Todos tinham um preço, Igor sabia disso, bastava apenas aumentar a quantia e para um mendigo aquilo deveria bastar, provavelmente era mais do que ele ganharia em um ano.
O sem teto olhava para as notas de forma pensativa, ele ponderava, e para ponderar aquilo sendo ele quem era e o que lhe era oferecido, era algo que não devia ser dito a qualquer um com sorriso bonito. Por fim, o mendigo suspira e diz:
- Tá legal!
E pega a nota de Igor e diz:
- Eu nunca ouvi falar de Kevin nenhum mas você pode encontrar o Pink! Ele mora na park ville st, numero 55, mas eu nunca te disse nada, ok!?
Todos tinham um preço, uns a mais, outros a menos, mas, inexoravelmente, todos podiam ser comprados.
No liminar de seu pensamento, o Ego ferido de Igor suspirava por Natasha não ser assim, mas aquilo era uma centelha de insatisfação no fogo de seu auto convencimento. Ali, naquele instante, sentia-se maior que todos, o dinheiro lhe trazia aquele poder.
No entanto, não lhe passou despercebido o fato de que o Mendigo precisara ser convencido a passar aquela informação. Talvez esse Pink fosse barra pesada, mas o Rom sabia lidar com esse tipo de gente. Afinal, sempre dançara sobre o fio da navalha.
O Cigano era só sorrisos quando entregou a quantia prometida ao sem teto. Não era afeito a desagradar aqueles que, à frente podiam, de alguma forma, lhe prejudicar.
-Claro Irmão. Ninguém saberá onde consegui essa pequena informação.
Caso o sem teto não falasse mais nada, o Malandro se afastaria com um displicente agradecimento , perguntando a si mesmo onde ficaria esse endereço.
Norman não tinha nada a acrescentar ao que Diana já descobrira, o que fazia com que sua presença ali fosse inútil, mas necessária para manter o ar de “normalidade” dentro do trabalho que estava acostumada a prestar para a Polícia junto de seu “parceiro”.
Estava apenas acompanhando quando algo chama sua atenção e não de forma positiva. Era uma “presença” sombria, algo que apenas seus sentidos podiam captar, algo que lhe causava desconforto. Não era a presença daquela que lhe era cara apesar de todas as diferenças existentes entre as duas, mas a de algum outro ser.
“Kevin?! O demônio está aqui?! Será ele?”
Seria muita ousadia ele ter voltado ao local do crime, mas talvez fosse algum vestígio de um arrependido Kevin lutando contra a criatura que se apossara de seu corpo. Precisava encontrar a fonte daquela sensação e garantir que nada de mal aconteceria.
Concentrando-se rapidamente, Diana busca por sua percepção sobrenatural, focada em obter uma informação mais apurada, dando-lhe quem sabe, mais noção de onde se encontrava o demônio que trazia-lhe aquela desconfortável sensação.
OFF::
Teste do nível 2 de Mysterion. Malz aí, ando enferrujada. Preciso reler os posts todos, mas com o calor que tá fazendo aqui hoje, tô até mole.
Diana sentia uma entidade maligna em algum lugar por ali. Essa entidade estaria ali dentro? lá fora? Nos corredores próximo o suficiente para estar ao alcance de tocá-la? Tudo calmo com um leve toque de tensão no apartamento de Normam pois a morte não devia ser encarada com levianidade. Uma criança estava ali do outro lado do quarto, jogando video game, ou assistindo televisão, e nenhum deles ali, Norman, Sean ou Paul eram capazes de sentir a aura que um anjo podia sentir.
Normam e Sean continuavam conversando, perguntas padrões que a anjo já estava acostumada a ouvir, perguntas que não fariam diferença nenhuma e ela sabia disso pois o que estavam procurando estava além da compreensão dos seres humanos comuns. Ela precisava se concentrar, não muito, mas o suficiente para deixar um pouco de lado aquele mundo material para adentrar no espectral de sua consciência transcendente. Era como uma onda, um sonar sútil que emava do centro da mente de Diana enquanto o restante perdia todas as cores e 256 tons de cinza compunham o ambiente ao seu redor que continuava avançando no tempo de forma natural, mas para Diana parecia durar alguns poucos instantes. Ela sentia sua mente fisicamente aos arredores como se fosse onipresente, mas mesmo assim não era capaz de ver e ouvir onde sua sensibilidade viajava, apenas sentir, como um toque, um frio que alertaria do perigo, um ar gélido e cortante que parecia queimar levemente a pele ao toque, mas que... Ela não sentia naquele momento.
Além da malignidade que cercava aos investigadores e civís, não havia nenhuma intenção de ataque que sua consciência emitida aos arredores pudesse detectar, mas ela sabia ainda assim que algo estava lá, ela sentia isso, em algum lugar...
Ao final, Diana voltava a focar na conversa, Normam e Sean estavam calmos e bem, a porta do quarto de Paul ainda fechada e o comercial mudo de um novo carro na TV era passado deixando sua relevância a zero no ambiente. Uma leve brisa bateu pela janela levantando um pouco as cortinas, estava uma tarde calma e serena, quase não dava pra acreditar que tinha alguma influência maligna por ali, se não contar é claro, pelo assassinato que havia ocorrido. O mundo dos Céus e do Inferno eram invisíveis para os mortais.
Sean dizia: - Senhor Harris, muito obrigado pela ajuda, se srta. Winters não tiver nenhuma pergunta, acredito que possamos ir.
Sean indicava Diana e Normam aguardava a resposta da consultora para que pudesse guiá-los até a porta que dava acesso ao corredor novamente.
Definitivamente havia algo errado, algo espreitava em algum local que Diana não conseguia alcançar de imediato, e por mais uma vez, a sensação de frustração invadiu seu peito. Notando que a conversa seguia para o fim, Diana se levanta e diz para Sean e Norman:
– Não, nenhuma pergunta para o Sr. Norman, obrigado pelo seu tempo. Dê lembranças ao Paul.
Agia de forma natural, mas estava alerta e doida para sair por aquela porta e... quem sabe, encontrar o que buscava.
O malandro buscava em suas lembranças uma referência que poderia ter para encontrar esse tal de Pink. Definitivamente não o conhecia para poder garantir se era um traficante ou não, mas era provável que fosse. Não havia passado por aquela parte da cidade mas o cigano era bem informado com a ajuda da tecnologia e os meios de comunicação, provavelmente teria visto em algum noticíario sobre essa rua e suas referências ou no Google Maps procurando outros endereços.
O sol ainda estava no alto, mas podia-se ver com ardor nos olhos que ele caía levemente para o Oeste. As nuvens não existiam o que tornava o sol mais poderoso e o vento aquecido por onde passava. Igor atravessou a rua e deixou o mendigo para traz não se importando com o que ele faria com aquele dinheiro ou o que faria consigo mesmo. No caminho, mais duas garotas lindas, uma de cabelo preso e curto, caucasiana e outra negra de cabelos soltos que deram aquela disfarçada passando por Igor, mas que ao passar ele pode ouvir vindo de uma delas "Nossa, você viu?". Não era hora de uma "caçada", estava em seu horário de trabalho, um "freela" que a curto prazo não lhe renderia só alguns trocados mas sim um império de tráfico inteiro.
Igor já chegava no estacionamento do McDonald's e via alguns meninos por lá sentados adimirando o carro caro do cigano mas logo saírem correndo ao verem que o dono já se aproximava.
O mutante adentrou o carro, manobrou o mesmo para fora do estacionamento, o transito estava levemente movimentado, nem muitos carros nem poucos, transeuntes pra lá e pra cá em sua maioria com trajes de banho e pranchas de surf. O primeiro farol que era o mesmo do ponto onde encontrou o mendigo que já tinha se mandado foi aberto e assim seguiu seu destino a fim de encontrar o tal Pink.
Terça Feira - 28 de Agosto de 2015 - 15:52
Igor passara por pelo menos dois bairros de Santa Mônica, ia pegando as referências que tinha e em cerca de 15 minutos já estava no bairro em que queria. O cigano podia ver que o sol havia descido pouco mas o clima não esquentaria mais, agora era dessa temperatura apenas a abaixar assim como o sol no oeste que começava a cair e dentro de uma hora deixaria um leve tom de crepúsculo se iniciando no céu.
Igor observava o endereço com o carro encostado do outro lado da rua, não estava mais em um bairro da orla, o que significava que o ar úmido cedera um pouco, estava menos quente e ninguém mais andava com roupas de banho. O bairro era pobre, via-se jovens e adultos com roupas de classe media baixa andando por aí, os jovens andavam em bandos como em todos os lugares mas estes eram mais sérios e os que não eram tão sério tinham um ar malandro que Igor reconheceria que poderiam ser os de sua própria laia, só que menos inteligentes e mais violentos. Via que a casa do endereço que o mendigo lhe dera era grande, havia alguns membros de gangue vestindo roupas largas no quintal e não portavam armas visíveis. Estavam conversando entre si fumando alguma coisa, não sabia dizer a aquela distância se era maconha ou apenas cigarro.
Com Diana não tendo nada para questionar e não conseguindo dizer se a fonte do perigo iria realmente atacar ou ficar aonde estava, escondida em algum lugar das sombras, ela apenas dá por encerrado o depoimento de Normam. O homem cruza os braços de forma casual e diz: - Pode deixar, srta. Winters, se tiver algo mais que eu possa ajudar estou a disposição.
Sean ergue um cartão para Normam e diz enquanto este o pega:
- Se houver algo mais que o senhor lembrar, sr. Harris, pode me ligar neste número.
Normam concorda e então guia os policial e a consultora até a porta. Antes de fechar, Normam dá uma olhada ao redor para ver como estavam as coisas lá fora e Diana e Sean viam que alguns policiais ainda estavam ali. A perícia já estava tirando todos os equipamentos de campo, estavam se preparando para ir e logo sobrariam lá apenas Diana, Sean e a faixa da polícia dizendo que a entrada ao apartamento de George estava estritamente proibida.
Normam já fechara a porta, Diana e Sean rumavam para o apartamento da sra. Florence. Durante esse tempo, a anjo continuava sentindo aquela mesma presença maligna, mas nada ainda acontecia, ao menos nada que Diana pudesse estar percebendo. Era como um rato, escondido em algum canto escuro e sujo, sabia que uma criatura pestilenta estava ali, mas com uma toca cheia de buracos não dava para dizer em qual.
Eles chegam ao apartamento da sra. Florence que não quis convidar os policiais para entrar, um direito dela, e portanto ficou a porta respondendo as perguntas. As perguntas eram as mesmas, as respostas também, apenas que a sra. Florence parecia omitir seu descontentamento com George, algo que Sean questionou, e constrangida por ter omitido isso e pelo olhar reprovador de Sean, a sra. Florence confessou que detestava o homem porque havia gritado com seu menininho. O menino não havia dado as caras, estava trancado no quarto, a sra. Florence parecia não querer expor o filho a essa confusão toda. No final, sra. Florence não tinha mais nada a acrescentar que fosse impressionante.
A presença ainda estava ali...
O policial e a consultora continuaram a pegar depoimento dos outros moradores e infelizmente nenhum deles tinha nada a dizer sobre George que já não sabiam, menos, o sr. Welch do apartamento 7, aposentado muito idoso, que já não tinha mais forças para ficar de pé e tinha o restante de saúde precária. Vivia com sua filha Nancy, uma divorciada de 40 anos sem filhos.
Estavam na sala do sr. Welch, um senhor que estava na cadeira de rodas, vestia um roupão e meias, havia dois pequenos tubos em suas narinas com um tubo de soro pendurado no suporte de sua cadeira de rodas. Nancy, mais velha que Sean e aparentemente mais velha que Diana, era loira de cabelos cacheados, tinha poucas rugas, era magra e não muito alta, vestia um vestido florido branco. O apartamento era pequeno como todos os outros, mas este era bem arrumado e limpo, com tudo no lugar mas nada muito sofisticado, apenas coisas do simples e necessários e poucos quadros pequenos para dar uma leve decorada caseira no ambiente, além de fotos de família incluíndo uma mulher idosa que provavelmente poderia ser, ou ter sido a sra. Welch.
Nancy estava dizendo a maior parte das coisas por seu pai, até que Sean questionou se haviam mais algo que lembrassem que podia ajudar e o sr. Welch soltou uma leve tosse dolorida e disse vagarosamente:
- Eu...Eu lembrei de uma coisa... Mas não sei vai servir, meu rapaz...
Sean diz não muito esperançoso:
- Qualquer informação que tiver pode ser útil, sr. Welch... Por favor...
O sr. Welch então diz:
- Lembro que a ultima vez que meu médico me visitou, eu o acompanhei até a porta, vi que que tinha um jovem rapaz na porta do homem que faleceu...
Sean parecia um pouco mais interessado e diz enquanto Diana sentia a presença maligna se dissipar como um muro de poeira sólida que se desfaz e desaparece:
- O que o sr. pode me dizer sobre este jovem rapaz?
O sr. Welch dizia antes de outra leve tossida:
- Eu... não sei nada sobre esse jovem... minha visão é falha... Mas acho que ele estava vestindo roupas grandes, com toca... sabe?
Nancy estava silenciosa ao lado, parecia bem preocupada com o pai e deixava o senhor idoso falar mas parecia querer pedir para ele não o fazer devido a sua saúde. Era visível que a tosse e a respiração dele eram fracas.
Havia um mutante especialmente perigoso e que já tinha matado um dos seus. Essas informações eram ruins demais para confirmar à imprensa.
- Não posso - respondeu um tanto ríspida. Sua paciência tinha acabado no instante em que sua assistente lhe livrava da entrevista. - O restante podem encaminhar para nossa assessoria de comunicação. Tenham um bom dia, senhores.
Mal terminou a frase, já girava o corpo de volta para seu escritório. Pelo menos, não tinha revelado que sua intenção era ir pessoalmente caçar os mutantes. Achava que tinha se saído maravilhosamente bem para seus padrões, mas um segundo a mais naquele inferno e já começaria a retrucar os repórteres. Que tipo de manchete sensacionalista estampariam com sua cara? Jade já tinha desistido de agradar a imprensa anos atrás. Isso porque ela achava que independentemente de seu esforço, eles sempre conseguiriam culpar a polícia de algum jeito. Aprendeu que "menos é mais", e falar somente o necessário, às vezes menos que isso, poupava alguns empregos.
- Lembre-me de não dar mais entrevistas - resmungou para Amélia, embora ela sempre dissesse isso.
Tinha mais raiva ainda dos mutantes agora que eles a obrigavam a cair naquele mundinho televisivo, mas ainda fazia um pequeno esforço em nome da calma da população.
Enquanto o rom trafegava ele vislumbrava a modificação da vizinhança e das pessoas que teria que interagir. Metaforicamente aquela seria a historia da sua vida. A praia, as garotas, o luxo e a ostentação eram seu pós – eclipse, mas ali, naquele bairro de apartamentos conjugados e, provável, alta taxa de homicídios e crimes correlatos, Igor via como realmente era e, sinceramente, ele não gostava do que via.
Radesh crescera numa vizinhança exatamente como aquela e teve de lidar com os mesmos estereótipos que agora, mais uma vez, teria de confrontar. Perguntava a si mesmo se teria sido por crescer num bairro como aquele que agora levava aquela vida. Mas não era hora para crises de consciência. Da mesma forma que o pensamento viera ele o afastou. Tinha uma meta a seguir.
O sorriso que ostentava se desvanecera na medida em que chegava ao local. Deveria ter vindo com outro carro, mas com esse poderia ser interpretado como um usuário e isso poderia abrir algumas portas.
Ele aguarda alguns segundos para dar essa impressão e após deixa o veículo em direção aos homens, de forma cautelosa e atento a todos os movimentos, buscando ler todo tipo de expressão corporal que eles tivessem.
O passado... Ver um bairro como aquele lhe remetia as areias de suas memórias, um tempo distante que fora espalhado pelo vento e o tempo junto com aquela jovem criança de rua. Mas mesmo que aquela criança que deixara sua inocência em nome da sobrevivência tivesse sumido, talvez não tivesse sucumbido e dentro de seu âmago, lá no fundo, Igor ainda sentia que, assim como muitos... Ele era um inocente que virou uma vítima do mundo. Uma ferida que talvez nunca se curaria o suficiente para apagar cicatrizes, mas ao menos podia ser enterrada bem fundo para nunca mais emergir e sofrer novamente.
O leve vento bateu em Igor enquanto ele aguardava um pouco para dar a impressão que queria, as pessoas transeuntes reparavam o carro moderno num bairro pobre, os homens que eram o destino do cigano também. Igor definitivamente poderia parecer mais um cliente do que parceiro de negócios e segundo as leis da venda, nunca se deve negar nada ao cliente, mas não era como se aquele fosse um varejo comum e Igor, como um conhecedor das ruas, sabia disso.
Ele se aproximava dos homens, ouvia o som de carros passando pelas ruas e o céu azul sem nuvem alguma deixava o ambiente claro, mas não forte devido a inicio do fim de tarde. O cigano reparava que os homens já repararam nele e pararam o assunto que estavam conversando e não pudera ouvir. O ar denunciava a maconha e seus olhos confirmavam a droga ao olhar para os dedos de três dos quatro malandros de rua.
Igor era requintado, completamente diferente dos quatro, quase certos marginais, era um estranho ninho e ele não se sentia a vontade como antes sentia-se. Agora tinha dinheiro, tinha outro look e as ruas não o reconheceriam como um deles, não do jeito que estava. O olhar para o Cigano era hostil e desconfiado, e quando Igor cumprimenta os homens, um deles, vestindo blusão amarelo, calça, toca cinza e maconha entre os dedos apenas ergue um pouco a cabeça em silêncio, como se dissesse: "E aí". Os outros simplesmente olhavam para Igor, sem falar nada, com o melhor olhar hostil e duvidoso.
Jade voltou para a sala, sentindo-se bem mais leve. Pediu um café e silêncio. Tão logo alcançou a sala, decidiu revisar em sua mesa arquivos dos mutantes que já possuíam. Não adiantava muito reler a identidade, mas se eventualmente trombasse com um perfil semelhante, isso serviria para ativar a memória.
Fazia isso apenas "matando tempo". Na realidade, estava curiosa após o anúncio ao vivo nas principais emissoras sobre as linhas especiais. Teria causado o pânico necessário? O ser humano era uma criatura egoísta, com certeza vizinhos já estavam sendo denunciados e só a ideia disso já a fazia sorrir por antecipação.
Fechou os arquivos e decidiu caminhar pelo departamento, querendo captar alguma informação nova no ar. Se estivesse certa, sua entrevista já teria começado a trazer frutos (mesmo que alguma coisa disso fosse gente irritada com ela).
O olhar daquele que teve, ao menos, a decência de se dignar a olhar para Igor o remetia às ruas de sua infância, àqueles gajins que por poucos dólares ceifavam a vida daqueles de pouca sorte que entravam no caminho dos tubarões. Mas aquela criança não existe mais, não depois do eclipse, não depois da ascensão do Cigano ao status dos figurões e, de qualquer forma, já esperava não ser bem recepcionado.
Talvez, se puxasse um maço de dinheiro, poderia até insultá-los. Não os conhecia a ponto de conhecer suas fraquezas. Infelizmente, ali, teria de fazer outro tipo de esforço.
Naqueles pouco mais de dois meses que se passaram desde a descoberta de seus poderes, Igor percebeu que não precisava fazer muita coisa além de estar próximo de seu alvo, não entendia, ainda bem a mecânica, mas percebia que bastava a pessoa estar próxima de si, ou mesmo tocada por ele.
Sabia, também, que dependia daquilo para encontrar o tal de Mason e, poderia, de quebra conseguir mais alguns aliados em sua batalha.
Dois coelhos com uma só cajadada.
Ele sorria e, mentalmente se obriga a fazer um esforço maior do que já havia feito em outras utilizações do seu Poder, afinal ali estava um bom motivo para avigorar, então dos seus lábios saem sua voz melodiosa.
– Procuro o Pink e um tal de Kevin Mason. Um de vocês, senhores, podem me levar até eles?
Off: Usando Controle das Multidões para aplicar Transe no grupo (se rolar gasto um fdv pra sucesso extra).
Os corvos cacarejavam ao anunciamento do término da coletiva da capitã Shamu. O som de desespero dos repórteres querendo mais palavras da capitã como ratos loucos para alcançar o enorme pedaço de queijo do outro lado da gaiola de acrílico. Ela ainda podia ver os flashes passando por ela, mesmo de costas e logo a imprenssa era deixada para traz com os clarões do dia e das câmeras fotográficas e quando disse a Amélia para lembrar de nunca mais dar entrevistas, a assistente hesitou um pouco antes de responder o "sim senhora".
Amélia seguia a capitã que observava o departamento, viu uma das televisões uma repórter falando de frente da delegacia, não era uma das que vira na frente do palanque. Os policiais apenas olharam a capitã entrar, poucos deles apenas assentiram positivamente para a capitã, os demais apenas ficaram quietos fingindo que não viram a capitã passar e tornando a fazer o que estavam fazendo.
Antes de chegar a sua sala foi quando Jade pediu o seu café, Amélia já sabia como a capitã gostava de seu café, então ela traria na medida perfeita. Suas coisas estavam exatamente como havia deixado, ninguém seria louco o suficiente para entrar no escritório de Jade sem permissão, se ela era corajosa o suficiente para ir atrás de criaturas perigosas e inumanas ela mesma, que de lá com funcionários intrometidos?
Jade então pegou aqueles arquivos, estavam no canto mais escondido dos seus arquivos confidenciais, a chave que só ela tinha acesso. Pegou as fichas e as pôs na mesa, logo em seguida Amélia batia na porta e após a capitã fechar as pastas do arquivo aberto do Diabo, permitiu que entrasse e deixasse o café em cima da mesa. Tão logo Amélia perguntou se Jade precisasse de alguma coisa e recusara, foi dispensada e assim fechou a porta antes de sair. Jade apreciava seu café do jeito que mais preferia, matou o tempo checando novamente o Lobisomem, o Diabo e O Salvador, infelizmente apenas dois deles ela podia realmente alcançar, o outro era algo que parecia estar além até mais do que esses dois mutantes que precisavam ser parados, esses dois e muitos outros. Os reflexos do sol eram cortados pela janela da capitã, ela apenas folheava, tomava um gole do café, novamente foleava e mais um gole, usando a luz natural para enxergar aquelas páginas perigosas, com poucas informações mas que davam um norte para buscar mais.
Assim, ao findar seu café, e folear o suficiente daquelas páginas de procurados, a capitã fechou os arquivos e os pôs aonde pertenciam, guardados a chave em seu poder. Saiu da sala deixando a xícara de café lá mesmo em sua mesa e foi até a sala onde os policias da delegacia normalmente iam para passar o tempo, seja o restante do almoço ou para descansar um pouco suas mentes do estresse da delegacia. Era uma sala bem espaçosa, com alguns sofás grades, mesas para sentar e comer, uma televisão de 40 polegadas, janelas aos lados para deixar o local bem iluminado, ventiladores de teto que ventilavam o suficiente para deixar o ambiente fresco em dias de calor e algumas plantas nos cantos para dar um ar um pouco natural. Era um lugar agradável mas não substituía o conforto da casa de ninguém, ainda era possível ouvir os sons de telefones das mesas de trabalho, algumas conversas e de vez em quando alguém gritando ou chorando na delegacia... barulhos e estardalhaços que seria estranho se não houvessem.
Jade já chegou dando de cara com a televisão, na noticia a policial se via numa reprise de sua coletiva, via sua postura e apesar de se mostrar firme em suas palavras confirmava que realmente não levava jeito para a mídia, não transparecia a segurança que o povo precisava sentir, nem ela mesma podia negar essa falta, porém ainda assim dera o seu melhor e a intenção era dar esclarecimentos que precisavam ser dados, nada mais e nada menos, responder àquelas poucas perguntas foram o suficiente por hoje, até mesmo porque, logo a mídia iria querer exigir mais. No final daquela reportagem viu a repórter frisar "Quando questionada se podia comentar sobre os boatos de que um dos mutantes era um detento de Penitenciária Estadual de San Quentin, a capitã Starling negou comentários e se retirou da coletiva pedindo para que o restante das perguntas fossem levadas a assessoria de comunicação." A cena da TV exibia aquele momento que o repórter havia perguntado sobre o boato a Jade e então a câmera deu um close no rosto da capitã evidenciando sua ríspidez na hora de negar comentários e por fim desviar todos as perguntas seguintes a assessoria.
- Isso ficou sugestivo, mas relaxa guria... Eu já vi capitães ruíns de verdade...
Jade imediatamente reconheceu a voz grave e rouca que via do lado dela em uma das mesas próximas e imediatamente virou-se na direção dela:
-... E você não é um deles, acredite em mim.
Tio Ray tomava um gole do copo de café e olhava para sua enteada e punha o copo na mesa. Aquilo definitivamente era uma surpresa, seu padrasto Ray era aposentado, era conhecido na policia de Santa Mônica mas não é como se passasse todos os dias para rever o local do trabalho dos seus sonhos... Na verdade... Era bem o contrário.
A capitã observou mal humorada a tela da Tv, os braços cruzados e os olhos atentos àquela expressão dura. Uma parte de si não gostava de admitir que ela parecia um cão de guarda nervoso, mas a maior parte sentia um certo prazer sádico (legitimamente divertido) e orgulho de ser tão firme. Não tinha nenhuma pretensão de ser a Miss Simpatia do departamento e sempre deixara isso claro a seus superiores. Secretamente, esperava mês a mês ser dispensada de seu cargo e retornar às ruas; não que fosse um objetivo seu, mas é a decisão que tomaria com algum funcionário como ela. Às vezes pensava se aquilo não era um medo do que ela poderia fazer nas ruas... medo de que ela investigasse a fundo coisas que deveriam ficar paradas ou até uma punição trancafiá-la numa sala. Depois, apenas aceitava suas condições privilegiadas. Tinha café. Tinha a Amélia. E tinha mais informação do que sonhara. Era até que bom. Então tentava cumprir suas obrigações com louvor, até as malditas entrevistas, mesmo que inevitavelmente cometesse sempre um deslize suficientemente bom para estampar manchetes. Estalou a língua. Dessa vez, tinha sido sua saída. Já previa isso, mas não deixava de ser irritante. Como podia confirmar uma informação daquela? Podia assustá-los ainda mais se revelasse o conteúdo daquelas pastas, mas isso só trariam informações falsas ao departamento.
Então ouviu uma voz conhecida e de certa forma reconfortante. A expressão nervosa se desmontou como mágica, susbstituindo por olhos surpresos. Mesmo que assumisse tudo sozinha e parte de sua rigidez fosse apenas a tentativa de aguentar simultaneamente problemas demais, em um momento como aquele, ter a presença de uma pessoa familiar era importante. Deu um meio sorriso, o elogio caiu perfeitamente bem e uma voz dentro dela queria ter feito ainda melhor. Agora queria voltar para a coletiva e ter respondido aquela pergunta.
Não o agradeceu. Mas não precisava, seu rosto demonstrava tudo aquilo. Lembrou-se que estava no ambiente de trabalho e como era irritante ter quer lidar com conversas que falavam sobre seu cargo ser uma moeda de troca daquele parentesco. Não por ela, mas pelo risco de desrespeitarem aquele homem pelas costas.
- Por favor, vamos para minha sala - convidou, com aquela adição de "por favor" que não era muito habitual no dia a dia.
Igor podia obrigar qualquer um a fazer o que quisesse, seja com o dinheiro, com a persuasão com a sua nova benção dada pelos sete dias de escuridão. Aquilo era sua maior arma e Igor não hesitava nem um pouco em usar em quem bem entendia e quando bem entendia.
Ao proporcionar suas palavras via que os quatro meliantes mudavam a expressão de seus olhos, não eram mais hostis, na verdade eram muito amigáveis, todos eles esboçavam sorriso como se Igor fosse o melhor amigo de cada um a muito tempo não visto e que fariam de tudo para deixá-lo confortável e cumprir seus caprichos, tudo pelo prazer de ver Igor feliz.
O outro dos meliantes, que vestia uma regata verde larga logo dizia:
- Poh cara, você conhece o Pink?? Nunca ia imaginar! Porque não falou logo???
O de amarelo que tinha primeiro "cumprimentado Igor, já dizia: - E eu aqui moscando! Eu não conheço esse Kevin não, mas o Pink ta aqui em casa!
Havia o outro com uma camiseta do Snoop dog que diz:
- Cara, eu conheço esse moleque, o Kevin, mas ele andou sumido uns dias aí, tá sem sinal de vida! Mas a gente pode ir na casa dele, eu te levo lá! Vai que ele tá cherando uma carrera de boa.
Ao que indicava, estavam no quintal de Pink e Kevin, embora tenha tomado um chá de sumiço ainda era alguém que pudesse ser encontrado, bastava o cigano decidir em qual dos dois seguir, pois aparentemente, seus quatro novos brinquedos o conduziriram para onde quer que ele quisesse.
OFF::
Gasto 1 ponto de FDV para o uso do seu poder, logo não se pode usar fdv pra adicionar sucesso
O respeito da capitã Shamu, se não era por obrigação era por uma adimiração sincera, algo muito difícil de ser conquistado da parte da capitã do DPSM. Os policiais em volta não focavam sua atenção na capitã nem em Ray Starling. Ray se levantou após o pedido de Jade, e fez isso engolindo o resto do café em apenas uma virada e em seguida um suspiro.
- Só estava esperando o convite.
Jade podia ver também o leve sorriso e o bom humor de Ray. Ao contrário dela, Ray era bem humorado e as vezes fazia piada por mais na merda que a situação poderia estar, mas na verdade aquele era o seu jeito de criticar as coisas. Ray era sempre crítico.
Ray acompanhou Jade até a sala, Amélia estava sentada em sua mesa fazendo o seu trabalho, bem concentrada e o telefone dela toca, e mesmo mexendo em seus arquivos ela atende, se fosse algo importante ela iria avisar a sua chefe. Eles adentram e Ray fecha a porta enquanto Jade ia para a posição em sua sala que preferisse, e ele diz com aquele tom cínico na cara:
- E então capitã, deve estar adorando o cargo novo heim?
Não era dificil para Ray saber o que sua enteada pensava sobre aquilo, a conhecia desde criança e sabia que ela uma mulher para ação e não para intermediar e fazer bonito para as pessoas que não entendiam como o trabalho tinha de ser feito.
Os olhos, aquela voz melodiosa, sua força de vontade, seus hormonios, ou tudo aquilo combinado. O Cigano não sabia bem como funcionava, mas percebia que, mais uma vez tinha dado certo.
Ele era só sorrisos e malemolência. Seria o dono do mundo. Bom, pelo menos do pequeno mundo que queria construir para si.
Mr. K encontraria, em breve, seu nêmesis. Ele talvez dominaria sua vontade e o forçaria a arrancar seus próprios olhos com uma colher de sobremesa. Não sabia se era possível, mas em seus sonhos megalomaníacos, alimentados por mais aquela vitória, tudo era possível.
Seu exército crescia. Aqueles 4 lhe seriam úteis.
Seus dentes alvos e seus olhos felinos eram dirigidos a qualquer um deles e todos ao mesmo tempo.
Abrindo os braços ele fala
-Irmãos, sabia que poderiam me ajudar.
Ao vestido com a camisa do Snoop dog e comenta
-Amigo, bom saber que você conhece o Kevin! Talvez você possa dar uma chegada lá e trazê-lo até nós, se ele estiver lá, mas não o machuque, apenas diga que um amigo em comum tem algo que o interessa. Se ele não estiver.... bom.... tente descobrir por ele anda, tudo bem? Estarei na casa do Pink, e pisca o olho
Aos demais ele fala
-Irmãos, vamos lá dar aquele abraço no Pink, mas talvez ele estranhe minha chegada assim, no susto. Vamos ajuda-lo a lembrar de mim
Igor não tinha o que temer, o mundo cairia aos seus pés e ele nem mesmo entendia como fazia aquilo, mas fazia isso que era importante e todos obedeciam ao seu comando, quer queiram ou não! O cigano tinha planos absurdos para por em prática, planos que por mais que fossem malucos tinha sua garantia de certeza
O meliante com a camiseta de Snoop Dog logo dizia erguendo a mão para tocar na de Igor como se fossem irmãos de rua:
- Podexa parceiro, vou colar lá! Pode me chama de Rider, aqui é parceria!
E virando-se para os demais, ele diz:
- Aí bandidagem, to colando lá no Kevin, qualquer coisa vocês tem meu número!
Rider então acena para os colegas e começava a se afastar com um andar estranho, um andar torto que Igor reconhecia como o andar que os "manos" tinham, um andar caído com o ombro se mexendo de um lado para o outro. Rider ia em direção a um dos carros da vizinhança, um Scorto azul escuro, não era novo mas também não era velho, enquanto isso, era hora de fazer uma visitinha a Pink...
Enquanto caminhavam para a porta, o de camiseta regata verde dizia para Igor chegando bem perto de seu novo parceiro-vulgo mestre.
- Aí meu pexe, pode me chamar de Bala, quando precisa resolver uma treta pode me chamar que é assim mesmo que vo resolver pra você!
Embora bala dissesse aquilo suas roupas não pareciam sustentar nenhuma arma escondida, eram finas e leves demais, talvez aquilo fosse só papo ou um atípico dia que não estaria armado. O outro de camisa e capuz verde dizia:
- Aqui mano, pode me chamar de Lokito.
Ele dizia simulando um sotaque estrangeiro que Igor não reconhecia mas era horrível, e então continuava:
- Qualquer coisa que tu precisar, somos parceiros pra vida!
Igor podia ficar confiante, já tinha conseguido seus novos lacaios, o outro que restava já tomava a dianteira indo pra frente de Igor, como se estivesse ansioso pra se apresentar, mas ele não impedia a caminhada, ele caminhava de costas, estava sem camisa com o peito descoberto, calça jeans larga e tênis branco:
- Aí parceiro eu sou Julius, qualquer coisa que tu precisar, nós aqui é tudo parceiro, tudo irmão, basta você da uma ligada que a gente já cola pra resolver seus problemas!
Ele dizia levantando a mão e a fazendo de telefone com seu polegar e o mindinho, gesticulando para se expressar melhor, e então ele abre a porta da casa e por incrível que parecesse, o unico cheiro que havia era o de cigarro no ambiente.
Igor entrava com seus três novos lacaios e já davam com uma sala até espaçosa, uma enorme mesa no centro da sala cheia de dinheiro e drogas e uma arma. Por volta da mesa umas 5 pessoas, sendo uma delas uma mulher de cabelos platinados que estava ao lado se apoiando no ombro do que estava no centro e parecia ser quem dava as cartas, provavelmente o tal Pink. Só então que reparam melhor na sala, haviam também duas poltronas uma de cada lado da porta onde imediatamente dois gangsters se levantavam já sacando suas pistolas e apontando para Igor, mas Lokito já erguia a mão dizendo rapidamente:
- Ae Ae Ae Ae galera, vamo com calma, o maninho aqui é gente boa! Ele conhece o Pink!
O homem do centro, que estava com a mulher ao lado então olha para Igor de baixo para cima, um certo desprezo e hostilidade, como os outros, só que havia alguma coisa em Pink que era mais assustador que seus novos lacaios antes de tê-los para si, em Pink podia-se ver uma certa loucura, uma raiva que parecia ser natural de seu caráter. Ele pegava a arma que estava em cima da mesa e só naquele momento todos ficavam tensos, mesmo Igor sentia suas pernas gelar e suas ações hesitarem. Os gangsters que estavam do lado abriam passagem para que Pink saísse de seu lugar e fosse até Igor, onde até mesmo os seus lacaio abriram passagem embora hesitantes, e então... Pink levantava a arma na cara de Igor com aquele olhar raivoso e psicótico de cachorro louco pronto pra atacar o bife enorme em sua frente e Igor não pode deixar de sentir-se como se fosse borrar nas calças, até mesmo dificultando sua fala. A trava de segurança é desfeita por Pink e aquilo só aumentava o medo do cigano.
E então Pink dizia, com sua voz furiosa, porém baixa, como se o foco da fúria fosse concentrado em um alvo:
- E de onde diabos, essa bichinha que parece que tem rabo de ouro me conhece?
Ele perguntava para quem quisesse responder, mas ninguem sabia responder aquela pergunta. Igor não conseguia negar seu medo, mesmo que tivesse seus novos poderes, eles não lhe proporcionaram coragem de ferro, ter uma arma apontada na cara com um psicótico numa casa cheia de gangster armados de repente não parecia uma boa ideia, Igor se via em um deja vu, entrando em enrascadas que normalmente seria difícil sair.
Pink - Aparênca 3:
Mulher - Aparência 3:
Resultado dos testes:
2016-08-10 18:43:43 Pink rolls * dice to Intimidar Igor [5 successes]
2016-08-10 18:44:04 Igor rolls * dice to Resistir intimidação [2 successes]
OFF:
Devido à falha no teste de intimidação, Igor terá um redutor de dados de todas as ações contra Pink igual a 3 que é a diferença dos sucessos dos testes. Válido até a decisão da narração.
Igor anotara mentalmente o nome de cada um dos seus novos lacaios, talvez precisasse deles até o fim daquele dia.
Ele se sentia o rei da cocada preta naquele momento. Conseguira encontrar o rastro do tal Kevin e ainda teria 3 homens para escolta-lo no encontro com o tal Pink.
Ele era o chefão. Tava montado na grana, tinha os caras, e uma roupa bonita. O que podia dar errado?
....
Eu e minha boca grande, pensa o Rom... Num momento era o Rei da Colina, no outro tinha uma nove milímetros apontada pra cara e estava quase se cagando todo.
Não contava q o tal de Pink, de rosa nao tinha nada. O cara era um cachorro louco, do tipo que quase trucidou Igor naquela viela.
Flashs daquele momento de fraqueza.. Talvez fosse por isso que tremia que nem velha.
Mais uma vez, tinha se enrolado todo. Por que não tinha ficado la fora e ido encontrar o tal de Kevin? Agora deveria sair daquela situação e, percebia que, sem seus poderes, ia amanhecer com a boca cheia de formiga.
Ele se concentra o melhor que pode, levando em consideração que tinha a porra de um trabuco apontado pra cara e, enfim responde Pink.
-Na verdade eu conheço sua fama. Os irmãos de Santa Mónica falam muito de voce. Eu tive sorte nuns ganhos e to con uma grana forte. Queria te fazer uma proposta
Off: Nao tem jeito. Usando transe no cara com força total