Hunter Hayes

stava tudo bom demais para ser verdade.

Clairy e Hunter gostavam de curtir a relação um com o outro através de vários joguinhos que faziam na cama. O troca a troca de posições entre ambos costumava as vezes a ser bem frenético em uma única transa e sempre pareceu tudo bem para Clairy, mas naquela noite parecia que a mulher estava ofegante demais. Parecia que algo estava afetando bastante a sua respiração, mas não falou nada com Hunter.
Quando terminaram tudo, como sempre se deitavam juntos e ficavam abraçados, curtindo o calor do corpo um do outro após o frenético exercício até que ambos pudessem recuperar o fôlego, mas naquela noite em meio a isso simplesmente Clairy desmaiou, o que acabou por assustar Hunter expressivamente.

Ele rapidamente vestiu a mulher e a colocou correndo no carro para leva-la ao hospital. Naquele dia sua governanta não estava em casa para ajuda-lo mas por mais desesperado que estava conseguiu fazer o que precisava ser feito.
Clairy estava respirando de uma maneira muito fraca mas pelo menos estava, porém seu coração estava muito acelerado e Hunter temia que ela pudesse estar tendo um avc, mas poderia ser somente uma crise de stress ou até mesmo um ataque de nervos ou alguma coisa química em seu corpo. Poderia não ser nada grave mas ao mesmo tempo poderia ser gravíssimo, então ele apenas correu ao lugar na esperança de que pudesse salvá-la.

Em poucos minutos chegou ao local, onde estacionando rapidamente o carro na frente do hospital e saindo com a mulher nos braços, atraiu logo a atenção de médicos e enfermeiros que correram para pegar uma maca e ajuda-los. Rapidamente Clairy foi lavada para dentro da emergência para ser atendida e Hunter teve que ficar alí na recepção para responder uma imensa quantidade de perguntas e cuidar de todo o processo burocrático da entrada da namorada no hospital.

O tempo foi passando.. 5 minutos.... 15.... 30...... 1 hora...... 1 hora e 30 minutos.....

O que poderia estar passando pela cabeça de Hunter em meio a tudo isso? que os fantasmas do seu passado estavam voltando para assombrá-lo?

E então um médico apareceu saindo da sala de emergência e parecia caminhar na direção dele...

- O senhor é parente da jovem? Fique tranquilo.... ela está fora de perigo.

então parecia que as coisas estavam começando a ficar mais tranquila, pois Clairy estava bem.

O médico não havia dado detalhe nenhum do que havia acontecido com a garota, o que em parte poderia ser bom e em parte não ser, mas mesmo sem conhecer o tipo de paciente com que lidava, era melhor Hunter realmente não saber, afinal já havia feito especulações demais e criado grandes caramilholas de tudo o que poderia ter acontecido com sua namorada e até se seu destino estava fadado há acontecimentos trágicos por conta do que havia acontecido com a ex esposa. Parecia que o rapaz havia tirado em 360 graus as possibilidades e especulações mais loucas que alguém podia fazer, mas ainda bem que o médico o acalmou.

Logo após ter dito aquelas breves palavras, o médico simplesmente se retirou do local e voltou a entrar pela mesma porta que havia saído, ainda mais porque não podia se ausentar por muito tempo. Haviam pacientes que precisavam de acompanhamento e monitoração então era vital a sua presença.

Clairy estava deitada ainda na uti para maiores informações e precisava ser monitorada com relação com que aconteceu e ela estava sedada, para que pudesse descansar.  Nesse meio tempo, Hunter resolveu ir para a cantina do hospital para poder tomar um café forte e aguardar.

Passou cerca de meia hora e Hunter ainda não tinha informações que poderia entrar para ve-la, mas depois de cerca de 1 hora ele teve permissão pada poder ir finalmente até o quarto onde ela estava, no terceiro andar, mas ela ainda dormia...

enfermeira tentou avisar Hunter que Clairy ainda estava desacordada mas ele foi imediatamente para o quarto ver a namorada.

Clairy era ruiva e tinha a pele clara, mas ainda desacordada parecia que estava bem mais pálida do que o normal, mas pelo menos agora tudo estava bem com ela.

O tempo ia passando e nada de ela acordar, mas quando completou 2 horas que Hunter estava ali, a ruiva abriu de leve os olhos completamente desorientada. Ela olhou em volta tentando entender onde estava, sua cabeça estava bem pesada e dolorida de remédios que haviam dado para ela e então ela olhou para Hunter ao seu lado e esboçou um leve sorriso,  apesar de estar bem sedada ainda.

- Hunter...

Suspirou ela feliz de vê-lo.

ela o olhou e sorriu de leve:

- O que aconteceu? Onde estou?

Ela então fica alguns instantes em silêncio como que analisando as palavras de Hunter. Não era comum pássaros aquele tipo de situação e tudo podia significar coisas demais. Sera que talvez devesse dar um tempo e tirar umas férias ou será que algo grave pudesse estar acontecendo,  por isso ela ficou abalada assim e teve um colapso?

- Não se preocupe meu amor, pois provavelmente foi apenas um mal súbito. Você sabe que, olha saúde é muito boa. Eu não estou com muito trabalho mas posso ter ficado abalada com uma certa reunião que preciso ir para tratar de negócios da galeria. Essa reunião é em dois dias e eu estou com um pouco de insegurança...

De fato ela tinha uma reunião mas apenas não era bem sobre o que ela havia falado. Ainda não era hora de contar nada para Hunter mas se ela precisasse de socorro mais uma vez teria que contar.

- Mas... será que por acaso já podemos sair daqui e voltar pra casa? Definitivamente odeio hospitais...

arece que tudo não passou de um grande susto na verdade e logo o jovem casal estaria de volta ao lar, na verdade, tudo bem naquela mesma noite, graças as influências de Hunter e talvez de Clairy também.

Na casa de Hunter, Clairy dormiu um pouco e Hunter usou o tempo habilmente para colocar sua vida em dia, uma vez que não ria mesmo deixar a sua mulher sozinha no dia seguinte e ir ao trabalho depois de tudo o que haviam passado na noite seguinte. Ainda bem que Hunter tinha muita sorte com os sócios onde trabalhava.

Horas depois, já pela manhã, lá estava ele preparando o café para Clairy no terraço. Será que Hunter havia dormido alguma coisa? Cairy havia por conta dos remédios mas e ele? Ele agradava demais aquela mulher. Paparicava ela demais e Clairy retribuía da mesma forma fazendo de tudo por ele, então eram o casal perfeito, mas enquanto ele servia o chá e tentava fazer ela comer aquele queijo diferente com torradas, Hunter resolve abordar um tópico que ela não estava esperando muito... e na verdade não queria falar, mas aparentemente ele queria fazer parte de tudo..

- Sim... terei essa reunião daqui a 2 dias... com uma pessoa que entende muito de arte e consome muito de arte também, pois fazer parte da liderança de um grupo de compradores. Ele sabe que trabalho com isso e quer averiguar as coisas, ainda mais porque existem pessoas que trabalham com arte na cidade que estão passando por situações parecidas com o que houve com Maria... parece que não foi a primeira que morreu... ele mencionou o detetive Jace e eu falei de Maria... Se você não se importar em cutucar mais essa ferida e conhecer esse “submundo” onde trabalho, vou adorar a sua ajuda...

De certa forma ela não mentiu nos fatos, apenas omitiu a natureza não humana de quem era a pessoa da reunião e seu real cargo, que para humanos e bruxos nada significava, mas lá no fundo ela tinha muito medo que ele aceitasse realmente o convite...

então era chegada a hora de Clairy inventar a história mais plausível de todas e o pior, tinha que ser algo que realmente fazia parte das investigações , com a ressalva de certos detalhes. 

- Pois é. Eu ouvi falar que outras 2 mulheres faleceram.  Elas costumavam vender trabalhos para a galeria e então sumiram do mapa há um certo tempo...

Pelas reações que Hunter estava tendo, parecia que ainda era um tópico sensível a ser abordado. Por conta disso, Clairy se manteve em silêncio enquanto esperava ele falar alguma coisa novamente. 

Os olhos dele  gravam para um cômodo ali ao lado,  para a sacada e então ele falou finalmente e dessa vez ela foi bem mais rápida na resposta:

- Acredito que o detive esteja por lá para aproveitar a situação. Acredito que assim vocês poderão conversar mais e eu te asseguro meu amor, mas ódio e vingança matam pessoas ao invés de ajudá-las.

Na cabeça de Clairy, esses benditos 2 dias iriam demorar 1 ano para passar, para sua preocupação. 

situação de visitar o House com Hunter era inesperadamente esquisito ainda mais com a ideia de estar no meio de vampiros. Esse pequeno detalhe o jovem não sabia e não iria saber se isso dependesse de Clairy. 

Já conhecia bem o caminho dentro daquele lugar, por mais que até aquele dia as reuniões tenham sido poucas, porém o suficiente para que aprendesse a andar por ali. Era já parte do seu serviço e por mais que a situação fosse um pouco formal,  Clairy não se preocupou tanto como seu companheiro e apenas colocou um vestido preto simples e formal.  Perto das roupas que ela gostava de usar, estava bem simples e pouco arrumada.

Ao entrar na sala havia a figura conhecida de Jace e alguém que Hunter não reconhecia. Clairy estendeu a mão para cumprimentar Jace e a outra figura, que era Alec. Foi apenas um aperto de mão mas foi o suficiente para que a mulher ficasse arrepiada e agoniada com a situação. Ela só queria que tudo acabasse logo. 

Jace estava usando aquelas roupas costumeiras de sempre, mas um pouco mais formais e arrumadas enquanto que Alec, como todo homem com cerca de 25 anos,  estava usando um belo terno azul bem escuro, camisa branca e gravata vermelha.

Se sentou após os cumprimentos e apresentou Hunter como seu companheiro. Jace não pareceu muito feliz com aquilo mas apenas com a olhada de Alec abaixou a cabeça e se concentrou, sem responder diretamente para Hunter em palavras. 

As portas daquele escritório foram fechadas e apenas os 4 ficaram ali dentro. E então a reunião começaria. Jace como de costume começou a falar, dando boa noite a todos e avisando que o evento seria breve. E então Alec começou a falar. 

Aparentemente o rapaz estava escolhendo muito bem as palavras para não correr o risco de falar algo que não devesse, ainda mais porque havia uma grande lei que não podia ser quebrada para os vampiros: a máscara, então o assunto pairava na superficialidade.

Clairy comentou de uns pedidos que Alec havia feito para restaurar algumas peças e queria saber como tudo estava indo mediante a suspeita de artistas serem mortos. 

Jace assentiu com a cabeça e olhando para Hunter disse que além da ex dele, outra pessoa havia morrido da mesma forma. Ainda não podiam falar que era um assassino em série mas era uma grande suposição...

reunião parecia tensa para todos os presentes. Alec parecia não gostar nada da presença daquele humano, pois parecia sem o menor propósito e deveras arriscado demais, pois a máscara poderia cair. Precisava tomar uma série de cuidados que iam desde o caminhar, os movimentos de seu corpo, o rubor da pele e até mesmo o ato de respirar. Tudo tinha que parecer natural e autêntico. Muitas vezes ele se perguntava como é que Jace conseguia fazer tudo aquilo e não se esquecer de nenhum detalhe. A resposta que o loiro costumava dar não era convincente, pois o convívio com humanos não facilitava isso, pelo menos não para Alec, que apenas convivia com outros cainitas e Magnus e talvez Magnus não fosse um bom exemplo, já que era um bruxo secular.

Clairy estava desconfortável com tudo ali também, pois receava que Hunter descobrisse algo sobre ela ou sobre os demais presentes. Receava sobre a vida dele, por mais que nada fosse acontecer enquanto Alec e Jace estavam lá, todo cuidado era pouco...

Então Hunter começa falar e logo faz perguntas, mas Jace rapidamente responde:

- Não posso divulgar o nome mas, as circunstancias da morte são idênticas. Não podemos dizer que é um assassino em série pois para isso são necessárias pelo menos 3 ou 4 vítimas e com o pouco que descobrimos, não conseguimos ainda traçar muitas ligações... estamos presos ainda...

Clairy segura a mão de Hunter depois de ouvir tal resposta.

Para fingir clima de tensão, Alec afrouxa um pouco o nó da gravata como se estivesse inquieto e faz isso com movimentos lentos demais para ele porém normais para um humano qualquer.

Clairy e Jace se entreolham, olham para Alec e depois para Hunter...

quela situação era bem especial para todos no recinto, mas era bom poder ver que o humano Hunter estava disposto a ajudar, mesmo sem saber de grande parte da história e dos detalhes. Alec agradeceu brevemente pronunciando apenas um “obrigado”.

Clairy segurava a mão de Hunter a todo momento, talvez por desconforto ou até mesmo por medo e receio. Ela estava tensa com tudo aquilo, mas se esforçava para que Hunter não percebesse absolutamente nada.

Jace fez um sinal para um dos homens de preto que estava no canto da sala e o homem saiu, retornando poucos minutos depois com uma mulher com uma bandeja. Dentro da bandeja haviam 4 xícaras, algumas colheres e uma embalagem pequena em formato de cestinha com saches de adoçante. Não dava inicialmente para ver o conteúdo das xícaras mas era possível de ver que a pele da mulher era bem cara como a de Clairy ou até mesmo um pouco mais.  

A jovem que parecia mais uma empregada do que qualquer outra coisa que pudesse passar pela cabeça de alguém.

Ela se aproxima de cada um dos presentes e deixa na mesa a frente da pessoa uma xícara para cada um. No meio de todos ela coloca a cestinha com os saches de adoçante para caso alguém queira usar. Obviamente Jace e Alec não usariam..

Então Alec voltou a falar, com sua xícara próxima aos lábios e encarando Hunter:

- A reunião ainda não terminou. Peço para que permaneça mais um pouco...

reunião ainda estava longe de acabar pelo que dependia de Alec e Jace, mas talvez não por Clairy, que faria qualquer coisa para tirar Hunter de lá o mais breve possível.
Um grande estouro se escuta ao fundo e foi alto o bastante para atrair a atenção de todos e fazer Clairy dar um pulinho da cadeira que estava sentada e quase jogar seu café pra cima. Foi um grande estouro seguindo por um barulho mais forte em seguida. Com certeza foi uma grande explosão.

Jace e Alec se entreolharam um pouco. O que será que aconteceu? Será que aconteceu alguma coisa? Ou será que só foi um escapamento muito ruim que passou fazendo barulho?

Alguns minutos depois, entra um segurança negro correndo na sala meio desajeitado e vai até Jace e lhe cochicha algo no ouvido. Alec não precisava de muito para que pudesse ouvir também. Clairy e Hunter não estavam entendendo o que se passava pois não tinham a audição como a dos outros dois. Então Jace se levanta e diz:

- Creio que a reunião está terminada. Houve uma explosão aqui na frente do museu e todos precisam sair agora.. e em segurança...

Ele olhou demais para Clairy enquanto falava aquilo e então pegou Alec pela mão para sair de lá e disse mais uma vez dando uma boa olhada saudosista de legitima preocupação para a garota:

- Você lembra da saída Clairy?

Clairy fez um movimento com a cabeça sem dar muita atenção para ele e então puxou Hunter também pela mão para saírem logo do local.

Sirenes de polícia e corpo de bombeiros ecoavam pelo ar enquanto cada um saia por um canto da sala, já que haviam várias portas de acesso para 2 grandes elevadores. Jace e Alec haviam desaparecido daquele lugar e alguns seguranças acompanhavam Clairy e Hunter a pedido de Jace até a porta do prédio, de onde despedia muita fumaça e corre corre de muitas pessoas...

Havia um carro em chamas no meio da rua provocando pânico e caos em todos daquela rua. Aparentemente o veículo explodiu e depois pegou fogo. A polícia tentava chegar perto para ajudar os bombeiros, mas as chamas estavam ficando altas e parecia difícil para os bombeiros conseguirem apagar...

carro em chamas: