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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Sky
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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por Sky Qui Mar 15, 2018 11:39 pm

    Ash - O Pagamento


    Ash
    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 PmqeSOX

    Brooker
    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 LKfn6pq

    Vance
    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 MItMrex

    Juliet
    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 SWl0xXI

    Teimosia ou orgulho, Brooker negava mais ajuda e o grupo avançou até a cidade. Com certeza não estavam em condições de enfrentar outros raiders então foram sortudos ao chegar em Sandford sem outro evento.

    Vance ainda era meio lento e cansado, mas não atrasou o grupo (já que Ash e Brooker não estavam mais 100%).

    Com a aproximação do fim de um contrato surgia a expectativa do pagamento.

    Vance era um tipo esquisito de contratante: parecia faltar nele a “malícia” dos negócios, a pechincha e aquele constante sentimento de que iria passar as pernas nos mercenários. Parecia honesto demais.

    Ash estendeu a mão para o pagamento e Vance pegou algo em suas coisas no Brahmim. Tirou duas penas sacolas, tilintando o som de caps.
    [Vance]:O valor combinado para os dois - disse entregando o pagamento a Ash e em seguida para Brooker que apenas pegou a sacola e guardou sob a jaqueta.

    500 caps, parecia estar tudo ali. Um pagamento nada mal para uma viagem longa e turbulenta no final.

    Em seguida seriam abordados por Juliet. Um pouco assustada com a visão da amiga machucada, a abraçou com cuidado para não encostar no ferimento.

    [Brooker]:Ei kiddo - disse Brooker um tanto fora do ar, o med-x fazia efeito mas também houve a perda de sangue.  

    Juliet assentiu quando Ash disse sobre o estado de Brooker. Sem esperar que ele aceitasse ou respondesse o pegou pelo braço e o levou com cuidado até a entrada da cidade. Brooker não protestou e foi andando com ela para dentro.

    [Vance]:Não espero precisar dos serviços de seu bando novamente, senhorita. Eu ficarei em Sandford por um bom tempo, mas quando chegar a hora de partir espero contar com seus serviços - disse o educado contratante pegando suas coisas e andando com seu Brahmim pelos portões. No fim nem sabia o que raios ele iria fazer em Sandford, tinha cara de ser um comerciante.

    Ash estava diante dos portões da cidade que carregava tantas lembranças dolorosas, com uma rara moto e um braço todo ensopado e vermelho.
    Sandford era um lugar de recomeços e velhas memórias, mas aquela visita trazia aquele gosto de que algo seria diferente.

    A sniper vê outra moto sendo pilotada para fora da cidade: uma mulher de cabelo loiro dirige enquanto um homem de máscara está na garupa.

    Mas era hora de encarar a realidade, aproveitar seus lucros e descobrir qual seria o próximo trabalho. Sempre há um próximo trabalho.

    @JPVilela, lembre-se de que Ash também precisa de cuidados médicos para perder o status negativo




    [Negociações Complexas]


    Kelden
    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 ZWIJ6SH

    Cheyenne
    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 BDp6GYJ

    Kelden definitivamente estava gastando bastante sorte hoje. Apesar das palavras duras e a agressão a Clark ele tinha saído do prédio sem que notassem suas ações.
    E para completar estava diante do que podia ser a forma rápida de lidar com a missão.

    - Ah! Era você mesmo que eu queria, minha querida.

    Cheyenne arqueou as sobrancelhas e formou um sorriso confuso. Ele falava de forma bem diferente do que no encontro anterior.

    - Tá afim de dar uma voltinha? Sabe como é, nós dois nessa moto, matando alguns raiders pelo caminho..

    A motoqueira notou a arma sendo guardada no coldre. Por que o estrangeiro guardava a pistola se tinha ido falar com Clark…

    [Cheyenne]:A fim de uma caçada, Kelden? É baixa temporada, os raiders andam mais escondidos que os mole-rats - ela responde terminando de limpar as mãos e colocar o pano preso no cinto.

    - Falando sério, seu chefe me mandou atrás de alguns sucateiros que caíram em uma armadilha em Liberty's Touch, então se pudermos ir logo, melhor para eles.

    [Cheyenne]:Sucateiros? Hmmm...droga, eu acho que sei quem são, eles foram burros de ir pra lá? Ok, eu te ajudo a chegar lá a tempo - A motoqueira sobe na moto.

    [Cheyenne]:Eu quero uma bebida bem cara - comentaria quando ele subisse na garupa - Se segura.

    Acelerou. Aquilo era muito diferente de qualquer veículo que já tivesse embarcado.
    O Sr. Ninguém ainda estava longe de descobrir o paradeiro de Rust, mas pelo menos estava ajudando as pessoas de alguma forma. Só restava torcer que haveria tempo.

    @Raijecji, faça uma rolagem de 1d3. O resultado será o número de turnos que seu PJ levará para chegar até Patrick e Nin.

    Use este codigo:
    Código:
    [rand]3[/rand]





    [Vault's Future]


    Lisbeth
    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 6cDNXmH

    Maxwell
    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 ZDcCreS

    Era diferente estar diante do coração do Vault. Lisbeth podia sentir o poder como se fosse palpável diante daquela sala. O lugar é a chave que trancou o Vault e poderia abri-lo no futuro.

    Nessa situação sua mente ainda tentava buscar racionalidade o suficiente para planejar uma rota, um caminho, onde pudesse sobreviver. Fugir das garras de pessoas poderosas tinha funcionado até agora…

    O Overseer nota seu sorriso, isso o parece tranquilizar de alguma forma.

    - Imagino que esteja bastante ocupado, Max. Você me parece bem agora, mesmo assim sempre me deixa preocupada

    [Maxwell]:Obrigado pela preocupação doutora - o tom atencioso é recebido com educação mas parece incomodá-lo um pouco. Talvez Maxwell não quisesse ser tratado como um bom velhinho.

    - Quantas vezes já não te convidei pra passar no meu consultório? Lembre-se que todo cuidado que tem pelo Vault pode ir por água abaixo se não cuidar de si mesmo. Muitas pessoas aqui dependem de você…

    [Maxwell]:Claro eu lhe devo uma visita. Podemos marcar depois de nossa conversa - disse mas Lis sabe que é uma mentira.
    Pareceu gostar do respeito dela enquanto ele falava de suas responsabilidades e seus sacrifícios. Mas notou quando ela arregalou os olhos, podia ver o pequeno sorriso que quase ocultara no canto do rosto.  Ele retoma a total serenidade em seguida.

    No susto Lisbeth fez menção de pegar sua pistola, mas o Overseer não percebeu seu movimento.

    - Serei a primeira a utilizá-lo também?

    [Maxwell]:Sim e não. Esta versão da fórmula sim. Mas já fizemos experimentos das versões anteriores em outras pessoas- ele parece ainda mais sério.

    O Overseer deu alguns instantes para que Lisbeth pensasse, a ansiedade nele era muito clara.

    - Você sabe que sempre estive disposta a fazer tudo para a humanidade voltar a prosperar. Mas não sei se estou pronta para deixar o Vault. Meu trabalho aqui é cuidar das pessoas. Muitas precisam de mim. Estive pela manhã na ala leste e os níveis de estresse por lá estão chegando a um patamar preocupante. Não podemos nos descuidar justamente agora que estamos tão próximos de voltar à superfície.


    [Maxwell]:Não iria imediatamente para a superfície, doutora. Faremos testes com amostras de seu sangue antes e com as descobertas poderemos sintetizar o que falta na fórmula para que todos possam tomar. Você não subirá até a superfície sozinha.

    Lisbeth aproveitava para lidar com outra questão.

    - E a propósito, me surpreende muito você me escolher como sua sucessora, quando eu nem tinha ideia da operação que está acontecendo agora na ala leste. Muitas pessoas estavam assustadas e infelizmente eu me vi incapaz de tranquilizá-las. O que acha que pode acontecer quando as pessoas não se sentirem mais seguras no Vault? Agora que o estrago está feito, temos que discutir qual versão da história vamos criar para acalmar todo mundo.

    [Maxwell]: A situação na ala leste é...complicada - ele escolhe as palavras com cuidado - O problema ali é que a paranoia das pessoas faz sentido. E medo aliado e fatos que alimentam esse medo geram pessoas assustadas. Tenho duas situações problemáticas na ala leste.

    Ele parece sincero até agora.

    [Maxwell]: Entenda que o que lhe direi agora não deve ser compartilhado, vou lhe dar informações que os médicos de seu nível de acesso não possuem - ele respira fundo - A alguns anos descobrimos que havia uma pequena seção de laboratórios que não tiveram sua construção completa no dia da Guerra. Elas foram seladas do Vault e inacessíveis por muitas gerações. O fato de que estavam incompletos permitiram a degradação de paredes o que nos levou a descoberta dessa área. Mas isso também permitiu que as paredes desse laboratório também pudessem estar expostas ao mundo exterior.

    O Vault 265 tinha uma falha. A pior de todas.

    [Maxwell]:Mandei selar tudo novamente mas nossos cientistas descobriram um potencial ali. Um ambiente controlado que a radiação poderia ser medida e as...criaturas afetadas por ela. Infelizmente uma falha de segurança, um habitante insatisfeito, seu paciente Duprey, quebrou nossas contra-medidas. Lisbeth, não quero que se assuste também, mas o rumor de Baratas Gigantes não é uma mentira - disse num tom de voz neutro. Mas era numa honestidade inegável.

    [Maxwell]:Não lhe responsabilizo por ele, sua revolta e sua loucura estavam muito bem ocultas de todos nós. As ações inconsequentes dele criaram aberturas para que as criaturas passassem. Os guardas estão vasculhando tudo para eliminar as criaturas que estão nos dutos.

    Verdades. Verdades horrorosas.

    [Maxwell]:Mas eu tenho uma segunda razão para a forte presença de guardas ali. A senhora Duprey mora nessa ala, assim como seus amigos. Estamos realizando busca e apreensão de pessoas suspeitas de colaborarem com ele e que podem ter informações de seu paradeiro.

    As últimas palavras eram...confusas. Pareciam verdadeiras mas há algo estranho.

    (@Ayana, pode rolar um teste de Insight DC 15)

    [Maxwell]:Oh Lisbeth, eu odeio lhe colocar nessa posição, mas entende que se comprovada a eficácia do Prometheus em seu sangue uma nova onda de esperança virá sobre nossos habitantes? Essas brigas e revoltas serão coisa do passado quando tivermos um futuro brilhante pela frente...graças a você - ele se aproxima, carregando a seringa mas não faz movimentos ameaçadores.

    Apenas quer vê-la nos olhos.




    Fragmentos


    Nin
    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 C4MOue4

    Patrick
    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 Seamus

    Kara
    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 SWXjYRZ

    Para sucateiros a dupla Patrick e Tsunami mandava muito bem em um combate. Mesmo diante de uma situação desfavorável e em menor número tinham conseguido evadir a maioria dos ataques e até mesmo mudar o próprio campo de batalha.

    Entorpecido pela explosão, o fogo e o zunido causado por ela, Patrick desperta a tempo de ouvir Nin e os três começarem a correr. Kara tosse bastante, ela tinha ficado um pouco atrás na explosão e Patrick reconhece que o fogo e a explosão chamuscaram suas costas ee la não se move muito rápido.

    Correndo mas sem lugar para se esconder além de escombros de prédios e casas que já não existiam a séculos, o trio se agacha atrás de alguns blocos de concreto do que havia sido um prédio. Não era uma boa cobertura mas o manteria escondidos enquanto poeira e fumaça ainda estavam ao redor do vertibird.

    [Raider-Líder]:ACHEM ESSES DESGRAÇADOS!

    Estavam ocultos e Patrick estava pronto para atirar assim que fosse preciso, mas isso não duraria para sempre.
    Talvez ajuda viesse caso tivessem usado o sinalizador, mas sabe-se lá quem chegaria ali. Ou mais raiders viriam para a festa.

    Mas agora usa-lo seria revelar sua posição e era a última coisa que queriam.

    Vocês saíram de combate mas estão sendo procurados pelo inimigo. Não dependem da iniciativa para agir agora





    Nin
    +1PH, +1PH
    Vitalidade: Ok
    Condição: Ok
    Pontos heroicos: 8
    Pontos de poder: 98

    Patrick
    +1PH, +1PH
    Vitalidade: Ok
    Condição: Ok
    Pontos heroicos: 11
    Pontos de poder: 98

    Sr. Ninguem
    +1PH
    Vitalidade: Ok
    Condição: Ok
    Pontos heroicos: 17
    Pontos de poder: 98

    Ash
    Vitalidade: Levemente ferida (-1 em rolagens de resistência a dano)
    Condição: Ok
    Pontos heroicos: 11
    Pontos de poder: 98

    Liz
    +1PH, +2PH
    Vitalidade: Ok
    Condição: Ok
    Pontos heroicos: 17
    Pontos de poder: 98
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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por Raijecki Sáb Mar 17, 2018 1:02 pm





    A safe people
    is a strong people.
    "
    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 833744-large-fallout-ncr-wallpaper-1920x1080





    [Sandford, 09h20]

    As mudanças de tom e humor de Kelden eram o reflexo de sua frágil e instável consciência. As vezes bastava uma fagulha para todo o resto se incendiar, e cada dia que passava as coisas pioravam. Cheyenne parecia ter estranhado a mudança repentina de Kelden, mas acabou por aceitar ajuda-lo á chegar mais rápido a Libery's Torch, principalmente quando entendeu o motivo por trás do pedido.

    Cheyenne escreveu:A fim de uma caçada, Kelden? É baixa temporada, os raiders andam mais escondidos que os mole-rats.

    - Não faz ideia do quanto, essa belezinha aqui... - Acabara de recarregar o rifle, e o alocando novamente em suas costas.- ...Precisa de um pouco de adrenalina. - Na verdade era ele quem precisava.

    Cheyenne escreveu:Sucateiros? Hmmm...droga, eu acho que sei quem são, eles foram burros de ir pra lá? Ok, eu te ajudo a chegar lá a tempo.

    Cheyenne já subia subitamente na moto, e Kelden fez um comentário antes de fazer o mesmo:

    - Todos os sucateiros são burros quando se trata de algo valioso...Ótimo, espero que essa coisa seja rápida. - Ao subir meio desajeitado por nunca ter feito aquilo antes, Cheyenne o respondeu sobre a bebida:

    Cheyenne escreveu:Eu quero uma bebida bem cara...Se segura.

    - Ok, mas primeiro precisamos voltar vivos de lá... E aonde eu me- Cheyenne arrancava com sua moto e fazia Kelden se segurar rapidamente aonde podia, na cintura da própria Cheyenne.

    - Ei! Podia me avisar antes! - Andar, mesmo que de carona naquele veiculo era algo totalmente novo em sua vida, e olha que Kelden já havia passado por várias e várias coisas.

    - Hãã, ah tem um suporte aqui... - Constrangido e envergonhado pela situação, Kelden se afirmou melhor no suporte da moto. Esperava que a moça não ficasse chateada com o ocorrido. Após um tempo, já acostumado com a viagem, sacou sua Ranger Seqoia com a mão direita enquanto a esquerda o ajudava a não ter uma queda pífia e vergonhosa.

    - Espero que não tenhamos problemas até chegarmos lá, não sei quanto tempo aqueles caras aguentam.



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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por Gakky Seg Mar 19, 2018 9:49 pm

    Assim que se escondeu atrás dos escombros daqueles prédios em ruínas, Nin se agachou e encostou em uma parede, estava ofegante, respirava fundo porque a fumaça da explosão tinha tirado um pouco do seu folêgo, mas mesmo assim havia corrido como uma louca. Havia treinado com seu pai adotivo para momentos de dificuldade, mas nunca dessa forma.

    " Levanta! O que vai fazer se os inimigos te pegarem? Você precisa viver!"

    Podia se lembrar das vozes do seu querido mestre lhe dizendo essas coisas. A imagem dela no chão quando foi derrubada, ele a segurando para não deixá-la escapar. Nin levou a mão ao peito, onde sua moeda estava escondida. Não podia ter sobrevivido para perder a vida tão jovem, queria fazer grandes coisas, ajudar as pessoas, provar que faria uma diferença da história da humanidade. Talvez fosse um sonho grande demais para uma garota como ela em um mundo tão falido, mas honraria o desejo do mestre. Ele tinha sido a pessoa mais carinhosa e boa que conheceu, mesmo nos dias atuais. Gostava de como a presença dele fazia parecer tudo mais tranquilo. Em como a vida simples podia também ser uma vida feliz. Agora que não o tinha, cumprir com o prometido ajudava a manter a lembrança dele mais real.

    Nin ouviu a voz do Raider Líder, precisavam sair dali. Olhou para Patrick e disse em voz baixa:

    - Temos que nos afastar daqui... - Se virou para Patrick e perguntou preocupada também em voz baixa - Você consegue continuar?

    Levou o indicador aos lábios para mostrar que deveriam fazer silêncio. Seu rosto estava meio machado de cinza por causa da poeira da explosão que grudou com o suor. Lançou um olhar para Kara e fez sinal com a mão para ela os seguisse, agachada, Nin vai tentar ir atrás dos escombros, andando pelo chão poeirento com cuidado para não fazer barulho demais, queria se afastar mais da direção dos Raiders e esperava que os outros dois a seguissem, se não a seguirem, vai parar sem entender porquê.
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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por JPVilela Qua Mar 21, 2018 10:24 pm

    Vance escreveu:- O valor combinado para os dois - disse entregando o pagamento a Ash e em seguida para Brooker que apenas pegou a sacola e guardou sob a jaqueta.

    Ashley pegou a sacola, testando o peso das centenas de Caps, não ponderou muito concluindo que o valor deveria estar correto, eram caps demais para conferir um por um na frente de Vance… E algo lhe dizia que aquele sujeito não estaria disposto a passar a perna na dupla. O que era uma intuição muito estranha, não tinha isso com quase ninguém... quem dirá com mercadores...  Sujeito esquisito esse.

    - Prazer fazer negócios, Chefe. - disse acenando com a cabeça com um sorriso cansado, e rapidamente voltando a atenção ao saco de Caps, o guardando em sua mochila.

    Enquanto Juliet ajudava Brooker a entrar na cidade, Vance se despedia:

    Vance escreveu:- Não espero precisar dos serviços de seu bando novamente, senhorita. Eu ficarei em Sandford por um bom tempo, mas quando chegar a hora de partir espero contar com seus serviços - disse o educado contratante pegando suas coisas e andando com seu Brahmim pelos portões. No fim nem sabia o que raios ele iria fazer em Sandford, tinha cara de ser um comerciante.

    - Bem... quando o tempo chegar, “Os Reapers estão sempre a postos..” - recitou a propaganda em resposta, enquanto colocava a mochila de volta em seu ombro esquerdo. - Sabe nossa frequência... é só chamar. - completou lançando um amigável sorriso, descansou a mão direita no bolso do sobretudo e a esquerda segurando a alça da bandoleira de seu rifle.

    Não era a chefe do departamento de relações públicas, mas quando tinha a oportunidade, sempre tentava fazer sua parte. A gangue sempre precisava de Caps circulando, e manter uma boa relação com o maior número de mercadores possíveis era uma das melhores maneiras de manter os lucros para a atiradora. Vance então ia se retirando.

    - Ei… Se cuide, Chefe. - disse com sinceridade, acenando em despedida com a mão esquerda. - Nos vemos por ai...

    Observava por um instante o sujeito adentrando os portões com seu Brahmim, nem tinha prestado muita atenção na dupla que estava de saída em outro veículo parecido com aquele que conseguiram pilhar dos Raiders. Estava satisfeita de ter conseguido concluir o trabalho tanto com Vance quanto Brooker vivos... Isso pedia uma comemoração mais tarde, e um banho. Mas não conseguia tirar da cabeça o momento em que o colega insinuou em saquearem o mercador. Lembrava do momento em que notava aquele brilho sádico de um assassino nos olhos do colega. Que decepção... Mas que porra ele estava querendo? Esse era o tipo de ideia das pessoas que Ash matava, não as que deveriam estar arriscando seus traseiros ao seu lado no campo de batalha... Percebeu que estava segurando a alça de sua bandoleira muito forte, chegando a machucar sua mão.

    - Mas que merda… -
    murmurou, suspirando. Soltou a bandoleira e arrumou os cabelos, fitando os portões metálicos de Sandford, e as pessoas que faziam guarda ali.

    Respirou fundo, esse tipo de coisa que a deixava muito insatisfeita lá no fundo. Não era uma santa, ninguém que resolve viver fora das paredes de uma cidade, como aquela que estava a sua frente, conseguiam ser… Mas existe uma linha que a separava das pessoas que caçava por esporte, ou ao menos era isso que tentava acreditar. Mesmo com seu senso fodido de moralidade, os Reapers às vezes estavam dispostos a fazer coisas que a mercenária tentava se manter bem longe… Eram sua Gangue, mas não eram sua família.

    A mercenária voltava a suspirar, seus olhos negros pairavam sobre os guardas, trabalhando em seus postos, não conseguia evitar de rever o fantasma de seu pai trabalhando ali naquelas mesmas guarnições, olhando de volta para ela com um sorriso. O sol da manhã destacava sua silhueta enquanto fazia pose com seu rifle de caça, era seu herói e ele sabia, e isso o fazia se sentir o máximo…

    Mas que merda.

    Piscou voltando a realidade. Mal tinha posto os pés na cidade já começava a sentir tudo aquilo voltado... E pensar que o tempo a faria superar...

    Bem, agora tinha aquela moto pesada para empurrar... um buraco no sobretudo para costurar, seu braço para dar um jeito e toda a bebida que pudesse ingerir antes de desmaiar... Era melhor ir com Juliet, ela não deveria estar muito à frente. Ashley segurou nos guidões do veículo, chutou a peça que a equilibrava em pé e começou a empurra-la pelos portões da cidade.
    Natalie Ursa
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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por Natalie Ursa Qui Mar 22, 2018 12:49 am

    Quando jogou-se atrás de alguns escombros do que antes eram construções seguindo Nin, Patrick caiu sentado no chão, soltou a flecha com cuidado sobre as pernas e cobriu o rosto com braço, abafando a tosse que a corrida unida à fumaça lhe fez ter. Estava longe de ser bom corredor como sua companheira, mas ainda assim conseguia fazer o trajeto com velocidade.

    O Raider continuava a gritar ordens aos seus companheiros. Devia estar bem frustrado por estar tendo tanto trabalho para segurar aquelas pessoas que devia ter considerado presas fáceis no início. Causar tanto trabalho para o grupo de Raiders já era uma pequena recompensa à Patrick. A situação era péssima,mas a possibilidade de estragar os planos do inimigo e mostrarem que eram melhores do que eles achavam, já ajudava a melhorá-la um pouquinho.

    Patrick olhou para Nin com os olhos semicerrados, um pouco irritados com a areia que tinha voado ao se jogar no chão, enquanto ela lhe dizia que tinham que se afastar e perguntava se o rapaz conseguia lhe seguir. Patrick meneou positivamente com a cabeça enquanto a via levar o indicador aos lábios para pedir silêncio. Ele ficou observando brevemente o rosto manchado de Nin enquanto ela se virava na direção de Kara. Estavam mesmo cheio de cinzas pelo corpo e era até um pouquinho incômodo ver sua parceira assim. Demonstrava um pouco do perigo que estavam tendo que enfrentar pelos pedaços de metais e o Pip Boy que tinha conseguido guardar na mochila. Não queria deixá-la numa situação perigosa à toa. Era a pessoa mais cheia de vida que conhecia. Muito mais do que ele jamais conseguiria ser, se quisesse.

    Patrick não demorou muito para erguer-se do chão - mas ainda manter-se abaixado - e voltar a preparar a flecha explosiva no arco. Chegou a pensar em deixar Nin ir na frente e ficar para explodir mais alguns Raiders, já que ela estava desarmada e com certa desvantagem no cenário atual, porém deixá-la se afastar sozinha talvez fosse ainda mais perigoso. Tinham trabalhado bem juntos poucos minutos atrás, quando a Raider com a estranha arma de pregos tentou lhes atacar. Ficarem juntos deveria ser o mais sensato para derrotar todas aquelas pessoas. Provavelmente era a única vantagem deles contra o grupo inimigo.

    O rapaz decidiu-se por seguir a garota, tentando esgueirar-se com ela por trás dos escombros próximos e assim afastarem-se ainda mais do campo de batalha. Quem sabe assim, se estivessem longe e escondidos o suficiente, poderiam emboscar os Raiders, que provavelmente se separariam para encontrá-los. Seria um pouco mais difícil manusear o arco na posição que precisava manter, por isso acabava mantendo a flecha e o arco apontados na direção do chão.

    - Vá na frente, Nin. - sussurrou perto do ouvido da garota ao passar por ela para deixar que liderasse o caminho.
    ayana
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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por ayana Sex Mar 23, 2018 12:02 am

    Lisbeth Tozier

    - Serei a primeira a utilizá-lo também? - Perguntou Liz de maneira precipitada.

    - Sim e não. Esta versão da fórmula sim. Mas já fizemos experimentos das versões anteriores em outras pessoas - respondeu o Overseer que logo em seguida ficou inquieto, em silêncio.

    Para Lisbeth, o silêncio era uma resposta tão reveladora como tentar esconder nos bolsos as mãos sujas de sangue. Discutiam um assunto que poderia manchar a reputação do Overseer. Um rótulo de assassino estampado no rosto do ditador do Vault, para onde Liz olhava compenetrada, como se quisesse torturá-lo para lhe extrair a verdade. Mas logo abaixou a cabeça, o tom de voz e disse:

    - Claro, claro… eu… - suspirou - acho que entendo o que isso significa... de que outra maneira vocês descobririam que meu sangue é compatível? - Permaneceu de cabeça baixa como se prestasse homenagem às vítimas.

    Por dentro, o ódio entorpecido pela droga quase se espalhou como labaredas que saem pelas janelas de uma casa em chamas antes de consumi-la por completo. Usou os segundos do encenado luto por seus pacientes para lhes prometer vingança. Executada de maneira cuidadosa para cativar a confiança antes de arrebatá-la pela traição. Se não mantivesse a aparência de uma servidora exemplar, poderia colocar sua promessa a perder.



    Enquanto o Overseer revelava os problemas na ala leste, Lisbeth se sentia orgulhosa de seu trabalho. De semear a revolta nas pessoas certas, que trabalhavam em ambientes propícios onde ela pudesse gerar frutos. O caso do servente era essencialmente o mesmo da psicóloga. Ella Mae Kaspbrak fez a cabeça de Lisbeth Tozier para sabotar o sistema por dentro. Esta fez a cabeça de várias pessoas, como Michael Duprey, que poderiam executar o golpe.

    No início da terapia, Michael representava uma frágil ameaça ao Vault. Mais um cheio de incertezas em relação às políticas impostas pelo regime. Ao longo do tratamento, porém, a psicóloga foi pregando nele anseios por liberdade, na expectativa de que ele quebrasse algumas paredes. Foi bem o que aconteceu, de uma maneira quase literal. Uma atitude irresponsável, porém magnífica. Capaz de gerar um contentamento doentio, ou mesmo suicida. Naquele instante, para Lisbeth, pouco importava inundar o Vault e morrer afogada, contanto que pudesse contemplar as barragens se rompendo.

    - Mas eu tenho uma segunda razão para a forte presença de guardas ali. A senhora Duprey mora nessa ala, assim como seus amigos. Estamos realizando busca e apreensão de pessoas suspeitas de colaborarem com ele e que podem ter informações de seu paradeiro. - Disse o Overseer.

    Lisbeth permaneceu meditativa por alguns instantes. Notou o cuidado do adversário em escolher as palavras, em elaborar uma versão incompleta e conveniente do caso. Era fácil notar que nem todas as peças estavam encaixadas.

    - Poucas pessoas tiveram a oportunidade de conhecer Michael Duprey como eu. Posso assegurar que ele não tem o perfil de um agitador inconsequente. Muito pelo contrário. Ele estava vivendo uma das fases mais felizes de sua vida ao lado de Jane. Eles até se casaram recentemente.

    Ela olhou para o Overseer com um ar severo e convicto.

    - Olha, Max, é muito difícil eu me enganar com meus pacientes. E mesmo que não fosse, um homem recém-casado e apaixonado como Michael faz planos para estabelecer uma família e não colocá-la em perigo com uma atitude irresponsável.

    O Overseer deveria saber que quando o assunto envolvia os pacientes de Liz não deveria existir versões parciais da história. Chamava atenção, inclusive, o fato de Michael desaparecer e ninguém solicitar a ela qualquer informação que pudesse ajudar a encontrá-lo. Talvez porque a verdade já estava consolidada, ou não queriam que ela tivesse ciência dos pormenores, ou… estavam apenas aguardando a oportunidade de pôr as mãos nela.

    De repente, voltou a sentir mais uma vez a sensação de que seu tempo estava se esgotando.

    - Nunca estivemos expostos a uma ameaça tão grande. Eu não me dediquei a vida inteira por esse lugar para vê-lo tomado pela herança maldita que a humanidade nos deixou. Eu quero lutar ao seu lado e, para isso, preciso que me conte toda a verdade. Começando pelo que levou Michael a cometer esse tipo de insensatez!

    Encerrou com um tom levemente exaltado. Começava a se sentir desgastada pela encenação e com raiva porque o Overseer parecia subestimar sua inteligência. “Por que não me conta tudo seu desgraçado!?”, pensava em meio ao turbilhão de ódio que circulava por todo seu corpo. “Logo vamos nos juntar aos inocentes que você envenenou”



    - Oh Lisbeth, eu odeio lhe colocar nessa posição, mas entende que se comprovada a eficácia do Prometheus em seu sangue uma nova onda de esperança virá sobre nossos habitantes? Essas brigas e revoltas serão coisa do passado quando tivermos um futuro brilhante pela frente...graças a você

    Ele a encarou nos olhos aproximando-se com a seringa. Chegava a hora que Lisbeth mais temia; o momento em que se sentiria encurralada. Ela ainda conseguiu encarar os olhos dele com a serenidade de uma folha seca se desprendendo de um galho. Por dentro só havia desespero, de maneira que a única saída era respirar fundo e convertê-lo em ousadia.  

    - Está bem… - proferiu com insegurança.

    Lisbeth se sentou e esticou o braço esquerdo sobre a mesa. Esperou segundos eternos até que o Overseer se concentrasse para lhe aplicar a injeção. No momento certo, sacou a pistola de dardos com a mão direita e atirou nele por baixo da mesa.
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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por Sky Qua Abr 04, 2018 12:11 am

    [Ash]

    [Vance]:Um prazer fazer negócios - repetiu numa concordância estranhamente honesta - Os Reapers tem uma reputação interessante, bom saber em primeira mão que fazem o serviço mesmo.

    A propaganda parecia boa e talvez seu grupo pudesse aproveitar um pouco dela.
    Vance acenou positivamente diante da despedida de Ash.

    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 0e7b870e7e352c2e5a34334de9f4ab62

    Sem chance de evitar os fantasmas que viviam dentro daqueles portões, a sniper entrava com os espólios de sua última batalha.
    O consultório do doutor Blasckowitz ficava bem próximo aos portões, numa viela entre algumas casas. Não era o único doutor de Sandford, mas era com certeza o mais acessível e com melhor preço. Era ele quem costurava muitos dos exploradores e mercenários que acabavam procurando a cidade como refúgio depois de uma missão que deu errado.

    Sob a porta o mesmo velho poema gravado em pedra, uma espécie de moldura retirada de algum outro lugar e pregada ali.

    “Não como a estátua audaz de grega fama,
    Com pernas entre terras estendidas;
    O nosso portão d'água se confia
    À dama poderosa cuja chama
    Altívola é farol e que se aclama
    A Mãe dos Exilados; à que inspira,
    Co'a tocha erguida, vasta boas vindas
    E ao porto, deste irmão, lança esperança”

    O pai de Ash gostava de história antiga, dos contos de antes da guerra nuclear, e aquele era um dos seus poemas favoritos. Se lamentava em não poder conhecer o restante do texto, afirmando que aquele era só um pedaço do poema.
    Agora era só uma das coisas que fariam lembrar de seu pai.

    Quando Ash entrasse veria o doutor de costas e Brooker deitado numa maca (que na verdade era um colchão). O médico terminava de fazer a sutura.

    [Juliet]:Ash! Meu pai já tá cuidando do Brooker, ele vai ficar bem. Quer que eu coloque suas coisas em algum lugar? - a adolescente não era normalmente solicita assim mas Ash sabia que era por conta de ser ela. A garota tinha admiração gigantesca por Ash.

    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 Images?q=tbn:ANd9GcQb94jXuj1MDAn6PnHU-DR2JnLLHYiZdIvx8B3AIojXA-IE_Utkug

    [Blasckowitz]:Filha, pegue algo para ela beber. Água - o doutor era um homem de voz grave que se não usasse jaleco poderia ser confundido como um soldado ou guarda de Sandford. O doutor já havia costurado tantos Reapers que havia se tornado uma espécie de amigo do bando, apesar de não ser o médico oficial como a Butcher.

    [Blasckowitz]:A Butcher anda fazendo remendos horríveis em você, Brooker. Diga a ela que talvez fazer uma sutura sem estar embriagada pode ajudar nisso - disse terminando o último ponto.
    [Brooker]:Vou te mandar se f*&# como eu falo pra ela… - disse ainda meio grogue com a medicação.
    [Blasckowitz]:Claro que vai - dizia num tom tranquilo. Enfaixou Brooker e deixou ali deitado.
    [Blasckowitz]:Agora sua vez, Ash.

    O doutor olhou o braço. Ia precisar fazer alguns pontos mas não era tão sério como o ferimento de Brooker. Enquanto limpava o ferimento e começava a fazer os pontos o doutor conversava:

    [Blasckowitz]:O Brooker contou sobre o que aconteceu. Raiders...isso não é bom - dizia enquanto segurava a linha - Não tínhamos nenhuma notícia de raiders faziam meses, o povo da cidade começou a achar que eles tinham simplesmente ido embora, fugido para as ruínas da cidade ou encontrado outra comunidade pra importunar. Mas se estavam tão próximos é porque estão por aí ainda. E pelo visto melhor armados…

    Terminou o curativo e enfaixou.

    [Blasckowitz]:Sei que vai odiar o que vou dizer, mas precisa fazer algo...precisa falar com o Clark sobre isso - e encarar o homem responsável pela morte de seu pai - Ele precisa saber com detalhes o que enfrentaram e o que vem por aí. Sandford precisa se preparar, estamos...relaxados demais.

    A seriedade no olhar do homem denota um pouco de preocupação. Era o olhar de um pai preocupado com o futuro de sua filha diante da possibilidade de uma nova guerra. Até um mercenário sabe reconhecer isso.

    Ash está recuperada dos ferimentos do último combate




    [Lisbeth]

    Uma conversa civilizada ocultava objetivos, intenções e ideologias distintas.

    - Claro, claro… eu… - suspirou - acho que entendo o que isso significa... de que outra maneira vocês descobririam que meu sangue é compatível?

    Diante da fúria controlada de Lis o Overseer olhava com aprovação para aquela ovelha obediente. Ele apreciava aquela atitude por mais que por dentro Lisbeth quisesse esgana-lo.

    - Poucas pessoas tiveram a oportunidade de conhecer Michael Duprey como eu. Posso assegurar que ele não tem o perfil de um agitador inconsequente. Muito pelo contrário. Ele estava vivendo uma das fases mais felizes de sua vida ao lado de Jane. Eles até se casaram recentemente.

    [Maxwell]:Por isso todos esses fatos nos pegaram de surpresa. Nem eu e muito menos você esperávamos tamanha atitude rebelde. É uma pena…

    - Olha, Max, é muito difícil eu me enganar com meus pacientes. E mesmo que não fosse, um homem recém-casado e apaixonado como Michael faz planos para estabelecer uma família e não colocá-la em perigo com uma atitude irresponsável.

    [Maxwell]:Infelizmente o medo pode cegar até o mais responsável dos homens. Entende como o trabalho do Overseer é difícil? Eu tenho que enxergar todos os ângulos e não deixar que as emoções me dominem. De qualquer maneira nós precisamos localizá-lo, para tirar essas dúvidas com o próprio.

    [Maxwell]:Para ser honesto Lisbeth, essa é a história completa. Nós só sabemos que ele mexeu em alguns terminais do laboratório principal e agiu como eu lhe disse. Por isso é essencial encontrarmos ele e por isso estou enviando tantos guardas para lá. É mais seguro para nós, e para ele, que essa verdade seja esclarecida.


    Lisbeth nota que o Overseer continua a fazer omissões. Ele não parece disposto a falar mais do que já revelou.

    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 Cefd695f4f0cac60b03197c2447a15c2

    Naquele momento decisivo Maxwell se aproximava gentilmente, como quem se aproxima para um abraço. Lis nota a tensão nele, não de raiva mas de medo. Será que ele realmente teme pela vida dela?
    Instantes de conseguir aplicar a seringa a doutora usa de sua cartada final.

    Maxwell arregala os olhos, ele entendeu perfeitamente o que Lisbeth tinha feito. O dardo tinha atingido o Overseer diretamente no braço, mas o projétil com a droga tinha ficado perfeitamente fincado no tecido do vault suit e não tinha atingido nenhuma veia de Maxwell.

    Maxwell rolou um acerto crítico na resistência ao poder de controle mental

    [Maxwell]:O que isso significa, doutora? - ele soa mais magoado do que bravo - A senhorita está tentando me drogar? - ele puxa o dardo e vê o projétil vazando o líquido do fadeaway.
    [Maxwell]:Você não entendeu? Eu estou te oferecendo o futuro da humanidade! E você me ataca? Não, você vai entender por outro método então.

    Sem a delicadeza de antes o Overseer tenta segurar o braço de Lisbeth a força e tenta aplicar a droga à força.

    (@Ayana, pode rolar um teste de Parry contra o ataque do Overseer, DC 14)




    [Patrick & Nin]

    Os sucateadores estavam encurralados. De todas as situações complicadas que a dupla tinha enfrentado, essa estava alcançando as posições mais altas.

    Nin escreveu:- Temos que nos afastar daqui... - Se virou para Patrick e perguntou preocupada também em voz baixa - Você consegue continuar?

    Kara assentiu com a cabeça para a pergunta de estar bem ou se tinham que fazer silêncio. Não importa muito pois ela estava lendo lábios e não tinha recuperado a audição, Nin e Patrick poderiam ver o sangue fora das orelhas: tímpanos rompidos.

    Nin tomava a dianteira na tentativa de sair furtivamente. Ainda havia fumaça o suficiente para ocultá-los. A garota conseguiu encontrar outra pilha de escombros de casa que trouxeram cobertura para andar mais para longe.
    Patrick ficou para trás com a flecha a postos e conseguiu se manter oculto.
    Seria a vez de Kara de andar até Nin.

    Ela fez uma negativa com a cabeça.

    [Kara]:Não...consigo - ela disse sem muita noção do volume da sua voz, sussurrando - Vão sem mim. Me dá uma...arma branquelo - ela não está bem e parece ter alguma dificuldade pra respirar.

    Nin tem a visão de uma rota de saída: entre mais dois escombros de prédios havia o que parecia ser uma viela, se ela corresse poderia alcançar e escapar com quase certeza. Seria fácil acenar para Patrick que a rota levaria a uma saída.

    O problema seria que nem todos podiam correr ali. O estado de Kara mostra que é impossível ela correr a tempo e acompanhar antes de serem localizados.

    Uma escolha importante estava diante da dupla e não havia tempo para pensar.

    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 B3bc8327be54ed27d5c868ded0289a89




    [Kelden]

    Cheyenne não parecia se incomodar muito com o jeito repentino que Kelden tinha, principalmente quando falava de armas. Um meio sorriso ficava estampado em sua cara quando ele falava de seu rifle.

    [Cheyenne]-Claro, ela precisa de adrenalina

    -Todos os sucateiros são burros quando se trata de algo valioso...Ótimo, espero que essa coisa seja rápida.

    [Cheyenne]:Pode ser assim no Mojave, mas por aqui eles não costumam ser assim. Não em Sandford - ela soa zelosa pelas pessoas de sua cidade.

    O arrancar da moto com certeza era impressionante.

    - Ei! Podia me avisar antes!

    Cheyenne começou a gargalhar. Tinha pegado o sério ranger de surpresa. Ela nem parece incomodada com suas mãos sobre ela pra se segurar.

    [Cheyenne]:Ainda bem que você tem uma máscara. Uma vez eu corri tanto que fiz um cara vomitar. Nada legal - ela grita, o ronco da motocicleta é alto.

    Essa máquina viaja muito rápido, Kelden não estava acostumado a atravessar distâncias tão grandes em tão pouco tempo.

    [Cheyenne]:Pretende me contar por que estava com sua arma fora do coldre agora ou só depois que eu descobrir algo nada agradável? - a pergunta, repentina como quase tudo que Cheyenne fazia, era pontual mas não carregava ameaça - Algumas pessoas não gostam do jeito do Chefe, mas sabe que isso levanta umas suspeitas, certo?

    Ela daria um instante para que ele respondesse mas não desacelerou.

    [Cheyenne]:Vê a fumaça ali? É na Liberty’s Torch.



    Uma pequena zona de guerra. Era isso que aquela pequeno pedaço de ruínas de um subúrbio parecia: no centro o esqueleto de um vertibird em chamas, muita fumaça, e um bando de homens mascarados e vestindo roupas bizarras com armas em punho procurando algo.

    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 70975f5d1dca367475ab77d0366cab01

    Kelden tinha a visão clara, e ainda não tinha sido notado, do que claramente eram seus alvos: Raiders. Mas sem sinal dos tais sucateiros.

    A caçada atingia seu ápice.

    Spoiler:





    Nin
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    Condição: Ok
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    Pontos de poder: 99

    Patrick
    +1PH
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    Condição: Ok
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    Pontos de poder: 99

    Sr. Ninguem
    +1PH
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    Ash
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    Lis
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    [/center]
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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por Raijecki Qui Abr 05, 2018 10:15 pm





    Na guerra, ou você mira,
    ou você atira.
    "
    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 Efb33a680c8992b800009d6aa27f2904880cb381_hq




    A moto roncava absurdamente, seu motor movido a fusion core parecia impressionante pela velocidade que conseguia atingir. O problema era que Kelden não estava acostumado com este tipo de viagem, e o café da manhã que havia consumido logo antes se remexia dentro de seu estomago.

    Cheyenne escreveu:Ainda bem que você tem uma máscara. Uma vez eu corri tanto que fiz um cara vomitar. Nada legal.

    Kelden apenas deu 3 tapas de leve no ombro de Cheyenne, claramente pedindo para que ela parasse a moto por um instante. Quando a mesma o fez, Kelden saltou rapidamente de cima da moto, deus alguns passos de distancia e virado de costas para Cheyenne, retirou seu capacete com suas mãos um pouco tremulas. A cena a seguir não era nada agradável, restos de comida mal digeridos eram expelidos pra fora com certa violência, como algo que não pertence á seu lugar. Mas Cheyenne apenas ria horrores, como se aquilo foce uma das coisas mais engraçadas que já havia visto, mas afinal, quem a julgaria? Diante dela estava um "todo imponente" Ranger da NCR, com o torço completamente inclinado para baixo vomitando como uma criança que exagerou nos doces durante a pascoa.

    Kelden se limpou com um pedaço de tecido o atirando na beira da estrada logo em seguida. Recolocou seu capacete e como se nada tivesse acontecido, voltou a subir na moto.

    - Podemos seguir. - Sua voz era de um tom baixo, como se estivesse receoso e envergonhado pelo ocorrido. Após alguns minutos, Cheyenne quebrou o silencio como uma duvida que vinha á incomodando desde antes de sairem.

    Cheyenne escreveu:Pretende me contar por que estava com sua arma fora do coldre agora ou só depois que eu descobrir algo nada agradável? Algumas pessoas não gostam do jeito do Chefe, mas sabe que isso levanta umas suspeitas, certo?

    - Na verdade você não havia me perguntado até agora, achei que fosse irrelevante, mas se quer tanto saber, eu apontei ela pra cabeça do seu chefe quando ele se negou a me contar onde o monstro que persigo por anos está se escondendo, e para resumir acabei me dando mal e tendo que salvar esses sucateiros, nada de mais, não precisa se preocupar. - O tom calmo e frio com que Kelden contava o caso só revelava que não se importava nem um pouco com quem Clark era, ou o que ele representava para as pessoas como Cheyenne. - Ah, e acabei dando uma coronhada nele depois, mas foi de leve, aquele velho é forte, já deve estar bebendo aquele seu ótimo uísque em seu bar particular.

    Após algum tempo de conversa, emfim os dois chegavam em Liberty’s Torch. Cheyenne apontava para a fumaça que vinha do local em questão.

    Cheyenne escreveu:Vê a fumaça ali? É na Liberty’s Torch.

    - O que quer dizer que a situação era pior do que eles previam não? Eu disse, sucateiros se tornam cegos quando acham que encontraram algo de incrível valor a ponto de poder mudar suas vidas, acredite em mim, já passei por isso, e no final das contas, tudo acaba com o ultimo disparo de uma arma de fogo.

    "Ou no meu caso, uma marretada na cabeça"

    Kelden acenou com a cabeça para Cheyenne desligar a moto. - Não podemos fazer barulho, eu sigo a pé daqui, se você quiser ir junto esconda essa moto entre a vegetação. - Desceu da moto e sacou de suas costas o enorme rifle anti-matéria, deu uma ultima conferida no pente de munição antes de seguir adiante á uma boa posição de disparo. Acabou encontrando um terreno superior que favorecia sua posição. Ativando a tecnologia de radar do seu capacete, pode descobrir que se tratavam de 6 raiders, 5 armados e um desarmado. Algo mais o chamava atenção, o veiculo destroçado por uma recente explosão era nada mensos do que um vertbird da Irmandade do Aço. Kelden sabia que se eles aparecessem, a coisa iria piorar muito. Resolveu agir imediatamente.

    Não foi difícil identificar o líder do bando, afinal ele gritava sem parar dando ordens a seus capangas. A guerra havia ensinado ao Sr. Ninguém que o primeiro alvo deveria ser sempre o líder, assim a moral de seus subordinados seria colocada a prova, e poderia até  deixa-los desmotivados. O problema era que raiders eram completamente insanos e imprevisíveis, então não havia como prever seus próximos movimentos.

    Rifle Anti-matéria:

    "E mais um vai comer poeira."

    Deitou de modo a se esconder o melhor que podia e também para ter uma melhor precisão de disparo por causa do recuo forte que o rifle anti-matéria realizava. Mirou fixamente na cabeça do líder raider, trancou sua respiração e puxou firmemente o gatilho.

    "Pega essa, seu filho da puta!"


    Gakky
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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por Gakky Sex Abr 06, 2018 8:15 pm

    Nin podia sentir a tensão no ar, apesar das pontas dos seus dedos estarem geladas pela situação em que se encontravam, ela conseguia focar sua mente apenas em sobreviver. Tinham que sair dali e rápido. Por sorte era ágil e junto com Patrick conseguiram se esgueirar em silêncio sem serem notados. Ela percebeu que as orelhas de Kara sangravam e isso não era nada bom.

    Quando foi a vez de Kara andar até eles, a mulher parou e começou a falar, havia algo estranho nela, na respiração, talvez estivesse mais ferida do que Nin pensou. Para Nin deixar ela ali era uma ideia terrível, Kara era muito importante para Standford. Na visão de Nin todos lá eram importantes, menos John, porque ele foi o causador dessa situação. Muitas pessoas já tinham morrido, não podia deixar esse número crescer! Ela podia se lembrar das palavras do senhor Yang, dizia que ela tinha que ajudar os outros com essa habilidades. O que seria de todo trabalho que ele teve pra treiná-la se iria usar só para si mesma? É claro que poderiam todos morrer se não seguissem.

    Nin viu uma ótima rota de saída, mas Kara não ia conseguir passar por ali. Nin também não queria colocar Patrick em risco com sua escolha, ela olhou para o amigo loiro. Ainda estava agachada, as mãos no chão, unhas pretas de sujeira da terra, o rosto ainda manchado de cinzas e suor no rosto levemente moreno. Uma ideia começou a surgir na sua cabeça, Patrick e Nin tinham habilidades, eles podiam usá-las e garantir suas sobrevivências, se desse certo.

    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 AtCy0i4

    - Não podemos, ela é uma vida, chega de gente morrendo- Sussurrou para Patrick - E se fizermos uma armadilha para eles? A gente atrai eles e quando vierem você explode eles. Talvez usando o sinalizador, dar um jeito dele ativar sozinho... Aí eles vão vir atrás e ai quando vierem...

    A garota olhou a redor procurando qual seria um bom lugar para isso, e como poderiam sair seguros mesmo depois dessa explosão. Não sabia se era uma boa ideia, mas estava desesperada para ajudar Kara. Fez um sinal para ela com o indicador, mostrando que não a deixariam para trás.


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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por Natalie Ursa Sáb Abr 07, 2018 4:01 am

    Por enquanto tinham conseguido se afastar um pouco do grupo de raiders inimigos, mesmo assim ainda estavam perto demais para não se preocuparem. Patrick tinha Nin a sua frente e mantinha-se focado nos ruídos mais próximos, apesar da barulheira toda que os inimigos faziam. O loiro já tinha notado que Kara sofreu alguns danos com a explosão, porém não tinha razões para ir ajudá-la ou se preocupar com isso. Só se voltou para a mulher ao ver Nin com um olhar concentrado para Kara, como se estivesse tentando decifrar o que ela dizia.

    Patrick apoiou a flecha no colo por um momento, suspirou e passou a mão sobre os cabelos que já estavam meio bagunçados e manchados com uma mistura de cinzas com um pouco de terra. Não tinham muito tempo para perder com isso. Por ele deixaria Kara para trás. Nunca foi o tipo de se preocupar com os outros. Não teria chegado vivo até esse momento se fosse o contrário. Mas Nin era sua exceção.

    Kara tentava lhe pedir uma arma, mas se Patrick já não tinha algo a oferecer quando Nin pediu, teria menos ainda agora. Só alguns explosivos de fabricação própria, mas sem o detonador eram meio inúteis.

    - Não tenho mais armas. - respondeu de modo calmo, como se a situação dela não fosse tão complicada.

    Precisavam sair logo dali, antes que perdessem a vantagem que tinham, mas Patrick notou a expressão no rosto manchado de Nin e a conhecia bem. Nin não iria deixar a mulher para trás. Sabia bem disso porque a expressão já foi direcionada para ele antes. Que péssimo hábito essa garota tem. Para sobreviver não podiam perder tempo, precisava explicar isso para Nin, por outro lado, onde Patrick estaria agora se ela não fosse assim?

    Sabia que Nin tentaria a convencer do contrário e a garota não demorou meio minuto para começar.

    - Se ficarmos serão três vidas. - explicou de modo seco, enquanto tentava diminuir a distancia entre os dois sem ficar exposto demais - Nin, escuta. - tentou falar o mais rápido que conseguiu, não poderiam se dar ao luxo de ficar perdendo todo esse tempo - Se eles tiverem meio cérebro funcionando vão perceber que é uma armadilha. Não temos nenhuma boa razão para usar um sinalizador quando estamos nos escondendo. - bufou, percebendo que a fumaça estava baixando - Se quer fazer algo, tem que ser silencioso.

    Imaginava que só conseguiria tirar Nin dali e lhe afastar da ideia idiota de se arriscar por Kara se a arrastasse para longe. Não ia funcionar. Tentou pensar em algo, mas tudo parecia envolver riscos demais para Nin.

    - Tira ela de lá, Nin. - resmungou incomodado, sem tempo para mudar a situação - Eu dou cobertura. - tirou uma flecha comum da aljava e mirou na direção, mantendo a explosiva ao lado.

    Gostava menos ainda de por Nin em ainda mais perigos, mas era a escolha dela, então precisaria estar disposta a sofrer as consequências de suas h. Só que Patrick não estava disposto a perde-la.
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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por ayana Sáb Abr 07, 2018 10:16 pm

    Lisbeth Tozier

    Segundos antes de disparar o dardo, Lisbeth pôde sentir a insegurança do Overseer. Ele não parecia temer o ataque que viria em breve, mas sim o que aconteceria com a vida dela. Era um bom sinal. Demonstrar essa preocupação sugeria que talvez ele tivesse boas intenções, ao contrário de Liz. Se o plano seguisse conforme planejado, dificilmente ele suspeitaria que sua mente havia sido aprisionada. Despertaria desorientado ao final do efeito da droga, sem se lembrar do momento histórico em que um imperador se curvaria às vaidades de uma única plebeia.

    Lisbeth tomava todos os cuidados para minimizar os danos que um intervalo em branco na memória pudesse causar na ingênua confiança que o Overseer nutria por ela. Afinal, uma vez que essa confiança deixasse de existir, não restaria outra alternativa a não ser eliminá-lo.

    Ele não precisava morrer hoje.

    O ataque deveria ser único, discreto e preciso. O dardo estava espetado no braço do Overseer, mas Lisbeth logo reparou nos olhos dele que a droga não foi injetada. Uma falha terrível no momento mais decisivo de sua vida. O fim de um disfarce que a mantinha protegida no meio da matilha. Era como se sua nudez estivesse exposta, deixando-a vulnerável, assustada, constrangida e paralisada.

    - O que isso significa, doutora? A senhorita está tentando me drogar?

    Ela derrubou a cadeira ao se levantar de repente em desespero. Havia perdido o controle sobre o medo. Os membros tremiam como cordas de violão tocando uma música lenta e fúnebre. Um anúncio de que o fim estaria próximo se ela não reagisse depressa. Era o que a psicologia denominava de instinto de sobrevivência.

    "Ele precisa morrer hoje", pensou enquanto o Overseer a ameaçava.

    Lisbeth deu uma coronhada no braço do Overseer quando ele tentou agarrá-la para lhe aplicar a injeção. Em seguida, segurou a pistola com as duas mãos e efetuou mais um disparo contra ele, dessa vez, mirando na garganta. Em tempo, ele jogou o corpo para o lado e sentiu o dardo passando próximo ao seu ouvido como uma vespa em direção a uma lâmpada.

    Estava obstinada a levar a cabo seu plano, sejam quais fossem as consequências. Se tivesse trazido a arma de fogo, seria capaz até de executá-lo a sangue frio. Por isso mesmo, optou por não trazê-la. Para alcançar a satisfação, era necessário capturá-lo vivo. Restavam ainda muitas contas a acertar.

    Antes que o Overseer pudesse alcançá-la, Liz deu alguns passos para trás e empurrou na direção dele com um chute a cadeira que estava no chão.

    - A humanidade não vai mais precisar de você - e atirou nele mais uma vez.
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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por Gakky Qua Abr 11, 2018 2:34 pm

    Nin suspirou ao ouvir a explicação de Patrick, ele tinha razão, poderiam desconfiar do sinalizador. Sabia que a escolha mais inteligente ali era saírem sem Kara, mas como fazer isso? Ela também era importante para StandFord. O que o mestre Wang iria dizer se desistisse de salvá-la? Já estava cansada de gente morrendo, só que eles poderiam morrer também tentando. Ela sussurrou para Patrick:

    - Obrigada...

    Quando ouviu que o amigo daria cobertura, Nin ficou com medo, eram muitos raiders lá fora e se ajudasse Kara, não poderia defender Patrick. Não havia muitas escolhas, teria que fazer algo bem errado, embora fosse o mais lógico agora. Tocou no braço de Patrick e decidiu:

    - Vamos embora. São muitos.

    Olhou uma última vez para Kara e lançou para ela o sinalizador antes de seguir com Patrick para sua saída. Era triste ter que deixar alguém para trás, mas estavam em grande desvantagem. "Desculpa Mestre Yang... Mas não posso arriscar o Patrick... Eu vou melhorar..." Talvez se os raiders a sequestrassem viva, daria para tentar buscá-la com ajuda.
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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por JPVilela Qua Abr 11, 2018 6:31 pm

    Ashley não conseguia ignorar a maldita nostalgia que a inundava a cada passo ali dentro. Para a mercenária aquelas palavras gravadas na pedra tinham uma atração hipnótica, ficou por um momento relendo o poema incompleto antes de continuar clínica adentro.

    Encostou a moto em uma das paredes da entrada da construção. Enquanto via o Doutor B. tratando o colega, retirava sem pressa suas bagagens, tentando ter cuidado para não magoar ainda mais a ferida em seu braço direito. Primeiramente o rifle saqueado dos raiders:

    Juliet escreveu:- Ash! Meu pai já tá cuidando do Brooker, ele vai ficar bem. Quer que eu coloque suas coisas em algum lugar? - a adolescente não era normalmente solicita assim mas Ash sabia que era por conta de ser ela. A garota tinha admiração gigantesca por Ash.


    - Ah… Claro, deixe elas ali no canto - indicou com o rifle empunhado na sua mão esquerda.

    Blasckowitz escreveu:- Filha, pegue algo para ela beber. Água - o doutor era um homem de voz grave que se não usasse jaleco poderia ser confundido como um soldado ou guarda de Sandford. O doutor já havia costurado tantos Reapers que havia se tornado uma espécie de amigo do bando, apesar de não ser o médico oficial como a Butcher.

    Pegou o copo de água e bebeu com vontade, saboreando a sensação de hidratação proveniente da bebida. Tirou a mochila com cuidado, mesmo assim sentindo dor ao mexer o braço direito.    

    - Valeu, Julie... - deixou o copo, agora vazio, sobre um balcão ao lado - E... Esse é seu brinde, a propósito. - deitou o cano da arma perpendicularmente em direção ao chão. - Pena que não carregavam muitas balas… - comentou em um tom descontraído, sabia o quanto a garota era interessada por armas.

    Blasckowitz: escreveu:- A Butcher anda fazendo remendos horríveis em você, Brooker. Diga a ela que talvez fazer uma sutura sem estar embriagada pode ajudar nisso - disse terminando o último ponto.

    - Eu não recomendaria isso, Doutor B… Você nunca viu como ela treme quando está sóbria. - advertiu, sentando-se com as pernas bem abertas em um sofá de espuma velha e esburacada enquanto esperava Brooker terminar de ser atendido.

    Falava aquilo com a sinceridade de quem já experimentou ser costurada por alguém sofrendo a maior crise de abstinência da história da humanidade.  

    Blasckowitz escreveu:- Agora sua vez, Ash.

    - Agulhas... yay... Lá vamos nós… - disse sem nenhum animo na voz, mas levantando-se sem perder tempo.

    Na hora de tirar o casaco sentiu parte dele descolando o sangue coagulado na manga do braço, não era uma das melhores sensações, mas sabia que se demorasse um pouco mais sem aquilo ser tratado, ia pegar uma infecção logo logo.

    O doutor olhou o braço. Ia precisar fazer alguns pontos mas não era tão sério como o ferimento de Brooker. Enquanto limpava o ferimento e começava a fazer os pontos o doutor conversava:

    Blasckowitz escreveu:- O Brooker contou sobre o que aconteceu. Raiders...isso não é bom - dizia enquanto segurava a linha - Não tínhamos nenhuma notícia de raiders faziam meses, o povo da cidade começou a achar que eles tinham simplesmente ido embora, fugido para as ruínas da cidade ou encontrado outra comunidade pra importunar. Mas se estavam tão próximos é porque estão por aí ainda. E pelo visto melhor armados…

    Terminou o curativo e enfaixou.

    - Sei que vai odiar o que vou dizer, mas precisa fazer algo...precisa falar com o Clark sobre isso - e encarar o homem responsável pela morte de seu pai - Ele precisa saber com detalhes o que enfrentaram e o que vem por aí. Sandford precisa se preparar, estamos...relaxados demais.

    A expressão no rosto da mercenária se fechou antes mesmo do doutor pronunciar o nome do líder de Sandford.

    - Eu!? Falar com aquele bode velho? - baixou os olhos com uma perceptível mudança de humor estampada no rosto - Ele nunca deu ouvidos ao Duncan quando ele que dizia isso! - fitou o médico com raiva. Não precisava falar mais que isso, o doutor era amigo de seu pai...

    Entre ela e o colega de bando, infelizmente Ashley era a mais articulada. Para piorar não odiava todos naquela cidade, gostaria que sim para recusar o pedido do homem loiro a sua frente. Mas duvidava que o “Prefeito” fosse lhe dar ouvidos. Respirou fundo, tentando se acalmar, levando o olhar do pai para Juliet.

    Por eles ela poderia fazer isso. Por mais que preferisse os Reapers a Sandford, não queria que Juliet e o pai vivessem com uma corja de assassinos e desequilibrados, mas também não queria que vivessem em um lugar desprotegido com um gestor idiota como o Clark… Boas pessoas como aqueles dois mereciam viver em um lugar simplesmente... melhor…

    - Tudo bem… - exalou ruidosamente o ar dos pulmões, descendo da mesa cirúrgica e pegando seu sobretudo sujo de sangue e o vestido - Eu vou... Mas antes vou precisar passar no bar. - disse, pegando seu rifle e vestindo a bandoleira como de costume, despediu-se do médico com um aceno.- Então eu volto logo, Cowboy. - disse dando uns tapinhas no ombro de Brooker, que agora estava estirado no sofá descansando, e em seguida acenou em despedida para Juliet.
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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por Sky Sex Abr 20, 2018 6:38 pm

    Ash

    Diante do sentimento agridoce de nostalgia e saudades de um tempo que nunca mais retornaria, Ash entrava no consultório do Doutor B.

    Após tomar aquela água, muito bem vinda por sinal, Ash entregava seu presente a Juliet.

    Os olhos de Juliet brilham como se tivessem luz própria. Seu sorriso é contagiante.
    [Juliet]:Ah, muito obrigado Ash! - ela abraça a atiradora com força, esquecendo por um instante dos ferimentos dela - Desculpe! Eu vou pegar minhas coisas pra limpar ela
    A garota saiu carregando a arma, como se tivesse acabado de ganhar o melhor presente de natal do mundo.

    O Doutor olhou para Ash, o olhar meio desaprovador, mas não protestou. Viviam num mundo ingrato e negar a garota a chance de se defender era burrice.

    [Doutor B]:Juliet, lembre-se dos procedimentos de segurança com armas de fogo - o doutor disse e Juliet respondeu com um audível “Ok” do outro lado do consultório.
    Para um médico ele parecia conhecer sobre armas o suficiente.

    Ash comentou sobre Butcher:

    - Eu não recomendaria isso, Doutor B… Você nunca viu como ela treme quando está sóbria.

    [Doutor B]:Se eu dissesse que ficaria impressionado seria mentira. Seu grupo tem os membros mais peculiares definitivamente - não era um comentário sarcástico, apenas uma constatação.

    Fazer pontos nunca seria confortável mas o Doutor B é um médico muito habilidoso e o incômodo foi suportável.
    Mas foi a pergunta do doutor que a deixou realmente incomodada.

    - Eu!? Falar com aquele bode velho? - baixou os olhos com uma perceptível mudança de humor estampada no rosto - Ele nunca deu ouvidos ao Duncan quando ele que dizia isso!

    [Doutor B]:Eu sei, mas as coisas são diferentes agora. Ele está mais velho, ainda tem aquele jeito dele mas ele está preocupado com o futuro de Sandford. Tenho certeza que ele irá te ouvir.

    No fim a atiradora aceitou ir falar com Clark, não antes de visitar o bar.

    [Doutor B]:Obrigado Ash. Deixe Brooker aqui descansando… - ele de repente parecia querer dizer algo mas não sabia as palavras para tal - Tome cuidado lá fora, eu tenho um estranho pressentimento que meu consultório vai receber mais visitas hoje.

    Juliet acenou para Ash ainda segurando o rifle e um pano que tentava deixar limpo. Sorriso de orelha a orelha, estava distraída demais agora para prestar atenção no assunto sério.
    Brooker apenas grunhiu um até logo para Ash.

    Do lado de fora Sandford ainda era a mesma de sempre: muito movimento de pessoas indo e vindo, uma cidade em constante movimento e expansão.
    O bar, um amontoado de sucata e construções sem planejamento, ficava bem perto. O dono era um homem que afirmava ser irlandês, mesmo que isso fosse um tanto impossível após tantos séculos de desolação.

    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 145e32b9c6b11a8e67c859e2f7c78bf0

    Era a hora que a maioria dos habitantes da cidade já tinha saído para trabalhar, então o bar estava meio vazio com apenas algumas pessoas em poucas mesas. Uma caixa de som velha tocava algo:


    A mulher atrás do balcão observa Ash enquanto limpa um copo com um pano. A atiradora não reconhece a mulher, deve ser alguém nova.

    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 JxLe6eq

    [Red]:O que manda? - perguntou se iria pedir algo - Se veio de fora deve saber porque tudo parece tão mais esquisito que o normal.Tsc, enfim, o que posso fazer por você?

    O bar ao contrário do consultório não provocava nostalgia, mas sim aquele estranho sentimento de estar fora de casa. Era um sentimento comum afinal.




    Lisbeth

    Lisbeth nunca havia lutado por sua vida daquela maneira. A adrenalina, o medo, tudo isso poderia até mesmo começar a anular os efeitos do fadeway que tanta utilizava.

    Num lampejo de sorte a doutora consegue se livrar da primeira tentativa de tomar uma agulhada com uma coronhada no braço do Overseer e se jogando para trás. Mais um tiro de dardo e o projétil voou perto da cabeça do Overseer, errando.

    O Overseer apenas empurrou a cadeira para a direita e voltou a avançar. Outro disparo, também errou.

    [Overseer]:Você me decepciona Lisbeth. Eu confiei em você o resultado do sacrifício de tantos e é assim que recompensa essas pessoas?
    Ele fica muito próximo e agarra um dos braços de Lisbeth que ainda segura sua arma com força.
    Sem espaço para manobras e ambos com uma mão ocupada os dois ficam alguns instantes numa luta onde o objetivo era drogar um deles.

    Lisbeth não era uma lutadora mas mostrava algum potencial nesse instante. Num movimento brusco ela consegue ir para trás e se libertar do agarrão do Overseer. Movimento este que faz a seringa voar da mão do Overseer e cair no chão ainda intacta.

    [Overseer]:Não! - ele salta na direção da seringa e a segura, ficando de costas e vulnerável. Ele olha para Lisbeth por seu ombro, encarando seus olhos.

    [Overseer]:Vamos, você não queria acabar comigo? Acabar com todas as gerações que trabalharam por esta seringa? - ele se levanta ainda a encarando.

    [Intercom]:Overseer? Senhor, na escuta? - o aparelho de comunicação na mesa dele ligara, era a voz de um guarda. Ele se aproxima e aperta um botão na mesa.


    [Overseer]:Deixei claro que não deveria ser interrompido.
    [Intercom]:Eu sei senhor é que tem algo acontecendo na ala dos trabalhadores. É uma...é uma rebelião, senhor.

    O líder daquele Vault agora era vermelho de puro ódio.

    [Overseer]:Isso é obra sua? É você quem colocou aquelas ideias no desgraçado que começou isso tudo? Hã? Responda! - irado ele encara a doutora.

    O Vault era um barril de pólvora, alguém encurtou o pavio e Lisbeth só tem mais dois dardos de fadeway na pistola.
    Na mesa do Overseer ficam todos os controles do Vault e logo atrás da doutora estava a porta de saída que não fora trancada.

    O Overseer começava a se aproximar novamente, dessa vez sem a seringa que deixara na mesa.




    Kelden

    Para um veterano como Kelden a moto era algo que nunca tinha enfrentado. O soldado por mais forte que fosse não conseguiu se acostumar ao movimento acelerado e pediu para parar.

    Cheyenne virou os olhos e bufou, mas parou perto de uma lanchonete abandonada. Ela tentou disfaçar a risada colocando a mão sobre o rosto num facepalm mas era impossível.

    [Cheyenne]:Eu e minha boca grande. Tudo bem aí Forasteiro?

    A viagem seguiu com a mesma velocidade, não podiam se dar ao luxo de perder mais tempo.

    - Na verdade você não havia me perguntado até agora, achei que fosse irrelevante, mas se quer tanto saber, eu apontei ela pra cabeça do seu chefe quando ele se negou a me contar onde o monstro que persigo por anos está se escondendo, e para resumir acabei me dando mal e tendo que salvar esses sucateiros, nada de mais, não precisa se preocupar. - O tom calmo e frio com que Kelden contava o caso só revelava que não se importava nem um pouco com quem Clark era, ou o que ele representava para as pessoas como Cheyenne. - Ah, e acabei dando uma coronhada nele depois, mas foi de leve, aquele velho é forte, já deve estar bebendo aquele seu ótimo uísque em seu bar particular

    Cheyenne leva um bom minuto para responder, o silêncio é levemente preocupante.
    [Cheyenne]:Eu não sei se você é maluco ou se é só muito idiota - ela disse com uma franqueza que era quase rude - Vamos acabar logo com isso.
    Ela passaria o resto da viagem sem dizer mais nada. Também não responderia o comentário sobre sucateiros, seu rosto era sério agora.

    [Cheyenne]:Vou reposicionar, pegue eles - foi a única coisa que disse antes de sair. Kelden estava sozinho nessa.

    Posicionado e num ponto vantajoso o suficiente para se deitar e apoiar o rifle, apesar de não estar muito mais alto que a planície onde ficava o vertbird em chamas, o ranger preparava seu disparo.
    O enjoo e o fato de ter feito uma viagem longa tão rápido afetavam sua mira: o disparo foi feito com menos precisão mas a sorte ainda estava ao seu favor ele atingiu o líder. O som é ensurdecedor como um trovão e pode ser ouvido em todo o bloco.

    A bala voa numa velocidade absurda e vara a perna do líder raider imediatamente. Kelden consegue ver o sangue espirrando dali mas o raider ainda estava vivo.

    [Raider Líder]:Atirem! Atirem nos desgraçados! - esbravejou enquanto caia e fica apoiado no joelho bom, já que o outro agora tinha um buraco. Ele pressiona o ferimento e a raider desarmada corre na direção dele.

    Os outros quatro raiders começam a disparar na direção de Kelden, sem localiza-lo corretamente ainda, apenas sabendo que há um sniper:

    A metralhadora de um dos raiders emperra e outro atira muito longe. Entretanto dois deles conseguem enxergar o ponto escuro que é o ranger e disparam com a mira correta.

    (@Raijecki pode rolar dois testes de Dodge, DC 18)




    Nin & Patrick

    “Quem és tu na escuridão? Quem é você quando ninguém pode julgar seus atos?”

    As palavras do mestre de Nin martelavam em sua cabeça diante daquela decisão difícil. A dupla tentava pensar em um plano que pudesse salvar Kara, mas entre três vidas e uma só a decisão pendia para o lado dos dois.

    Abandonar um colega deixava um gosto amargo na boca como o gosto da pólvora no ar.

    Kara pegou o sinalizador e assentiu com a cabeça, aceitando seu destino e conferindo a munição do sinalizador. Não era uma arma mas esperava pelo menos queimar um deles.

    Patrick e Nin abandonavam Kara para trás e iam pela passagem que os mantinha ocultos dos raiders. Passando por mais escombros e correndo muito a fuga só interrompida por um som ensurdecedor.
    Como se um trovão tivesse sido lançado no coração do vertbird Patrick reconhece aquilo como o som de um rifle de alto calibre. Algo disparou ali onde deveriam estar os raiders e Kara.

    A dupla agora poderia tentar três caminhos diferentes: ir para o norte, onde estava liberty’s torch e talvez flanquear os raiders, ir para o leste na direção de volta a Sandford mas o caminho pelas ruínas seria longo, ou ir para o oeste em terras desconhecidas para os sucateiros. Há também a opção de voltarem por onde vieram, voltando ao coração de todo o caos.

    Mais disparos, o combate continuava: seria John lutando dessa vez? Ou mais alguém teria surgido para lutar?




    Mecanica

    Nin
    +1PH
    Vitalidade: Ok
    Condição: Ok
    Pontos heroicos: 11
    Pontos de poder: 100

    Patrick
    +1PH
    Vitalidade: Ok
    Condição: Ok
    Pontos heroicos: 13
    Pontos de poder: 100

    Sr. Ninguem
    +1PH,+2PH
    Vitalidade: Ok
    Condição: Ok
    Pontos heroicos: 20
    Pontos de poder: 100

    Ash
    +1PH,+1PH
    Vitalidade: Ok
    Condição: Ok
    Pontos heroicos: 14
    Pontos de poder: 100

    Lis
    +1PH
    Vitalidade: Ok
    Condição: Ok
    Pontos heroicos: 19
    Pontos de poder: 100
    [/center]
    Gakky
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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por Gakky Dom Abr 22, 2018 3:25 pm

    Nin sentia um enorme aperto do peito por estar deixando Kara para trás. Porém conforme fugia para longe, se sentia cada vez mais arrependida. As palavras do mestre latejavam na sua cabeça. Culpa, muita culpa. Mas estaria arriscando Patrick, não podia fazer isso com ele podia? A escolha tinha sido feito, só restava torcer para que tivesse um meio de Kara sobreviver.

    "Ela vai ser prisioneira, eu vou voltar e salvar ela" - Tentava se convencer em pensamento para se sentir melhor, porém no fundo sabia que isso seria muito improvável de acontecer.

    Enquanto escapavam, Nin ouviu o som parecido com o do trovão, tapou instintivamente os ouvidos com as mãos, mas logo parou para pensar. Vinha de onde Kara estava. Ela tentou não olhar para trás e se concentrar no caminho a frente, precisava de decidir para onde iria. Queria mesmo era voltar para Santford.

    Nin também percebe que tem outros disparos vindo de onde haviam deixado Kara. Será que John tinha voltado para resgatá-los? Mas ele não era confiável... O que estaria acontecendo com Kara? Devia estar tão sozinha e abandonada... Culpa de novo, e de novo. Parecia um buraco fundo e escuro onde via Kara sozinha sofrendo. Daria tempo de voltar? Não seria tarde demais?

    - Ahhhhnn... - Murmurou Nin com o semblante aflito, olhou para Patrick e disse angustiada - Tenho que voltar... Ela tá lá sozinha... Foi um erro deixar ela... Eu não aguento Patrick... Eu fui horrível... Se quiser pode ir para Sandford, não precisa me acompanhar nisso. Não quero se machuque por isso...

    Nin deu meia volta, iria voltar para de onde vieram. Não iria aguentar conviver com a culpa, pelo menos agora Patrick tinha uma chance de se salvar. Nin vai voltar a se aproximar de um modo furtivo. Seu plano é ir pegando os inimigos por trás, por isso tomaria cuidado.
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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por Raijecki Ter Abr 24, 2018 8:38 am





    A coragem está no domínio do medo,
    e não na ausência dele.
    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 0bd58aa39e84266a00bb1fc144dbed7d




    A angustia de Kelden por não poder exercer uma de suas maiores qualidades como soldado agora tinha sido substituída pela mais pura e forte adrenalina ao puxar o gatilho. Seu disparo acabou não sendo tão preciso quanto gostaria, mas soube reconhecer seu efeito quando viu a perna do líder raider praticamente explodir ao ser atingindo pela enorme munição calibre .50. O barulho e a velocidade que o projetil causava eram tão absurdos que um desatento acharia que fosse um trovão anunciando alguma tempestade.

    Ver o sangue jorrar no que sobrou do que era a perna do raider o fez sentir certa satisfação, afinal nada o fazia mais feliz do que acabar com a raça de bandidos e malfeitores, um sorriso com os dentes a mostra surgia em sua face escondida pelo imponente capacete. Infelizmente para Kelden o líder dos raiders era duro na queda, pois logo após ser atingindo, se apoiou no joelho que estava bom, recebeu ajuda da raider que estava desarmada e gritou a plenos pulmões para que seus subordinados atacassem quem quer que estivesse os atacando.

    Líder Raider escreveu:Atirem! Atirem nos desgraçados!

    Sua frase fez Kelden pensar se poderia tentar os enganar fazendo parecer que não estivesse sozinho ali, os intimidando.

    “Se quiser aparecer agora Cheyenne, seria apropriado”

    Não teve muito tempo de planejar algo, pois os quatro raiders armados com metralhadoras decidiram atirar tentando acertar os inimigos que os enfrentavam. Um acabou com sua arma emperrada e outro disparando para onde seu nariz apontava, já os dois restantes conseguiram identificar onde Kelden estava escondido e atiraram contra ele.

    Seu coração batia freneticamente, como se fosse saltar pela boca, mas isso junto com a adrenalina era algo que o deixava mais atento e precavido contra situações desfavoráveis como essa. Seu antigo comandante Robert Redfort sempre dizia: “A coragem está no domínio do medo, e não na ausência dele”. Segurou firme seu rifle e rolou seu corpo para o lado se esquivando dos projeteis inimigos com uma naturalidade de só quem já estivesse passado por várias e várias guerras poderia ter.

    Por mais que a vontade do Sr. Ninguém fosse de partir para cima dos raiders, junto com sua idade também vinha a experiencia, sabia que não tinha mais toda aquela vitalidade e rigor de quando era jovem para poder se arriscar, lamentavelmente os ferimentos não cicatrizavam tão facilmente como antigamente. Com o rifle segurado nas duas mãos encostado no peitoral de metal da armadura, correu agachado em ziguezague a toda velocidade que fosse possível até alguns escombros que poderiam servir de cobertura para poder atacar novamente. Quem ainda estivesse vivo dos que precisavam de ajuda teriam que aguardar um pouco mais pelo resgate.

    Utilizando de sua invejável agilidade, saltou para o outro lado dos escombros apoiando uma das mãos contra os mesmos enquanto a outra segurava o pesado rifle. O radar de seu capacete lhe dava a vantagem de saber a posição exata de seus inimigos. Não conseguia nem se lembrar quanto tempo fazia que utilizava sua armadura de ranger da NCR e suas armas, afinal já os considerava como uma extensão de seu próprio corpo. Rapidamente ajeitou seu poderoso rifle anti-matéria em cima dos escombros e disparou contra a cabeça do raider mais próximo.

    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 Dsc_0910

    “Aqui vai mais um trovão seus malditos!”  


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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por ayana Qua Abr 25, 2018 11:00 pm

    Lisbeth Tozier

    O dardo cortou o ar sem atingir o alvo. Cada falha era um passo à frente rumo à derrota, ou à loucura? Como não havia tempo para medir as consequências, Lisbeth sabia que não iria se conter. O fim de um dos dois já estava decretado no momento em que toda encenação caiu por terra. Se o regime já assassinava pessoas inocentes, o que não faria com uma traidora? Uma terrorista que ameaçava o líder absoluto de um povo. Antes do derradeiro encontro com o Overseer, ela já havia traçado diversos cenários. Naquele que estava se revelando como verdade, ela abriria mão de tentar controlá-lo para garantir que o veria morto.

    - Você me decepciona Lisbeth. Eu confiei em você o resultado do sacrifício de tantos e é assim que recompensa essas pessoas?

    Ele tentou mais uma vez aplicar a droga em uma mulher que agora era pura raiva e ódio. As palavras dele insinuavam que os corpos usados como experimentos agora tinham algum valor. Mas com certeza, ele não os via como seres humanos de verdade, da maneira como Lisbeth eventualmente percebia durante as consultas. O ódio dela era grande porque valia por dois: pelo Overseer, mas principalmente por si mesma, que por vários anos menosprezou a humanidade de pacientes até o limite de classificar alguns como ovelhas indesejadas. O resultado foi uma quantidade incomensurável de corpos como nas guerras de 200 anos atrás. Para Liz, a culpa maior não era de quem dava o tiro; mas sim de quem apontava os alvos.

    Ela bateu o ombro no peito do Overseer e deu um golpe com o braço na mão dele. A seringa voou e caiu intacta no chão. Ele se lançou para pegá-la e, no momento em que estava mais uma vez sob a mira de Liz, disse:

    - Vamos, você não queria acabar comigo? Acabar com todas as gerações que trabalharam por esta seringa?

    A psicóloga respirou fundo para que a raiva deixasse de sufocá-la. Para não incorrer no descuido de traduzir em palavras o ódio que estava sentindo.

    - Não vim aqui acabar com você, nem com a sua pesquisa. Vim para acertar as contas por todos os inocentes que você matou. Por ter usado meu trabalho como parte dessa chacina.

    Ela apontou a arma para a cabeça dele.

    - Me diga um nome! Um nome entre centenas de vítimas. Consegue identificar a quem pertencia algum daqueles corpos sacrificados como animais? - Disse em um tom crescente e autoritário que ela não empregava nem mesmo com gente subordinada - Consegue!?

    A mão trêmula segurando a arma era o único sinal perceptível de medo. Em seu rosto era possível enxergar a expressão de um juiz que executava uma pena por pura vingança. Uma satisfação que, por derivar do poder, deveria se expressar de maneira sóbria e comedida, pelo menos até a execução da pena. O dedo formigava para puxar o gatilho mais uma vez.  

    - Não… você não tem ideia de quem eram essas pessoas, mesmo depois desse lugar aqui sequestrar a alma de cada uma delas. Eram pessoas que ansiavam por alguma liberdade! Pelo direito de ao menos decidir de que maneira gostariam de contribuir com o Vault. - A voz começava a ficar mais fraca. - Elas não queriam destruir o sistema, queriam tomar a vida delas de volta. Mas perderam, até mesmo essa vida miserável e escravizada, quando eu as entreguei pra vocês.

    Ela olhou para a seringa na mão dele com um sorriso de deboche. O medicamento extraído de vidas humanas.

    - Vocês criaram um medicamento para o organismo resistir às condições lá de fora, mas se esqueceram daqui - ela bateu três vezes com a ponta do dedo na cabeça. - Um simples contato com a liberdade é capaz de converter devoção em ressentimento. Ainda mais quando descobrirem a que preço veio essa liberdade. Acho bom você se preparar para…

    De repente, uma voz despontou no ambiente, interrompendo o raciocínio dela. Enquanto o Overseer respondia ao chamado pelo intercom, Lisbeth afastou-se ainda mais, mantendo a arma apontada para ele. Iria aproveitar essa distração para disparar de novo, mas abaixou a pistola quando ouviu três palavras que soavam como uma melodia: "é uma rebelião". De uma vez, elas preencheram sua alma com orgulho, de maneira que foi impossível conter um sorriso de satisfação.

    - Isso é obra sua? É você quem colocou aquelas ideias no desgraçado que começou isso tudo? Hã? Responda!

    Ela se esforçou para não rir. Achava que teria controle sobre as reações espontâneas, mas ainda estava em êxtase por acompanhar em primeira mão a ruína do Vault. O riso atropelou algumas palavras até ela retomar o fôlego e dizer:

    - Max… ou melhor, Overseer Maxwell! - Fez uma breve reverência e voltou a apontar a arma para a cabeça dele. - Como é possível conhecer tão pouco sobre as pessoas que governa? Depois de passar tantos anos selecionando cobaias pra vocês, de uma coisa eu tenho certeza: se você tenta silenciar uma ideia, logo ela se espalha, principalmente para suprir a falta que pessoas fazem às outras. As que ficam seguem o exemplo das que foram… e seguem também com um desejo de vingança.

    Era mentira. Perseguir vozes contrárias ao regime foi o que evitou um colapso antecipado. Nos últimos anos, o que mais se via eram pessoas acuadas, cientes de que mesmo pequenos desvios poderiam desencadear duras medidas repressivas. Era a tática de deixá-las sobreaviso, ameaçando que quaisquer reincidências não seriam toleradas. Por isso, coube à Lisbeth reacender em vários pacientes a revolta e a indignação contra uma estrutura que sufocava a todos.  

    - Nossas falhas nos trouxeram até aqui, Max! Agora eu só quero consertar as coisas.

    Ao tentar atirar outra vez, o dardo ficou emperrado dentro da pistola. O Overseer se aproximava. Lisbeth batia a ponta do cano da arma na palma da mão. Com um pouco mais de força, teria quebrado alguns ossos. Se o dardo se soltasse de uma vez, iria perfurá-la, só que essa não era uma preocupação imediata. Ela conseguiu puxá-lo para fora segurando a agulha com as pontas dos dedos. Bem no momento certo, segundos antes de ele alcançá-la. Tempo suficiente para ela mirar e disparar mais uma vez.
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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por Natalie Ursa Qui Abr 26, 2018 2:01 am


    Patrick chegou a ficar surpreso, por um instante, com a decisão de sua parceira. Nin ia mesmo lhe ouvir o desistir de tentar salvar Kara, consequentemente arriscando a própria vida. Tinha sido fácil demais convence-la. Era até peculiar, vindo da garota oriental.

    Por mais indiferente que o rapaz fosse quanto á vida de Kara, até mesmo ele não poderia ignorar a coragem dela de enfrentar o que provavelmente seria sua morte, sem entrar em panico e tentar a todo custo fazer a dupla voltar por ela. Patrick já tinha visto outras pessoas perderem completamente a razão em situações de extremo perigo a própria vida. Era o que a maioria fazia ao saber que a morte se aproximava. Precisava admitir a força de Kara, mas infelizmente já era tarde demais para ela.

    Com apenas um pequeno aceno de cabeça para ela, Patrick se despediu e seguiu junto de Nin pelo caminho que a garota tinha encontrado para escaparem dali.

    Iam conseguir. Conseguiriam correr para longe dali e tomar o rumo de volta para a cidade. Era o mais sensato para se fazer. A desvantagem da dupla era grande ali. Só Patrick estava devidamente armado, os inimigos eram muitos e não estavam muito preocupados em guardar munição.

    Patrick parou subitamente com o som estridente que cortou o ar e cobriu brevemente os ouvidos, encolhendo-se um pouco. O som incomodava sua audição, embora fosse bem menos do que a explosão que acabara de causar. O loiro notou imediatamente que o "trovão" foi causado por alguma arma de alto calibre e talvez também de longo alcance. Um... Rifle? No pouco que conseguiu observar, não tinha notado nenhum Raider portando uma arma capaz de fazer tal som. O traidor não parecia ter uma também. Só que não poderia afirmar nada com toda a certeza, tudo tinha sido rápido demais para que Patrick conseguisse analisar a situação mais a fundo.

    Se conseguissem se manter ocultos por escombros, não teriam que se preocupar com o novo som... O tiro nem tinha ressoado na direção deles...

    As ponderações sobre o disparo duraram instantes. Patrick estava pronto para continuar a fuga. Correram mais um pouco, mas Nin, que estava logo a frente, parou subitamente a corrida. Patrick a alcançou e notou facilmente a expressão no rosto dela.

    Arrependimento.

    Ouviu a garota murmurar naquele tom de angustia e deixou um suspiro enfadonho escapar. Lá estava a Nin que ele não queria ver, mas esperava ver. O senso de auto preservação da garota não era muito bom. Patrick deixou os braços caírem e penderem na lateral do corpo. O que ia fazer com essa teimosa?

    Deveria deixar ir e morrer junto com a amiga. Era isso que ela queria. Patrick já tinha se arriscado demais até ali. Era burrice voltar ao perigo.

    Nin dizia para ele voltar a Sandford e não se machucar com ela... Era Nin que gostava de Sandford, não ele. Por que voltar sem ela? Se fosse para deixa-la se matar, Patrick já podia muito bem voltar a sua vida de andarilho. E pelo jeito estava mesmo mais seguro sozinho e em movimento.

    O loiro não disse nada e permitiu que Nin desse meia volta, mas tirou a mochila das próprias costas, deixando-a cair no chão e segurou o braço da garota sem nenhuma delicadeza. Estava hesitando.

    - Eu deveria amarrar você e lhe arrastar de volta para a sua cidade, mulher teimosa! - disse em tom firme, quase uma bronca, abaixando-se e puxando-a junto de um jeito meio agressivo, quase a derrubando.

    Ele aproveitou para abrir o zíper da mochila com a mão livre e tirar de lá o Pip Boy que tinha encontrado no Vertbird, antes que Nin se rebelasse e usasse da força que tinha para se soltar dos dedos presos em volta de seu braço.

    - Se quer tanto se arriscar ainda mais, então fique com isso como presente de despedida. Deve tocar rádio também, entre outras coisas mais importantes. - lembrou como a garota queria um rádio novo, enquanto prendia o equipamento ao braço dela - Agora corra antes que eu pegue a corda e lhe amarre. - enfiou a mão de volta ao interior da mochila, lançando um olhar ameaçador sobre a garota.

    Mas até mesmo Patrick podia se arrepender em questão de segundos. E já estava arrependido enquanto fechava a mochila e via Nin se afastar. Duplamente arrependido, na verdade. Arrependido de deixá-la ir se matar e de estar se sentindo tão preocupado com a asiática.

    O rapaz rangeu os dentes e exalou o ar dos pulmões de modo agressivo antes de se decidir em ir atrás da parceira sem juizo algum. Mais um que ia perder a vida por pura burrice!

    Iria atrás e cuidar da garota a distancia. Não iria conseguir alcança-la na corrida e tentar avisa-la de que iria junto poderia chamar atenções indesejadas. Ao invés disso manteria a distancia e tentaria lhe proteger de longe. Quem sabe assim conseguiria, pelo menos ele, se safar das consequências dessa ideia ridícula?
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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por JPVilela Qui Abr 26, 2018 6:18 pm

    A Reaper entrou no bar, ficando um tanto satisfeita de ver o lugar sem muita gente. Menos chances de algum idiota bêbado tentar passar a mão na bunda dela e por consequência perder os dentes. Existia dias em que ela torcia por alguma confusão em ambientes como aquele, mas já ter errado vários tiros e tomado um mais cedo foi o suficiente para acalmar parte daqueles  ânimos. Foi direto ao balcão sentando-se em um banquinho lá mesmo, enquanto ouvia que a moça que ali trabalhava lhe fazia perguntas:

    Red escreveu:- O que manda? - perguntou se iria pedir algo - Se veio de fora deve saber porque tudo parece tão mais esquisito que o normal. Tsc, enfim, o que posso fazer por você?

    - Whiskey - disse de maneira seca, se debruçando sobre o balcão, deixando a cabeça pender para baixo, preparando-se mentalmente para ir a contragosto para a “prefeitura” da cidade. Esperava que o álcool aliviasse os sentimentos embaralhados, não estava pronta para fazer aquilo quando saiu da cama para sua missão de escolta mais cedo, na verdade não queria muito nem botar os pés em Sandford. Após alguns momento, ergueu os olhos fitando a ruiva - Esquisito? - questionou-a, fazendo-se de desentendida.
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    Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas - Página 4 Empty Re: Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

    Mensagem por Sky Sex Abr 27, 2018 4:58 pm

    Lisbeth


    O combate não durava mais do que alguns minutos mas para Lisbeth aquilo parecia durar uma vida. Sua vida inteira naquele Vault, naquela profissão, mudaria completamente e ela sabia disso. As chamas do que ela havia começado se inflamavam.
    Mas cada dardo que errava era um passo para trás, um passo que a levava mais próximo ao abismo da decisão feita de impulso.

    Lisbeth controlava seus impulsos o suficiente para tentar falar com o Overseer. Maxwell ignorou a pergunta sobre os nomes, ele tinha uma expressão muito difícil de traduzir: o quanto havia ali do ditador e quanto havia do líder generoso que ele achava que era?

    Uma fagulha era capaz de incendiar tudo. A voz no intercom revelava como as chamas eram um incêndio agora.

    - Max… ou melhor, Overseer Maxwell! - Fez uma breve reverência e voltou a apontar a arma para a cabeça dele. - Como é possível conhecer tão pouco sobre as pessoas que governa? Depois de passar tantos anos selecionando cobaias pra vocês, de uma coisa eu tenho certeza: se você tenta silenciar uma ideia, logo ela se espalha, principalmente para suprir a falta que pessoas fazem às outras. As que ficam seguem o exemplo das que foram… e seguem também com um desejo de vingança.

    [Overseer]:Você acredita que esta é a primeira rebelião que o Vault 265 já enfrentou? As pessoas são tolas, doutora, principalmente aquelas que não reconhecem o esforço de seus semelhantes - ele fica cada vez mais próximo. O último dardo emperrado do cartucho de Lisbeth voa quase atingindo sua cabeça.

    O último passo para o abismo.

    [Overseer]: William Baker, Maria Johansson, Uriah Jokowitz...- eram nomes de pacientes que Lisbeth havia entregado. O Overseer conhecia os nomes. Ele sabia quem eram aquelas pessoas.

    Sem munição e em clara desvantagem Lisbeth vê Maxwell dar um brusco passo para frente e erguer sua mão. O homem era mais velho mas estava com ótima condição física. O Overseer consegue colocar a mão direta no pescoço da doutora.

    Ele começará a estrangulá-la. Sua mão é quente e parece muito áspera para um homem que aparentemente não fazia trabalhos braçais no Vault.

    [Overseer]:...Ela Mae - ele disse um último nome. Justo aquele nome.

    (@ayana você precisa realizar um teste de Athletics ou Acrobatics para escapar do agarrão do Overseer)




    Ash


    A garota ruiva suspira. Mais um que não sabia de nada!? Ela pega uma das garrafas de whiskey e serve num copo de lata que poderia se passar por limpo. Não era o mais sotisficado dos bares mas para curar uma manhã ruim era perfeito.

    [Red]:O bar vazio desse jeito, quem entra sai logo depois e o cochicho de que as pessoas estão renovando seus estoques de balas - ela passa o copo para a atiradora.

    [Red]:Esse tipo de coisa acontece quando a cidade vai ser atacada e eu odiaria ter chegado na cidade depois de tantos anos fora e não estar preparada pra próxima guerra… - ela despeja muitas palavras para Ash, uma estranha até então.

    Ela põe a mão na testa e respira fundo.

    [Red]:Desculpe, você não tem nada a ver com isso. Eu sou Red, eu voltei faz pouco tempo pra Sandford e eu não conheço quem possa me falar do que tá acontecendo - ela volta a limpar um copo com seu pano.

    [Red]:Precisa de mais alguma coisa?




    Nin, Patrick e Kelden


    Patrick entendia sobre esses abandonos, sobre como a vida era frágil na Empire Wasteland. Coragem era admirável mas a força para lutar não era nada diante de uma situação impossível, abandonar Kara não era fácil mas o sucateador entendia o sacrifício.

    Nada é mais amargo que o arrependimento, principalmente para quem seguia um código e princípios num mundo que despreza esses valores. Proteger alguém nas wastelands era considerado burrice para muitos mas para a sucateadora a vida era muito mais que só sobreviver sozinha.

    Nin decidiu de rompante parar e voltar para Kara. Inconsequente e tão perto da segurança...Patrick a contra-gosto entregou a Nin um pip-boy e a liberou para ir salvar Kara, dando a entender que ele mesmo não voltaria e fugiria.


    Pip-Boy 3000 Mark IV
    - GPS
    - Mapa
    - Radio
    - Entrada para holodisk
    - Entrada de dados de texto
    - Funcionalidades diversas (a serem descobertas pelo usuário)

    Munida de um novo equipamento mas sem tempo para conhecê-lo Nin corre por onde os dois vieram.
    Patrick seguiria em seguida sem que ela notasse. Os dois sucateadores entenderiam o que era um campo de batalha.



    Havia satisfação em ver o líder raider ferido mas não havia tempo para apreciar a vista, Kelden tinha de se mover daquela posição sem cobertura. Os quatro raiders o perseguem enquanto atiram e ele não é atingido.

    Nenhum sinal de Cheyenne.

    O ranger decide correr para alcançar um ponto melhor de proteção. Sob fogo dos raiders Kelden alcança um pequeno amontoado de escombros de uma casa que lhe conferem um pouco de cobertura (partial-cover). Sem tempo para mirar apropriadamente o ranger dispara no raider mais próximo.
    Apesar do tiro não ter sido cuidadoso o tiro atravessa o peito de um dos quatro raiders que corriam até ele. O estrondo ensurdecedor preenche o espaço novamente, a bala atravessa o raider.

    Os três restantes disparam contra Kelden enquanto correm. Ao fundo, um pouco após o vertibird em chamas, um clarão e uma forte luz de um sinalizador: alguém estava ali embaixo e usou aquilo no chão, mas sinalizadores deveriam ser utilizados apontando para o céu...

    (@raijecki, pode realizar três testes de dodge DC 16)



    Nin vê Kara no mesmo lugar que a deixou, sentada recostada sobre escombros de um prédio. Ela parece ainda mais fraca e encolhida, agarrada ao sinalizador e muito suja de sangue e fuligem da fumaça que veio do vertbird.
    Kara arregala os olhos quando vê Nin e tenta grunhir um não.

    Dois raiders passam por cima de Kara, sem a notar, correndo direto em direção a Nin.

    [Raider]:Yohoho, achamos a carne chinesa! - grita um deles. Um deles usa um porrete com um prego na ponta e outro usa uma lâmina que parecia ser uma machete.

    Kara ergue o sinalizador e aponta. Um tiro pouco preciso de quem sofria com dor. O projétil, muito claro e de luz forte, passa por cima da cabeça de um dos raiders o queimando na orelha.
    A distração perfeita para que Nin pudesse atacar de surpresa.
    Patrick vê toda a cena de Nin e tem um lugar com um pouco de cobertura (partial-cover) e tem visão livre para atirar nos dois raiders.




    Mecanica

    Nin
    +1PH, +1PH
    Vitalidade: Ok
    Condição: Ok
    Pontos heroicos: 13
    Pontos de poder: 101
    Obs: 1 PH foi concedido por ter seguido a motivação da PJ de forma bem convincente na ultima cena

    Patrick
    +1PH, +1PH
    Vitalidade: Ok
    Condição: Ok
    Pontos heroicos: 15
    Pontos de poder: 101

    Sr. Ninguem
    Vitalidade: Ok
    Condição: Ok
    Pontos heroicos: 21
    Pontos de poder: 101

    Ash
    Vitalidade: Ok
    Condição: Ok
    Pontos heroicos: 14
    Pontos de poder: 101

    Lis
    +1PH
    Vitalidade: Ok
    Condição: Ok
    Pontos heroicos: 18
    Pontos de poder: 101
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