Bashuk não tinha gostado em nada daquele plano, e isso ficou bem claro para Lux depois que eles saíram da audiência. Do lado de fora da sala de reuniões, repentinamente a meio-orc pega Lux pelo colarinho e o levanta facilmente, para surpresa dos servos que andavam pelos corredores. Sora ainda tentou acalmar os ânimos, mas uma ombrada a fez deslizar pelo piso como se este estivesse coberto de cera.
Estar a 5 centimetros acima do chão não era sensação agradável, mesmo que sendo seguro por uma bela mas feroz Bashuk!
- Voce sabe como eu e meu pai estamos, e voce ainda propõe isso? Tem sorte de gostar de voce, já quebrei as pernas de muita gente por menos que isso!
- Sei que deve estar querendo me matar pelo meu pedido. Mas eu preciso que você se reaproxime de seu pai e mais do que isso, dos parceiros comerciais dele. Preciso de nomes para poder fazer minhas pesquisas. Tenho outro pedido ainda para fazer para você Bashuk. Nós teremos que nos separar momentaneamente. Todos deverão pensar que você me quer morto, isso fará com que as pessoas que ficarão incomodadas com o meu crescimento e notoriedade no reino se aproximem de você pois será uma inimiga declarada.
O bardo sente o ar fervendo saindo pelas narinas da comerciante. A meia-orc o larga, Lux sentindo terra firme sob os pes novamente. Com o dedo em riste na frente de seu nariz, ela diz:
- Estou querendo te matar, e não preciso fingir isto.
Bashuk então da um grande empurrão em Lux, que cambaleia e cai em seu traseiro alguns passos para tras. Os servos comentam entre si sobre aquela briga que estavam presenciando, e certamente iriam contar para todos seus conhecidos. A meia-orc abandona o palácio com fogo saindo pelas ventas.
Sora se levanta e oferece a mão para que o bardo se levante. A oriental estava visivelmente atordoada com tudo aquilo.
- Bem, não sei se Bashuk representa muito bem, mas cheguei a ficar com medo... – diz meio insegura.
- Mas o que esta acontecendo aqui! O que vocês estão bisbilhotando? Vamos, vamos, cada um para os seus afazeres! – diz um homem velho de aparência singular. Tinha uma barba enorme branca e espessa que ia ate o chão, e vestia de azul, se assemelhando muito a uma baleia azul.
Ele faz uma mesura e se apresenta.
- Eu sou o senescal do castelo Akihito, e fui informado que devo leva-los ate suas acomodações. Se desejam algo por favor me digam, que providenciarei o mais rápido possível dentro de minha capacidade.