo. era Lótus. A velha então aponta para o homem da carroça o lobo avança pelo flanco esquerdo da velha em direção ao homem.