On-Game: Ela vem pela montanha, Ela vem... (Chris Rail)

As respostas que recebia eram desconexas e desesperadas e sempre envolvia demônios. Conseguiu ver de relance que o sujeito estava encolhido no chão segurando uma espingarda de cano duplo, e que sua pele parecia ter sido pintada de preto.

Dentro da cabana agora podia ser sentido um forte cheiro de fezes e de Rocha Fantasma, que fedia como piche. O ambiente estava tomado por partículas suspensas da tal rocha, e talvez tenha sido um milagre o local não ter explodido, talvez não.

A reza parecia não ter surtido efeito. Era sabido que só tinha mais uma bala na espingarda e que a entrada para a mina ficava perto.

Chris Rail,

Minha nossa, ele deve estar alucinando pela poeira da Rocha. Tento lembrar se já ouvi algo sobre isso antes?

Conhecimento comum:

De qualquer forma o local precisa ser ventilado e seria bom se eu usasse um lenço no rosto. Pego um lenço e amarro de forma a ficar parecido com um bandido.
-- Hamilton, a poeira da Rocha fantasma está no ar. Ela faz as alucinações.
A janela ficou aberta após o tiro, então com a ponta da espada empurro com força para fazer a janela bater e voltar. Quando voltar, tento segurar a beirada aberta com a espada. Quem sabe o barulho fará com que atire novamente ou talvez ajude a ventilar o local. Será que conseguirei salvá-lo? Talvez um tiro de misericórdia? Não posso perder meu fornecedor assim. Ele vale um bom dinheiro vivo pra mim, droga.

A rocha fantasma quando foi descoberta acelerou todo o desenvolvimento de tecnologia na América do Norte. Existem estudos sendo desenvolvidos para utiliza-la em armas, apetrechos, e em geringonças dos mais variados tipos, inclusive formatos humanoides (robôs), e até em locomotivas de trem.

No caso dos tens, as locomotivas existentes não estavam suportando a queima de Rocha Fantasma, pelo menos não sem danos sérios nas engrenagens e casa de máquina, e é ai onde entra os estudos de Chris.

Nos raríssimos artigos científicos encontrados por ele, e até pelo conhecimento popular que vinha se estabelecendo, Rail sabia que a exposição prolongada a tal rocha causava a Febre da Rocha Fantasma, cuja pessoa ardia em febre e enlouquecia, além de supostas outras reações não confirmadas. Ouviu-se caso até de combustão espontânea, do indivíduos pegar fogo do nada.

A exposição tinha que ser prolongada com manuseio direto e/ou inalação da queima, por algumas horas por dia ao longo de vários dias.

Era importante ventilar o local, mas mais pelo risco de explosão. Quanto aos indivíduos que contraíram a febre, a maioria morreu, e alguns continuam em tratamento apresentando poucas melhoras, exceto por tratamentos espirituais indígenas, mas que normalmente são vistos com repudio e preconceito. Poucos estudos e avanços foram obtidos na área científica.

Chris fez a manobra com a folha da janela, o que fez Hamilton gritas de susto, se levantar e dizer: - Maldito demônio dos infernos, você não vai me pegar com vida, não vai! NÃO VAI! - e ouviu passos indo em direção a porta. O homem tremia convulsiva e copiosamente.

Chris Rail,

       Droga Hamilton, não creio que poderei te ajudar.  Sua pele está contaminada, onde diabos conseguiria um tratamento indígena pra você ser tratado? Além do mais, se ficou doente por conta da Rocha, há grandes chances de que não irá minerar a rocha fantasma novamente. Você está deixando de ser meu fornecedor? Hamilton poderia ser um homem muito forte por trabalhar com mineração, não estou certo se poderia subjugar alguém assim, mesmo em suas condições. Saco minha arma, sabendo que ele está mexendo na porta aproveito para espiar rapidamente pela janela. Seria uma passagem rápida procurando por Hamilton e suas características.

       1) Se ele estiver armado não poderei arriscar minha vida e precisarei abate-lo. Droga, lá se vai meu fornecedor e uma grana fácil.

Teste de tiro:

       2) Se ele não estiver armado é que a coisa pode complicar pois vejo 2 alternativas:
2A) Se achar que consigo derruba-lo, ou até um nocaute, posso tentar isso;
2B) Se achar que não consigo derruba-lo, precisarei abate-lo.

Teste de conhecimento comum:

O homem estava alucinado e seu aspecto era deplorável. Carregava consigo a espingarda tendo apenas uma bala engatilhada. Era visível que não carregava mais munições, mas ainda assim podia ser perigoso. Ele tinha a intenção abrir a porta, mas fazia isso com muito receio.

Teste::

Chris Rail,

       Em uma fração de segundos vários pensamentos passam em minha mente. Um homem alucinado, afetado por uma substância estranha, armado e que deve vir em minha direção. Aqueles que ficam vivos, sofrem da doença definhando até a morte e apenas alguns talvez sobrevivam após um tratamento com os índios, os quais não tenho muito contato. Preciso sobreviver a isto para ganhar mais dinheiro, sinto muito Hamilton, sinto muito dinheiro que ganharia com isto.

Atirar:

Chris Rail

tirei 6:

Chris Rail

Mais dano:

Hamilton estava desorientado, medroso e praguejante. Ele se dirigiu para a porta da cabana dando as costas para a janela em que havia acabo de atirar. Enquanto segurava a espingarda, a outra mão chegou a abrir a maçaneta, porém o disparo efetuado acertou em cheio a cabeça do moribundo e o tranco do projétil fez com que a porta se abrisse com uma cabeçada.

A bala, Chris viu em seguida, entrou atrás da orelha e saiu pelo olhos esquerdo. O corpo mais magro do que se lembrava jazia paciente na soleira da porta, parte pra dentro, parte pra fora. Estava todo sujo e molhado, como se estivesse pintado com piche e fezes, estava nu, exceto por um pequeno colar com amuleto.

A sorte parecia sorrir, pois a cabana já um pouco ventilada não explodiu, mesmo com aquelas partículas suspensas.

Agora com a situação controlada, Rail percebeu que dentro da cabana haviam 3 carregamentos de Rocha Fantasma e 5 munições da espingarda cano duplo, além de comidas podres e uma bagunça gigantesca, com ferramentas espalhadas pra todo lado.

Testes::

Chris Rail,

       Deixo a janela aberta, caminho até a porta e a deixo aberta também. Ainda com o lenço no rosto recarrego a minha arma com uma das balas soltas.
       Sem tocar em Hamilton observo o seu amuleto. Se for de valor, vou pegar usando as minhas luvas ou um tecido limpo da casa.
       Ainda do lado de fora da porta e com a arma na mão observo o lado de dentro da casa, quero entender melhor as dimensões do lugar e procurar uma eventual passagem ou compartimento secreto ou ameaça que não vi.

Teste de percepção específico:

       Com a barra limpa, guardo a arma, saco a espada e entro na casa. Usarei a ponta da espada para mover coisas, cadeiras, abrir a outra janela, enquanto vasculho o local. Sei que há bastante rocha fantasma na casa, mas não consigo carregar tudo. Escolho o saco em melhor condições de transporte e com a ponta da espada o derrubo no chão para ter certeza que não há nada ruim nele. Estando tudo certo, recolho os valores e a carga escolhida para o lado de fora.

Teste de percepção genérico:

Agora sem toda a situação estressante Chris pode olhar minunciosamente tudo a fim de entender melhor o que ocorreu.

Primeiro se aproximou do corpo e agachou para observar o colar. Parecia trabalho indígena, não apresentando materiais de grande valor comercial. Sentiu que o corpo emanava um calor estranhamente forte, e antes que se levantasse, percebeu alguma marcas no corpo do homem. Pareciam arranhados razoavelmente profundos, como se um animal o tivesse feito.


Teve a impressão que a cabeça de Hamilton fez um leve movimento e que o olho que sobrou o encarava agora com vivida expressão. Da boca entreaberta parecia vir um ruído estranho, como o de uma cigarra, que foi aumentando e aumentando, se tornando quase insuportável, até que cessou e então o corpo se contorceu bruscamente liberando algo como se fosse o espirito da pessoa, porém era algo perverso, vil e odioso que encarou Rail e desvaneceu. Segundos depois o barulho de cigarra se iniciou na entrada da caverna, que se encontrava a uns 50 metros, e parecia se distanciar montanha a dentro.

Caso não passe no teste de espírito (dificuldade 4):

Caso passe no teste de Espírito (dificuldade 4):

Chris Rail

Teste de espírito:

Chris Rail,

Por conta da curiosidade e ganância, gasto 1 ponto de Bene para tentar ter culhões.

Teste de espírito:

Chris Rail,

Olho para a caverna ainda tentando entender se corro ou ando de fininho. Com uma onda de energia e culhões recuperados entro na casa, pego os itens, saio para um local ventilado e leio a carta. Olho para o lado da caverna que a coisa foi novamente.
Quanto ao ouro, ele vai pro banco. Vou comprar ações de uma ferrovia e ficar rico. Pondero sobre pegar o colar indígena que estava com Hamilton... se o conteúdo da carta for relativo àquela coisa, já penso em colocar ele agora. Ter culhões é bom, mas ser cauteloso é importante. No entanto bruxaria é bruxaria, mesmo se for indígena e é bom ser cauteloso com estas coisas.
Olho outra vez para a caverna, pro saco de rocha fantasma e penso no caminho.

O evento que acabou de presenciar faria qualquer homem tremer, disso Chris não tinha dúvidas. Pensou em sair correndo como se o próprio diabo estivesse em seu encalço, o que de fato deixou de ser figurativo naquela ocasião, mas sua curiosidade e ganancia pareciam falar mais alto que seu medo do “sete pele”.

Ele adentrou a cabana e pegou tudo o que tinha de valor, para depois ler a carta encontrada que dizia o seguite:

Carta do Xamã:

Oras, até tinha ouvido falar sobre coisas sobrenaturais, mas Chris acreditava nelas? Provavelmente se não acreditava mudou de ideia.

Sabia também que a rocha fantasma gritava como uma alma penada quando pegava fogo, e agora receava que talvez tenha, de verdade, uma alma penada dentro do maldito minério.

Entrar naquela caverna parecia ser a coisa mais estupida do mundo, naquele momento, mas sua curiosidade quase lhe matava de vontade.

Tinha algumas cargas de rocha fantasma, a carta e o nome de um Xamã, um corpo morto e supostamente um demônio na caverna.

Off:

Chris Rail,

Ao ler a carta do Xamã após ver o que aconteceu acredito que tem alguma merda grande na caverna. Olho para a caverna ao guardar o lingote no bolso da cueca, até penso em largar a rocha fantasma e sair correndo. No entanto, guardo a carta dentro do bolso do paletó, saco a espada, espeto ela para segurar a cabeça de Hamilton no chão e retiro o colar. Retiro a espada da cabeça de Hamilton e corto a base de sua nuca. Penso que se essa coisa se levantar vai ser mais difícil me pegar sem cabeça. Guardo a espada dando uma espiada para os lados e volto a observar a caverna.
Com o colar em mãos, uso o amuleto como o Xamã escreveu. Passo a pena pelo corpo (sobre as vestes), bato no ombro esquerdo 3 vezes e digo a oração:
-- Grande Pai do Céu, me faça forte! Linda Mãe Terra, me dê sustentação! Espirito do Leste, me envie sua sabedoria! Espirito do Sul, que eu possa sempre trilhar o caminho do coração! Espirito do Oeste, que eu esteja sempre pronto para a longa viagem! Espirito do Norte, que seus ventos possam sempre limpar a minha alma! Me protejam e me livrem de todo o mal!
Dou uma olhada para a caverna enquanto coloco o colar no meu pescoço e o escondo debaixo da camisa.
Agora vem a parte mais difícil, andar com esse saco de rocha até o cavalo. Dou uma ajeitada no saco para colocar sobre o ombro esquerdo bem de pé, deixando o braço direito livre vou embora pensando onde vou conseguir os ingredientes para fazer a infusão.