O grupo é atacado por alabardas que saem das paredes do castelo, elas alvejam o grupo o Duegar é atingido em cheio de modo severo, recebendo um corte profundo no olho e rosto. Um grito abafado de dor é ouvido enquanto o sangue jorrou sujando os demais do grupo. Ele se agarra fiem para não cair mas o golpe foi muito severo.
-Arrrgh... ISSO NÃO VAI NOS PARAR! VAMOS FIRMES!
Enquanto sacava seu escudo para ganhar mais proteção, CA passando a 20. Em seguida sua mão brilha e ele toca em si.
Mecânica:
Dalnur usa sua habilidade sobrenatural de paladino e Impor as mãos e cura 8 Pvs. Mestre: o Dalnur tem RD 1 da armadura então o dano reduziu em 1, sendo 20 de dano, i tirando os 8 agora foi pra 12 de dano. Ficando com 35/47.
Ventress virou um morcego-vampiro e logo levantou voo batendo as asas e usando o seu sonar como guia para achar a fonte daquele som de coração. Ela subiu o mais rápido que podia. Ela então via as frestas da parede se liquidificando e logo via alabardas surgirem de todos os lados. Ventress parou e emitiu um pequeno e grunhido agudo em direção à eles como se estivesse tentando chamar a atenção deles para a armadilha, porém um Morcego-vampiro não falava e por mais que ela quisesse gritar à eles "cuidado" sua anatomia de morcego não permitia. Ela então sobe o mais rapido que podia, seu tamanho tão diminuto e sua agilidade gigantesca devido à forma faziam com que as lanças perfurantes fossem faceis demais de se desviar. Quase não era necessário. Ela continuava subindo o mais rápido que podia, até que ela via aquela bizarra forma, um coração de vidro que bombeava uma espécie de sangue mágico. Ela observou que havia algo de muito maligno naquele coração, ele pulsava com flashes e luzes, era claro que utilizava magia e se tratando de Vlad e das cores, magia maligna. Aquela coisa parecia realmente um órgão vivo, quase como uma aberração da natureza. Era como se Vlad tivesse tornado a torre em si em uma anedota de um ser vivo, e o coração era justamente isso, o coração da torre. Ela via várias flechas pelo sonar, era como se várias pessoas tivessem tentado acertar o coração mas haviam falhado. Bem, agora a situação era diferente, essa armadilha não fora feita para impedir a passagem de um morcego-vampiro.
Assim, Ventress voava rapidamente em direção ao coração, conseguindo passar por todas as lanças sem ser atiginda. Ela então pousava em cima daquele coração e em sua forma morcego em cima do coração ela voltava a forma normal, o que talvez, com seu próprio peso, já desestabilizaria o coração por si só, mas assim que seu corpo voltava à forma plena humanoide, Ventress que estava ajoelhada com a perna direita e com o pé esquerdo em cima, retira da bainha sua espada de prata num movimento giratório com a mão.
- Aqui jás um coração flagelado!!! HUH!!!
Com as duas mãos, Ventress finvaca a espada no coração a fim de destruí-lo de uma vez por todas e tão logo ela caísse, se não fosse possível facilmente pousar em forma humanoide ela voltaria em forma de morcego no ar.
Loriel escapou por pouco do ataque da armadilha de alabardas, mas Dalnur e Lunathel foram atingidos, a elfa apenas de raspão, mas o anão bem no olho.
Isso alarmou o Virtuoso, que instintivamente movimentou-se para a retaguarda do anão paladino que empunhava seu escudo para garantir maior cobertura.
Na melhor posição que conseguiu alcançar, Angelus ergueu as mãos enquanto proferia as palavras mágicas para invocar uma das magias mais fundamentais de seu repertório.
- Magicae Missilia!!!
O alvo de cada um dos mísseis mágicos era o cabo das alabardas, visando quebrá-los para assim arrancar a parte letal das lâminas de seu suporte.
Dalnur urrava de dor com o olho sangrando, mas se mantinha firme e se protegia para evitar futuros ataques, enquanto usava a outra mão para tentar reparar o pior do corte em seu rosto. A elfa também era ferida de raspão, mas o restante do grupo havia conseguido a duras penas evitar o ataque. Neste momento, Ventress se tornava um morcego e desaparecia voando para o alto.
Visando futuros ataques, Loriel disparava Mísseis Mágicos contra as armas, danificando suas hastes.
...
Muitos metros acima, Saarth podia sentir sob seus pés que algo ruim acontecia abaixo da torre. Não muito abaixo, um morcego voava, enquanto alabardas tentavam inutilmente atingi-lo. O morcego pousava no topo do coração e lentamente se transformava em sua forma Drow.
...
Abaixo, uma nova leva de ataques flagelava o grupo. Luna e Dalnur eram atingidos de raspão, enquanto Loriel levava um corte moderado no braço. Já Zoltan conseguia evitar novamente o ataque.
...
Ventress se dependurava no grande coração de vidro e seu pouco peso era quase o suficiente para romper as artérias do órgão artificial. Ainda assim, ela sacava sua lâmina de prata e com uma última fala emblemática, enterrava-a no coração. Imediatamente, a luz avermelhada parava de irradiar, e um líquido escuro e viscoso com um odor horrível vazava do coração, como uma torneira aberta.
No mesmo instante, as alabardas caiam todas no chão, imóveis, enquanto as frestas nas paredes se fechavam sozinhas. Parece que o perigo havia passado. Ao menos o perigo nesta torre...
Dalnur mal tinha se curado e sofreu mais um ataque, mesmo de raspão prejudicou ainda mais a saúde do Paladino que mesmo com o escudo não conseguiu se proteger, ele resmungava irritado, seus companheiros tentavam deter as lâminas mas só depois que a vampira subiu que as lâminas caíram como se tivessem sido desativadas. O anão olha para cima confuso esperando que ela voltasse para esclarecer o que fez.
Enquanto isso acelerava o passo para sair dalí o mais rápido possível.
-Vamos, agora é a chance de acelerarmos antes que isso volte!
Assim que o chão parava de tremer, Saarth se perguntava o que havia ocorrido. Mas mais importante que isso, ele pensava que aquele não era um lugar seguro para se estar e ia logo em direção ao baú. Não haviam armadilhas à sua volta (talvez a própria torre fosse uma armadilha e a luz o chamariz?!). De qualquer forma, o baú estava trancado por um grande e velho cadeado enferrujado que facilmente poderia ser quebrado.
OFF: Levando em conta que ele abra o baú, segue a cena:
Spoiler:
OFF: Estou sem tempo de cortar a imagem, mas imagine a lâmina sem cabo.
Uma lâmina sem cabo brilhava como o próprio sol, e caso ele a segurasse, uma estranha força parecia dirigir a parte de seu cabo para a porta trancada em direção à torre lá em baixo.
...
Logo abaixo, nas escadas da torre, Dalnur, ainda segurando o sangramento de seu olho, sentia algo vibrar em seu bolso. Ao mexer nele, via o cabo da espada brilhando, e, como que atraído por uma força magnética, apontava para cima.
O cheiro que irradiava daquela coisa era terrível. Felizmente, Ventress não precisava respirar e não despencava também em queda livre, visto que as artérias, embora abaladas pelo peso da Vampira Drow, não tinham cedido completamente nem pelo nem pelo golpe desferido com a espada. Ela notava lá abaixo que algo mudava, não escutava mais sons, as lanças pararam de serem invocadas das paredes. Ela sorriu brevemente com a pequena vitória e seus olhos predatórias brilharam em tom vermelho. Logo, ela saltou no ar e deixou-se cair em queda livre com a capa esvoaçando para cima. Chegando numa altura considerável ela novamente se transformava em morcego, se aproximava até o grupo, vendo que o Daenor havia sido muito ferido nessa armadilha.
Ela pousava diante deles, na escada logo que o Duegar começava a apressar a todos, e em poucos segundos o pequeno morcego vampiro novamente começava a crescer virando o corpo da Drow denovo.
Ventress escreveu:
- Não é necessário tanta urgência, Duegar, pelo menos não mais por essas lanças. Eu desativei o sistema de defesa desta torre. O coração batendo que o Elfo e eu escutamos, aquele era o sistema de defesa. A menos que haja uma magia profana de restauração do sistema da Torre, estamos seguros, mas sim, temos outros motivos para nos apressarmos além deste. Você está bem? Consegue prosseguir?
Ao final, ela perguntava ao anão negro, tentando se esforçar para ter algum tom compassivo em sua voz e não parecer um automato falante. Olhar para a ferida sangrenta do anão despertava o apetite em Ventress, mesmo que ela tivesse já se alimentado, o sangue era um vício eterno e uma necessidade avassaladora. Ela sabia que estava muito bem sob controle e tentava não encarar o sangue que escorria da cara do Daenor, mas ainda assim era um ato consciente ter que não ficar olhando. Felizmente ela estava com seu anel, mas ainda levaria uma semana para que ele fizesse o efeito desejado. Se ninguém fizesse mais objeções com relação a prosseguirem, Ventress continuaria com o acordo de ir à frente, embora sempre alerta para sua retaguarda também.
Zoltan ouve as palavras de Dalnur, vê um morcego chegar e se transformar na moça que viram anteriormente e confirma a necessidade de acelerar os passos, o anão reposiciona seu escudo e diz: - Sigamos com cuidado, sem perder o ritmo. Eu tentarei manter a proteção em movimento. E segue em frente pela escada, com cuidado e de forma a defender os demais.
O perigo havia passado (ao menos naquele local, pois todos suspeitavam que o castelo inteiro era cheio de armadilhas). Assim, o grupo sobe, guiados pelo cabo da espada que Dalnur segurava, chegando até a porta lá em cima. Ventress não podia acompanhá-los nesta parte, pois a luz que passava pelas frestas da porta a feririam. A porta estava trancada, mas suas barras envelhecidas e enferrujadas poderiam ser destruídas por um mero golpe de machado ou espada.
Ao entrarem lá dentro, encontram seu companheiro desaparecido: Saarth, e ele já havia aberto o baú e encontrado a lâmina que faltava à espada. Dalnur que segurava o cabo e Saarth que tinha a lãmina consigo, sentiam uma atração entre as duas partes da espada, que pareciam vivas e dispostas a se juntarem novamente.
Caso ambos unissem as duas partes, o brilho da lâmina acabava, mas seu portador de alguma forma sabia que poderia acendê-la com sua própria vontade (ação padrão) duas vezes por dia, como se um elo mental o unisse à arma.
OFF: Trata-se de uma Espada Longa +2 Ordeira/Boa. A luz irradiada por ela dura 1d4 rodadas e queima criaturas das trevas como o próprio sol. Além disso, conta como uma arma +3 contra Mortos-Vivos e seu portador recebe +2 contra qualquer efeito de medo enquanto a portar. Agora resta Dalnur e Saarth decidirem quem será seu portador.
Dalnur observa a situação com certa satisfação, sua intuição que levou eles para lá, ele estava certo. Com um sorriso ele se aproxima de Saarth:
-Realmente, eu estava certo de vir logo aqui. Com esse cabo e essa Lâmina formaremos a arma para destruir esse traidor da ordem e profanador! Então, Saarth, peço que essa espada fique comigo, preciso limpar o nome de minha ordem jogada as traças por esse maldito vampiro.
Assim que decidiam quem ficaria com a poderosa arma sagrada, o grupo optava por seguir a opção de Ventress, que os guiaria até a tumba da mãe de Vlad. Agora eles faziam o caminho inverso, descendo pela torre, até masmorras cavadas dentro da própria montanha.
O local era escuro e úmido, cheirando a mofo e sonhos partidos. Além disso, o chão das masmorras estava coberto até aproximadamente a altura da cintura de um homem adulto com água parada. Ventress e Luna iam na frente, tomando cuidado para evitar possíveis armadilhas, até que o local se bifurcava. O lado direito levava até as catacumbas (onde estava tanto a tumba de Vlad como a de sua mãe, irmão e diversas outras pessoas). O lado esquerdo levava para até um túnel escuro onde Ventress diz ter sido torturada.
OFF: Aqui vou supor que o grupo decida continuar seu rumo pelo túnel da direita. Se por alguma razão decidirem mudar de ideia, podem avisar que eu mudo a cena.
As catacumbas era um enorme labirinto de pilares/lápides de dezenas de indivíduos. Nos extremos Norte, Sul e Leste (oposto à entrada) estavam três mausoléus diferentes. mais elaborados. Eram respectivamente as tumbas de Miguel (irmão de Vlad e antigo portador da Espada do Sol), Vlad e Barov/Ravenóvia (pais de Vlad).
OFF: Novamente irei supor que o grupo siga até a cripta dos pais de Vlad.
A tumba permanecia no mais absoluto silêncio. As janelas estavam escuras pelo passar de tempo, filtrando a luz que deveria passar por elas. Há um ataúde fechado em cada lado da sala. Sobre o ataúde da direita há um mural de um grande guerreiro montado em seu cavalo.
Sobre o ataúde da esquerda há um mural mostrando uma bela jovem.
Quando chegaram ao final da torre Ventress parou por ali mesmo, a um corredor de distância e ficou a esperar enquanto eles fossem para o cômodo buscar o artefato luminoso e tão perigoso para vampiros. Ela só esperava que eles não utilizassem aquela coisa nela, mas de certa forma eles lhe pareciam pessoas honradas e Ventress era muito boa para julgar caráter, pelo menos agora que recusou Vlad por completo. À bem da verdade, ela sempre soube que Vlad era um monstro, mas fechava os olhos para isso. Ficou um tempo pensando em certas coisas, no diário que iriam buscar em seguida, lembrando do ultimo embate com Vlad, aquilo mal podia ser chamado de luta, e também se conseguiriam, com essas ferramentas, por um fim no reinado de terror daquele monstro. Logo que voltavam, estavam com uma arma a mais, aquele cabo de espada agora parecia estar completo, então se tratava disso, uma arma... Uma arma que poderia matar vampiros.
Sem muito a dizer, Ventress notando também que outro sujeito, aparentemente amigo deles, estava no grupo, ela sugere que seguissem para a tumba da mãe de Vlad para pegarem o diário e descobrirem novas fraquezas dele. E assim eles seguem fazendo todo o caminho reverso até as catacumbas e mais além. Lá onde a água imundava até a cintura, Ventress se transformou em um morcego novamente e eventualmente, com o sonar jorrado na água, ela tentava descobrir e sinalizar a direção para o grupo de onde deveriam andar para evitar armadilhas. Eles seguiam para as tumbas com Ventress já tendo voltado à forma normal e apontando a direção de onde estava sendo encarceirada.
Ventress escreveu:
- Era ali que eu estava antes de nos encontrarmos. Não sei quanto tempo fiquei, mas sei que além de mim haviam uma mulher anã e sua criança. Vlad tentou me obrigar a assassiná-las mas consegui conter meus impulsos. Não sei o que aconteceu com aquelas duas depois disso.
Ela continuava guiando eles pelas catacumbas labirinticas chegando no setor da família de Vlad, a única que ele teve, e a bem da verdade, a única que ele teria dali para frente. Eles passavam pelos quadros, Ventress passava olhando enquanto contava à eles
Ventress escreveu:
- Estes são os pais de Vlad. Mesmo para um imortal é dificil manter as memórias dos tempos em que se era vivo. A maioria das memórias humanas é nublada pela sede, mas Vlad é diferente, o controle dele sobre a fome é mais resiliente do que em suas crias. Ainda assim ele mantem esse lado humano em um lugar respeitoso em seus sentimentos. Ele presava muito a família.
Após o questionamento deles, ela responde:
Ventress escreveu:
- Agora nós nos encaminhamos até a câmara de Cneajna. Se ele não mudou de lugar, o diário está lá, e junto os seus segredos.
Assim ela guiaria o grupo até a câmara correta, tomando cuidado com armadilhas, tanto as que ela se lembrava quanto as possíveis novas. Assim que achasse o diário ela já procuraria as informações de como derrotá-lo e repassaria aos demais até mesmo qualquer outra informação relevante ou curiosidade importante. Ao terminar, ela guardaria o diário consigo em sua mochila, ficaria com ele porque caso não morressem aquela noite, ela queria ler aquele diário palavra por palavra.
Ventress então abria a tumba da mãe de Vlad com cuidado. Como esperado, entre os restos mortais da mulher (em geral, apenas pó), encontrava-se um livro antigo com um intrincado padrão de desenhos em sua capa.
O tempo todo, o grupo podia sentir a estranha sensação de que a qualquer momento Vlad surgiria das sombras para atacá-los, mas por alguma razão, isso não aconteceu. Talvez o monstro ainda tivesse algum respeito pelo local de descanso de seus pais e se recusasse a derramar sangue ali?!
Aproveitando sua sorte, o grupo folheia o grande diário em busca de qualquer pista que pudesse ajudá-los:
Diário de Vlad:
Página 1: Eu sou o antigo, eu sou a terra, eu sou o ódio, eu sou a guerra. Minhas origens estão perdidas nas trevas do passado. Eu já fui um guerreiro, um soldado da luz, um herói, um servo de An’tè. Com a fúria de um deus justo eu caminhei pela terra erradicando o mal, até que fui traído pelo Altíssimo. Meus exércitos se fixaram no Nordeste, caçando os dragões Azzular e Naidea, enquanto acreditei que An’tè protegeria meu castelo em minha ausência. Minha amada Tatyana, perfeição, júbilo, preciosidade, pureza, inocência... Eu a amei do fundo de meu coração e fui correspondido. O casamento já estava marcado, eu o havia adiado algumas vezes no último ano por respeito à minha missão divina, e por anos, ela esperou por mim. Minha preciosa flor foi deflorada por aqueles monstros em forma humana que invadiram meu castelo. O estado em que encontrei seu corpo, as coisas sujas que fizeram com ela antes de matarem-na, a expressão em seu rosto, congelada pela morte. E mais, ela morreu segurando um símbolo sagrado. Como o Deus a quem eu servia pôde ter me abandonado neste momento? (As páginas seguintes parecem retroceder no tempo, para lembranças de quando Vlad ainda era um mortal, logo após o assassinato de sua noiva).
Página 12: Sangue e morte eram tudo que vinha à minha mente. Conseguimos encontrar três cultistas em uma taverna não muito distante de Baróvia. Eles gastavam o ouro que haviam roubado como se não houvesse amanhã. Eles riam enquanto se embebedavam, com mulheres seminuas em seus braços. Aquela visão... algo se quebrou em mim naquele momento, eu puxei minha espada e ordenei que todos os demais presentes na taverna fossem embora e não contassem a ninguém o que viram. Os olhos dos três desgraçados congelaram ao me verem. Eles me forneceram pistas sobre o paradeiro de outros cultistas enquanto sua pele era arrancada e sal jogado em seus músculos, mas ainda haviam outros cujo paradeiro era desconhecido por eles. Eu mandei que cinco de meus mais fiéis homens permanecessem no local enquanto a vida dos três moribundos se esvaia, e me contassem os detalhes mais tarde. Segundo eles, o último levou três dias para morrer, e ainda estava vivo quando corvos tentavam devorar seus olhos. Lágrimas escorreram de meus olhos tamanha tristeza afligia meu coração por não ter presenciado isso. Meu segundo em comando insistiu que o que fizemos era errado. Eu não o culpo, ele certamente teria feito o mesmo se sua amada esposa tivesse sido violentada daquela forma antes e depois de morta.
Página 27: As informações dadas pelos três cultistas da taverna estavam corretas, mas os malditos eram ardilosos e pareciam sempre um passo à nossa frente. Meus subordinados insistiam em descansar, três noites sem dormir e sem comer, diziam que os homens estavam cansados após a caçada aos dragões. Como um bom líder, eu ameacei expulsar da Ordem qualquer um que me desobedecesse. Meu segundo em comando parecia não me reconhecer mais. Tenho certeza que ele planeja me trair.
Página 32: Capturamos mais dois deles, os ratos se jogaram no chão e imploraram por clemência ao nos virem. Um deles já estava molhado na própria urina. Eu sorri e lhes disse que daria clemência. Os olhos dos homens brilharam enquanto vieram beijar meus pés, e eu os chutei no rosto. “Eu ainda não terminei minha frase” disse eu “eu disse que lhes oferecerei clemência, a mesma clemência que ofereceram à Tatyana!”. Oh, como eram doces os gritos deles enquanto eram empalados. Desta vez eu fiz questão de presenciar, enquanto ordenei que meus homens perseguissem os outros fugitivos (e os mantivessem vivos, pois a vingança era apenas minha). Propositalmente eu não afiei as estacas, de forma que o último deles levou cinco dias para morrer e ao invés da estaca sair por sua boca, acabou atravessando sua garganta. Da próxima vez prometo fazer direito.
Página 33: Como eu suspeitava, An’tè havia me abandonado. Não sou mais capaz de realizar milagres. Não posso permitir que meus homens descubram isso, posso ouvir sussurros de alguns falando em me abandonar. Felizmente, tenho aliados leais comigo, que me seguiriam até o Abismo.
Página 35: Meus fiéis servos me trouxeram outro cultista, e com ele, tomos profanos de conhecimento arcano. Esse me revelou mais. O que fizeram com minha querida Tatyana foi ainda pior do que eu imaginava. Segundo ele, os cultistas realizaram um ritual negro para prender o espírito de Tatyana à terra. Ela nunca mais poderia descansar em paz, mesmo após a morte.
Página 36: Este último cultista viveu por uma semana. Ele implorou para que eu o matasse após servir-lhe um ensopado de seus próprios dedos e vísceras, mas eu me contive. Fiz com que ele me contasse tudo sobre o ritual antes de morrer.
Página 38: Estudei cuidadosamente o ritual macabro. Eu e meus fiéis servos o executamos, escondidos dos olhos do restante dos traidores da Ordem. O espírito do cultista permanecerá para todo sempre preso a esta terra em dor e agonia. Meu segundo no comando tem feito muitas perguntas, além disso tem insistido que queimemos em uma fogueira este tomo macabro. Eu disse a ele que farei isso no tempo certo. Preciso ter cuidado com o vice líder da Ordem, ele com certeza deseja me derrubar para ocupar meu posto.
Página 56: A igreja ordenou que voltássemos à Santa Sede. Na certa querem me retirar da posição de Arquimestre da Ordem. Eu ignorei a intimação e menti a meus subordinados sobre o conteúdo da carta, dizendo que a Santa Sede aprovava meus atos. Ainda assim, sinto que a grande maioria deles pretende me trair. Meus leais servos também perderam seus poderes. An’tè conspira contra mim, mas nem mesmo O Altíssimo me impedirá de realizar minha vingança.
Página 75: Capturamos cinco suspeitos hoje. Testemunhas dizem confirmar que eles não poderiam ser quem eu procuro, pois estavam em outro local no dia em que minha noiva foi morta. Eu fingi usar dos dons de An’tè para revelar se eles estavam mentindo. Para que meus seguidores não descobrissem que perdi meus poderes, fingi que eles mentiam, então fui obrigado a assassinar aos cinco (bem como as falsas testemunhas). Se por acaso eles não forem culpados, tenho certeza de que algo de ruim eles devem ter feito para merecerem a morte.
Página 82: Golle, meu segundo em comando disse que não me reconhece mais. Eu apenas respondi: “Que bom”.
Página 96: Finalmente encontramos o rastro dos últimos fugitivos, eles se esconderam em uma floresta inexplorada, achando que isso iria nos intimidar. Quase ri por dentro, nem O Próprio An’tè seria capaz de me impedir.
Página 99: Encontramos uma tribo de homens vivendo na floresta, eles não falam nosso idioma, mas meus servos ainda capazes de realizar milagres traduziram o que eles diziam. Segundo os selvagens, a floresta era sagrada para eles e não nos deixariam passar. Eu tentei negociar, mas nada funcionou, então ordenei que meus homens matassem a todos. Meu segundo em comando disse que eu estava indo longe demais, me chamou de herege e instaurou um motim contra minha pessoa. Eu sempre soube que ele era um traidor, então mandei que o matassem, mas a maioria dos membros da Ordem decidiu me abandonar em favor de Golle. Os poucos que permaneceram fieis me ajudaram a exterminar a tribo.
Página 112: Minha vingança em fim foi concretizada, mas por que eu ainda me sinto vazio? Minha lâmina exige mais sangue, e nos momentos vagos eu estudo o tomo profano dos cultistas em busca de uma forma de libertar o espírito de minha amada.
Página 127: O clero de An’tè finalmente me encontrou e me ofereceram uma última chance de redenção para que eu não fosse excomungado. Eles disseram que se eu voltasse com eles para ser julgado, poderia ser redimido, e se eu ainda tivesse fé, era possível libertar Tatyana da magia maligna que a aprisionava. Como se eu ainda confiasse em algo que servos de An’tè dizem. Mandei as cabeças dos clérigos de volta à Santa Sede com uma carta mandando o patriarca da Fé para o Abismo. Era a primeira vez que eu gargalhava em dois anos.
Página 132: Com certeza a igreja ainda me causará problemas, por isso gastei boa parte de minha fortuna contratando mercenários para defenderem meu castelo. Meus fieis subordinados ainda estão do meu lado e abandonaram a Ordem por livre e espontânea vontade, mas sinto que ainda não é o suficiente para me proteger caso a Ordem decida atacar meu castelo.
Página 136: Uma lástima. Ícarus, um de meus mais confiáveis servos parece ter cedido à loucura. Estudar tomos arcanos realmente é algo perigoso. Infelizmente, o pobre coitado acabou se jogando da varanda acreditando que poderia voar. Guardarei seus restos mortais com toda a glória, amigo.
Página 155: Interessante, lendo o tomo tirado dos cultistas, descobri um ritual extremamente complexo, mas que se bem executado, poderia invocar Belineal, o Senhor dos Pactos, um dos Nove Lordes do Abismo. É dito que Belineal pode realizar qualquer desejo em troca de sua alma. A minha já não vale nada sem minha amada.
Página 175: Mais um de meus leais serviçais, Endorovich, parece flertar com a loucura. Preciso impedi-los de estudarem estes tomos arcanos. O coitado foi dominado pelo ciúme e desfigurou o rosto de sua bela esposa para que mais nenhum homem a desejasse mais. Pobre Marya Markovia, seu rosto outrora belo não irá mais embelezar meus salões.
Página 195: Após diversas tentativas fracassadas, finalmente consegui me comunicar com Belineal. O ritual exigia o sangue ainda quente de 13 virgens em uma lua de sangue, mas desta vez as sangrei até a morte para ter certeza de que funcionaria. Eu desejei que o maldito libertasse a alma de minha noiva, porém, eu jamais poderia vê-la novamente, pois ela havia sido uma jovem pura e temente a An’tè, e muito provavelmente seguiria para Elysium, enquanto minha alma seria condenada ao Abismo. O deus do Abismo disse poder realizar até 3 desejos, mas o preço seria maior. Decidi fazer um segundo pacto, mas para tal, precisaria oferecer mais uma alma voluntária. Por sorte, um de meus fieis soldados ofereceu a sua de livre e espontânea vontade. Pedi a ele para que minha noiva não fosse para o Elysium e ele disse que quebraria o ciclo de vida e morte, fazendo com que ela reencarnasse em outro corpo mortal, mas nem mesmo ele saberia dizer em quem ou quando. Eu me senti enganado, então fiz meu terceiro desejo, a imortalidade. Pedi que o tempo, doenças, venenos e armas mortais não fossem capazes de me matar, além disso, eu queria o poder para combater meus inimigos e me esconder nas sombras caso eles atacassem. Mais do que isso, eu queria poder transferir parte de meus poderes a meus servos. Ele disse que realizaria meu pedido, mas isso custaria mais do que apenas uma alma. Fiz com que todos os meus homens oferecessem suas almas ao Mestre dos Desejos (alguns precisaram de persuasão e tortura para tal).
Página 202: Dizem que barganhar com um senhor do abismo é loucura, e não estão errados. Eu tomei diversas medidas, mas o maldito terminou por me enganar. De fato, o tempo, a doença e venenos não me fazem mal, armas mortais são como gravetos contra mim e mesmo os ferimentos que armas mágicas me causam são rapidamente curados, porém, a luz do sol é o suficiente para me ferir mortalmente, assim como o poder da fé. Maldito deus do Abismo, eu deveria ter pensado melhor antes de fazer o último desejo.
Página 225: Era só o que me faltava, uma crise de redenção. Um de meus serviçais resolveu me abandonar em favor do Culto de An’tè. Realizei suas preces e o mandei para seu tão sonhado paraíso.
Página 265: Nem morto, nem vivo, mas morto-vivo, para todo o sempre serei destinado a ser uma alma pútrida vagando pela terra em busca de minha amada. Tenho estudado muito nos últimos tempos, afinal, tempo é o que não me falta. Nunca ouvi falar de uma criatura como eu e meus servos, mas “Vampiros” é como passaram a nos chamar. Até faz sentido, mamíferos noturnos bebedores de sangue. Também tenho testado os limites de minha imortalidade. Centenas de flechas já me perfuraram e ainda estou de pé e ri por último. Nem mesmo uma estaca pode me matar, elas apenas me paralisam temporariamente, isso se atingirem meu coração morto, nem mesmo a decapitação completa é suficiente para pôr fim à minha existência. O sol, porém, é meu maior inimigo. Além dele, pouco mais pode me ferir fatalmente. Tenho procurado por Tatyana muitas vezes, mas sinto que ela ainda não reencarnou. Teria o maldito Belineal me enganado com isso também?
Página 228: Meu irmão Miguel viajou de muito longe para “pôr juízo em minha cabeça”. Ele ouviu sobre meus recentes atos e tentou me obrigar a me entregar à Santa Sede. Eu neguei, então ele sacou a espada. Oh, aquela bela espada dourada irradiava uma luz tão intensa quanto o sol, dizendo entre lágrimas que se eu me negasse, ele me levaria à força. Nós lutamos até a morte. Eu sempre fui o melhor espadachim de nós dois, mas o poder daquela arma desgraçada lhe deu a vantagem, e ele poderia ter me destruído, se não fosse sua inocência, achando que poderia me “redimir”. Pobre e tolo irmão, assim que ele baixou a guarda eu lhe dei o golpe de misericórdia. Porém, os ferimentos que aquela espada me causou estão custando a sarar. Depois de minha doce Tatyana, talvez Miguel fosse a pessoa que mais amei no mundo, mas estranhamente, sua morte não despertou nenhuma emoção em mim. Era isso que eu havia me tornado, uma casca vazia e sem sentimentos? Se isso servisse para retirar a dor que sinto todas as noites pela perda de Tatyana, vêm a calhar.
Página 290: Tem sido muito demorado e doloroso curar os ferimentos causados pela espada de Miguel, acredito que talvez eles nunca sarem por completo. Apenas a visão da maldita arma já me causa dor. Preciso dar um jeito de destruir esta relíquia, pois até hoje, ela se mostrou uma das poucas coisas neste mundo capazes de me destruir por completo.
Página 300: Silêncio. O silêncio retumba nas trevas de minha mente. É o silêncio da morte, é o silêncio do vazio. Sim, vazia se tornou minha vida. Ou minha não-vida, e este diário é a única verdadeira companhia que tenho. Meus sonhos tornaram-se cinzas e minhas esperanças morrem a cada dia. Às vezes gostaria de ter alguém com quem compartilhar minha tristeza, mas um líder não pode parecer fraco.
Página 362: O silêncio é o ódio. O silêncio é a fúria. O silêncio é o amor. Tatyana, por que me abandonou?
Página 395: Indigno, condenado, solitário. Que belo fim para o velho Lorde Vlad Dracullis DeMollay...
Página 422: (Esta página foi escrita em sangue ao invés de tinta) Matar é a lei do mundo. Matar é a lei do universo e foi matando que eu fiz este verso.
Página 458: Ontem eu vi uma bela aldeã colhendo ervas na floresta. Sua beleza era tamanha que por alguns instantes quase a confundi com minha amada. Sasha Ivliskova é seu nome. Talvez eu a convide para vir morar em meu castelo. Talvez um pouco de romance me ajude a esquecer Tatyana, mas prefiro não nutrir muitas esperanças.
Página 512: Após dois séculos perdido, finalmente reencontrei meu diário empoeirado e decidi voltar a escrever. Um tratado sobre o silêncio, a escuridão, a morte e a depressão. Talvez isso alegre um pouco minhas noites enquanto minha busca continua a não gerar frutos.
Página 529: Mesmo em minha vida monótona, o acaso ainda encontra oportunidades para me surpreender. Eis que uma bela espécie daquela misteriosa raça de elfos negros, que há muito se acreditava extintos, veio me fazer uma visita. A jovem está um tanto quanto perdida, mas sua tristeza e ódio quase me soam inocentes. Quem sabe ela me distraia por mais tempo que minha última amante.
Página 532: Estudos e mais estudos. Tenho estudado minha própria espécie mais do que qualquer um nessa terra em busca de evoluí-la e livrar-me de minhas fraquezas. Meus experimentos não têm dados os frutos que eu esperava, mas certo ingrediente tem se mostrado muito peculiar: o sangue dos Virtuosos. Essa variante em especial demonstra particularidades que eu nunca imaginei. Seu sabor é como o mais doce néctar que já provei, mais doce que o de inocentes crianças ou mesmo o de belas virgens, além disso, a mistura de tal substância com minha própria vitae amaldiçoada gera estranhas reações. O que aconteceria se eu criasse uma nova cria com esta mistura? Talvez aquela bela Drow possa ser minha próxima cobaia.
Página 535: Inicialmente não pude notar nenhuma diferença entre Ventresse e minhas outras crias, porém, sem dúvida, existem estranhas excentricidades na jovem cria: ao invés de não ter reflexo como as outras, ela gera imagens desfocadas em espelhos e superfícies. À luz da lua, a Drow também parece gerar o que parece ser uma sombra. Ficarei de olho em outras possíveis exceções.
Página 545: Após transformar Ventress, achei que poderia ser um bom passatempo, mas a Drow me saiu apenas uma nova decepção, sendo a mais rebelde de minhas crias. Ao descobrir que eu a manipulei, a jovem e Drow fugiu de minhas garras. É a primeira vez que uma cria consegue recuperar seu livre-arbítrio após cair em minhas garras. Seria essa uma peculiaridade de sua raça? Ou talvez outro efeito do sangue Virtuoso? De qualquer forma, poucas coisas neste mundo são mais cruéis do que uma mulher rejeitada, então é possível que futuramente nos vejamos novamente... maldita cria das profundezas, ela desejará nunca ter nascido quando eu puser minhas mãos nela.
Página 562: O tempo derruba até montanhas, mas cá estou, tão longe de minha amada como nunca estive. Talvez seja hora de realizar novamente o ritual para invocar o Mestre dos Desejos. Ordenarei às minhas crias para capturarem 13 virgens entre as donzelas do vilarejo.
Página 565: O ritual foi um sucesso e tive o desprazer de ouvir novamente a voz de Belineal em minha mente. Ele poderia apressar o regresso de minha flor, mas o preço seria alto. O antigo Santuário dos Mundos Perdidos, o mesmo ao qual eu libertei há quase 400 anos do controle de cultistas malignos e entreguei para que os elfos de Lloughy protegessem, era agora a chave para rever minha doce Tatyana. Dentro do santuário estava o portal para trazer de volta ao Plano Material os deuses do Abismo. A liberdade de Belineal era o preço que ele cobrava para que eu pudesse rever minha amada.
Página 569: Por vezes tenho espreitado a floresta de Lloughy, mas o Santuário ainda é muito protegido. Para piorar, os elfos tornaram-se cientes de minha presença. Meu plano de infiltrar-me furtivamente falhou. Preciso reagrupar minhas forças para em breve realizar um ataque direto aos malditos Elfos. Em breve nos veremos novamente, minha amada!
Página 575: Em meio aos Elfos Silvestres de Lloughy, conheci uma jovem chamada Patrina Velikovna. Curiosamente, ela própria me procurou após ouvir relatos sobre mim. Não queria me matar. Patrina era em segredo uma estudiosa do arcano e buscava trocar conhecimentos. Parece que meu charme não morreu, pois a bela Elfa diz ter se apaixonado perdidamente por mim. Talvez ela possa me ajudar a penetrar as defesas élficas.
Página 578: Malditos Elfos, descobriram a traição de Patrina e a mataram. Eles pagarão caro por isso.
Página 580: Meus sonhos parecem ter sido realizados, eu vi Tatyana enquanto perambulava disfarçado pela Vila de Baróvia. Quem diria que após tanto tempo ela estaria debaixo de meu nariz. Mal posso acreditar. Oh Tatyana, após tantos séculos ficaremos juntos finalmente.
Ventress lia o diário para o grupo em voz alta, aquela sensação de que Vlad a qualquer momento iria aparecer ali nunca deixou de existir e talvez no fundo Ventress gostasse disso. Se por acaso Vlad sabia que estavam ali e respeitava demais o túmulo de sua família para derramar sangue ou inserir a violência no local, então aquilo era uma forma de cutucar o maldito e ele se sentir impedido a responder a provocação pelo seu próprio código de ética. A narrativa toda mostrava um homem que era respeitado e adimirado por muitos decair moralmente pelo ódio e ressentimento, descontando nas pessoas inocentes e até as não inocentes as amarguras do seu coração que tinha congelado pela falecida Tatyana. Tanto amor assim virou algo nocivo. As vezes você se corrompe pela falta de amor, e as vezes pelo excesso dele. Ele chegou a se deixar enganar por uma criatura profana que fez um contrato de duplo sentido para com ele. Ventress leu com amargura em seu olhar os trechos que ele se referia à ela, a sua voz não vacilava, mas seu olhar se alterava com seu cenho franzindo. De certa forma, Ventress não estava surpresa, além de saber que sua conversão foi feita a partir do sangue de um Virtuoso e talvez isso explicasse certas coisas... Mas a forma como Vlad a enxergava? Ela não estava surpresa com isso, já aceitara que Vlad nunca a amou, ele considerou muito sua lealdade e sua utilidade, seja como general, seja como cobaia, mas amor nunca veio de si. Ainda assim ela não pode deixar de sentir algo ruím ao ter isso verbalizado como verdade nos pensamentos íntimos dele e não apenas em palavras de provocação como fora quando foi capturada a noites atrás.
Ao terminar de ler para eles, ela fechava o livro e colocava na mochila:
Ventress escreveu:
- Temos uma confirmação de que essa espada é nossa melhor chance de vencê-lo. A Espada de Miguel, o irmão de Vlad. Golpes desferidos com ela o maldito não poderá curar. Além disso, parece que ele tem uma mulher aqui dentro, alguém que ele estima ser a reencarnação de Tatyana e que isso foi recente, mas esta mulher é uma refém dele, por mais que ela mesma talvez não ache isso. Acho que com isso, temos o que precisamos para enfrentarmos Vlad e mandá-lo para o Abismo de uma vez por todas. Como deve ser.
Pessoas que não tivessem honra usariam essa mulher como uma refém contra o próprio Vlad, mas isso era algo que Ventress não faria, e seguidores de An`tè também não fariam. Se ninguém tivesse nenhuma ressalva, Ventress guiaria o grupo até o local onde Vlad provavelmente estaria.
Dalnur ouve toda a história contada no diário e cada vez mais ele ia ficando irritado com as decisões e pensamentos revoltados de Vlad, ele se indignava.
-Egoísta! Abandonou An`tè por caprichos! A morte de sua amada poderia ser um teste de sua fé, por mais dolorida que fosse, ou até o próprio An`tè ja viu no futuro que independente de sua esposa ser morta ou não ele se voltaria para o mal e livrou sua Alma a tempo. Isso acontece quando se tem uma fé fraca, pois uma folha não cai de uma árvore sem que An`tè permita! Vlad perdeu sua fé e pactuou com demônios e diabos, desceu fundo de mais. Não há salvação a não ser a purificação pela destruição!
O Paladino vira-se para a vampira:
-Se você sabe onde ele está, devemos ir imediatamente e acabar com isso de uma vez por todas!
- Eu diria que ele enlouqueceu e deixou o desejo de vingança consumir ele. Ai a vingança acabou se tornando contra os céus dada a falta de satisfação terrena.