On-Game: Ela vem pela montanha, Ela vem... (Chris Rail)

Ela sorriu com as palavras atrapalhadas do homem e disse - Você tem um senso de humor engraçado, visto que esta com parte do corpo cortado por um cutelo e por pouco ele não te abriu no meio, daí sim teríamos dificuldade de distinguir onde é sua frente ou sua traseira. – não se conteve e riu.

Quando ameaçou abrir a porta ela fechou o cenho e se preparou para o pior, porém, ninguém estaria preparado para aquilo que avistaram.

A cena que se seguia era saída de um conto de terror. Pedaços de animais e de humanos estavam pendurados em ganchos e perfilados e uma barra de ferro. O cheiro no local era insuportável. Uma grande mesa de pedra se encontrava encostado em uma das paredes sem revestimento com o corpo de um jovem ainda não despedaçado. Uma mulher encontrava-se pendurado de cabeça para baixo amarrada pelos punhos e tornozelos, localizada logo encima de um sinistro desenho no chão, sem a cabeça e com um enorme corte da região da genital até a costela.

Ficava ainda a impressão que parte das carnes vendidas seria das pessoas assassinadas.

Samantha arregalou os olhos, cobriu o nariz e segurou com todas as forças para que não vomitasse.

Chris Rail,

       Ainda do lado de fora Rail fica agradecido pelo fato de Samantha ter bom humor e fazer piada da situação. Rindo do trocadilho, Rail diz:
       -- Verdade, mais um pouco e ficaria difícil.

       Rail sabia que o momento de descontração seria importante pois pelo cheiro já imaginava que o veria após a porta seria nojento. No entanto Rail não esperava pelas coisas que viu a seguir. Corpos mutilados, pedaços de carne espalhados e tudo o mais. Rail diz baixinho:
       -- Que horrível... fique atenta para movimentos. Vai que tem alguém vivo ou um bicho aqui embaixo. Rail passa os olhos pelas coisas tentando procurar algo importante pois se haviam pessoas deveriam haver roupas ou pertences empilhados em algum lugar. O cuidado para não tocar em nada e deixar o ferimento longe da sujeira dificultavam as coisas.

       Alguns momentos de investigação se passam e então Rail começa a prestar a atenção se alguém mais pode ter entrado no açougue. Se ele tinha comparsas haveria essa possibilidade.

Testes:

- Por Deus, Chris, as pessoas estavam sendo mortas brutalmente e transformadas em lingüiça. Que doentio e perturbador. – e então os dois investigaram o local como puderam, combatendo as náuseas – veja, esse símbolo desenhado no chão, se não me engano, pode ter sido usado para invocar o espírito demoníaco que esta nas minas e que você se deparou. Com sorte estamos tratando de apenas um exemplar.

A dor que sentia impedia de realizar as investigações de maneira eficiente. Rail perdia bastante sangue e, como imaginava, não estava num ambiente salubre. Encontrou alguns pertences, mas nada de valor e não reconheceria nada de ninguém naquele momento.

Encima da grande mesa encontrou uma faca cerimonial com a lâmina preta.

Aguentaram ficar por 5 minutos no local e tiveram que sair da sala para tomar um ar. Com mais meia hora a situações nos arredores havia apaziguado e havia chance de saírem sorrateiramente do local.

Testes:

Em uma rápida analise na adaga em um local iluminado reconheceu que a lamina era feita de obsidiana, e que os detalhes do cabo remetiam aos índios da região.

Samantha saiu primeiro da edificação, mas se manteve próxima de Rail. Ela havia dito que nas instalações eles tinham um médico e medicamentos para tratar seu ferimento.

Logo que começaram a tomar distancia do local do combate, Chris reparou em alguém que os observava de longe, disfarçadamente. Era Alan, um dos pistoleiros que encontrou no pé da montanha e que fora tapeado. Aparentemente o homem não conseguia esconder a surpresa em reconhecer o mecânico de ferrovias.

Chris Rail,

       -- Sam, não olhe agora, mas um cara que eu tapeie está aqui perto. Rail descreve Alan para que Sam possa ver e identificar o homem. Enquanto caminhamos, lembrei que peguei um papel com instruções sobre um ritual para evitar a coisa que poderia me perseguir. Você acha que essa adaga que remete aos índios da região tem alguma ligação com o ritual? Rail falava mas pensava em seu ferimento, aquilo demoraria para sarar, então era bom puxar papo com alguém, melhor ainda com uma mulher armada que poderia atirar naquelas coisas se chegassem perto durante a noite.
       Em parte de sua mente Rail estava curioso com tudo aquilo. Como um homem conseguia ganhar dinheiro vendendo carne de gente morta na cidade? A ganância de Rail falava alto, aquilo era uma boa oportunidade de negócio, porém sua cautela dizia que apenas o açougue com venda de carne de gado que poderia ser uma boa. Talvez um açougue de primeira com carnes nobres, ai deixaria a carne com sabor estranho que sujeitos como aquele gordo asqueroso venderiam aos pobres e avarentos. Assim pessoas como Sam e Rail poderiam desvendar tais crimes para ajudar o povo, logo todos comprariam carnes em seu açougue de primeira. Haveria outro açougue na cidade? Será que Rail teria tempo de passar em outro estabelecimento para tornar-se sócio antes da notícia se espalhar?
       -- Sam, você sabe se há outro açougue na cidade? Será que daria tempo de passar lá antes? Rail olha para o ferimento no braço e pensa por um momento para então sua cautela falar mais alto. A meu deus, vamos cuidar disso logo se não isso pode ficar ruim. Seria ótimo ficar sócio de outro açougue na cidade agora.