Seus amigos tentaram consolá-la, inclusive Juniper, a Grande Árvore salva por Meileen, e que agora a presenteava com uma linda pedra.
- Muito obrigada, minha cara Juniper. Sei que você, com a ajuda de Daryl e do dos kobolds protegerão esse templo. Espero revê-la em breve.
Daryl e o rei kobold ficariam por ali para guardarem o templo de Solaris.
A elfa parte com sua equipe, um pouco mais animada por saber que tinha cumprido sua missão.
De volta a Naporia, ela faz um relatório detalhado para Toressar, o anão que para ela era mais que um chefe, era como um tio, que sempre dividia sua sabedoria com a jovem elfa. Ainda tinham um druida maligno para capturar e os homens da floresta, que tinham fugido na missão anterior a essa. E o elfo... aquele elfo, o elfo que assassinou seus pais. Ela também procura pelas famílias dos colegas mortos para prestar suas homenagens.
O livro mágico e a pedra ficam guardados no cofre da academia militar, o local mais seguro que se tem notícia na cidade.
Nos dias de folga que se seguiram, Meileen passa em casa com sua mãe, a idosa humana que a criou. Ela relata suas aventuras para a mãe, inclusive a parte sobre o humano que encontrou em uma praia distante, e também como era interessante uma praia. Falou também sobre a lembrança que teve de sua família, as memórias que tinham sumido de sua mente.
- Foi horrível, minha mãe... a morte dos meus pais... coisas que eu não lembrava mais, além de novas imagens em minha mente. Eu vou encontrar esse monstro e ele vai me pagar...
Nesse dias, ela treinou bastante sua arquearia, pois se considerava culpada pelos erros que cometeu e o preço que isso tinha custado. Além disso, buscou informações sobre a região de Jalakow para saber se realmente existia, pois ainda pensava em Muraty. Desejava do fundo do coração que aquilo não fosse só uma miragem da bruxa Maeve, por mais que ela tivesse garantido que o lugar existisse.
- Minha mãe, a senhora acha possível elfos e humanos terem um relacionamento? - a dúvida da jovem era pertinente, já que Naporia era uma região muito isolada e Meileen mal tinha visto outro elfo a não ser seu próprio reflexo no espelho - e agora o elfo maligno de suas visões -. Ela era jovem e inexperiente, claro que durante seu tempo na academia, vários homens se encantavam por sua beleza élfica e muitos flertes tinham acontecido, mas nada além disso. Atitudes como a de Kros não eram incomuns para a jovem elfa. Ela começava a deixar de lado a ideia de encontrar "o elfo gostosão", não enquanto tivesse aquele belo negro na cabeça, talvez o mais bonito humano que já tinha visto na vida.
Se Jalakow realmente existisse, ela sabia que Muraty receberia uma carta escrita por ela. Ela escreve uma carta destinada a Muraty, na praia de Jalakow e dentro dela manda algumas folhas das árvores da região onde vivia, dizendo que era rodeada por uma bela floresta e que ele poderia visita-la um dia. Claro que foi uma carta neutra e sem revelar seus reais sentimentos, apenas dizia que tinha sido uma tarde agradável e que ela estava treinando para uma possível revanche.