Capítulo 1 - N'yloth Tsarram

O assassinato à N'yloth Tsarram - embora o dragão não tivesse matado o drow a mando do necromante, foi exatamente isso que pareceu para quem viu de fora - não caiu bem para o feral Grimlock, ainda mais depois de um discurso louco de Necross no qual ele desejava coisas absurdas como exterminar toda a raça dos drows e até mesmo as suas divindades. Grimlock simplesmente resolveu ir embora do grupo, e abandonou os seus ex-colegas ali mesmo.

Nem Necross e nem Shaíra aparentaram sentir tanto a saída de Grimlock, mas no fundo eles sabiam da importância que o feral tinha. A batalha contra N'yloth Tsarram teria sido muito mais difícil sem a estimada ajuda das habilidades clericais do feral. Enquanto Necross e Shaíra começavam a discutir o que fazer em seguida, Grimlock se distanciava dos dois, sem um rumo certo, afinal ele nem mesmo tinha muita noção de onde estava. O certo é que ele seguiria outro destino a partir de agora.

Dusk retornou para o necromante, e ele, por sua vez, pegou o pingente que estava com o líder dos drows para analisá-lo. O pingente era vermelho e havia múltiplas faces, mas o que chamava a atenção é que havia sempre a sensação de ter algo se movendo em seu interior, algo branco, meio translúcido, sendo impossível enxergar exatamente o que era. Após isto, Necross fez o seu show particular e aproveitando-se da saída de Grimlock, o único que poderia argumentar contra, ele fez uma de suas magias necromânticas para levantar quatro dos sete drows caídos como mortos-vivos que agora obedeceriam aos seus comandos. A sua mágica funcionou, e agora ele tinha ao seu comando estes formidáveis guerreiros zumbis.

Os dois, Necross e Shaíra, chegam a conclusão de que precisam descansar em algum lugar. Eles retornam para a floresta e procuram por algum abrigo seguro. Nenhum dos dois eram peritos neste tipo de situação, e o máximo que eles conseguem encontrar antes das suas pernas acusarem cansaço é uma árvore bem antiga, de tronco grosso e de uma altura de se pôr inveja as outras árvores. Eles poderiam dormir sob a proteção de sua vasta copa, ou até mesmo subir em seus galhos e buscar um refúgio seguro o mais longe possível do chão. Não era um lugar perfeito para descansar, mas poderia servir.