Janus falava com uma certa ansiedade na voz e gesticulava pouco, mas intensamente. Mesmo que a dragoa não o ajudasse, Cenwyr sentia-se ultrajado quando duvidam de sua palavra ou índole.
- Não sei se o que irei lhe contar é urgente para uma ser como você, que vê uma pequena porção da vida passar enquanto gerações de homens morrem, mas para nós é algo que nos causa preocupação e, daqui longos anos, pode ser tornar uma preocupação para os dragões também - Janus faz uma breve pausa, passa a mão pela testa para limpar as gotas de suor antes que muitas se acumulem e joga os cabelos ruivos para trás - Vou resumir a história para não tomar muito de seu tempo e, caso você se interesse em me ajudar, eu lhe contarei os detalhes.
- Algumas semanas atrás, um homem chamado Zankharon ganhou terras, um castelo e uma boa quantia de ouro, tornando-se de um dia para o outro um poder menor nos Vales. Mas ele não é uma pessoa com muitos objetivos nobres e, além do desejo de sobrepujar e dominar os vales, um a um, ele talvez esteja fazendo um acordo com os drows, que cederão uma espada mágica para Zankharon em troca de liberdade de movimento em suas terras. Para tornar o cenário ainda mais grave, temos indícios bem sólidos de que esta espada ofertada à Zankharon é a Espada de Aencar, uma de suas relíquias.
Cenwyr faz um pequeno intervalo para respirar e para que Rhindani absorva tudo o que ele disse. Janus estava de pé, diante dela, e se sentia envolvido por sua beleza de uma forma que ele não conseguia explicar. Seres fantásticos, sem sombra de dúvida.
- Rhindani, eu não desejo que lute ao nosso lado ou que se envolva de nenhuma outra maneira. Meu único desejo é que você vigie Zankharon enquanto eu e meus companheiros vamos até o Subterrâneo libertar o fantasma de Aencar.