Lux vê a necessidade de aconselhar a meia-orc e se dispõe a contar uma historia. Contando com seu carisma natural e sua grande oratória, logo ele apanha a atenção de suas duas companheiras, que sentadas na cama como quase em um transe, ouvem com muito interesse cada palavra dita pelo bardo.
Ao final, com as mãos apoiando a cabeça e com cara de boba, Bashuk da um suspiro.
- Não entendi nada, so sei que estou com uma vontade danada de dar para você!
Sora da um croque na cabeça da colega, que da um gemido e massageia o local dolorido. Como ela podia ser tão densa!
- Afe Bashuk, o que ele quer dizer é que nós é que escolhemos o nosso caminho! – explica a kitsune em tom professoral.
A meia-orc acena em concordância. Até então tinha vivido sob a sombra de seu pai por muito tempo, e esquecido de viver sua própria vida. Ela se levanta toda animada e aponta para Lux.
- Você esta certo, querido, fodam-se os outros! Foda-se meu pai! Vou atrás do que é meu, e foda-se o resto! Vamos falar com o daimyo Oyama!
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Após um rápido desjejum, os três vão para a audiência com o daimyo da província de Himeji. Oyama-sama era um homem respeitável e sabio, de movimentos comedidos e calmos.
Bashuk e Lux explicam para o senhor feudal sobre a situação ocorrida, sobre o ataque a suas mercadorias e a morte dos companheiros de viagem. Oyama-sama faz algumas perguntas pontuais, mas se mostra bem preocupado com o acontecido. Ao final ele diz, falando em comum:
- Lamento pela perda pessoal e material, Bashuk-san e Lux-san. Vou ressarcir seus prejuízos, afinal de contas você já contribuiu bastante para a riqueza de minha província com o seu comercio. Alem disso, seu pai é um homem honrado e muito importante.
Bashuk já iria soltar um “foda-se meu pai”, mas ate um meio-orc sabe quando manter a boca calada. A reação contida não passou despercebida pelo daimyo, porem ele nada disse a respeito.
- No entanto, gostaria encarecidamente de pedir pela ajuda de seu companheiro, Bashuk-san – disse Oyama, olhando para Lux.