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    Capítulo 1

    GodHades
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    Capítulo 1 - Página 11 Empty Re: Capítulo 1

    Mensagem por GodHades Ter Nov 07, 2017 9:06 pm

    A conversa fluia tranquila sem mais contratempos, notoriamente divertida para quem passasse os olhos pela mesa.

    Um bom inicio, podia ser assim todo dia, todo os intervalos. Quem dera...

    - Wow, muitos futuros artistas e intelectuais aqui. Lembrem de mim mais para frente! - Ressaltou ao reparar melhor na fala de Sun Hee... O tapinha na mão estalou de leve, tentou mesmo roubar a frutinha, outra vez e receberia mais um tapinha por isso, então desistiu. Não queria falar mas Stella parecia ter uma mão pesada. Depois olhou para Min Ho que ressaltou sobre eles sairem depois. Dong também riu, mais pelas caras de Han Neul e Ui Jin que outra coisa.

    As partes das carreiras foram intrigantes, Sun Hee diz algo que rouba a atenção do Kyung. Ela menciona que queria ser médica e dos citados até agora, parecia ser a mais dificil. Complexa. - Ouviram isso? Salvar vidas, ahh, não será moleza senhorita Sun Hee, mas me admira sua determinação. - Especialmente no país que estavam! Era caro e necessitava muita dedicação, se você não vem de um berço de ouro pelo menos.

    Dong levou o copo de café até a boca, bebendo com calma os seus ultimos goles... quando a jovem comenta sobre a dona de um Café. Dong Hye-Sun.

    Nessa hora, o rapaz parou de beber e olhou de lado para Min Ho, que provavelmente olharia para Ui-Jin, que olharia para HaN, que olharia Stella.

    Spoiler:

    - Uhh, bem observado... - Respondeu quanto ao nome - Que mundo pequeno esse, conhecem minha mãe. Me alegra saber que gostam dela... já me adianto aqui e peço que não compartilhem com a mesma esta valiosa informação - Que estudam com ele - Se não ela pode faze-las de espiãs hahaha...

    Disse brincando mas começou a suar, ligeiramente. Depois pigarreou. Ele não tinha nada a temer mas agiu de maneira suspeita, talvez, por que não esperava que alguém abordasse sua família no meio da cena.

    A conversa iria discorrendo, e Kyung percebe que logo mais seria hora de voltar a sala, e eles se despedirem, contudo esperaria para ver o que Sunny lhe responderia. Ela parece ser daquelas pessoas que comem bem devagar e mastiga 30 vezes antes de engolir o muffin, então, teria tempo.
    Luxi
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    Capítulo 1 - Página 11 Empty Re: Capítulo 1

    Mensagem por Luxi Ter Nov 07, 2017 9:07 pm



    - ...Aish…    - apertou os olhos pela menção da lingerie e a forma como a olhou revelava que ele tinha pensado em uma resposta cretina que ela absolutamente não iria gostar. Envolvia lingeries. E ela. Será que ela estava interessada? Chae pareceu entender sublinarmente aquela questão pois a menina lhe fez um coração com as mãos. Ele assentiu vagarosamente, analisando cada curva dos dedos dela como se verificasse se realmente perdoaria aquela brincadeirinha inofensiva, em um secreto “Faça isso de novo e veremos”. Acabou sorrindo, reassumindo o breve controle da situação. Ou tinha sido um rosnado? Pelos olhos provocativos, parecia ser algo como um sorriso que apreciava aquele atrevimento, de certa forma.

    Estava tudo bem. Sentia-se orgulhoso de seu feito e no topo do controle da situação.  Não queria mais ficar brincando de gato e rato. Só queria vê-la abrindo aquela caixa então tudo valeria a pena, pois a garota engoliria suas palavras e o acariciaria no ego com um olhar típico de mulher diante de uma jóia.

    Sempre funcionava. Mesmo com as de lingerie de tigre. Ou uma noona (mulher mais velha) que se achava dona de si.

    Havia uma expectativa e desejo real de apreciar aquela cena, então ele estranhou muito quando a expressão da menina foi desmanchando. Hyun Hee recuou um centímetro. Que. diabos. De. reação. Era. essa?

    Não estava preparado para a menina começar a CHORAR. Mas estava sorrindo. Até engoliu em seco, confuso. E ele que era maluco? Alguém precisava diagnosticar aquela garota bipolar. Recentemente tinha constatado que odiava mulheres chorando. Aquilo provocava nele uma fúria incontestável, motivo pelo qual só faltou tentar homicídio contra a ex namorada. Não sabia lidar com isso, com esse tipo de sentimento. Só fúria. Respirou forte e sua voz alterou de novo, para algo grave e sério.

    - Ya. O que você acha que está fazendo? Não era para você chorar.

    Aquela expressão triste lhe causava um mal estar sem igual. Era como se ela o olhasse culpando-o por alguma coisa. O que diabos tinha feito de ruim?  Era só a droga de uma jóia.
    Ele a encarou, entre a confusão e a irritação, e então a expressão que achava que ela estava fazendo caiu como um véu. Não era tristeza ou acusação. Deparava-se com um sorriso tão delicado e… feliz. Por causa dele.

    Arqueou uma sobrancelha. Observou quase em câmera lenta a mão dela secar a lágrima e depois fechar a caixa. Estava sério agora. Não imaginava. Realmente não imaginava.

    As jóias funcionavam com luxúria nas tigresas, mas ele nunca tinha conhecido uma joaninha.


    Engoliu em seco mais uma vez e foi como se a joaninha dentro do bolso lhe desse um choque. Não era mais tão bom assim ter mentido para ela e recebido um elogio por isso. Ele, que tinha manipulado a situação para se sair bem, agora estava rendido por causa de um sorriso.  

    - Tch. - balançou a cabeça uma vez, bagunçando os cabelos. - Você é que dá valor a muitas besteiras. - disparou ao acaso, mas aqueles agradecimentos foram muito bem absorvidos.

    -  Escuta aqui. - aproximou-se dela, o sufciente para ter que olhar um pouco para baixo. Quase encostou o indicador no rosto dela, para que prestasse atenção ali, mas era somente uma isca. - Não é pra perder de novo e… - a mão livre e não percebida foi para o queixo dela. Erguendo-o de leve - Você me deve algo. Eu vou cobrar. De repente um povinho estranho da sala passou por perto. Era o momento mais quebra-clima do dia, mas ele não se abalou. Jogou um beijo para ela e piscou. - Outro dia. - afastou-se repentinamente e permitiu que ela fosse embora.

    Hyun Hee encarou o armário. Tinha sido a primeira conquista desde que voltara para as aulas e depois de ter matado a saudade da comida local. Era estranho comparar desse jeito, mas era o sentimento parecido: era a primeira vez que se sentia um pouco mais ele mesmo e menos um fantoche das circunstâncias. Quando reparou, estava letárgico segurando a porta metálica. O que tinha sido aquilo agora mesmo? Sibilou raivoso e bateu a porta por nenhum motivo, se encaminhando para o lado oposto, fazendo um novo tour pelo colégio.

    Os olhares eram muito irritantes e o incomodavam a ponto de destruir com seu humor de novo. O que aquele povo achava que tinha a ver com sua vida? Vão lá, reverenciem meu irmão. Provavelmente Jung Mi estava tranquilamente aproveitando sua vida do lado de fora, sem o empecilho que era aquela presença incômoda.  Irônico. O irmão mais velho causando mal estar.  Procurou o local mais isolado possível para espairecer. Não queria contato com ninguém. Já tinha cumprido sua missão.  A joaninha verdadeira foi esquecida no bolso.

    Quando o sinal bateu, ele ainda ficou um tempo aguardando. Não precisava ser pontual e ainda queria apreciar a visão daquele lugar mais isolado. Aproveitou para tomar um comprimido como se fosse uma bala, acompanhado de uma bebida. Só quando terminou de beber é que se levantou, jogou em um canto e saiu andando.

    Round 2. Sala de aula.

    Hyun Hee chegou no local dessa vez sem paciência para ficar olhando aquela gente. Seu irmão não estava ali, o que era muito estranho. Na verdade, não havia ninguém ali quase.  Espiou Hyemin um momento, mas ela aparentemente já tinha esquecido dele. Ótimo. Viu a menina com quem tinha gritado. Não fez nada. Não era de pedir desculpas. Voltou para seu lugar, esparramando-se na carteira e ficando assim durante toda a aula de inglês. Era bem fácil e lhe dava um pouco de saudades dos EUA. Claro, evidentemente nem tudo era bom de ser relembrado. Como era uma matéria que gostava, aquela aula passaria bem rápido, apesar dos faltantes. Algo de muito errado tinha acontecido naquele intervalo e isso se confirmaria com a vinda do diretor na aula de Física.

    O diretor em pessoas estava diante deles explicando o incidente do dia anterior. Se soubesse antes daquela festinha, teria jogado a garrafa cheia e aberta. Sabia que sua ex e suas amiguinhas vadias estavam metidas naquilo. Lançou um olhar então a Yerin e Hyemin. Com a primeira não se importava, não era de seu ano, mas conhecia muito bem sua fama. Já a outra… Então a piveta tinha desabrochado e se tornado uma patricinha do esquadrão. Que decepcionante. Estava arrependido de não ter conseguido olhar para ela mais cedo. Qual era a moral dela agora?

    Observou os bolsistas se levantarem e adquirirem seus cheques. Era muito petulante aquele diretor. Sorriu com o canto da boca. Sabia em que tipo de ninho de cobras estava se metendo? Ah, não sabia… Então  a menina do refeitório se levantou. Não a toa o respondeu daquele jeito. Já tinha sido recepcionada a ponto de aprender logo que só sobreviveria ali dentro quem tivesse alguma atitude.

    O diretor finalizou com uma cartada magistral. Assim que ele deixou a sala, Hyun Hee até tentou se segurar, bem,na verdade, não o suficiente. Suas bochechas se moviam sozinhas e a risada saiu, alta, vinda direto da garganta e completamente em deboche. Playboy da família dos clones loiros expulso? Garotas metidas catando lixo? Era o melhor momento do dia, definitivamente.

    - Senhoritas Garis da Wangjo. Essa eu quero ver. Que pena que nem todas foram convidadas para o trabalho.




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    Gakky
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    Capítulo 1 - Página 11 Empty Re: Capítulo 1

    Mensagem por Gakky Ter Nov 07, 2017 9:44 pm

    Quando estava com Eun-bi nos braços e Won Bin veio pedindo calma, Jae-ki nem conseguiu prestar atenção direito nas palavras do colega, logo fez uma expressão de desespero, não podia parar, tinha que ir o quanto antes, não sabia o que a bailarina tinha, mas parecia grave, principalmente depois de ver que ela tinha fechado os olhos. Pelo menos MinSoo resolveu isso rapidamente, se não ele quase teria empurrado Won Bin.

    Enquanto corria desesperado para enfermaria, seu coração acelerava-se nervoso, ao mesmo tempo conseguia segurar Eun-bi de um jeito cuidadoso e protetor, a desviando dos obstáculos no caminho, era algo instintivo seu, assim como fazia com Soo-ji. Desde muito cedo era acostumado a carregar a irmã e foi desenvolvendo reflexos de proteção, como automaticamente ao ver um obstáculo, como uma coluna ou uma grade, tomar cuidado para não bater a cabeça da irmã. E era assim que fazia com a bailarina, por isso mesmo correndo, não tropeçou ou deixou que ela se machucasse no caminho. Ao chegar na enfermaria, Jae-ki entrou apressado sem se importar com quem estivesse lá dentro. A senhorita de jaleco logo perguntou o que aconteceu, o garoto rapidamente coloco Eun-bi no leito indicado por ela, com cuidado claro e no nervoso, até puxou de leve o jaleco seco do Won Bin para as pernas dela, querendo cobri-la melhor. Depois disse nervoso, suas pupilas dilatadas pela tensão:

    - No lago! - Respondeu gritando, não sentia frio como a mulher falou, estava tão preocupado que não sentia nada!

    MinSoo tratou de responder logo, mais explicado do que Jae-ki poderia dizer agora. Quando o colega sai da sala e diz pra ele mandar uma mensagem de volta, Jae-ki apenas acena com a cabeça, em seu semblante era vísivel o quanto estava perdido e preocupado, será que lembraria das palavras do Won depois? Logo depois dela falar com MinSoo e Won Bin, Jae-ki enche a enfermeira de perguntas:

    - É grave? Ela está respirando? Vê ela rápido!

    A enfermeira tentou acalmá-lo, mas Jae-ki teimava em não obedecer e deitar na cama. Pelo menos ficou melhor depois que soube que não era nada de respiração. Quando ela perguntou onde estava doendo para Jae-ki e o mandou novamente deitar-se, ele só respondeu aflito:

    - Eu não tenho nada, vê ela primeiro,  ela se machucou - Disse Jae-ki mesmo sem saber exatamente o que Eun-bi tinha, embora começasse a sentir frio.

    Quando ela foi examinar Eun-bi, Jae-ki ficou em pé ao lado bem preocupado até que levou um passa fora da enfermeira e teve que deitar de qualquer forma, mas só porque não queria atrapalhar. Ao menos estava mais tranquilo ao ver que Eun-bi estava viva e respirando. Depois de ver que era apenas uma luxação, respirou mais aliviado. Aquele momento no lago tinha de fato o assustado. O modo como Eun-bi tinha tossido e falado com dificuldades, fez parecer que era muito grave. Deitado, ele lembrava de como ela tinha fechado os olhos enquanto a carregava, isso tinha feito seu coração doer.

    Agora que estava mais calmo, podia pensar mais claramente em tudo que aconteceu. Enquanto olhava para o teto branco da enfermaria, cenas do que havia acontecido passavam em sua mente. Taemin chegando e o xingando de lixo, Eun-bi o defendendo. E o pior, a forma como o loiro tinha tratado a bailarina. Jae-ki sentiu a raiva crescer, no momento não teve a chance de dar tudo que Taemim merecia. Ainda lembrou do que Won bin tinha feito, se tinha algo que Jae-ki acreditava era mais no agir do que em palavras. Won Bin havia ganhado seu respeito depois de seu feito.

    Jae-ki fechou as mãos com força e ódio, faria Taemin pagar por tudo. É claro que teria que fazer isso fora da escola, levar suspensão só faria o loiro se dar melhor, já que era provavelmente o que ele queria. Já até planejava procurar o cretino e o chamar para acertar as contas do lado de fora da escola. Jae-ki sabia que precisava fazer algo para que Taemin não perturbasse mais Eun-bi e não sentia nenhum um pouco de medo, mesmo que o outro fosse mais alto. Ele acreditava mesmo em suas próprias habilidades no Hapkido, e era até comum se envolver em brigas onde estava em desvantagem, porque sua raiva acabava falando mais alto do que a razão. Infelizmente os resultados não eram sempre bons, e no seu bairro ainda podia contar com a ajuda dos seus amigos. Mas mesmo assim, Jae-ki não era o tipo que se deixava intimidar.

    A enfermeira ofereceu a toalha pra se secarem e pediu que tirassem o blazer, Jae-ki dessa vez aceitou sem reclamar, já que Eun-bi já tinha sido atendida. Depois do susto, realmente começou a sentir a frio. Pior é que não tinha uma roupa seca, teria que esperar que secasse no próprio corpo. Depois de usar a toalha no rosto, esta saiu com algumas manchas pretas, por causa dos seus olhos. Agora que tava tudo borrado, parecia até que estava com o rosto sujo. Lembrou das suas coisas na mochila e murmurou:

    - Aishiii... Minha mochila ficou no lago, meu caderno já era...

    Não importava, pensava Jae-ki, ao menos não tinha dinheiro lá para molhar. Ele era do tipo que saia de casa apenas com o cartão de passagem. O caderno era barato ao menos, pelo menos o tipo que comprava, não aqueles com marcas da moda, como de filmes e coisas assim. Talvez até pudesse reaproveitar o que usou no ano passado, tinha sobrado folhas, pensava. Se cobriu com o cobertor dado pela enfermeira e aceitou o chá de boa vontade. Deixou também que tirasse sua temperatura, embora ficou um pouco sem jeito por não saber como ela faria, como que braço iria escolher, era falta de costume. O chá estava muito bom e realmente ajudava a aquecer. Quando a enfermeira disse que levaria tudo ao conhecimento do diretor, Jae-ki ficou tranquilo, pois acreditava que o testemunho de Eun-bi e de suas amigas servisse para que Taemim pagasse pelo fez, já que elas não eram bolsistas. Depois que Eun-bi já estava medicada e que também tomava o chá, Jae-ki sentou na cama para falar com ela, a observou primeiro como que para saber o estado dela, sempre com sua mania de dobrar o lábio inferior para dentro da boca quando ficava sem jeito:

    Capítulo 1 - Página 11 3fac426f1d878500d3fc120909b44c21

    - Você se sente melhor?

    Depois da resposta dela, Jae-ki suspira e colocando a mão no coração diz:

    - Eu levei um susto, achei que você não tava conseguindo respirar - Riu meio cansado da situação -  Você foi muito doida por me defender, não devia ter feito isso. Você acabou se machucando, me fez lembrar do primeiro dia que eu te vi, correndo atrás daqueles caras. Eu já disse, é perigoso, você tem que pensar em se proteger e não correr para o perigo. O alvo ali era eu e aquele saekki * - xingou -  acabou te machucando, não precisa se importar comigo, eu dou meu jeito. Não ligo de me machucar, mas você podia ter se afogado.

    Jae-ki podia parecer um pouco ingrato, mas achava muito legal gesto dela de defendê-lo, nunca tinha visto uma garota defendê-lo assim, era mais um sinal de que ela se importava. Eun-bi era corajosa ou era mesmo louca, e ele admirava isso, porém ao mesmo tempo era muito preocupante. A garota não parecia saber lutar, na verdade aparentava ser frágil e muito delicada e saber que uma pessoa assim tão importante para ele tinha se machucado, era pior do que ele mesmo se machucar. Ela até tinha sentindo mais frio do ele, ainda podia lembrar dela tossindo muito. Jae-ki sabia que já era calejado de brigas, mas via Eun-bi como uma borboleta delicada que em qualquer movimento brusco, poderia machucar as asas e ser muito grave. Borboletas machucadas podem morrer facilmente.

    - Não vou deixar aquele idiota chegar perto de você de novo, ninguém tem o direito de te tratar daquele jeito - Prometeu a Eun-bi com o semblante zangado, em seguida olhou ao redor e comentou - Uwa! Isso aqui é grande, na minha antiga escola era bem menor, só tinha uma cama.

    Quando a Senhorita Yang chegou para falar com eles, Jae-ki se irritou ao ouvir como Taemin tinha descrito a confusão, mas não estava surpreso. Sabia que se fosse só ele a dar o relato, ninguém acreditaria, até porque era a palavra de um bolsista que mal tinha responsáveis pra defendê-lo contra um cara que devia até pagar advogado. Mas contava com a força do testemunho do grupo de Eun-bi.

    - Escorregado?? - Repetiu revoltado - Ele, o loiro, o Taemin né? Ele me empurrou para o lago e machucou a Eun-bi, segurou o braço dela com força e empurrou ela também. Quase que ela se afogou, e agora está até com o pé machucado. Ele foi um covarde segurando ela daquele jeito. Também me xingou porque sou bolsista.

    Olhou para Eun-bi esperando que ela também confirmasse, pois já que sabia que seu relato não teria peso suficiente.
    Capítulo 1 - Página 11 OQyMeP8
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    Capítulo 1 - Página 11 Empty Re: Capítulo 1

    Mensagem por Natalie Ursa Qua Nov 08, 2017 12:02 am


    A garota deu uma risadinha quando Won Bin falou sobre serem os melhores espiões de WangJo, embora talvez não possuísse pleno conhecimento do quão ruim eram.

    MiSoo arqueou as sobrancelhas quando Won Bin começou sobre Kim Joo-Hyuk. Não sabia que esse era o nome dele, mas o que lhe deixou mais perplexa foi o fato de que o garoto à sua frente tinha já alguma informação sobre o ocorrido graças ao outro aluno novo. Será que tinha sido através dele que soubera sobre o ataque aos bolsistas

    Depois do relato sobre as pessoas perigosas da sala, MiSoo se engasga, mas quando  Won vem perguntar se está bem, ela dá um pequeno pulo para o lado por reflexo, reagindo à sua mão nas costas dela.

    - Está, está. - e só então começa a rir daquele jeito nervoso.

    MiSoo arregalou os olhos quase em desespero com a menção sobre o próximo professor poder ter uma arma assim como o de matemática. A garota já tinha se apavorado com a ideia de que o Sr. Chung viesse lhe ameaçar com a régua enorme, imagina mais um igualzinho! MiSoo estremeceu com a ideia, mas não disse nada à respeito. Mas logo ela se recuperou, fez uma cesta com o copo e tomou o rumo da sala de aula junto do bolsista.

    No caminho Won Bin lhe agradecia pelas informações sobre o pessoal da sala e lhe chamava pelo “codinome”, o que arrancou um risinho da menina, mas logo se tornou uma expressão de surpresa ao ouvir que o bolsista se oferecia para ajudá-la e aos seus amigos. Os olhos de MiSoo até brilharam com a oferta. Não conhecia mais ninguém tão disposta à ajudar pessoas que recém tinha conhecido - principalmente alguém de quem não lembrava nem do nome direito. Era impressionante como o garoto ao seu lado tinha todo esse jeito de herói, embora às vezes parecia desandar um pouco, principalmente na fala, como aconteceu com sua próxima frase.


    - Já que ofereceu, é melhor estar disposto à ajudar! - implicou com uma gracinha e um risinho meio infantil - Vou cobrar, Bat-Bin! - usou esse “codinome”, afinal era o único que lembrava.

    Seria um segundo amigo em apenas dois dias?? Nunca tinha sido tão eficiente em arranjar tantos amigos em tão pouco tempo! Primeiro fez amizade com um rei e agora com um herói! Apesar do lado ruim desses últimos dois dias, parece que também haviam momentos muito bons e valiosos.

    Ao chegarem na porta da sala, Won Bin se adiantou para entrar primeiro. Ao entrar na sala e mostrar a permissão para a professora de inglês, MiSoo logo percebeu que BoMi, Gyu-Sik e Jung Mi não estavam presentes na sala. Praticamente todos os seus amigos haviam desaparecido. O desânimo de enfrentar o resto da aula bateu na garota.

    MiSoo fez uma reverência à professora e dirigiu-se para seu lugar, separando-se de Won Bin. Agora sentindo-se solitária dentro da sala de aula com aqueles dois lugares vazios, um de cada lado da garota.

    Inglês era uma das matérias em que MiSoo mais tinha facilidade, mesmo assim não conseguia prestar muita atenção na aula, pois continuava preocupada com EunBi na enfermaria e com o desaparecimento do resto do pessoal. Quando BoMi disse que se encontrariam depois, MiSoo não achava que seria tanto tempo depois. Mal tinha visto eles acompanharem o inspetor e não sabia se poderia ser algo ruim ou não a demora para retornarem.

    Em meio à aula MiSoo se recordava de como a simples conversa entre EunBi e o bolsista tinha tomado tais proporções catastróficas. Tudo culpa do troglodita oxigenado. Ainda bem que ele também estava ausente, pois era capaz de MiSoo se virar e atirar o caderno na cara dele, de tão irritada que ainda estava por tudo o que Taemin fez no intervalo. Antes a jovem provavelmente não tinha grandes motivos para ter problemas com ele, mas agora só de pensar naquele cabelo descolorido seu sangue fervia.

    Enquanto pensava no ocorrido, uma lembrança curiosa lhe veio à mente. Tinha a impressão de ter ouvido Jung Mi discutir com Taemin. Não estava totalmente certa disso, mas a impressão que tinha era de que realmente tinha acontecido. Parecia algo bem inusitado. Nunca tinha visto o “rei” se meter em qualquer situação do gênero e agora isso… Talvez, quando o chamou de robô e indiferente, estivesse 100% equivocada… Ou será que tinha simplesmente mudado? Talvez se tivesse a chance - e não acabasse esquecendo - perguntaria direto à ele se tinha mesmo intervindo na situação caótica.

    Tinha mais uma parte em meio ao pânico tinha sido inusitada e até incrível. Ter recebido a ajuda do bolsista pela segunda vez que aparentemente tinha a habilidade de surgir do nada. Parecia um garoto bem legal, era só manter ele longe de plantas pequenas e indefesas.

    A aula de inglês passou meio arrastada para a garota, mas finalmente tinha chegado ao fim, agora só faltava mais uma. Antes da chegada do próximo professor, o garoto que lhe deu um susto enquanto ela e BoMi espionavam EunBi e Jae-Ki, entrou na sala e foi se sentar ao lado de Won-Bin. Esse era mais um que antes MiSoo nem tinha percebido que estava na mesma sala que ela. Desse recordou o nome porque lembrou de BoMi lhe chamando a atenção quando Kang não parava de falar.

    De repente um homem entra na sala de modo tão imponente que MiSoo tem vontade de se esconder debaixo da mesa. Será que ele também tinha uma “arma” como a régua do professor de matemática?? Mas logo ela se deu conta que era o diretor, o que tinha visto - mais ou menos - ontem na apresentação no auditório.

    Quase não notava o outro homem que entrou junto - o verdadeiro professor, pois tinha dando um pulinho na cadeira e aberto um grande sorriso quando viu os amiguinhos retornando todos juntos. Finalmente estavam de volta!! Fez até um movimento ainda sentada, que pareceu que iria começar a dançar.

    - Que bom que voltou, BoMi-yah!! - exclamou, mas em um sussurro para não importunando o imponente diretor - Estava morrendo de solidão aqui!! - os olhos até pareciam meio úmidos enquanto olhava a amiga com olhos repletos de esperança.


    MiSoo ficou surpresa com o discurso do diretor. Passou uma parte do tempo em que ele falava de boca aberta, em espanto. Ficou ainda mais impressionada quando ele começou a repreender Hyemin e Yerin. Nunca tinha visto o diretor anterior fazer algo assim. Parece que o novo diretor era bem diferente. Será que realmente se importava com os alunos da escola?

    Os cheques dados aos bolsistas que estavam no ocorrido do dia anterior também deixava MiSoo pasma.

    Quando o diretor falou que as duas iriam pagar pelo prejuízo e também limpar uma quadra, além de os pais terem sido avisados, MiSoo não pôde deixar de dar um pequeno sorrisinho quase implicante, embora olhasse para as duas pelo canto dos olhos. O importante é saber que as pessoas responsáveis por aquele ato horrível - mesmo que apenas duas delas - era muito bom! Um sinal de justiça da parte da escola.


    Seria muito bom se o sermão que o diretor acabara de passar surtisse efeito e fizesse parar de vez todas as maldades que o pessoal adorava fazer… Só que não parecia que isso iria acontecer.

    Enquanto MiSoo estava pensativa sobre as palavras que o diretor, que acabou de sair da sala, tinha dito aos alunos, o esquisito cabelo de ketchup deu uma risada super alta lá do fundo da sal que fez a menina sobressaltar na cadeira, com o susto que levou.

    A frase que ele disse em seguida era até bem engraçada, visto à situação em que as meninas se encontravam, embora a risada que acompanhava ela fosse meio sinistra. MiSoo ficou dividida,s em saber se deveria achar graça da frase ou ficar assustada com a risada exagerada.
    Capítulo 1 - Página 11 TAcYbQP
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    Capítulo 1 - Página 11 Empty Re: Capítulo 1

    Mensagem por Ailish Qua Nov 08, 2017 12:13 am

    O comentário de Dong ganhou um aceno positivo de Sunny, que já estava ciente do árduo caminho que ainda percorreria, mas ela era uma coisinha determinada, esforçada e, por sorte, abençoada com um cérebro diferenciado, embora o mesmo a traía algumas vezes. Por exemplo? No dia da prova para a Instituição. Quase que a menina não passou... – Obrigada, obrigada... É realmente difícil, mas não me vejo fazendo mais nada... – o que era a verdade, aliás. A decisão foi tomada muito cedo, junto da área escolhida. Porém, não acrescentou a informação, pois temeu aguçar a curiosidade dos colegas... e existiam situações que Sun-Hee preferia evitar. O clima estava tão bom... tão leve e descontraído... No entanto, apesar do episódio encerrado, não sentia ventos leves se aproximando. Era como se pudesse respirar o cheiro de terra molhada, aquele que anuncia uma tempestade.

    Uma tempestade horrível.

    Terminava de comer o Muffin, limpando as migalhas quando Dong a informou que a sra. Hye-Sun era sua mãe! Sunny arregalou os olhos e entreabriu os lábios de modo bastante surpreso – Sério? Nossa! Pequeno é pouco!!! Ela e a minha tia Yu-Mi são amigas de longa data. E sim... a sra. Dong sempre nos trata muito bem – Sun-Hee riu diante do pedido, todavia logo estreitou as pálpebras de maneira fingidamente desconfiada – Ora... Por que ela precisaria colocar espiãs para vigiá-lo, huh? Suspeito... – cruzou os braços e dividiu as encaradas sobre os outros meninos, como se eles fossem cúmplices – Hmmmm. Acho que posso usar essa informação ao meu favor. Que tal?

    Capítulo 1 - Página 11 8ed4df0bbd30e35329f317772969f0f6

    Ela pegou o outro bolinho e realizava o mesmo processo lento de mastigá-lo...

    Uma... Duas... Três...

    Até acabar.

    Chegou a fazer uma carinha triste enquanto recolhia os restos para jogar no lixo.

    - Pode enxugar esse suor da testa, por favor! Hahaha! Não tem com o que se preocupar... acho – fazia de propósito, claro, para perturbar.

    A conversa seguiu essa linha mais tranquila até que o sinal os avisava que o intervalo chegou ao fim. Sunny despediu-se de Ha Neul e Lee-Hi, também mostrando uma carinha chateada para os dois, mas ao lado de Kim, Stella, Dong, Ui-Jin e Min-Ho, voltou à sala de aula, e durante o curto trajeto, falaram sobre outras coisas e comentários envolvendo a Instituição; não das pessoas em si.

    Não percebeu as ausências logo de cara, mas com o passar do tempo, enfim, estranhou a demora. Alguns “conhecidos” já estavam lá, como Hyemin, Yerin, Hyun... Blehhh. Não ligaria se eles fossem os faltosos, principalmente a dupla de meninas porque bastava olhá-las e puf... o desconforto a atingia de forma inevitável. Por isso, apenas as ignorava, o que foi mais fácil quando a professora entrou.

    O que aconteceu com o restante dos estudantes, hein?

    Porém, evitou olhares indiscretos.

    A professora se apresentava e era nesse momento que um casal entrava e mostrava alguma coisa para a srta. Sooyoun. Claro que a cena chamou a atenção... Aquele não era o menino que tinha pedido para trocar umas palavrinhas com Kim?

    Seu pescoço já estava duro de tanta força que colocava para simplesmente não ceder ao anseio de virar numa direção...

    Mas ele não estava lá.

    Foi a primeira cadeira vazia que Sunny olhou ao entrar na sala.

    A aula transcorreu normalmente, mas não conseguiu se concentrar. Vez ou outra ficava pensando no que ocorreu para a turma, em peso, não se encontrar presente. Caprichou nas anotações e, dessa forma, poderia estudar detalhadamente numa ocasião menos... estranha. Quando o inglês terminou, poucos minutos depois, o professor de física entrava.

    Não...

    Não era o professor, Sunny se corrigiu em tempo.

    E se o coração não saiu pela boca por conta da angústia, isso ficou perto de acontecer ao ver Jung Mi entrando quase ao mesmo tempo do diretor Wang. De cabeça meio baixa, fitou o garoto e os outros alunos, engolindo em seco disfarçadamente. Suas expressões entregavam um problema.

    Só que... qual?

    Na primeira frase do discurso, o assunto foi prontamente captado por Sun-Hee.

    O episódio de ontem.

    Ela uniu as mãos sobre o colo e encolheu os ombros, mas não desviou os olhos do sr. Wang. E ao citar Hyemin e Yerin, o queixo de Sunny caiu, pois não esperava que as duas seriam expostas daquele jeito, na frente de todos – ou pelo menos de quem estava ali. O homem, de aparência agradável e simples, chamava as vítimas da brincadeirinha maldosa. Ao escutar o próprio nome, Sun-Hee praticamente pulou e escondendo o nervosismo, fez um rápido e respeitoso cumprimento antes de pegar o cheque e agradecer.

    Na virada para retornar ao assento...

    Encarou a Bruxa e a Nojentinha.

    Não havia ar de vitória ou deboche na feição de Sunny, entretanto o movimento de levantar o queixo não passaria despercebido.

    Capítulo 1 - Página 11 5855579f55fe56c79e840aa43990a7c9--kpop-girls-saranghae

    Estava nitidamente reafirmando o que dissera no dia anterior...

    Não tinha medo delas.

    O pior ainda veio: as duas teriam que limpar a quadra.

    Outros alunos foram citados também.

    Incidente no lago?

    Tomara que não...


    Sunny fitou o cheque por um tempinho e então o guardou na bolsa. Mal acreditava que...

    A voz irritante de Hyemin se destacou. Ela a observou por cima do ombro e revirou as orbes de modo teatral.

    Era tão infantil...

    Aproveitou para trocar olhares com os amigos, terminando-o em Kim. Independente do problema resolvido, Sun-Hee estava certa que a atitude do diretor apenas atiçou o vespeiro.

    Suspirou baixinho.

    Previa dias difíceis...

    Bem difíceis.

    A repentina gargalhada a assustou. Quem era o... Ah, certo. Por que não se surpreendia? Não satisfeito, Hyun ainda provocava as afetadas...

    Sun-Hee balançou a cabeça, achando a atitude tão ridícula quanto os resmungos birrentos de Hyemin.

    Entendeu qual era o problema desse pessoal.

    Talvez, e só talvez, o que faltasse nesses alunos do WangJo - na maior parte, pelo menos - fosse um pouquinho de maturidade.

    Afinal, crianças podem ser muito levadas quando querem.

    E cruéis.

    Definitivamente... cruéis.
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    Capítulo 1 - Página 11 Empty Re: Capítulo 1

    Mensagem por GodHades Qua Nov 08, 2017 3:38 am

    Ficou impressionado em ouvir como ela queria seguir aquele caminho, lembrava até um pouco de Han Neul, outro que parecia inteiramente decidido do que acabaria virando. Mesmo com pouca informação aquilo atiçou a curiosidade do virginiano, que deixou seu copo já vazio de café na beirada da mesa. - Preciso conhecer a sua tia qualquer dia desses, dai ficaremos em igualdade!

    Dong quase sorriu amarelo quando os olhinhos de Sunny ficam estreitados, parecendo desconfiados. Rapidamente encarou Ui Jin como se ele soubesse mais do que expressava. - Acho que não precisamos chegar a tantooo.
    Aproveitou para jogar o copo de café descartável no lixo, logo depois da menina jogar os restos do bolinho, que pareceu comer com certo remorso.

    - Minha consciência esta limpa, acredite. Quando tiver tempo sobrando irei aparecer para uma inspeção surpresa.

    Dizia em tom descontraído... mas antes deles prolongarem a proza, o intervalo chegava ao fim. Também se despediu de HaN e LeeH, com isso voltaria para a sala com os outros.
    Não parecia tão cheia e Kyung rapidamente foi para seu lugar, proximo da porta. Chegaram cedo demais, pelo que se mostra.

    Será que ninguem queria aprender ingles hoje? Logo na expressão da professora Dong pode ver que ela não gostou das ausecias. Diferente do Sr Chung ela era um colirio para olhos cafeinados.

    Alguns alunos acabaram entrando depois mas as ausencias ainda eram marcantes, por mais que Dong não os conhecesse diretamente.
    Quando a aula acabou, seria a vez do professor de física; otimo, pensou o garoto.
    O diretor chega com uma aura poderosa, sério, o famoso pistola. Dong chegou a ficar com um pouco de dor de cabeça também.

    A bronca vem forte, mostrando o desgosto do diretor para com os alunos, claro com a reputação em jogo, alguém lá de cima cedo ou tarde viria na sala para apurar algumas estranhezas, até bem percebidas por Dong.

    Que bom, que a atitude veio cedo.
    Ele tinha um certo polimento, quiça elegância na fala que captava a atenção de todos, inclusive do professor.

    "As vozes do video..."

    Essa frase ecoou bem na cabeça dele, mas ficou quieto, refletindo sobre o que ouviu. Não apreciou muito as punições, parece que saiu barato para quem fez, mais tarde certamente vai ser visto como motivo de piadinhas. É uma pena, alguns tem a chance e o poder para cortar as raízes de primeira, mas preferem deixar a mancha negra se alastrar.

    O diretor logo foi embora, e jeito como saiu do recinto, mostra que aquela sala não seria a unica a levar umas chibatadas. Dong fintou Sun-Hee por ultimo, meio virado de lado em sua cadeira. Meneou o rosto negativamente quando ouviu as risadas e outros gestos duvidosos, parece que o que o diretor acabou de dizer entrou num ouvido e saiu pelo outro. Não havia nada ali para se divertir, menos ainda debochar. Após isso esperou para ver o que o professor iria fazer, ansiando que o clima não estragasse a aula.
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    Mensagem por Persephone Qua Nov 08, 2017 3:13 pm

    [ENFERMARIA]

    Diferente do que a enfermeira No Eul tinha imaginado, a saída dos dois jovens que não estavam feridos, não trouxe mais calma para o lugar. Um dos pacientes ainda estava muito nervoso e com uma descarga de adrenalina tão alta que nem percebia as próprias condições. Primeiro tentou ser paciente, até porque podia compreender o susto que tinham tomado, mas depois precisou ser firme e dar um passa fora no garoto.

    - Deite-se, Sr Song!! - Disse de modo firme e autoritário demais para uma mulher de traços tão delicados. Franziu as sobrancelhas e fez um “hunf” antes de se voltar para a menina.

    A menina também ajudou, lançando um olhar apaziguador para o garoto nervoso, indicando que estava bem, apenas de tudo. Enquanto Jae-Ki estava entregue aos próprios pensamentos, revivendo tudo, Eun-Bi indicava para a enfermeira onde estava doendo.Afirmava que tinha torcido um pouco o pé e usou no fundo do lago para impulsionar a subida, de modo que achava que tinha magoado ainda mais a região.

    - Acredito que seja uma luxação simples, mas você precisa passar por um ortopedista. Vou fazer uma imobilização para não piorar e quando sua temperatura baixar, estará liberada. Ligarei para o seu responsável.

    - Meu Aboji!! - Disse prontamente e com um certo grau de nervosismo. - Por favor....

    A enfermeira a encarou e meneou positivamente. Jae-Ki e Eun-Bi tinham recebido toalhas e um chá quente para se aquecerem. De fato, o único problema com Jae-Ki era a temperatura, mas nada que não pudessem contornar. O garoto sairia primeiro do leito porque a menina não deveria mexer o pé, por isso, tão logo se sentiu melhor, ele já deu a volta para ficar perto dela de novo. O telefone tocou e a enfermeira foi ouvir a respeito da visita da Srta. Yang. Aproveitou para pedir que o responsável de Choi Eun-Bi, o Sr. Choi Sang-Woo fosse buscá-la.

    Eun-Bi estava aflita com toda aquela situação e carregava um olhar cheio de culpas porque sua mente já processava uma alternativa que quase ninguém entenderia. Tinha achado a estratégia de Taemin inteligente, pois a colocou numa posição que não sabia como prosseguir. Piscou um pouco assustada quando viu Jae-Ki ali perto de novo. Estava recostada, com o chá na mão, tinha bebido um pouco e ajudou a aquecê-la. O blazer de Won-Bin tinha sido retirado de suas pernas, porque ela recebeu uma manta também. Mas o gesto não tinha passado despercebido por Eun-Bi. Olhou para Jae-Ki e quando ele dobrou o lábio daquele jeito - uma mania que a garota percebeu que ele tinha - ela se viu forçada a abaixar o olhar antes que ficasse hipnotizada e não conseguisse desviar.

    - Ye (Sim). - Respondeu meneando de leve a cabeça. Foi o suficiente para que ele desmoronasse e começasse a falar sobre o susto.

    Eun-Bi o encarou de novo daquele jeito que misturava a culpa por um ato honesto com melancolia porque Jae-Ki não sabia reconhecer esses gestos de proteção. Ele que acabava protegendo todo mundo e ficava exposto - pelo menos foi essa conclusão que ela chegou. Foi um pouco ingrato, mas ela achou mais que ele simplesmente não estivesse acostumado com gestos como aquele. O que também era triste.

    - Miane...Por ter te assustado. Eu… - Engoliu em seco, pensando quais palavras exatamente escolher, visto que já tinha tomado uma decisão. - Eu não imaginava que fosse cair no lago. -As bochechas coraram de novo. - Mas não fale assim, Jae-Ki, eu sei que às vezes eu sou impulsiva e corro riscos desnecessários, mas...Eu não podia deixar que falassem daquele jeito com você. Ainda mais depois do que aconteceu ontem com as meninas, eu não queria que você também passasse por uma experiência ruim daquelas.

    Mas ele acabou passando mesmo assim, porque estava ali com o uniforme todo sujo e tinha sido agredido, de certa forma.

    - Assim como você se importa comigo, eu também me importo com você. Oras, você não pode querer me segurar no colo por meia escola e achar que eu não vou querer te proteger também.

    Arqueou uma das sobrancelhas e acabou fazendo uma massagem na têmpora porque tinha ficado com vergonha daquela cena e os olhares que tinham atraído.

    - Komawo...Por ter me salvado. - Disse, de repente, esboçando um sorriso no canto dos lábios, mas ele morreu um pouco quando ouviu sobre Taemin. - Jae-Ki, por favor...Não se meta com ele, nem busque vingança por isso. Está tudo bem comigo, tá? E você não viu muito bem o que aconteceu…

    Franziu as sobrancelhas e engoliu em seco algumas vezes. Tinha acabado de prometer que não ia mais mentir para ele, mas estava prestes de fazer exatamente isso. Antes que ela explicasse mais, a Srta. Yang entrou na enfermaria. Era uma mulher muito bonita, mas estava com uma expressão séria.

    Também, como podia imaginar que teria que lidar com tantos conflitos em menos de uma semana?

    - Bom dia, Song Jae-Ki, Choi Eun-Bi. Eu sou a diretora assistente, Yang Ji-Sung. Venho em nome do diretor para saber o que ocorreu no lago para que o diretor tome as providências necessárias. O Sr. Do Taemin disse que foi uma discussão e vocês escorregaram no lago, mas a Srta. Yoon Bo-Mi afirma que os dois foram empurrados. Já outra testemunha disse que não estava próximo o suficiente para ver o que aconteceu...Então?

    A Srta. Yang olhou para os dois para ver qual seria a versão deles. Jae-Ki confirmava a versão de Bo-Mi, mas Eun-Bi continuava um pouco séria. Ela suspirou e disse.

    - Eu não fui empurrada.

    A srta. Yang parou de mexer a caneta e a encarou.

    - Não?

    - Não. - Meneou negativamente. - O Jae-Ki foi. O Taemin o agarrou pelo blazer, falou várias besteiras para ele, xingando por ele ser um bolsista e o jogou na água. Eu gritei com Taemin e ele me agarrou pelo braço sim, mas eu caí sozinha. Quando me soltei dele, eu virei meu pé e acabei caindo.

    - Tem certeza do que está me dizendo, Srta. Choi?

    - Sim...Tenho.

    Eun-Bi estava com o olhar voltado para baixo e trincava a mandíbula enquanto dizia. Jae-Ki estava na água quando aconteceu, mas ele tinha certeza de que ela tinha sido empurrada. Ela estava mentindo de novo?! Por que?! Será que ela era incapaz de ser 100% sincera em alguma situação da vida?

    Imaginando que ele estava bravo, Eun-Bi nem teve coragem de olhar na direção dele. Continuou com o olhar voltado para o chá, engolindo em seco algumas vezes.

    - Certo… - A Srta. Yang falou. - Levarei isso ao relatório do diretor, de todo modo, houve uma agressão e o Sr. Taemin deve ser suspenso, pelo menos por hoje. Song Jae-Ki, você está liberado das aulas hoje, depois que a Srta. No Eul permitir. E Srta. Eun-Bi, seu pai já foi informado e está à caminho.

    Quando a diretora assistente se retirou, No Eul encarou Eun-Bi por um tempo e, depois, olhou para Jae-Ki também. Podia sentir que havia algo errado ali, mas achou melhor acabar com a situação antes que piorasse.

    - São 10:45, Sr. Jae-Ki. Você já pode ir, se quiser...Por que não passa no refeitório para comer alguma coisa? Imagino que tenha ficado o intervalo todo preso…

    Eun-Bi continuou com a cabeça um pouco baixa, sem dizer mais nada. Caso Jae-Ki saísse da enfermaria, veria o inspetor chegando à enfermaria com a mochila dele. Era o mesmo homem que tinha separado a confusão toda. Quando voltou até o lago, encontrou a mochila de Jae-Ki jogada ali. O material estava destruído mesmo, bem como o cartão do transporte, porque tinha sido molhado.

    Era bom Jae-Ki seguir com seus afazeres, porque às 10:55h, Taemin sairia da sala do diretor, no bloco principal, pois estava suspenso por aquele dia. E, talvez, não fosse uma boa ideia se encontrarem agora.

    [SALA DE AULA]

    (Dong, Hyemin, Hyun-Hee, MiSoo, Sun-Hee, Won-Bin)


    A aula de inglês não tinha sido das melhores até porque havia toda uma estranheza na atmosfera da sala. Para os alunos que ficaram no refeitório ou em qualquer outro lugar no interior do prédio, era um pouco curioso e até mesmo confuso entender porque tinha tanta gente fora de sala. Alguma coisa certamente tinha acontecido, mas a história não tinha ganhado forças o suficiente para se espalhar do mesmo modo que o vídeo.

    A entrada de MiSoo e Won-Bin foi recebida com bastante surpresa. Alguns cochichos baixos vindo, principalmente do fundão. Mi-Ran tinha se esticado para a frente, cochichando algo no ouvido de Eun-Na que apenas concordou. Beom-Su, o afetado menino que usava estilistas famosos em suas frases, observou MiSoo com bastante atenção.

    Gostava da menina, apesar de não ter um clube fixo. Na verdade, Beom-Su era tipo uma “abelha das fofocas”. Ficava aqui e ali, colhendo coisas e realizando a polinização. Seu trabalho era muito belo e bem feito, mas ele não era exatamente um “mau elemento”. Só estava tentando sobreviver àquela selva em forma de colégio da melhor forma possível. Até porque seu jeito, sua falta de força física e intelecto limitado o faziam um alvo fácil. Mas, pelo menos ele era divertido e conseguia atrair atenções de modo positivo.

    De todo modo, o garoto ficou olhando fixamente para MiSoo.

    Por que a florzinha estava sozinha? Onde estavam as amigas? Fez um beicinho, de dúvida, mas logo deu de ombros e continuou prestando atenção na aula de inglês.

    Stella também achou estranho, mas como ela não gostava de se meter nas fofocas, ficava escrevendo na apostila de inglês. Não havia dificuldade nenhuma nessa matéria para ela, pois Stella foi criada com essa lingua - e francês também. Afinal, ela viveu no Canadá até os 12 anos antes de ir em definitivo para a Coréia do Sul. Diferente do que podia ser imaginado, contudo, ela não gostava das aulas de inglês.

    Porque gerava um sentimento de saudade que era um pouco difícil de lidar. Sentia falta do Canadá e da vida que tinha por lá, principalmente dos amigos. A Coreia do Sul tinha sido um choque para ela e embora tivesse conhecido pessoas novas e feito poucas, mas verdadeiras amizades - como Dong, apesar de tudo - ela frequentemente pensava em sua casa. Sem perceber, ela começou a escrever os nomes de algumas pessoas no canto da folha, mas não em hangul, de modo que seria difícil para os outros entenderem, caso um dia acabassem lendo.

    Outra pessoa que não estava se importando com a aula, mas fingia que sim era Yerin. A Rainha de Gelo tinha um extremo controle de suas feições. Era sempre tão indiferente que frequentemente havia a dúvida se havia algum sentimento dentro dela. Felizmente, seus olhos ônix ajudavam a disfarçar o turbilhão de pensamentos que a acompanhavam.

    Não gostava daquela dúvida.

    Era como se estivesse perdendo o controle da situação e esse era a pior sensação para pessoas como ela.

    [...]

    A aula chegou ao fim e logo as preocupações de Won-Bin diminuíram. Kang entrou na sala um pouco sem fôlego e sem graça. Tinha cumprido a promessa e comprado um café, mas…

    - Eu me perdi, Won-Bin. Parei até no quarto andar. Esse lugar é enorme… - Suspirou. - Acabei tomando o café, depois de pago, tá? Po, fiquei nervoso, estava me sentindo sufocado, sem energias. Aí encostei na parede, me perguntando onde diabos a enfermaria ficava e tomei tudo. Desculpe por ter falhado na missão, meu amigo.

    Agarrou o braço dele, mas então percebeu que Won-Bin estava sem blazer e acabou tocando no antebraço dele, por cima daquela blusa. Kang ficou paralisado, em puro choque ao sentir...bom, ao sentir aquele bloco de concreto. Quase quebrou a mão quando tentou apertar de modo dramático. Ficou de queixo caído e afastou a mão.

    - Que isso, cara? Isso é um braço mecânico? - Afastou a mão, massageando os dedos. - Isso faz um estrago na cara de alguém. Por favor, não me bata nunca. Não quero morrer...É sério. Já me sinto ameaçado o suficiente! Gente…

    Até ficou quieto, depois dessa, principalmente porque um trio entrou com o diretor. Kang indicou a chegada da menina, mas Bo-Mi não estava com aquele sorriso de sempre. Na verdade, estava até um pouco encolhida e com a cabeça baixa, como se estivesse em dúvida se tinha feito a coisa certa.

    O irmão vinha logo atrás dela, seguido de Jung Mi. Gyu-Sik deixava a mão no ombro de Bo-Mi, mas logo a deixou seguir para seu lugar. A garota sentou-se em silêncio ao lado de MiSoo, com os ombros caídos. Gyu-Sik foi para seu lugar, ao lado de Yewon e Jung Mi faria o mesmo. A expressão do rapaz, no entanto, trazia um cansaço atípico, como se tivesse muita coisa para se envolver e problemas futuros para enfrentar porque já estava escolhendo o seu lado. Não olhou para ninguém em particular - nem Sunny, muito menos Hyun-Hee - e apenas pediu licença para ficar no canto.

    Bo-Mi sentou-se ao lado da amiga e a encarou diante da exclamação.

    - Desculpa por tê-la deixado sozinha. - Disse um pouco triste. - O inspetor me convocou para a sala do diretor e nem pude acompanhá-los até a enfermaria.

    Comentou baixinho, mas não deu para responder - a não ser que fosse com sinais - porque o diretor logo tomou a palavra.

    Apesar do imponente homem ter chegado com as pessoas envolvidas na situação do intervalo, ele estava ali para trazer novamente o assunto referente à ovada do dia anterior. Yerin já tinha sentido suas batidas pararem quando ele entrou ali, mas agora suas suspeitas se confirmavam.

    Os braços estavam sobre a mesa com os dedos entrelaçados e ali ficaram durante todo o discurso. Não houve nenhuma torção ou necessidade de contenção física por parte dela. Yerin recebia aquela bomba, mas simplesmente não dizia nada - para a decepção, surpresa ou preocupação dos demais. Os alunos antigos conheciam suficiente Yerin para saberem que ela jamais saía por baixo.

    Quando havia uma derrota, ela a aceitava e aprontava algo muito pior depois.

    Tinha sido assim na primeira semana de aula dela, quando entrou na 5ª série - e os antigos se lembrariam dessa história. Nunca houve provas de sua autoria, mas para demonstrar dominância sobre as meninas mais velhas que tentaram tirar vantagem dela e Hyemin - na época, a principal lider do colégio era Hyuna, a herdeira de uma emissora que foi à falência esse ano e resultou em sua retirada do WangJo por não ter como pagar, nem ter feito a prova dos bolsistas. Uma perda perfeitamente reparável para a instituição. Yerin colocou laxante na panela da comida daquele dia e proibiu Hyemin de chegar perto. 80% dos alunos passaram mal naquele dia, inclusive Hyuna e foi uma das poucas vezes que Yerin deu um sorriso de satisfação.

    Contra-ataques eram sempre melhores. Tudo bem que ela tinha dado o primeiro golpe, feito o “first blood” e agora recebia a consequência. Mas isso não seria o suficiente para aplacar nada. Até porque seu ódio estava triplicando agora.

    Quem foi a imbecil mesmo que tinha filmado aquilo?

    Como foi que o vídeo chegou ao diretor?



    Enquanto pensava nisso, Sun-Hee passava, lançando aquele olhar para ela. Yerin piscou lentamente, sem mudar sua expressão e a acompanhou com o olhar.

    Podia ouvir as palavras dela “não tenho medo de você”. Yerin virou a cabeça, vendo bem onde Sunny estava sentada. Perto daquele orelhudo que Hyemin tentava desprezar e dos outros nerds. Não podia tocar em Dong, mas Ui-Jin, Min-Ho...Stella? Eles não eram imunes. Muito menos aquela outra menina que estava com essa atrevida.

    Como era o nome mesmo?

    Não importa. Estava chorando, aquela fraca e era em quem Sun-Hee estava se amparando. Não tinha medo, né? Yerin era do pensamento que precisava doer para que as pessoas aprendessem, mas às vezes, a dor não estava na própria carne. Kim Sun-Hee podia não ter medo de sofrer, mas será que continuaria com a cabeça erguida e aquele olhar insuportável diante do sofrimento dos amigos?

    Yerin tombou um pouco a cabeça e olhou para o diretor quando ouviu os valores. Os uniformes seriam acrescentados à mensalidade dela. Logo, seu responsável estaria ciente do que aconteceu e do prejuízo. Isso fez Yerin erguer mais a cabeça e, de repente os sons morreram quando começou a projetar o que estava por vir. A ausência de expressão finalmente revelou alguma coisa, pois seus lábios se mexeram para baixo enquanto ela trincava o maxilar.

    Cerrou os olhos e a risada debochada daquele zé droguinha só piorou as coisas. Yerin não ouvia nada, nem ninguém, apenas a rouca gargalhada ao fundo enquanto sua mente começava a criar todo um alvo com fotos de quem tinha que ensinar algumas coisas.

    Começando por aquela imbecil do 2º ano que tinha filmado.

    Depois ficaria ainda mais atenta. Tinham enviado o vídeo ao diretor por questão de justiça ou porque queriam prejudicá-la? Dava para começar a separar as pessoas entre os justiceiros e os vingativos.

    A paranóia começaria a crescer em sua mente, mas antes duvidar de todos do que deixar a guarda baixa de novo. Porque ser pega, não estava em seus planos.

    Seria muito mais cautelosa das próximas vezes.

    Porque sim, ela não ia parar agora.

    [...]

    Quando a aula de física finalmente começou, os alunos podiam quase sentir saudades do Professor Chung e sua Matriz. Não era como se o Professor Pang fosse “malvado”, ele só não era um professor muito claro ou objetivo. O homem falava um pouco baixo, de modo retraído e seguia um caminho pouco didático.

    Era, de fato, um crânio. Alguém com um conhecimento vasto - sobre os mais variados assuntos - mas não parecia ser o tipo de pessoa que conseguia passar a matéria. Aqueles que tinham deficit de atenção ou simplesmente não gostavam de exatas, estavam prestes a encontrar problemas. Os alunos mais espertos e sagazes podiam conseguir se dar bem - muito bem - mas estudando sozinhos. Porque era mais provável que entendessem lendo os livros ou fazendo experimentos em casa.

    Ui-Jin e Min-Ho conseguiam entender bem, mas não sabiam como HaN tinha gostado do cara. Talvez porque HaN fosse mesmo muito bom em física. Mas, de modo geral, era uma aula maçante. Despertava pouco ou nenhum interesse.

    E, com isso, as horas se arrastavam.

    Porém, não existe nenhum sofrimento que seja eterno.

    E o sinal finalmente tocou, liberando os alunos para o almoço ou para irem embora. Muitos iam embora porque os clubes só começariam na semana que vem, então, podiam fazer outras coisas.

    A comida do colégio era boa, mas não o suficiente para que os prendesse ali para sempre.

    12:05 P.M.

    Os grupos começavam a se afastar. Yerin levantou-se e simplesmente disse para Hyemin.

    - Estou indo para a quadra.

    Não ia almoçar, mas não impediria a menina de ir, se quisesse. Acontece que Yerin realmente queria colocar aquela fúria para fora, mesmo que fosse esfregando os fundos da quadra. Ela definitivamente não era o tipo de menina que fazia chilique ou chorava ou batia o pé. Uma ordem tinha sido dada e ela iria cumprir.

    Mas ai de quem fosse lá perturbá-la.

    Pois Yerin estaria armada e não teria um pingo de arrependimento de usar. Antes de ir, contudo, ela passaria nos armários para guardar suas coisas. Não ia correr o risco de sujar sua mochila ou qualquer coisa do tipo. Já bastava o uniforme e...seu sapato. A raiva dela tinha acabado de aumentar.

    Min-Ho fechou o caderno e olhou para Dong. Yerin tinha acabado de sair da sala, feito um furacão, mas a maioria das pessoas não estava com pressa. Aproveitando que Ui-Jin ainda estava guardando as coisas, ele comentou.

    - O que você queria falar comigo ontem era essa história do bullying? - Sondou. Esteve curioso o dia inteiro, mas Dong nem tinha tocado nesse assunto.

    Aliás, o grupo agora se sentia ainda mais próximo depois de saber que a mãe de Dong era chefe de Lee Hi e Sun-Hee. Parecia até que iriam se conhecer de qualquer jeito. HaN até queria saber quando Dong ia levá-los ao Café para poderem conversar por lá. Não era o programa favorito deles, mas se tivesse a bebida, Dong se animava. Ui-Jin levantou-se, se aproximando da mesa dele.

    - Nós vamos sair hoje de novo?

    HaN queria comprar a calça e enquanto algumas pessoas saíam, HaN já estava ali na porta da sala, esperando por eles.

    Sunny receberia uma mensagem de Lee Hi avisando que estava no banheiro do andar. Perguntou se a menina queria almoçar por ali ou se queria ir direto comprar o uniforme antes do trabalho. Kim estava um pouco tenso. Ainda sentia o peso em seus ombros ainda que não tivesse feito nada de errado.

    Ouviu as provocações de Hyemin e não quis responder, mas sabia que as coisas poderiam piorar depois. Deu um suspiro e comentou.

    - Hoje realmente vou almoçar com minha mãe. Ela quer saber o que o diretor fez, sabe? Ontem ela soube, mas não fez nada por eu mostrei o e-mail do diretor…

    Stella tinha se aproximar um pouco nesse momento. Ajeitou a alça da mochila e ficou à disposição, mas também deu uma olhadinha na direção de Dong - por pouco tempo, mas o suficiente para ele encará-la, se sentisse os olhos cancerianos fuzilando a nuca dele - antes de se focar somente em Sunny.

    Bo-Mi ainda guardava suas coisas com bastante lerdeza, como se estivesse cansada. Kang tinha cutucado Won-Bin para ver se ele ia falar com as meninas de novo e saber o que aconteceu. De onde estavam, podiam ver a expressão preocupada de Bo-Mi, até que ela finalmente falou o que a incomodava.

    - Eu falei a verdade para o diretor, na frente do Taemin. - Revelou. - Era o certo a se fazer e meu oppa estava do meu lado, bem como Jung-Mi-oppa, mas… - Mordeu o lábio internamente, fazendo beicinho. - E se ele revidar agora? Se ele foi capaz de fazer isso com a Eun-Bi, que ele gosta, o que ele não pode fazer comigo ou com o Gyu? Ou com você, MiSoo-ya?

    Franziu as sobrancelhas e abaixou os ombros.

    - O diretor mandou alguém ir lá ouvir a versão do Jae-Ki e da Eun-Bi. Sabe o que a senhorita Yang disse? - Arqueou uma das sobrancelhas. - Que Eun-Bi-yah disse que não foi empurrada, que ela caiu, mas confirmou que o Jae-Ki foi empurrado. MiSoo-yah, por que ela fez isso? Quer dizer, todo mundo se colocou na mira e ela foi lá mentir?

    Meneou negativamente, com os olhos marejando.

    - Eu fiz papel de boba então, né? Eu tô muito chateada com ela.

    Bo-Mi, Jung e Gyu ouviram a história da secretária, porque, apesar do diretor ter dispensado, quando ele viu o horário, achou melhor ficarem e irem juntos depois. Por isso todos chegaram ao mesmo tempo.

    - Espero que ela tenha uma boa justificativa. - Finalizou com o rosto vermelho quase chorando.

    Gyu-Sik e Jung conversavam baixo sobre a mesma matéria, mas não perto de Won-Bin. Tinham saído da sala, esperando por Ryu para conversarem. Jung Mi estava um pouco preocupado por conta do que ouviu, mas prometia que nada iria acontecer porque Taemin não era tão louco assim. Pelo modo como Gyu-Sik o encarou, ninguém acreditava que ele não fosse louco o suficiente.

    Já Hyun-Hee podia sentir certa paz de espírito agora. Os olhares tinham saído de cima dele e as pessoas começavam a aprontar bastante. Enquanto saía da sala, contudo, ele pôde ver uma cena curiosa no corredor do banheiro, próximo às escadas.

    - Me dê isso aqui! - A voz de Eun-Joo chamou a atenção e o som de algo sendo puxado e caindo chamou a atenção.

    - Yaaah!! Você é doida!? - Chae virou-se para a garota. - Me larga!

    - Isso aqui é meu, sua ladra! - Eun-Joo deu um puxão no broche de joaninha da mochila de de Chae, por muito pouco não rasgando o tecido.

    Chae ficou com a boca aberta. Chae foi impedida de entrar no banheiro com Lee Hi porque Eun-Joo a puxou bem na hora. Lee Hi voltou e tentou interceder, mas as amigas de Eun-Joo não deixaram.

    - Sua garotinha mimada, inconsequente! Devolve isso, AGORA! - Agarrou o pulso de Eun-Joo e foi forçando a mão dela.

    - Não, sua maluca! Você roubou o meu broche!!

    - Não roubei nada!! Eu ganhei, ME DÁ!

    - Não!!Aaah!!O QUE É ISSO, SUA SELVAGEM!??!

    As duas ficaram se sacudindo, mas Chae cansou e mordeu o pulso de Eun-Joo. Não lá com muita força, porque foi algo impensado, mas foi o suficiente para o broche cair no chão, quicando algumas vezes e rolando na direção da varanda.

    Chae ficou com os olhos arregalados, vendo sua pecinha quase caindo no vão e se perdendo de novo. Ficou sem reação enquanto a outra se encolhia com a mordida e já estava pronta para agarrá-la pelo cabelo.
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    Capítulo 1 - Página 11 Empty Re: Capítulo 1

    Mensagem por Ailish Qua Nov 08, 2017 5:11 pm

    Após a saída do diretor, o clima dentro da sala simplesmente tomou um peso desproporcional. Não ousou mais olhar na direção de Yerin e Hyemin... E nem mesmo na de Jung Mi. Era como se a pressão estivesse nos ombros dele, e também em outras figuras presentes. Não tinha ideia do que aconteceu nesse intervalo de 30 minutos, mas foi tão sério quanto o ocorrido do dia anterior, arriscava o palpite. Decidida a esquecer esses problemas – pelo menos durante as aulas -, limpou a mente o máximo possível e tratou de prestar atenção nas explicações do professor Pang, o que se revelou uma tarefa mais complicada do que a própria física. Mas era uma questão de costume... Com o passar dos minutos e se esforçando muito para ouvi-lo, Sun-Hee finalmente conseguiu desenvolver o raciocínio e entender o básico da matéria. Com mais força do que o necessário, a ponta da lapiseira agredia a folha do caderno quando Sunny anotava os cálculos, fórmulas, e etc. Entretanto, qualquer aprofundamento do conteúdo... apenas estudando em casa, era o jeito mais fácil de aprender, ela concluiu.

    Já começava a fazer um esboço daquilo que seria o seu controle de estudos.

    Dividia a semana, os horários... uma organização metódica.

    Porém, as confusões estavam atrapalhando-a e bloqueando sua concentração.

    Quando o sinal tocou para liberá-los, ela não conteve um baixo suspiro de alívio... Porque, de repente, um dia maravilhoso tornou-se extremamente cansativo e era só o segundo de um ano acadêmico inteirinho. Guardava as coisas na bolsa em movimentos lentos e distraídos, quase como se não estivesse presente ali, mas o celular vibrou e a assustou, além de trazê-la de volta. Era uma mensagem de Lee Hi. E isso a lembrou de que não recebeu notícias de Chae, mas deduziu que ambas deviam estar juntas, ela e Lee Hi.

    Sunny encarou Kim e a postura desconfortável do amigo a deixou preocupada com ele. Não gostava de vê-lo desse jeito tão apreensivo, no entanto, ela também não sentia-se bem, mesmo depois da visita do Sr. Wang. Previa vingança, e de fato, não tinha medo das meninas, mas não desejava caminhar num campo minado, temendo explosões repentinas e desastrosas.

    Não passou em sua cabeça, na época das férias, que precisaria lidar com esse tipo de situação.

    Sobreviver a esta guerra que lhe enfiavam pela garganta...

    Não queria isso.

    Queria estudar.

    Aumentar as oportunidades de realizar seus objetivos.

    Respondeu à Lee Hi que encontraria-a no banheiro antes de seguirem para o refeitório. Não estava necessariamente com fome, porém ainda tinha que trabalhar, e nada dava certo de estômago vazio.

    Não precisava prejudicar a saúde também.

    - Sim, Kim, vá e a tranquilize...  – mostrou um sorriso pequeno – Agora está tudo bem.

    Nesse meio tempo, Stella se aproximou e recebeu outro sorriso. Sunny, em silêncio, tocou o braço de Kim, afagando-o de leve e só então o abraçou carinhosamente, encostando a testa no ombro dele – Por que não me escuta, bobo? – sussurrou enquanto se afastava e talvez ele não entendesse o que Sun-Hee quis dizer com aquilo – Você é teimoso, Kim Joo-Hyuk.

    Logo em seguida do comentário, Sunny olhou para Stella – Vamos almoçar? No caminho, a gente encontra a Lee Hi e espero que a Chae esteja com ela - suspirou.

    O grupinho de Dong estava mais adiante e Sunny os cumprimentou com um tchauzinho. Até pensou em convidá-los para comer, porém lembrou-se que eles disseram sobre sair depois da aula e havia outra delicada questão. Inclinou-se o suficiente para segredar algo a Stella – Você se aborreceu com o Dong, Eun? Apesar das brincadeiras, eu vi que parecia mesmo zangada... – chegou a mostrar um beicinho, como se compreendesse, mesmo que ainda não soubesse o motivo. Mas de certa maneira, sim, entendia...

    Quantas vezes já não puxou as orelhas do Kim Dumbo devido ao estresse que ele propositalmente causava?
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    Capítulo 1 - Página 11 Empty Re: Capítulo 1

    Mensagem por Sky Qua Nov 08, 2017 5:41 pm


    - Eu me perdi, Won-Bin. Parei até no quarto andar. Esse lugar é enorme… - Suspirou. - Acabei tomando o café, depois de pago, tá? Po, fiquei nervoso, estava me sentindo sufocado, sem energias. Aí encostei na parede, me perguntando onde diabos a enfermaria ficava e tomei tudo. Desculpe por ter falhado na missão, meu amigo.

    Won estava mais aliviado pelo amigo estar inteiro e vivo que pelo café perdido. Na verdade era uma parte do almoço de ontem que foi paga ali.

    -Relaxa Kang. Deu tudo certo e… - Kang pega em seu braço.

    - Que isso, cara? Isso é um braço mecânico? - Afastou a mão, massageando os dedos. - Isso faz um estrago na cara de alguém. Por favor, não me bata nunca. Não quero morrer...É sério. Já me sinto ameaçado o suficiente! Gente…

    ”Mas isso lá é assunto pra agora?” pensou, completamente pego de surpresa. Ele só estava sem o blazer, não tinha virado o Exterminador do Futuro!

    -Kang...foco - disse ao amigo, prontamente interrompido pelo momento das pessoas chegando.

    Notou que Bo-Mi tinha expressão nada alegre, como se estivesse em dúvida ou triste mesmo. Aquela visão era de cortar seu coração, Won sentia vontade de saltar numa voadora sobre todas as preocupações e problemas que fizeram ela perder seu sorriso…

    Dramático, mas era o que Won sentia.

    Percebeu como o irmão dela lhe apoiava, mesmo que num gesto simples de colocar a mão sobre seu ombro. Respeitava Gyu-Sik, era o cara que tinha acuado o motoqueiro maluco aquele dia. E com eles Jung Mi.
    ”Esse cara...eu não sei se vou com a cara dele” tinha um pressentimento quanto a ele, algo que lhe deixava incomodado sem saber o porquê. Talvez o papo de Rei e Corretivos tenha despertado uma desconfiança.

    Após o impacto do martelo do General Wang, a aula começara. Um professor que parecia muito inteligente, mas pouco didático. Won estava quase com saudades do professor de matemática, que era maluco, mas pelo menos parecia ter vontade de viver.

    A aula terminava e o burburinho começava, os grupos se afastando. Won olha para Yerin brevemente: a Rainha das Cobras estava mais para Rainha de Gelo. Tinha a impressão de que veria aquela expressão sombria muitas vezes naquele ano. A outra punida era a tal Hyemin:

    ”Não tive a impressão de que ela fosse uma das malvadas no começo. Será que ela é tipo um bode expiatório? Será que nesse grupo é o caso da grande má influência da Rainha sobre suas súditas? Ou são igualmente corruptas e tem ela como a mais maligna?” estava pensando dessa maneira clichê, mas Won sabe que as pessoas são um pouco mais cinzentas que aparentam.
    Se recordava de alguns casos que seu pai comentava, por cima: as pessoas podem fazer coisas horríveis e mesmo assim ter um pouco de bondade. Fazer Justiça era ver além do simples bom e mal.
    Sentiu o cutucão de Kang, olhando em direção a Misoo e Bo-Mi. O coração acelerava novamente, não só porque era Bo-Mi ali, mas porque ela parecia tão preocupada…
    Olhou para o celular rapidamente enquanto levantava. Nada de mensagem do Jae ainda.

    Não deixou de ouvir o que Bo-Mi dizia enquanto se aproximava andando.

    E se ele revidar agora? Se ele foi capaz de fazer isso com a Eun-Bi, que ele gosta, o que ele não pode fazer comigo ou com o Gyu? Ou com você, MiSoo-ya?

    Won não conseguia nem imaginar ver uma cena parecida acontecendo com Bo-Mi, mas se Taemin fosse realmente se vingar dela também Won faria de tudo para impedir. Sentiu uma fúria ainda maior imaginando Taemin concretizando sua agressão em Misoo, que muito provavelmente não deixaria de resistir.

    ”Eun-bi negou a história!?” era muito esquisito.

    - Eu fiz papel de boba então, né? Eu tô muito chateada com ela.
    - Espero que ela tenha uma boa justificativa.

    Won se aproximou lentamente, tentando não assustar as duas.
    -Oi… - disse meio sem graça olhando para Misoo e para Bo-mi em seguida - Desculpa, eu não pude deixar de ouvir. As coisas então ficaram...complicadas - era a maneira mais sutil de comentar sobre o relato falso de Eun-bi.

    Olhou rapidamente para Kang, vendo se ele dizia algo encorajador. Ou engraçado. Qualquer coisa que animasse as duas.

    -Me perdoem meninas, se eu tivesse sido mais atento poderia ter visto o Taemin chegando e aí o dano poderia ter sido menor. A Eun-bi então está melhor? O Jae não me mandou mensagem ainda - comentou, se desculpando mais uma vez por não ter sido rápido o bastante.

    O clima era tenso, não surgia nada em sua cabeça para animar as duas.

    -Não...não é sua culpa Bo-Mi. Alguém deve ter visto os dois e dedurado pra ele. A ideia de juntar os dois pra conversar foi muito boa, eles precisavam se entender - sorriu um pouco nervoso - O Jae é meio desconfiado, ele ia ficar encarando ela com raiva pelo resto do ano - tentou fazer um comentário leve sobre o amigo.

    -Taemin deve ter levado alguma punição séria, mesmo que só possamos provar que Jae foi empurrado na água. Mas ele vai voltar, mais nervoso ainda... - era um pouco duro dizer aquilo, mas precisava ser realista.

    ”E agora eu sou um alvo. Não vai ignorar minha presença depois de quase brigar com ele”

    -...mas eu não vou deixar ele fazer nada com vocês- disse com convicção. Não sabia como poderia garantir essa promessa, mas tentaria a todo custo.

    Entretanto, existia um plano em formação em sua mente. Enquanto isso ainda queria terminar seu mural mental.

    -A Eun-bi deve ter um motivo para ter dito aquilo. Será que ela não tentou amenizar a fúria do Taemin? Eu acho que...bem, não sei se foi uma boa ideia. De qualquer forma eu espero que ela não tenha se machucado

    Deixou de falar um pouco, meio envergonhado.
    -Err, eu e o Kang vamos ver o Jae na enfermaria. Não sei se a Eun-bi vai estar lá ainda, mas se quiserem ir com a gente… - fez a proposta mas não sabia se elas gostariam de ir junto. Nem se era muito prudente, haviam olhos e ouvidos espalhados por aí.

    De qualquer iria com Kang, agora que sabia o caminho, até lá. Pegou o celular e mandou mensagem para Jae.

    -Yo Jae-Dragon. Como você tá? Ainda na enfermaria? Eu e o Kang estamos indo aí - mandou a mensagem.

    Que dia, e ainda era só metade. Mais tarde ainda tinha o desafio de almoçar, ir no emprego novo, treinar...

    Capítulo 1 - Página 11 JCPjtiU
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    Capítulo 1 - Página 11 Empty Re: Capítulo 1

    Mensagem por Natalie Ursa Qua Nov 08, 2017 7:33 pm


    A aula de física era pior do que um jogo de enigmas impossíveis de resolver, nada fazia sentido. MiSoo já estava achando que precisava se preparar para um ano de castigo, pois não estava tão confiante de que poderia passar quando tinha um professor com uma arma ensinando matemática e outro que presente ou ausente não faria diferença nenhuma. Embora houvesse tido algum sucesso em entender algumas coisas - graças à apostila - a silêncio total de BoMi incomodava bastante MiSoo. Era como se ela não estivesse ali e a tenista continuasse sozinha. Era bem estranho, mas como a menina se mantinha em silêncio, preferiu comentar algo apenas quando a aula acabasse, o que pareceu levar séculos.

    Quando a aula FINALMENTE acabou, MiSoo ficou um tempo sentada, apenas observando BoMi guardar o material daquele jeito totalmente arrastado. MiSoo já estava com medo de que algo terrível houvesse acontecido enquanto estiveram em companhia do diretor. Ela chegou a olhar para os garotos que voltaram junto da amiga, mas até eles pareciam manter um ar diferente.

    A garota finalmente levantou e pegou o estojo da mesa para guardá-lo pensando no que deveria perguntar à amiga, quando BoMi se pronunciou.

    Na primeira frase de BoMi, MiSoo abriu um sorriso, já pronta para parabenizá-la pela coragem de denunciá-lo em frente ao próprio oxigenado, mas a segunda parte da frase, terminada naquele “mas” angustiante, logo lhe tirou o sorriso.

    - Se ele for louco o suficiente para vir revidar, ele vai se ver comigo! - sabia que não tinha chances contra um garoto forte e agressivo como Taemin, mas não sabia exatamente o que o que dizer - E depois nós não estamos sozinhas aqui. - esboçou um sorriso e segurou as mãos da amiga, para tentar dá-la um pouco de conforto.

    Ouviu a próxima frase da amiga enquanto lhe segura as mãos, mas quando BoMi mencionou a mentira que EunBi tinha contado para a vice diretora, MiSoo soltou suas mãos e ficou estática por alguns segundos, como se precisasse processar o que tinha ouvido para entender direito.

    - Ela… Mentiu…? - balbuciou as palavras sem conseguir acreditar.

    Como EunBi tinha sido capaz de negar quando todos eles tinham visto que ela tinha sido empurrada??? Agora entendia as expressões de BoMi durante a aula. Tinha contado toda a verdade diante do meliante, se exposto desse jeito, para EunBi mentir, dizendo que não tinha sido empurrada??? Por que sua melhor amiga estava sendo tão injusta com BoMi. Não só com ela. Com Gyu-Sik e Jung Mi que foram aparentemente apoiá-la enquanto ela dizia a verdade e até com o garoto que tinha impedido Taemin de fazer mais uma vítima… Até mesmo com MiSoo…

    - N-não… Mas… Por quê…? - a cabeça da jovem estava confusa agora.

    Simplesmente não conseguia entender… Baixou a cabeça para encarar o chão, mas o olhar estava distante. Tentava achar uma resposta para entender a decisão de sua amiga… Será que estava com medo de Taemin? Tanto medo assim para ser capaz de mentir mesmo depois que BoMi tinha contado a verdade diante do oxigenado??




    BoMi voltou a falar, e MiSoo rapidamente levantou a cabeça, voltando a prestar atenção no que estava acontecendo e ouvindo atentamente a amiga. Com a pergunta dela, MiSoo rangeu os dentes antes de responder em um tom firme, porém meio baixo:

    - Não, de maneira nenhuma você fez papel de boba! Você contou a verdade. - segurou BoMi pelos ombros e a encarou bem de frente, com uma expressão bastante séria - E saiba que mesmo que a EunBi resolver causar problemas e mentir para se proteger, eu ainda estou aqui do seu lado. E se você realmente fez papel de boba, então somos duas… Ou somos quatro... Cinco!.. Seis…? - fez uma careta meio forçada de confusão para tentar amenizar um pouco a tensão, chegando a torcer os lábios.


    Estava tentando incluir também os bolsistas que participaram, principalmente aquele que tinha lhe salvado das garras do oxigenado!

    - Calma, BoMi-yah! - deu um abraço apertado na amiga quando percebeu que o rosto ficava vermelho e que ela iria chorar - É bom ela ter mesmo… Pois estou muito contrariada com a atitude dela… - no momento estava sentindo-se irritada com aquela atitude, mas era bem capaz que em poucos minutos a tristeza batesse mais forte e MiSoo ficasse no mesmo estado que BoMi.


    Não podia acreditar que EunBi tinha feito algo assim e não tinha nem contado para elas… Pelo menos ainda.

    MiSoo continuava consolando a amiga com o abraço, quando os dois bolsistas se aproximaram dela e Won Bin lhes deu um oi. MiSoo soltou-a meio sem vontade e só então olhou para a dupla

    - Ah. Olá… Outra vez. - forçou um sorriso nos lábios,mas estava abalada demais com a situação para realmente ficar alegre.

    Com a afirmação de Won, MiSoo apenas meneou a cabeça em afirmação de um jeito totalmente desanimado, do jeito que BoMi estava antes de falar com ela.

    Ouviu as palavras que ele trocava com BoMi sem dizer nada, ainda com a cabeça na mentira de EunBi. Só voltou a falar quando novamente o garoto se disponibilizou para protegê-las.

    - Ah! Sim. Você disse que nos ajudaria, não é? Veja só, BoMi. Ele até parou o Taemin. É só chamar ele se o oxigenado vier ameaçar! - tentou um tom de brincadeira para deixar a amiga mais tranquila, embora não quisesse incitar alguém a brigar com um colega dentro da escola.


    Não queria ser responsável pela suspensão que esse bolsista podia receber se fizesse isso.

    - Eu não sei… - respondeu novamente à Won Bin, perdendo novamente o humor - Eu espero que ela saiba o que fez… Ou que tenha uma boa explicação para ter deixado suas amigas na mão… E.. Eu acho que ela se machucou… O jeito com que me pediu para levá-la à enfermaria… Mas… Espero que não seja grave… eu… - respirou fundo, sem continuar a frase.

    Queria muito saber qual era o estado de EunBi, esteve aflita boa parte da aula por notícias de seu estado, mas agora que poderia ir lá vê-la, já não tinha muita certeza de que conseguiria ir falar com ela sem acabar ficando ou completamente irritada ou então totalmente abalada.

    MiSoo novamente forçou um sorriso quando as convidaram para ir à enfermaria e olhou em direção à BoMi. Era um olhar que pedia por apoio, que demonstrava que a tenista estava tão destroçada quanto BoMi depois de receber a notícia da mentira quando todos tinham se arriscado por ela.

    - BoMi-yah… Você quer ir ver a EunBi? Eu vou lhe acompanhar se você quiser ir, mas se preferir deixar para falarmos com ela em um momento mais apropriado lhe acompanharei também. - preferia não ir… Não de cabeça quente ainda, mas faria como a amiga escolhesse, pois agora estava mais preocupada com a tristeza BoMi do que com EunBi.
    Capítulo 1 - Página 11 TAcYbQP
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    Mensagem por Luxi Qua Nov 08, 2017 8:04 pm

    Aquele método de aula muito aborrecia Hyun Hee ou talvez fosse o retorno do irmão para sala de aula e sua indiferença em relação a ele. Ainda assim o professor lembrava um médico psiquiatra aborrecido, com muito conhecimento, mas pouca didática ou preocupação com quem estava se dirigindo, no caso os alunos.

    Apesar disso, não tinha nada melhor a fazer que não fosse de fato tentar extrair alguma coisa da aula. Talvez algum conteúdo se assemelhasse com o ano estudado fora. Qualquer coisa era melhor do que ficar pensando em bobagens. Concentrou as últimas horas na escola na tentativa de ler aquela apostila sozinho.

    Os acontecimentos na escola já não eram mais seu problema e ele sentia como se tivesse resolvido todas as suas pendências. O sinal tocou em boa hora e ele não demorou a meter os pertences na mochila e sair direto da sala. Não era como se estivesse cheio de amigos para conversar até o almoço. Hora de uma volta de moto e almoçar no primeiro lugar que lhe desse na telha. Isso... se não estivesse na situação ridícula de ter uma babá do lado. Suspirou. Não sabia exatamente o que fazer, mas imaginava que decidiria isso antes de chegar no refeitório ou na saída. Provavelmente a segunda opção.

    Já estava quase aliviado e em humor praticamente normal quando avistou o pequeno barraco entre duas garotas. Inicialmente continuou andando, mas parou ao notar quem eram aquelas duas e principalmente o objeto da briga. A expressão tranquila se desfez e um ar aborrecido o invadiu.

    Ficou a uns cinco passos da briga, assistindo em silêncio. Primeiro, sentiu um profundo desprezo pela ex namorada. O que ela achava que estava fazendo? Demorou a notar que era por causa do broche, mas quando a peça completou sua análise, ele chegou a soltar um ar de riso pelo nariz. Não interferiu. Olhou curioso para Chaeyoung, que era muito diferente de uma menina indefesa. Ela não apenas xingava de volta como, aquilo sim o tinha deixado surpreso, tinha mordido a menina. Fez uma careta que ficou entre a surpresa e o riso. Que garota louca. Era tão importante assim aquele broche para ela? Um sorriso estava prestes a se formar em seu rosto quando Eunjoo fez aquele movimento de quem atacaria a menina.

    Sem pensar duas vezes, ele avançou os passos restantes com passadas largas, agarrando o braço da ex-namorada e acabando por largar a própria mochila no chão. Apertou os olhos, sentindo aquele ódio queimando dentro de si. Não sabia exatamente por que estava fazendo isso, mas a garota tinha passado dos limites e sua imagem de alguma forma o enojava completamente agora. Para a infelicidade de Eunjoo não era como se o rapaz fosse muito dono de suas ações, especialmente quando com raiva, por isso, de repente ele a tinha puxado pela mesma mão e a empurrado contra a parede.  Ficou a centímetros dela, cercando-a com aquele olhar lunático.





    - Ya. Michyeosseo? (Você tá louca?) - deu uma encarada nela, enfrentando-a com o queixo. Inclinou o rosto para o lado, como se estivesse entendendo-a pelo rosto. - O que está fazendo? Por que está incomodando ela?  - olhou para o lado, encontrando o broche no chão e então aproximou mais o rosto. Sua voz virou um sussurro. - Ah. Entendi. Está com ciúmes. Não fique. - um sorriso largo se formou conforme ele aproximou os lábios do ouvido dela.  -  Eu te dei um presente ontem. Você não se lembra?  - Afastou-se com uma expressão de satisfação. Referia-se à garrafa. E sabia que lembrar disso a machucaria.  -  Agora pegue. - deu um passo para trás e a encarou como ela nunca tinha visto antes, com uma seriedade pétrea. -  Pegue o que você derrubou.


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    Mensagem por Gakky Qua Nov 08, 2017 8:42 pm

    Jae-ki observava Eun-bi atentamente enquanto ela o respondia. Quando ela respondeu sua repreenção por tentar defendê-lo, gostou de ouvir como ela se importava com ele. Seu olhar até focou nos olhos dela por longos segundos, estava feliz por vê-la bem e falando. Sorriu quando a bailarina comentou sobre ele a ter carregado, mas para Jae-ki era diferente quando Eun-bi queria protegê-lo, porque achava ela fraca e não queria que se machucasse.

    - Mas é diferente - Respondeu teimoso ao que ela disse sobre querer protegê-lo, fez bico e retrucou - Porque, porque... É mais fácil você se machucar do que eu. Eu só me molhei e já você, feriu seu pé.

    Não iria admitir, mas realmente gostava de saber que Eun-bi, mesmo muito mais rica do ele imaginou que seria, se importava com alguém como ele. Talvez ela fosse mesmo diferente e conseguia enxergar o seu valor, assim como o professor Kim. Jae-ki tombou a cabeça para o lado para observá-la massageando as têmporas. Percebeu que Eun-bi não gostou muito quando ele falou que a protegeria de Taemin. Porém o que ela disse por último que mais o intrigou, até suas sobrancelhas se arquearam. " Eu não vi bem? Que?" - Repetiu em pensamento confuso, não entendeu o que ela quis dizer nesse momento.

    Depois que a Senhorita Yang chegou e Jae-ki explicou sua versão, havia chegado a vez de Eun-bi falar. O garoto não tirou os olhos dela, sabia que seu relato seria decisivo e pela primeira vez tinha uma testemunha ao seu favor, uma que acreditava que não mentiria como aqueles colegas da escola antiga. Até que ouviu a primeira resposta de Eun-bi, arregalou os olhos espantando com o que ela dizia, realmente não esperava por isso, tanto que nem respondeu imediatamente, mas apenas observou onde isso iria dar. Ficou pasmo com o relato dela, Jae-ki tinha certeza do que viu e agora sentia que estava levando uma apunhalada no peito. "Por que ela fez isso comigo? Depois de tudo que conversamos... " Isso só poderia ser explicado de uma forma, Eun-bi estava protegendo o loiro, sim, aquele cara desprezível e agressor de mulheres. Jae-ki até se perguntou se Eun-bi amava o cretino loiro, mas a verdade é que já não entendia mais nada. Há alguns minutos dizia que se importava com ele, e agora defendia Taemin? Justo quando parecia ter ganhado o dia, Eun-bi tinha que fazer isso com ele?

    Jae-ki estava tão surpreso que ficou sem palavras por um momento, apenas a encarando, Eun-bi estava olhando para baixo e parecia saber o que tinha feito de errado. A diretora assistente se retirou e logo a enfermeira fez algumas perguntas para ele. Quando ele ouviu ela falar do refeitório para comer algo, Jae-ki acabou soltando um riso abafado, estava nervoso e achava quase cômico como tinha perdido a hora do intervalo. Notou que se não tivesse aceitado conversar com a bailarina, nada disso teria acontecido. Talvez tivesse experimentado os chás com Kang e incentivado Won Bin a comer algumas frutas, mas agora estava molhado, sujo, e com o coração dolorido de novo. Apesar de tudo, não se importava tanto com o que aconteceu, poderia levar de boa os xingamentos, a roupa molhada e suja, era ruim claro, mas não pior do que sentia ao ouvir Eun-bi mentir.

    - Depois eu vou... - Respondeu a enfermeira, ainda sem desgrudar os olhos de Eun-bi.

    Quando a enfermeira se afastou, ele se aproximou de Eun-bi para que não precisasse gritar, não iria levantar a voz igual ao dia anterior. Até porque agora, estava com tanta raiva de Taemin, que odiaria se igualar a ele. Mas estava muito irritado e disse com a voz carregada de raiva:

    - Wae? (por que?) Eu não te entendo Eun-bi, é sério isso? Tá achando que eu sou um retardado para acreditar que você só caiu? Você mentiu e sabe disso. E o que me deixa mais louco é ver você defendendo aquele isekiya!*(filho da..) Ele te machucou e podia ter sido pior! Aquela história de ter se importado comigo, não faz sentido agora. De que adianta dizer isso e depois mentir. Isso é mais um motivo para você não se meter nos meus problemas. Se é para mentir assim, não se preocupe mais comigo, é sério! Porque não faz sentido! Me deixa confuso. Isso porque você queria recomeçar, tá sendo mesmo um ótimo recomeço... Na sala, até me falaram que ele era seu dono, e eu tô começando a acreditar que é. Só que você é livre Eun-bi, não tem que aguentar aquele dondongori* (pedaço de merda) e nem ninguém. Logo você que é tão rica, não tem que aceitar essas coisas! Por isso não entendo! Eu já aviso que eu não vou aceitar! Estou cansado de me fazerem de idiota! Achei que você era diferente!

    Jae-ki se levantou rápido e muito irritado, tinha se controlado muito pra não gritar. Ainda se importava muito com Eun-bi e por isso doía muito quando ela o decepcionava. A garota já tinha machucado o pé e de nada adiantaria gritar agora. Era pura verdade que não conseguia entendê-la, por isso amava matemática, era tudo tão exato e sem mentiras. Ela não tinha colocado a culpa em Jae-ki do ocorrido, como alguns colegas seus fizeram no passado, mas não conseguia mais acreditar com certeza que no futuro Eun-bi não faria isso. Ainda mais por um cara tão inferior quanto Taemin.

    Ele saiu rapidamente da enfermaria, já sabia que a garota estava bem e o pai iria buscá-la, então não tinha com o que se preocupar. Mesmo estando muito magoado, ainda se importava muito com a segurança dela. Isso podia ser muita tolice, mas nada estava fazendo muito sentido em seus sentimentos mesmo, não depois de conhecer Eun-bi. Logo encontrou o inspetor quando saiu, este levava sua mochila, ele a pegou e sentou em um canto do chão mesmo para checar o estrago. Xingou muito ao ver seu material destruído e principalmente o cartão de transporte. Estava sem passagem para ir para casa e não tinha dinheiro para comprar outra, não tinha trazido nenhum centavo. Logo pegou o celular para pedir ajuda a Won Bin ou Kang, eram seus unicos colegas ali, mas sua bateria tinha acabado.

    - Aishiiii... Jiral... - Xingou.

    Não havia mais ninguém que pudesse pedir o dinheiro da passagem, por isso teve que tentar a secretaria. Não custava tentar, o máximo que receberia era um não. Chegou lá todo molhado e em condições nada agradáveis, já que parecia um cachorro molhado com cheiro de lago. Sem qualquer timidez, ele se aproximou e perguntou para quem estivesse na secretária (se tiver um balcão, ele vai apoiar os braços em cima):

    - Eu sou Jae-ki, cai no lago e meu cartão de passagem estragou, tava na minha mochila - Mostrou o cartão molhado para eles - Só que eu não trouxe nenhum dinheiro, não tenho como pagar minha volta para casa e é muito longe para ir a pé, vai demorar muitas horas. Vocês podem me ajudar e me dar dinheiro para eu conseguir voltar para casa? É o preço do metrô, é bem barato. Amanhã eu trago o dinheiro e pago de volta. Posso carregar meu celular aqui também?

    Depois de receber a ajuda, Jae-ki planejava procurar o loiro e pegar algo para comer até que viu Taemin também ali na secretária esperando. Era a oportunidade perfeita e ele não deixaria passar. Se aproximou do loiro com uma expressão de ódio e disse:

    - Eu não tenho medo de você, saekki*. Você me chamou de garota, mas me empurrar para o lago e machucar Eun-bi, que não tem força para se defender, parece mais a atitude de uma menininha mimada do que de um cara. Achou que eu ia me importar mesmo de estar molhado? Patético. Garotos ricos são todos frescos mesmo. Se é mesmo homem, vai querer resolver isso como homem. Eu e você, fora da escola, sem os funcionários para te defender. Nada de lago ou de atitudes infantis, até minha irmã de oito anos é mais madura que você. Vamos resolver isso no braço, não machucando uma garota indefesa, assim é fácil. Você vai aceitar minha proposta se tiver coragem, ou talvez só se garanta contra garotas e dentro do colégio. Mas se tiver coragem, me diga a hora e o lugar. Não sou o tipo que deixa me pisarem, vou te dar o que merece.

    Depois de se resolver com Taemin, Jae-ki vai sair cheio de marra arregaçando as mangas da camisa para cima enquanto diz:

    Capítulo 1 - Página 11 085c4b3937e1578bb3c0af2222148af1

    - Te vejo lá.

    Se puder, Jae-ki vai até o refeitório comer bastante para recuperar a energia. Vai se acabar nas frutas grátis enquanto também alimenta seu ódio de Taemin, doía também a decepção que teve com Eun-bi e isso o ajudava a ficar cada vez mais cego de raiva. Nada poderia convencê-lo do contrário, nada mesmo.  Depois de comer ele vai embora, comendo no caminho um cacho de uvas, tinha que aproveitar algo bom desse colégio que só o deixava irritado. Assim que ver que o celular carregou pouco, vai roubar o wifi de algum lugar conhecido, vê a mensagem de Won Bin e logo responde:

    - Já sai da escola. Eun-bi está bem. Desafiei Taemin para uma briga, mas fica esperto, isso é só entre nós. Vai ser fora da escola e hoje, não se preocupe. Vou dar a esse cretino o que ele merece. Eu vi o que você fez, por isso sei que me entende.


    Capítulo 1 - Página 11 OQyMeP8
    Luxi
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    Capítulo 1 - Página 11 Empty Re: Capítulo 1

    Mensagem por Luxi Qua Nov 08, 2017 9:25 pm

    A raiva pela risada de Hyun Hee e os olhares de deboche ou triunfo dos outros eram guardados em um canto por causa da preocupação com a amiga, que parecia completamente concentrada e alheia ao mundo. Yerin estava sofrendo de verdade. Hyemin suspirou, sentindo-se inútil por não conseguir ajudá-la agora. Não teve coragem de tocá-la naquele estágio. Era como se fosse perdê-la naquela sintonia estranha. Olhou para baixo, chateada. Por que tinha que ser desse jeito? Sabia que tinha errado e a amiga mais ainda, mas na frente de todo mundo? Fez um beicinho, já que ninguém soltou nenhum tipo de provocação para elas mais. Tirando seu oppa. Por que ele tinha que ser tão malvado? Eunjoo tinha razão. Ele estava completamente mudado e grosseiro. Primeiro a tinha ignorado e agora ria dela daquele jeito? Isso a magoava muito. E pensar que tinha se comprometido em ir falar com ele. Desse jeito era impossível! Ele tinha voltado um americano louco, sabe-se lá o que tinha aprendido nos EUA.

    Lentamente foi trocando de caderno para acompanhar a aula, mas isso se mostrou impossível. A menina acabou por apoiar o rosto na mão, observando Yerin durante quase todo o período, o que  tornou a matéria simplesmente inassimilável. Não sabia se estava mais infeliz por causa da bronca que levaram ou por causa daquele monte de fórmula esquisita.

    Que vida mais difícil era o ensino médio! Queria voltar no tempo… A escola de meninas não era tão horrível como Wangjo estava se tornando. Não sentia mais a segurança completa de que tudo ficaria bem ao lado de Yerin. Agora as pessoas estavam começando a atingi-la e o diretor estava do lado dos bolsistas. A missão da sogra era realmente agora muito difícil de ser concluída. Estava um pouco arrependida de ter feito o pedido para Rin. Por causa dela, a garota estava se esforçando aos limites para expulsar todos os bolsistas. Talvez não devesse ter delegado tudo, mas é que simplesmente não teria coragem de fazer aquelas coisas com os outros. Será que Yerin estava preocupada em não decepcioná-la também? Hyemin rabiscou tristemente o rosto de um bonequinho que deveria representar um exercício de Física.

    Não gostava quando Yerin ficava desse jeito porque era impossível de falar com ela. Só queria que elas pudessem falar de bobeiras e circular pela escola sem incômodos.  Agora com a presença daquele monte de gente barraqueira a ordem das coisas estava completamente maluca. Além disso, que maldade era punirem só as duas. Era óbvio que uma festa de aniversário para Eunjoo não era organizada pelas duas, será que ninguém tinha pensado nisso? De qualquer forma, não achava justo dedurar os outros e tinha cometido mesmo um erro. Era chato limpar a quadra, mas fazer o quê!? Suspirou.

    O que diria para seu pai? Nem queria pensar em voltar para casa. Riscou o desenho, voltando a apoiar o rosto na mão e agora olhando a janela. Quanto tempo faltava ainda? Era uma tortura.

    Será que era tão difícil continuarem em escolas separadas? O diretor tinha criado aquele problema. A Wangjo não era lugar para gente pobre. Eles simplesmente não conseguiam pensar da mesma maneira. Estavam em sintonias diferentes e não entendiam por que era importante manter a ordem. Poxa, era tão simples. Ninguém sofreria se obedecessem.

    Quando percebeu, estava pestanejando. Precisava fazer algo antes que caísse no sono. Decidiu brincar com as canetas coloridas e traçar a crina de um unicórnio. Acabou empolgada com aquilo, que virou inspiração para uma estrela, uma menina montada na estrela, nuvens e todo um cenário criativo povoando o campo destinado para os exercícios.

    Finalmente, o sinal tinha tocado, fazendo-a soltar um suspiro de satisfação. De repente Yerin levantou e disparou a frase certeira. Sentiu-se mal novamente. Ela estava muito incomodada. Provavelmente tinha pensado nisso a aula toda. Fez um biquinho, inicialmente triste.

     - Ah… está bem. Eu… já vou, tá? Não vou demorar. Prometo.

    Observou a amiga se afastar com um pouco de pesar, mas então sacudiu a cabeça e guardou suas coisas rapidamente. Não estava de prontidão como ela, então precisou de um tempo para se arrumar. Ela se levantou e deu tchau para as amigas fazendo uma reverência apressada e saiu correndo da sala.

    Hyemin tinha um objetivo muito claro. Foi direto para o refeitório para comprar uma marmitinha de almoço equilibrado para ela e a amiga. Comprou também a bebida favorita de Yerin e um doce gostoso. Fez tudo de forma apressada e saiu correndo em direção à quadra com sua sacola plástica. Não queria que ela esperasse demais fazendo o serviço sozinha.




    Quando a avistou daquele jeito sério tendo que limpar toda aquela bagunça, sentiu um peso no coração. Não era comum vê-la em uma posição como aquela. Além disso, as garotas tinham caprichado demais com aqueles itens. Que ideia! Como é que os bolsistas tinham lavado as roupas? Aquilo era tinta de parede! Ah, é, não tinham lavado. Estavam com roupas normais… Fez um bico, mas não podia se deixar abater. Colocou o melhor sorriso que tinha no rosto e fez um gesto de aceno fofinho para a amiga, tentando não deixar cair as compras.


    Capítulo 1 - Página 11 E53b7f8b8f487d6acda95edfd19e0a4219765779_hq


     - Ri-iiiin!! - cantarolou e saltitou até um banco próximo e deixou ali a mochila e a sacola. Retirou uma toalhinha de mão e forrou o lugar.  - Vem comer. Larga isso. Vai esfriar. Por favor. - levantou-se de repente e foi até ela.  - Olha. Eu cuido da sua parte enquanto você estiver comendo! Deixa comigo! Vou limpar tudo tão rápido que quando você terminar de comer vai estar quase no finzinho!  Vai, por favor, vai comer. O serviço continua sendo feito! Tecnicamente, estamos dentro da lei. Vai??? - fez uma carinha pidona e tentou tomar da amiga o material de limpeza. Riu. - Ok, ok. Tudo bem. Então…  Não vou comer também. Vamos limpar tudo primeiro e depois comemos juntas. Tudo bem? Você vai ver, vamos fazer ainda mais rápido juntas! - deu aquele sorriso largo e respirou fundo. Engoliu em seco. Era mesmo muita coisa.  Balançou a cabeça. Ficaria tudo bem. Estavam passando por isso juntas.  Deu mais um sorriso discreto e começou a fazer a limpeza.

    Hyemin alternava seu humor conforme as duas estavam em silêncio limpando. Às vezes, pegava-se lembrando do dia. Não tinha achado a festinha legal, mas tudo foi um caos porque Joo Hyuk apareceu. Se não fosse ele, nunca teria aparecido no vídeo e talvez a passarinha nunca resolvesse falar contra Yerin. Era muito irritante essa situação, mas não podia ficar triste também, já que a amiga já estava péssima.

    -  Riiin. Olha. Essa mancha no chão parece a cara da sapo. Hahahaha. Shuaaa - jogou água por cima dela e esfregou, querendo agradá-la de alguma forma.

    Sua barriga até roncava, mas tinha prometido que também não comeria. Como era chato organizar as coisas! Parou em algum momento e ficou olhando para cima. Que castigo mais insuportável. Se as bolsistas burras tivessem limpado como as meninas tinham mandado, então não precisariam mais limpar nada. Mais um suspiro e olhou para baixo, para o sapato das duas. Péssimo dia para irem de branco para a escola…

    -  Rin, depois a gente vai no shopping e compra um sapato novo lindo. Vai mudar de coleção. Eu já achava esse feio mesmo. Vou jogar na cara daquela idiota sujo mesmo. Que tal? Hã? Hã? - falava maldades na tentativa de impressioná-la.

    Foi assim o tempo todo. Mesmo se monologasse, Hyemin continuaria inventando assunto e chamando a atenção de Yerin, até que tivessem concluído aquela tarefa tão irritante. A menina largou as ferramentas de qualquer jeito, mostrando a língua.

    -  Eeeeca. Olha. Toma meu álcool gel. Vamos comer, vamos comer! Waaaa. O meu omelete ficou frio. Ah. Adoro. É bom. Saudável. Olha. Come esse meu, ainda parece quentinho. Aaaa. Abre a boca. - riu feito boba, mas depois fez uma nova careta. -   Aisshhh. Meu braço dóóói. Por que o diretor é tão idiota? Quando eu for primeira dama da escola, ele que vai limpar minha casa.  - suspirou. -  Desculpa, Yerin.  Eu não devia ter jogado o ovo no idiota. Da próxima vez eu vou ter mais cuidado. Ah, é mesmo. Tcharaaan.  Sobremesa. Porque a gente merece.  

    Estava bem cansada e sentindo nojo completo de terem feito aquela limpeza, mas só queria fazer sua amiga sorrir POR DENTRO um pouquinho. Na verdade, para Yerin, bastava que ela fizesse contato visual. Então significava que estava no mundo com ela, não naquele próprio de tristeza e sofrimento. Hyemin tentou desviar dos assuntos até terminarem de comer.

    Ficou um pouco em silêncio olhando o local do crime, depois olhou para cima. Inevitavelmente precisavam voltar para casa agora. Sabia que não queria fazer isso, mas a amiga muito menos. Olhou para o lado preocupada de novo.

    - Ahn… se você quiser dormir na minha casa…  

    Não queria falar muito sobre isso, para não deixá-la ansiosa, mas respeitava seus sentimentos. Esperou ali até que a própria decidisse levantar. Jogou fora os lixos das duas e caminhou com ela para fora da escola.

    Dessa vez, elas entrariam em carros separados, mas antes de se afastarem, Hyemin tinha mais um recado para dar para a amiga.

    - Se precisar de mim, estou a um número de telefone de distância! E você sabe onde eu moro. - brincou.. - Ah. Rin.   - estendeu a mão e segurou a da amiga. -  Vai ficar tudo bem. Amanhã é outro dia! Obrigada por fazer isso comigo. Você é a minha melhor amiga de todo o universo!!! Tchau. Até amanhã.  

    Correu para o próprio motorista e entrou no carro sem muito ânimo. Suspirou profundamente. Nem queria voltar para casa, mas…
    Conectou o bluetooth e escolheu uma música para ouvir até em casa. Era o dia de ouvir aquelas mais lentas. Sentia o coração todo amarrado. Não fazia a menor ideia de como seu pai reagiria, mas era o mesmo medo que tinha de que ele descobrisse sua prova trocada. Com sorte, ele não estaria em casa. O pai era tão ocupado!

    Quando chegaram, desligou a música e fechou a porta do carro com todo o cuidado do mundo, como se já não tivesse denunciado sua presença. Ela caminhou devagar e na ponta do pé até em casa e abriu a porta, de olhos fechados, rezando para seus protetores celestiais que o caminho estivesse completamente livre até seu quarto.


    Capítulo 1 - Página 11 K70sAbf

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    Mensagem por GodHades Qua Nov 08, 2017 9:50 pm

    A aula de física não foi moleza, era um terreno anos luz além da saborosa lingua inglesa. Da materia claro não da professora.

    Em sua mente ele faz uma rapida comparação entre o professor Chung, e o Pang. Os nomes combinavam, mas o de matemática era mais objetivo. Havia pelo menos um sentido e ordem nas coisas que ministrava.

    Junto de Ui Jin e Min Ho, ele se vê arrastado naquelas longas horas de física.

    Na hora de ir arrumou suas coisas na  mochila, pendurando uma das alças pelo ombro direito. - Mais ou menos isso Min Ho, queria desenvolver algo com você, juntos. Jogar é bom mas sinto falta de uma coisa que atiçasse mais a mente. Você é mais centrado que eu para isso, tem ideias claras, mas não deixe Ui Jin escutar isso.

    Murmurrou, mesmo que fosse perfeitamente auditivel para o futuro cozinheiro.

    - Prometemos sair mais tarde, e Min Ho disse que nos acompanharia hoje, independente das companhias extras. Estou equivocado?

    Respondeu a encarada de Stella com outra, mas ergueu os ombros como se não entendesse a feição da menina.

    Acenou para Sunny que fez aquele simpatico tchauzinho, era uma menina muito educada, provavelmente sofreria muito nas mãos da gente mimada dessa sala...

    A garota se inclinou até Stella perguntando se estava aborrecida, no exato momento escutaria a voz masculina e familiar. - Isso se 'charming' como aprendemos na aula de hoje, é o que pessoas encantadoras fazem. Bem longe de aborrecimento.

    Disse com o sotaque americanizado. - Quem esta aborrecida não da carona para os outros... e ela disse que me daria, logo...

    Não está brava. Se intrometeu na conversa, falando calmamente enquanto as encarava dessa forma amistosa. - Daqui a pouco vou sair com os Senhores ali, e adoraria repetir o passeio ate a galeria, seu motorista já até sabe onde é e....

    Falou insistente, praticamente se convidando para a carona. Não chegou a ouvir a parte do "vamos almoçar" então ele proprio sugere.

    - Se eu não estiver atrapalhando nenhuma coisa.. - Olhou Sunny e Kim nesse momento - poderíamos almoçar juntos e aumentar nossos pontos de relacionamento colegial.

    Dessa vez foi uma piadinha que apenas Dong e Kim entenderiam, já que era relacionada a um certo jogo que gostavam.

    - Não me magoarei com recusas. Só não me procurem amanha.

    Depois dessa ultima frase claramente em tom de brincadeira, ele mostra um falso bico, como se estivesse copiando as feições que Stella faz; fazendo parecer que garota quem diria esse tipo de coisa. Um detalhe estranho é que Kyung parecia não abordar os temas que aconteceram, mesmo os dois ali estando diretamente envolvidos. Estava mesmo focado em falar de coisas mais agradáveis com os colegas, seu objetivo não era criar mais tensão do que já tinha nessa sala e sua aura tranquila esbanjava isso.
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    Capítulo 1 - Página 11 Empty Re: Capítulo 1

    Mensagem por Persephone Qua Nov 08, 2017 11:22 pm

    [MISOO E WON-BIN]

    MiSoo não estava sozinha naquela saga contra a física. Bo-Mi também não tinha entendido nada, mas talvez nem culpasse a pouca didática do professor para tal. Estava com a cabeça tão aérea que teria ficado ausente, independente da matéria e do professor. Não tinha sido sua intenção ficar muda, sem conversar com a amiga, mas ela estava muito chateada e triste para dizer qualquer coisa no momento.

    Quando a aula acabou, as coisas ficaram diferentes. Bo-Mi começou a arrumar sua mochila, um tanto quanto devagar - bem diferente de seu normal que era super ativo e divertido - e falou para MiSoo o que estava acontecendo.

    - Não quero que você se machuque também. Hoje foi por muito pouco, se não fosse pelo Won-Bin, eu tenho medo que você também tivesse parado no lago.


    Bo-Mi sabia o nome de Won-Bin desde o fatídico episódio do quase-atropelamento. E ela não tinha esquecido, justamente porque tinha procurado bastante na internet. Infelizmente, ela só descobriu o sobrenome dele agora, nas aulas, por isso não o encontrou antes. E agora que tinha confirmado, ela não esquecia mais - até porque, era boa em decorar nomes. Tanto que já sabia que o amigo dele era Kang.

    - Sei que não estamos sozinhas, mas ele também não. - Comentou mais baixo e lançou um olhar zangado para o grupo de Ji-Ran e companhia que saíam dali. A expressão mudou para tristeza e decepção quando ouviu a pergunta incrédula de MiSoo.

    Só conseguiu menear positivamente, de modo infeliz.

    - Mentiu. Eu estava lá quando a Srta Yang falou. Por que ela fez isso, Misoo-yah? - Repetiu a pergunta que não conseguia entender.

    MiSoo fazia aquela cara de confusão que era a mesma que Bo-Mi carregava no momento. A menina começou a ficar com os olhos marejados e desabafou dizendo que se achava uma boba. Na cabeça dela, ela tinha tentado ajudar Eun-Bi a falar com o coitado do menino, mas acabaram descobrindo o lugar e os dois se machucaram. Como se não bastasse, Bo-Mi ainda enfrentou Taemin bem na cara dele, mas Eun-Bi preferiu mentir! O rosto dela ia ficando cada vez mais vermelho e o queixo tremia conforme pensava em como tinha ajudado uma pessoa tão ingrata.

    O abraço de MiSoo veio e ela logo escondeu um pouco o rosto no ombro da tenista, fungando baixinho. Também não queria ter deixado MiSoo numa situação difícil, mas era dificil de entender mesmo!

    Foi então que percebeu que Kang e Won-Bin se aproximavam. Bo-Mi rapidamente pressionou a mão pelo rosto, de forma delicada, contendo as lágrimas. Kang estava ao lado de Won, como um fiel escudeiro e foi uma surpresa - e, até certo ponto alivio - ver que Won conseguia iniciar a conversa.

    Kang não sabia o que dizer quando via uma mulher chorando.

    Bo-Mi virou-se um pouco e se conteve, mas a ponta do nariz e a boca estavam um pouco mais avermelhados, tanto que ela até fazia um biquinho.

    - Oi… - Disse baixinho, acenando de leve. Ouviu o que Won-Bin tinha a dizer e concordou. - Ficaram um pouquinho sim. O Taemin foi suspenso, pelo menos por hoje, por isso não voltou pra sala. Mas eu duvido que amanhã ele não volte.

    Comentou baixinho, segurando o próprio braço.

    - Não sabemos se ela está melhor, ainda não vi o celular, se ela mandou mensagem. Ela falou com você, MiSoo? - Olhou para a amiga. Apesar de tudo, se preocupava com a garota.

    Won-Bin pedia desculpas por algo que nem tinha sido culpa dele e Bo-Mi deu um meio sorriso triste.

    - Não precisa se desculpar por isso. Não era sua obrigação e, bom, ninguém esperava por isso. Eu só lamento que tenha acontecido.

    Fez um carinho no proprio braço, mexendo os dedos na altura do cotovelo e tombou um pouco a cabeça. Ainda escutava Won-Bin com atenção, até que ouviu o final de sua declaração, dizendo que não permitiria que Taemin fizesse nada contra elas. Bo-Mi voltou a encará-lo, diminuindo um pouco aquela decepção para com Eun-Bi e admirando a coragem de Won-Bin. MiSoo ainda incentivava, mesmo que num tom de brincadeira, mas Bo-Mi estava falando séria quando disse.


    - Você é mesmo um cara muito legal, Won-Bin. - Sorriu sem mostrar os dentes. - Está sempre disposta a ajudar as pessoas, mesmo sem conhecer. Essa generosidade anda muito rara hoje em dia. Temos muita sorte por você estar por perto. Obrigada...de novo.

    E o sorrisinho aumentou, mas ela logo desviou o olhar. Kang estava quieto porque não achava que suas brincadeiras fossem funcionar muito bem agora e, bom, MiSoo já quebrava o gelo. Fora que pelo menos Bo-Mi tinha parado de chorar - ainda que ela tivesse disfarçado e eles tenham sido educados em dizer que não repararam nisso.

    Won fazia aquele convite e Bo-Mi trocou um breve olhar com MiSoo. Apesar de tudo, elas eram amigas e ela não queria que nada de mal acontecesse.

    - Podemos ir, MiSoo-yah. - Sabia da profunda amizade que as duas tinham e jamais mandaria a menina escolher. Bo-Mi fez um carinho no ombro dela. - Ela deixou o material todo aqui quando desceu para o intervalo. E, bom, eu também quero saber se ela está bem. Só esperem um pouco, sim?

    A própria Bo-Mi, apesar dos pesares, começou a guardar as coisas de Eun-Bi com bastante cuidado. Enquanto isso, MiSoo e Won olhariam seus celulares. Won teria uma mensagem de Jae-Ki logo na sequencia da sua, explicando que ele já tinha saído da escola, mas...estava se metendo em encrencas de novo. Já MiSoo, leria uma mensagem de Eun-Bi.



    “MiSoo-ya, eu machuquei meu pé. Meu abojii veio até a escola e está me levando ao hospital. Por favor, não ligue pra minha casa porque não quero que ela saiba do que aconteceu. Você pode levar minhas coisas pra sua casa e me entregar amanhã? Vou ver se fico com meu pai hoje...Ahm...Eu também fiz algo um pouco errado, mas depois eu te explico. Estou arrependida, mas eu não tive escolha.
    Quando terminarem os exames, eu te ligo. Espero que você esteja bem.”


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    Mensagem por Ailish Qua Nov 08, 2017 11:50 pm

    Sunny arregalou os olhos ao escutar a voz de Dong, pois acabava de questionar justamente sobre o rapaz. Foi impossível controlar a quentura no rosto seguida de um tom rosado enquanto virava-se para fitá-lo com um sorrisinho sem graça, já que estava nítido que ele escutou a pergunta. Ela levou a mão até a nuca, coçando a região e fez uma carinha de “ops”. No entanto, o rapaz não parecia aborrecido, nem nada. Pelo contrário, levava a situação de modo sereno e brincalhão... - Charming? Oh, sim... Claro, claro... – ela riu, lembrando-se do significado da palavra – Hmmm... Mas as pessoas encantadoras também podem fazer bico às vezes quando as outras merecem, heeein? – não sabia o motivo da briga (?), porém ficava ao lado de Stella, apoiando o braço em seu ombro e arqueava a sobrancelha.

    Mas logo sorria, dando espaço para Dong falar diretamente com a menina.

    Algo nessa carona – aparentemente... – rendeu bastante.

    Perto de Kim, observava a interação da dupla, aguardando o desfecho... Dong agia de maneira leve e descontraída, e talvez aquilo fosse comum entre eles. Então, assim que a atenção voltou ao outro casal de amigos, Sun-Hee mostrou certa surpresa pelo menino os incluir num passeio que parecia particular do grupo. Ele tinha um jeito de falar engraçado, o que provavelmente era uma característica compartilhada com Ha Neul e os outros companheiros. Antes de aceitar o convite, todavia, Sunny parou para pensar quanto tinha de saldo no cartão. O pai não aceitava que ela ajudasse nas contas de casa, não que houvesse real necessidade, por isso, como forma de evitar gastos desnecessários, o trabalho de meio período servia para bancar a si mesma. Geralmente, só gastava dinheiro com doces e livros, já que a maior parte, Sunny juntava.

    As imitações de Dong arrancavam novas risadas.

    - Por mim, tudo bem! Não atrapalha em nada, Dong... Só não posso demorar muito ou estarei correndo sérios riscos de perder o emprego, pois é.

    Foi a vez dela de mostrar um beicinho.

    Aguardaria as reações de Kim e Stella para acrescentar Lee Hi.

    - Ahhh, ela está nos esperando!!!

    Caso ninguém se opusesse, seguiriam juntos ou marcariam um local para o encontro enquanto Sun-Hee chamava a amiga. Conforme saíam da sala e andavam pelo longo corredor, uma pequena confusão chamava os olhares curiosos... próxima do banheiro feminino – Não acredito nisso... – Sunny sussurrou e apressou os passos, temendo por Lee Hi, e assim que a viu, encolhida devido a intimidação que recebia de algumas meninas, ela correu até a amiga, encarando as estranhas de modo irritado, deduzindo que estavam a incomodando. Tocou-a no braço delicadamente – Lee Hi? O que aconteceu?

    Mas não era ela quem se achava com problemas.

    Quando chegou, deparou-se com o seguinte cenário:

    O estressado de mais cedo segurava uma garota contra a parede... Uma garota não. Sunny reconheceu a aniversariante. Aquilo motivou o movimento irritadiço na feição, mas não disse nada... ainda mais ao ver o estado de Chae – Lee Hi...? – ela insistiu depois de Hyun ordenar que Eun-Joo pegasse algo do chão.

    Um broche de joaninha.

    Confusa, encarava os protagonistas do problema, tentando entender o ocorrido.
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    Capítulo 1 - Página 11 Empty Re: Capítulo 1

    Mensagem por Sky Qui Nov 09, 2017 12:46 am

    Won-Bin via outra faceta da mini-tornado que era Misoo quando a viu abraçando Bo-Mi: ela podia ser uma amiga que sabia confortar. Isso chama a atenção de Won por um instante.

    "As pessoas não são preto e branco" reafirmava em sua mente.

    Percebeu que Bo-Mi chorava ou quase chorava, mas desviou o olhar e fingiu que não tinha percebido isto. Vê-la assim era de cortar o coração.

    Bo-Mi escreveu:- Ficaram um pouquinho sim. O Taemin foi suspenso, pelo menos por hoje, por isso não voltou pra sala. Mas eu duvido que amanhã ele não volte.


    "Deve ser filho de alguém importante mesmo se for capaz de passar por cima do General Wang"
    ficou pensativo ao escutar aquilo, não teriam muito tempo de descanso.

    As duas não sabiam sobre o estado de Eun-bi.

    Bo-mi escreveu:- Não precisa se desculpar por isso. Não era sua obrigação e, bom, ninguém esperava por isso. Eu só lamento que tenha acontecido.

    Bo-Mi reafirmava que Won não tinha culpa, assim como Misoo.

    "Eu posso ouvir isso um milhão de vezes, ainda me sinto falhando com o meu amigo"

    Misoo escreveu:
    - Ah! Sim. Você disse que nos ajudaria, não é? Veja só, BoMi. Ele até parou o Taemin. É só chamar ele se o oxigenado vier ameaçar! -

    Riu meio sem graça da frase de Misoo, coçando a nuca.

    Bo-mi escreveu:
    - Você é mesmo um cara muito legal, Won-Bin. - Sorriu sem mostrar os dentes. - Está sempre disposta a ajudar as pessoas, mesmo sem conhecer. Essa generosidade anda muito rara hoje em dia. Temos muita sorte por você estar por perto. Obrigada...de novo.

    Won não sabia encontrar palavras para retribuir àquele agradecimento. As palavras de Bo-Mi ficariam encravadas em sua mente, Hwang tinha ganhado o dia ali mesmo diante de eventos tão ruins.
    Apenas sorriu, um pouco mais corajosamente olhou nos olhos de Bo-mi...alguns milissegundos a mais, mas que exigiram toda a coragem de Hwang.

    As duas meio que aceitaram o convite de ir com eles, mesmo num clima tão pesado. "Há força em andar em números maiores, não posso me esquecer disso"

    Pegou o celular e conferiu o recebimento da mensagem de Jae-ki.

    Jae-ki escreveu:- Já sai da escola. Eun-bi está bem. Desafiei Taemin para uma briga, mas fica esperto, isso é só entre nós. Vai ser fora da escola e hoje, não se preocupe. Vou dar a esse cretino o que ele merece. Eu vi o que você fez, por isso sei que me entende.

    Won pressionou o celular com um pouco de força, mas tentou não transparecer para os outros. Afinal ele tinha pedido segredo.

    "Não Jae, isso é justamente o que ele quer!" mas sabia que seria impossível impedir o amigo. Não sabia se ele lutava bem, apenas comprovara que tinha força no evento da mochila-quase-jogada.
    Ele estava caindo na armadilha do Demônio Loiro.

    -Jae-dragon. Eu acho que é um erro fazer isso. Mas eu não vou te impedir, me diga quando for a hora e o lugar. Mas não posso te garantir que vou estar aí a tempo. As meninas contaram sobre algo que rolou aí, sobre a Eun-bi... A gente se fala

    "Droga...eu preciso terminar meu plano"

    -Ahn...o Jae já foi pra casa. Ele foi liberado mais cedo

    Agora estava ali, sem saber pra onde ia. Ia almoçar? Será que as meninas almoçavam na Wangjo também?


    -Aconteceu algo?
    - viu que Misoo olhava o celular. Será que recebeu algo também?

    Capítulo 1 - Página 11 JCPjtiU
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    Capítulo 1 - Página 11 Empty Re: Capítulo 1

    Mensagem por Natalie Ursa Qui Nov 09, 2017 2:17 am


    Mesmo diante da situação ruim, MiSoo tentou decorar o nome do bolsista que tinha as ajudado quando ouviu BoMi lhe dizer.

    Vendo as expressões BoMi de cortar o coração, MiSoo não conseguia evitar em querer protegê-la de toda a confusão que acabou entrando de um jeito tão injusto. Iria fazer isso mesmo que significasse roubar toda a atenção dos “agressores” para si mesma! Era um pensamento totalmente impulsivo, mas vê-la daquele jeito por causa da mentira de EunBi era devastador.

    - Eu… Eu não sei… - respondeu à pergunta de BoMi.
    Queria entender a decisão de EunBi, mas simplesmente era impedida pela revolta. Não tinha o que responder à BoMi.

    Depois da chegada de Won Bin e Kang, BoMi melhorou um pouco, o que deixou MiSoo um pouquinho mais aliviada, muito embora a situação ainda continuasse sendo horrível.

    - Mensagem… Eu não sei. Não olhei o celular ainda. Não sei como ela está ainda… - tirou o celular do bolso para verificar, mas parou antes de ver a mensagem, ainda ouvindo a conversa de Won e BoMi.

    Parou para mostrar à BoMi que ele também estava do lado das duas, mencionando dele ter afirmado antes que as ajudaria e tentando fazer isso de modo a melhorar o clima da situação, o que pareceu surtir efeito positivo.

    BoMi elogiou Won Bin e MiSoo concordou com ela, colocando um sorrisinho mais animado no rosto.

    - Ya, BoMi-yah! Ele deve ser a única pessoa de WangJo capaz de fazer isso! - exagerava um pouco, mas não lembrava mesmo de ninguém assim, capaz de se arriscar por desconhecidos - Temos sorte que ele aparece do nada sempre que tem problema, tipo um super-herói de filme. Só precisa manter ele bem longe de plantas! - simulou uma careta contrariada, apenas para tirar mais algum sorriso da garota.

    Kang estava tão quieto que MiSoo mal lembrava que estava junto deles.

    Ouviu a amiga concordar em irem à enfermaria para ver EunBi. MiSoo aceitaria já que BoMi estava disposta à ir também, só esperava que não acabasse se decepcionando ainda mais com sua melhor amiga quando a encontrassem.

    - Ah sim! Tem o material dela. Já tinha esquecido. - deu um tapinha da testa, sobre a franja - Eu também preciso terminar de arrumar o meu ante de irmos.

    Voltou para a carteira em que seu material estava e terminou de guardá-lo rapidinho, logo parando para verificar o celular ao ouvir Won falar do outro bolsista ao verificar seu próprio aparelho. Ia verificar antes, quando BoMi lhe perguntou se havia alguma mensagem, mas acabou se distraindo com a conversa.

    MiSoo ficou boquiaberta ao ver a mensagem de EunBi que estava ali. Principalmente pelo final, em que dizia se arrepender do que fez. Com certeza falava da mentira!


    Won Bin pergunta se tinha acontecido algo, então MiSoo levanta os olhos na direção do garoto, mas entrega o celular para que BoMi também lesse a mensagem:

    - Veja isso, BoMi-yah!! - exclamou em espantou e só então resolveu responder à Won - Ela machucou o pé - disse essa parte com aflição - Mas parece que o pai já veio aqui para levar ela para um hospital! Ela também diz que fez algo errado, que se arrepende e que não teve escolha… Aiishhh!! Eu não entendo!! Por que ela não teve escolha?? EunBi-yah deve estar com medo mesmo! - fez uma careta descontente, com direito a biquinho - Mas o pé dela… Ela não vai poder dançar assim… - mordeu os lábios, visivelmente devastada com a informação - Maldito troglodita oxigenado! - apertava os dentes e unia as sobrancelhas em pura irritação.




    MiSoo logo respirou fundo e bufou forte o suficiente para levantar umas mechas da franja. Tentava controlar a irritação e voltar o foco para o que estava acontecendo naquele momento na volta dela. Ainda precisava compensar BoMi de alguma forma pelo sofrimento pelo qual ela passara nas últimas horas.

    - Toda essa história nos deixou muito mal, BoMi-yah! Precisamos deixar isso um pouco de lado e fazer algo para levantar esse astral! - novamente segurou as mãos da amiga, fitando-a com um sorrisinho fofo e animador nos lábios - O que quer fazer, BoMi-yah?? Podemos fazer o que você quiser! Podemos também chamar a Mia… E podemos chamar quem mais você quiser! Que tal? Que tal? - tentava usar da animação que normalmente carregava consigo para convencer a amiga.




    A verdade era que só de saber que EunBi tinha se arrependido, MiSoo já se sentia bem melhor, só precisava fazer com que BoMi também se sentisse.
    Capítulo 1 - Página 11 TAcYbQP
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    Capítulo 1 - Página 11 Empty Re: Capítulo 1

    Mensagem por Persephone Qui Nov 09, 2017 2:02 pm

    [DONG E SUNNY]

    DONG


    - Desenvolver algo em conjunto? - Min-Ho tombou um pouco a cabeça para o lado e ajeitou os óculos redondo. Dong sabia estimular a curiosidade dos amigos com seus discursos enigmáticos.

    Dos quatro, Min-Ho era, de fato, o mais sério, mas também era o mais turrão, antipático e aborrecido. Não tinha o mesmo jogo de cintura de HaN, Dong ou até mesmo Ui-Jin para lidar com pessoas “de fora”. Era uma forma dele se defender também, até certo ponto, pois sabia que seu jeito esquisitinho era um farol que chamava atenção de quem só queria aporrinhar os outros. Por isso - e outros motivos - ele não gostava de mudanças e odiava a presença de Stella ou desses bolsistas. Pelo menos a menina nova não era mestiça como Stella e Kim até que entendia um pouco de jogos.

    Quando ouviu acerca de suas ideias claras, ele deu um meio sorriso.

    - É verdade.

    - Eu estou ouvindo. - Ui-Jin resmungou com um bico. - E o Dong só disse isso para você concordar.

    - Por isso gosto dele, ele sabe cativar seu público. - Min-Ho levantou-se, ajeitando a mochila nas costas enquanto Ui-Jin perguntava se iam sair naquele dia também.

    A resposta de Dong tirou um pouco o humor de Min-Ho. O garoto revirou os olhos e nem se deu ao trabalho de olhar para o trio que saía. Kim, Sunny e Stella se despediam de modo timido e paravam próximo à porta. Ali, Kim comentava que não poderia almoçar com Sunny porque ia se encontrar com a mãe.

    SUNNY


    Sunny era o tipo de pessoa bastante carinhosa e afetuosa, principalmente com os seus amigos. Acontece que, às vezes, esses gestos impulsivos podem ser interpretado de uma forma equivocada. A garota não estava sozinha quando foi para o lado de fora. Jung Mi, Gyu-Sik e Ryu também tinham saído e estavam conversando sobre o que aconteceu na diretoria.

    Porém, o abraço que Sunny deu em Kim interrompeu o discurso de Jung. O garoto ficou com a boca ligeiramente aberta, olhando aquela cena. Sunny estava de costas para ele e Kim meio que de frente. O amigo também foi pego de surpresa por aquele gesto - não por não estar acostumado, mas por ter sido ali: bem no corredor da escola.

    Piscou algumas vezes até que viu que Jung Mi estava olhando.

    Kim não era o tipo de pessoa vingativa, mas vinha conhecendo sentimentos bem diferentes desde que pisara no WangJo e se deparara com Hyemin. Naquele breve instante, ele se recordou do beijo que Jung Mi tinha dado em Hyemin. Agora a situação tinha se invertido e ele parecia...incomodado?

    Ah, é mesmo?

    Por que?

    Acaso achava que sua amiga era alguém para brincar e confundir, mas podia ter algo sério e fixo com Hyemin? Não respeitava nenhuma das duas? Kim cerrou os olhos para Jung Mi, até que esboçou um sorriso e, simplesmente não pensou quando correspondeu ao abraço em Sunny. Inclusiva deitou a bochecha no topo da cabeça dela e balançou de levinho de um lado para o outro, afagando suas costas.

    Jung foi cerrando os olhos até endireitando a postura. Kim mexeu a sobrancelha e Jung entendeu que havia interpretado Sunny de modo errado também. Aquilo o irritou bastante, principalmente porque estava disposto a se desculpar com aquela desconhecida por algo que nem era lá tão errado assim. Por que estava se preocupando com aquela garota, afinal? Por muito pouco não tinha falado demais para Hyemin mais cedo! De repente, ele fez sinal para os amigos que estava saindo.

    Gyu-Sik não estava entendendo nada. Pelo menos fingia que não. Na cabeça do garoto, Jung estava se aproximando demais de MiSoo, mas agora ele parecia irritado em ver dois novatos se abraçando. Fora que no dia anterior houve toda aquela comoção para defender a menina.

    Era a primeira vez, nos últimos dois anos que Jung tomava partido e começava a se importar com as pessoas.

    Mas e MiSoo?

    Gyu coçou a cabeça e disse que ia ficar porque a irmã estava quase saindo e hoje ficaria com ela. Jung, então, se despediu e disse que iria embora porque almoçaria no clube ou em outro lugar. Ryu também precisava ir, para seu azar, pois preferia ficar com Bo-Mi.

    Enfim, Jung e Ryu saíram antes que Sunny terminasse sua conversa com seus amigos e percebesse o que tinha acontecido ali. Jung também não viu a situação envolvendo seu irmão, mas viu que Hyun-Hee olhava para uma direção que Jung fez questão de não olhar.

    Depois que Jung-Mi saiu, Kim afastou o abraço e encarou Sunny. Stella estava acompanhando tudo e as bochechas estavam bem coradas, surpresa com tudo o que tinha acabado de acontecer, ainda que ninguém falasse nada. Kim ficou um pouco mais, pois as acompanharia até a saída e enquanto Sunny perguntava, via que Dong se aproximava. Tentou fazer sinal, mas foi tarde demais.

    DONG E SUNNY


    Stella tinha acabado de abrir os lábios para responder àquela pergunta quando Dong a calou. Virou-se um pouco para encará-lo e, instantaneamente, tinha o bico bem ali. Cruzou os braços de novo, enchendo as bochechas.

    - Agora vai ficar ouvindo a conversa dos outros, Dong-shi?

    Quando escutou a história da carona, ela arqueou uma das sobrancelhas, perguntando-se quando foi que disse que daria carona todos os dias para ele.

    - Pensei que agora você já tivesse uma carona fixa. De família. - E forçou um sorriso, mas nem isso conseguiu. Foi incapaz de fazer um aegyo porque o bico era mais forte.

    Kim apoiou o braço na porta da sala e ficou rindo. HaN estava um pouco mais afastado falando ao telefone - tinha atendido depois de acenar para os amigos e, portanto, não viu todo aquele abraço e aborrecimento alheio. Fez um bico e enfiou o celular no bolso antes de volta.

    - E aeee…- Chegou parando ao lado de Kim.- Vamos? Hoje eu tenho carro.

    - Olha que ótimo, pega carona com o HaN-oppa!

    - Oppaa….- HaN levou as mãos até as bochechas e balançou o corpo. - Só se a Stella-shi e Sunny-shi forem.

    Stella o encarou, mostrando que não estavam falando sério.

    - Eu acho isso tão triste. - Deixou os ombros caírem. - Chamo o motorista e quem vai nele? Ui-Jin, Min-Ho...Não é pra isso que eu pago as contas da manutenção. Se eu soubesse, nao tinha consertado os freios e…Tá, tá, parei. Tem espaço para três. Vocês vão também, afinal?

    Stella olhou para Sunny e depois para Dong. Kim logo respondeu.

    - Eu queria muito ir, mas realmente vou precisar almoçar com minha mãe hoje. Queria ir com vocês. - Suspirou.

    - A gente pode ir amanhã de novo.

    - Bah, todo dia agora?! O Covil não vai virar mais um lugar secreto! - Min-Ho resmungou.

    - E quando ele foi secreto? Para de graça, Min-Ho! - HaN olhou para Kim. - Vamos marcar, tá?

    Sunny demonstrou um interesse em ir e Stella não quis decepcioná-la, por isso concordou em ir também.

    - Eu te dou carona, Sunny…

    - Bah e eu vou ter que levar o Ui-Jin e o Min-Ho mesmo?! Você é muito má, Stella, muito má.

    - Por que? O Dong também vai comigo?

    - Mas é claro… - HaN já se afastava rindo.

    Stella cerrou os olhos. O grupinho começava a seguir pelo corredor e Stella meio que ficava fugindo das implicâncias de Dong. Kim e Sunny iam um pouco mais atrás e o menino comentava.

    - Eles são cheios de energia, né? E que coincidência você trabalhar no café da mãe dele. Parece que esse encontro seria inevitável. - Kim comentou num meio sorriso. - Fico mais aliviado em saber que estará com um pessoal legal. Até aquele mais bicudo parece ser boa gente.

    Porém, os dois logo viram aquela confusão que acabava envolvendo outra amiga. Stella parou no meio da escada, quase fazendo Dong tropeçar nela quando fez isso. Olhou para o menino, segurando-o também para que não caísse por culpa dela. Lá em cima no andar - porque os dois estavam no meio do primeiro lance de escada - eles veriam Sunny e Kim indo até a confusão.

    - Aish...Mais uma confusão. - Stella comentou.

    Mas essa, dessa vez, não foi muito grave.

    - Se quiser me esperar no estacionamento, pode ir, vou ver se está tudo bem com a Sunny. - Stella comentou enquanto se afastava de Dong e subia de novo para ver.

    Sunny não teria problemas, dessa vez. Porque as meninas não chegaram a tocar em Lee-Hi, só impediram que ela saísse, mas agora todos estavam chocados demais com o que tinha acabado de acontecer. A discussão parece ter chegado ao fim com uma Eun-Joo bem irritada, empurrando Hyun-Hee e dando um tapão no ombro dele. Ela disse algo tão irritado, mas tão baixo para ele que ninguem conseguiu entender. Mas se afastou e trombou o ombro com o ombro de Chae que estava olhando meio chocada para tudo aquilo.

    - Acho que...está tudo bem. - Lee Hi disse baixinho, com receio de fazer movimentos bruscos.


    [HYUN-HEE]

    Chae via a joaninha rolando em câmera lenta na direção do vão da escada, até que um impacto no chão mudou um pouco o curso e ela conseguiu respirar de novo. Mas ei, o que era aquilo? Uma...mochila?

    Como estava um pouco curvada, pronta para catar a peça, ela levou um susto e caiu de lado no chão, espalhando a saia - e sem se importar muito com aquela bagunça ou cena - quando viu Hyun-Hee crescendo daquele jeito para cima de Eun-Joo. Chae tinha deixado sua guarda baixa e não viu que estava prestes a tomar o bote daquela patricinha insana! Agora a jovem estava com os olhos arregalados e sem postura alguma enquanto via o que Hyun-Hee fazia.

    Eun-Joo engoliu o grito de frustração quando as costas bateram na parede e Hyun-Hee a encarou daquele jeito.

    - Você está que ESTÁ maluco! - Eun-Joo respondeu mais alto do que esperava, mas aquele olhar lunático dele a fez se encolher. - Estou pegando o que é meu, Hyun-Hee. - Calou-se quando o garoto chegou mais perto e falou daquele modo perto ao seu ouvido.

    A expressão dela tornou-se ainda mais sofrida e irada porque seu ego tinha sido atingido. Olhou para Hyun-Hee numa mistura intensa de sentimentos e, nesse meio tempo, Chae já tinha se levantado e pego o broche para si. Aproximou-se deles e tocou em seu ombro.

    - Ya! Pare com isso, você vai machucá-la. - Tentou trazer um pouco de razão e puxá-lo de volta .- Park Hyun-Hee!

    Chae o chamou de novo. Eun-Joo puxou o braço e sussurrou para ele.

    - Pegue você, Hyun-Hee...Porque é bom você se acostumar com o chão que é onde eu vou te deixar para que você pague por tudo o que tem feito comigo. - Disse bastante irada, mas tão baixinho que nem Chae ouviria direito. - Eu vou acabar com você.

    E o empurrou, dando um forte tapa em seu ombro antes de sair e também esbarrar em Chae. A garota deu dois passos para o lado graças ao impacto e levou a mão ao ombro, massageando a região. Pegou bem no osso. Voltou o olhar para Hyun-Hee, sem saber se deveria dizer alguma coisa ou se ele sairia irritado e estourado dali. Fato era que toda a atenção que tinha sido desviada, voltou um pouco.

    As amigas de Eun-Joo sairam correndo atrás dela e os alunos também começavam a andar.

    Diferente do que tinha acontecido no lago - onde apenas Jae-Ki esteve como testemunha - vários alunos presenciaram essa cena. Isso alimentava os rumores de que ele estava mesmo descontrolado e descontando sua fúria na pobre e perfeita Eun-Joo. Até mesmo Sunny e as amigas estavam ali agora.

    Chae o olhou meio receosa. Não era como se tivesse medo dele, mas sabia que precisava ter um pouco de cuidado para não acelerar o detonador de bombas.

    [JAE-KI]

    Eun-Bi podia sentir o olhar de Jae-Ki sobre ela, mas tinha certeza de que ele não a entenderia ainda que ela tentasse explicar. A enfermeira No Eul também sentia um clima pesado, por isso sugeriu que o garoto fosse comer e depois fosse pra casa, porque estava liberado.

    Afastou-se um pouco e Eun-Bi engoliu em seco quando Jae-Ki se aproximou daquela forma. Preferia que ele gritasse do que viesse falando daquele jeito. Inicialmente, não conseguiu encará-lo, apenas aceitando aquela fúria contida. Só encarou quando ouviu que a história dela se importar não fazia sentido. Nesse instante, ela se virou tão rápido que somente então, eles perceberam como os rostos estavam próximos. Infelizmente, o momento não era propício para que eles entendessem a profundidade daquele olhar.

    Mas Eun-Bi sentia culpa por ter mentido, mas ingratidão porque Jae-Ki não entendia o que ela tinha acabado de fazer. Franziu as sobrancelhas e mordeu o lábio internamente, aumentando aquela expressão de tristeza.

    - Eu não quis te fazer de idiota, Jae-Ki. Eu fiz isso justamente para te proteger. Acha que acaba aqui? Acha que essas histórias não chegam a conhecimento de pessoas piores?

    Desistiu de tentar argumentar quando via que ele estava completamente irritado e não seria possível que ele entendesse. Deixou que ele terminasse e apenas acompanhou saindo daquele modo. O rosto dela estava vermelho, mas engoliu e choro e apenas pediu uma dipirona ou qualquer remédio para dor de cabeça. Não havia muito o que dizer. Se estivesse na situação dele, ela certamente estaria tão irritada quanto.

    - O que foi que eu fiz? - Murmurou para si mesma de modo infeliz.

    Esticou-se para pegar o celular no blazer. Felizmente, ele era à prova d’água e não tinha sofrido o mesmo triste fim do outro - que foi atropelado. Estava tudo ali e com os olhos meio marejados, ela mandou mensagem para MiSoo avisando que iria ao hospital e dando uma prévia do que tinha acontecido.

    [...]


    O inspetor estava à caminho da enfermaria quando encontrou Jae-Ki. Estava com sua mochila molhada e lamentou pelo estado da peça. Entregou ao menino e confirmou que ele estava liberado, mas que o refeitório estava aberto. A mochila revelou outro desafio para o menino: seu material estava destruído!

    E agora?!

    Como que iria pra casa?

    O celular também não ajudou a entrar em contato com os amigos, pois estava sem bateria. Não poderia aproveitar o wi-fi da escola; não era uma boa ideia pedir para entrar na sala só pra pedir dinheiro. Então, Jae-Ki pensou numa alternativa que lhe doía o orgulho: pedir na secretaria.

    A secretaria viu o estado do menino e logo chamou pela Srta. Yang. A mulher nem tinha acabado de sentar e estava de novo resolvendo problemas. Ao olhar para o estado de Jae-Ki e sua mochila, ela engoliu em seco e deixou os ombros caírem.

    - Claro, é o minimo. Posso ver sua mochila? - Perguntou, de repente. - Gostaria de ver o material que foi danificado para que possa providenciar novos também. Mas se preferir, pode me dizer.

    Não estava inspecionando, nem nada, só precisava anotar. Pegou papel e caneta para começar a anotar a lista de coisas que estariam entregues a ele.

    - Passe aqui amanhã, antes da aula. - Entregou um valor inteiro para que ele pudesse gastar com o transporte pela semana inteira.

    Quando saísse da secretaria, no bloco principall, Jae-Ki encontraria Taemin bem encostado na porta de entrada, esperando pelo carro. O garoto estava um pouco distraído e com a cara mais tranquila do mundo enquanto Jae-Ki se aproximava daquele jeito. Taemin esboçou um sorriso, ajeitando-se e recepcionando o garoto.

    - Ah, então você tem um pouco de coragem dentro de si. Interessante, podia dizer quase nobre, mas sua existência é tão patética que seria um desperdício de palavra. - Riu e apontou o próprio rosto, quando disse. - Que isso no seu rosto, princesa? Andou chorando?

    O deboche aumentou por conta do lapis que ainda tinha ficado nos olhos de Jae-Ki - sempre ficava um pouco, só saísse quando lavava direito o rosto.

    - Você quer defender exatamente o que? O seu banho mensal ou a honra de Eun-Bi? Ela não tem honra, sabe? Ela é uma viúva negra, vai te levar para um caminho sem volta e o banho você deveria me agradecer. Mas...Se quer mesmo brigar só para colocar sua frustração pra fora… - Ponderou - Me encontrei às 21h, no Jhk Scrap Yard. 1330-18 Seocho-Dong, Seocho-Gu, Não se atrase, hein? Não quero vencer por W.O.

    Observou Jae-Ki saindo dali, cheio de marra e indo na direção do refeitório. Taemin achou foi é graça e parou de se importar.

    Caso ele conhecesse o endereço, tratava-se de um ferro velho.


    [HYEMIN]

    Yerin apenas meneou positivamente para Hyemin quando ouviu que ela não ia demorar muito e já a encontrava. Na verdade, a garota até preferia que Hyemin não se envolvesse com aquela limpeza, pois não achou que ela tivesse feito nada demais para merecer uma punição daquelas.

    Já ela mesma…

    Bom, precisava colocar todo aquele ódio e veneno para fora. Além do mais, o trabalho a ajudaria a pensar melhor e levantar possibilidade. Estava feliz em limpar aquela área? Claro que não, seria capaz de quebrar o esfregão na cabeça de alguém. Mas Yerin era o tipo de pessoa que não dava certos gostos aos inimigos. Acaso alguém fosse louco o suficiente de querer se meter a besta de vê-la trabalhando, a veria plena e sem nenhuma expressão.

    Como sempre.

    No início, ela esteve sozinha. Retirou o blazer e resmungou por conta do salto do sapato, mas prendeu o cabelo e arregaçou as mangas. Começou coletando todo o lixo que fosse possível pegar. Ficou varrendo para um dos cantos e carregava uma expressão séria e bem fechada, ficando ali sozinha por uns bons quinze minutos até que Hyemin surgiu.

    O jeitinho que a amiga a gritou, a fez erguer a cabeça no mesmo instante.

    Hyemin estava com aqueles sorrisos bobos que só sumiam com doramas tristes. Yerin a observou séria, admirando - ao seu modo - aquele sorriso tão contagiante dela. Seu coração amargurado se aqueceu um pouco, mas não era capaz ainda de baixar sua guarda.

    A amiga trouxe comida para ela, preparando até um dos banquinhos para servir de lugar ideal para a refeição perfeita. Yerin continuou varrendo, limpando a área até que a amiga correu em sua direção.

    - Não consigo comer agora. O cheiro embrulhou meu estômago. - Justificou-se para não fazer Hyemin se sentir mal por ter tido todo aquele capricho à toa. - Coma você antes que esfrie. Eu adianto um pouco da sua parte.

    Apesar de bastante furiosa, o tom de voz dela ainda conseguia ser quase doce para Hyemin. Parou de novo quando a amiga a contrariou dizendo que não comeria também e foi naquele silêncio que viu quando Hyemin se adiantou para ajudá-la no serviço. Por várias vezes, a amiga puxou brincadeiras e tentou agir daquele modo otimista, tentando deixar o momento mais leve e fazer daquele martírio algo não tão ruim assim. A maioria das vezes, Hyemin falou sozinha porque Yerin realmente não conseguia falar.

    Não conseguia se expressar e sabia que se desse o primeiro passo, ela fraquejaria como nunca na vida.

    E não queria isso.

    Precisava se manter firme.

    O trabalho acabou depois de quase uma hora e meia. Nem tinha mais alunos no colégio, praticamente, mas ninguém foi importuná-las também. Yerin sentou-se, exausta e deixou os ombros caírem. Aceitou o alcool-gel de Hyemin e secou o pouco suor da testa com um lencinho.

    Yerin ficou olhando para a frente enquanto beliscava algumas coisas de sua comida. Mas quando ouviu a história de casa, deu um suspiro cansado.

    Levantou-se, de repente, vendo que estavam sozinhas e virou-se para Hyemin. Pegou a amiga pelo pulso e a puxou de modo preciso - ainda que delicado - para que ficasse de pé de uma vez só. Abraçou Hyemin, como poucas vezes tinha feito, mas quem precisava mesmo do abraço era ela, Yerin. Hyemin sentiu que o corpo da amiga tremeu um pouco enquanto suspirava no meio do abraço.

    E a voz saiu um pouco rouca quando disse.

    - Obrigada, Hyemin-Ah. Você é a melhor amiga que alguém poderia desejar na vida. Obrigada por ficar.

    Engoliu em seco e só se permitiria exatos 60 segundos de sentimentalismo antes de se afastar com a cara fechada de novo.

    - É...Temos que ir. - Mexeu de leve o pescoço. - Vamos porque amanhã, de fato, será um novo dia.

    As duas teriam que entregar o material de limpeza ao setor responsável e logo recuperariam seus pertences antes de seguirem para seus respectivos carros. Yerin comprou uma água para ela e não olhou para lugar nenhum depois que o motorista abriu a porta para ela e começou a levar para casa.

    Hyemin também seguia para casa com uma playlist mais lenta. O motorista estava pronto para cantar mentalmente aquelas musicas agitadas de kpop, mas se surpreendeu com a escolha dela. Olhou para o rostinho aflito pelo retrovisor, mas não falou nada, apenas seguiu de modo fluido pelo transito até a residência Seo. Verdade que também sentia um cheiro estranho, mas não foi indiscreto de comentar sobre o assunto.

    Assim que Hyemin abriu a porta de casa, pôde sentir o medo percorrendo por sua coluna. As pantufas de seu pai não estavam na área correta. Logo, ele estava em casa…

    Por queee???

    Porque ele nem tinha ido trabalhar, preferindo fazer homework. Não estava se sentindo muito disposto naquele dia e estava enfiado no escritório o dia inteiro - estava em vídeo conferência e ao telefone o dia todo. Até que tinha saído para tomar um café em sua maquininha e, quando voltou, tinha um e-mail do colégio.

    Depois que viu o conteúdo do mesmo, principalmente o link do vídeo, ele tirou algumas informações à limpo e cancelou sua agenda até às 18h, pelo menos.

    Mandou que o segurança avisasse quando o carro de Hyemin chegasse, por isso, ela não só perceberia a ausência da pantufa do pai, como também começaria a ouvir as risadas e os sons de impacto vindo da sala de estar. Seu pai estava vestido com uma blusa branca e gravata azul clara, além da calça social - não foi para o trabalho, mas estava vestido como se tivesse isso - tinha o controle na mão e estava repetindo aquele vídeo pela 5ª vez.

    Até que pausou na parte de Hyemin e olhou na direção dela.

    - É você? - Perguntou, simplesmente. E pela expressão que ele carregava, tinha sido apenas uma pergunta meramente retórica.

    Poucas vezes Hyemin tinha visto seu pai tão bravo e decepcionado com ela antes.





    O turno do Jae-Ki será completado num adendo, pois estou esperando a Gakky me responder um detalhe.
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    Capítulo 1 - Página 11 Empty Re: Capítulo 1

    Mensagem por Luxi Qui Nov 09, 2017 4:43 pm

    Hyemin foi puxada muito facilmente, pega de surpresa com aquele abraço. Demorou alguns segundos com o coraçãozinho apertado por percebê-la tremendo, tão triste, mas quando reagiu, foi com um abraço firme e amoroso, dando um sorriso compreensivo que a outra não poderia ver. Mais do que isso, sentia-se muito grata por ser reconhecida daquele jeito. “A melhor amiga que alguém poderia ter.” Aquilo a tinha tocado bem no fundo.

    - Essa é você, Yerin... - devolveu com a voz mais baixa, aproveitando os segundinhos de amor da amiga e soltando-a quando ela quisesse. Estava feliz em poder dar um pouquinho de conforto a ela. Mesmo não sendo tão inteligente, podia oferecer seus sorrisos e seu humor bobo. Era muito bom quando notava que tinha funcionado.

    Foi difícil olhar para a Rainha do Gelo que não virava a cabeça para se despedir, mas sabia que tinha conseguido derretê-la um pouquinho. Foi pensativa para casa.

    Ao abrir a porta, já levou o primeiro susto quando não notou as pantufas. Mordeu o lábio. Alguém lá em cima definitivamente não gostava dela. Nem pôde choramingar, porque ainda tinha planos de sair furtivamente para o quarto. Ouviu risadas. O pai devia estar em casa com alguém? Isso era estranho. Talvez um filme? Bem, tinha que ser rápida. Com a mochila ainda nas costas, tirou os sapatos imundos com todo o cuidado, fazendo uma careta de nojo ao esbarrar o mindinho em uma parte úmida do couro. Sério, por que tinha passado por isso? Largou ali o par, calçou as pantufinhas de panda e levantou, mas não completamente, andando na ponta do pé com o corpo meio abaixado até que descobriu o pai na sala, todo vestido de social e com “O” vídeo na tela.

    Parou na mesma hora e ergueu o corpo. O coração acelerou no exato segundo que reconheceu o que estava passando na grande televisão ultra HD. Seus olhos demoraram naquela cena como se estivesse novamente na quadra. O mal estar revirava seu estômago, sentindo um pouco do cheiro daquele dia, mas que agora estava nela. Mordeu a boca por dentro, formando lábios estranhos que tentavam conter o nervosismo. Viu seu rosto e aí sim não conseguiu mais assistir, mas tinha sido ainda pior desviar o olhar e encontrar a expressão decepcionada de seu pai. Os olhos umedeceram. Sabia que tinha feito algo muito errado em um momento de raiva. Tinha se descontrolado por um segundinho. Por causa só de uma pessoa. Estava muito arrependida. Não queria ter feito aquilo. Estava começando a se sentir triste por causa disso, mas a voz do pai saiu séria e assustadora em uma pergunta e uma pausa.

    Com o coração a mil e vontade forte de chorar, ela só queria fugir daquela conversa, então puxou ar pela boca, que tentava produzir algum som. Piscava muito, para não sair chorando na frente do pai.

    - A-a…...e-e-.... - sua boca abriu e fechou mais de uma vez e olhou a tela. Seu rosto que ela não quis ver nem só no celular de Yerin. Então sentiu uma ansiedade tão forte que implodia a vergonha no peito, tinha a urgência para dizer alguma e esse sentimento fez sair o primeiro instinto mais natural. -  E-eu…. Eu não!  - a voz saiu mais fina do que o normal, como se acreditasse de verdade naquilo. Os olhos da menina estavam bem abertos e ela balançou a cabeça para reforçar a tremenda cara de pau que  tentava ser, molhando os lábios com a língua.


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