Capítulo 1 - Fragmentos e Fantasmas

Lisbeth Tozier

Todas as tentativas de ataque falharam miseravelmente, mesmo com o alvo a poucos metros de Lisbeth. Parecia até que havia uma interferência divina. Como se o sucesso fosse decidido em uma rolagem de dados contra Deus. Em condições regulares, ela ainda poderia contar com a sorte, mas ao que parece, esse não era o caso. Não existe sorte quando Deus não está disposto a perder.

Por que ele se posicionaria ao lado de um ditador era um questionamento que ficaria sem resposta. Primeiro porque Liz nunca pensava em religião, exceto agora quando o destino manifestava claramente antipatia por ela. Segundo porque não queria sequer imaginar que, aos olhos de Deus, ela era a vilã da história. Uma conclusão absurda, que só poderia ser concebida pela tolice ou, como no caso do Overseer, pela hipocrisia.

Com a arma descarregada, Lisbeth encontrava-se em clara desvantagem. Mesmo assim, não estava disposta a recuar. Não mesmo. Ainda mais depois de ouvir aquele miserável dizer nomes de seus pacientes. Ela faria justiça, custe o que custar. Para impedi-la, ele precisaria matá-la.

A mão dele agarrou o pescoço de Liz com tanta força que a deixou paralisada. Se tivesse que lutar corpo a corpo, seu destino estaria condenado. Não havia outra opção, contudo, que não fosse resistir com todas as suas forças. A reação veio como um disparo, com um baque tão forte que ela pôde sentir no coração. Veio depois de ele pronunciar o nome de Ella Mae, como se atrevesse a dizer que conhecia o apreço que a psicóloga tinha pela paciente.

Ao cerrar os punhos com força, Liz se deu conta de que ainda tinha um dardo na mão. Tentou cravá-lo no pescoço do Overseer, que interceptou o golpe ao segurar o braço dela. Ainda mais enfurecida por não conseguir acertá-lo, ela jogou o corpo para frente e deu uma joelhada precisa nos testículos dele, forte o suficiente para que ele a soltasse.

Ela cambaleou alguns passos para trás, enquanto retomava o fôlego e carregava de maneira desesperada a pistola de dardos. A desvantagem entre os dois agora estava menor, ou poderia até mesmo ter se invertido. Ela só precisava acertá-lo uma única vez e esperava agora que nenhuma proteção divina interferisse nesse resultado. Ou será que Deus se sentia ameaçado por ela ter o poder de controlar almas humanas? Um poder que talvez nem mesmo ele tivesse.

Pela sexta vez, Lisbeth atirou.

Podia ser só uma pequena pausa para uma bebida mas não deixava de ser uma oportunidade para que Ash pudesse entender o que estava acontecendo com sua velha cidade.

Red assentiu com a cabeça para a apresentação de Ash. Parecia ser o tipo de pessoa que decorava bem os nomes das pessoas.

[Red]:Época interessante pra passar por Sandford, Ash - diz ela enquanto limpa o copo.

Os rumores de guerra não tinham chegado ao norte e noroeste por onde Ash veio, então era realmente estranho não ter ouvido nada ainda. Mas Vance não era um mercador comum, ele não tinha comentado quase nada sobre seu propósito em Sandford.

[Red]:Ninguém falou nada ainda. Mas esse lugar fica cheio nesse horário e não tem nenhum guarda vindo tomar algo depois da troca de turno. Ou seja eles não trocaram de turno - dizia mostrando sua conclusão. Red parecia ser alguém atenta a detalhes.

Red serviu a bebida para Ash mais uma vez. Olhou para seu rifle a tiracolo e olhou para as feridas recém enfaixadas.

[Red]:Hmmm, por que eu imagino que você saiba mais sobre conflitos vindo do que eu? - disse ela olhando para o braço enfaixado.

Algumas pessoas chegam no balcão e fazem seus pedidos, então a atenção de Red é tirada de Ash por um instante.

Era hora de encarar aquilo que não gostava. Ash sabe que esse dia será bem longo.

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Cada segundo naquele embate diminuía as chances de que Lisbeth poderia colocar seu plano em prática. Sua falta de prática em lutar, ou até mesmo o mais puro e e simples azar eram suas maiores dificuldades.

Mas Lisbeth estava predisposta a lutar contra o próprio destino se precisasse. Num movimento desesperado ela consegue se libertar da mão que começava a lhe esganar, tentando uma joelhada que só acertou o ar mas foi o suficiente para que o Overseer perdesse a força no braço.

Liberta de sua mão e num movimento que poderiam lhe comparar as histórias em quadrinhos que as crianças do Vault liam a doutora conseguiu carregar a arma e atirar mais um dardo.

[Maxwell]:Você errou todos os tiros, por que acha que... - o Overseer parou de falar quando sentiu a pontada no braço direito. Arregalou os olhos e rapidamente puxou o dardo de seu braço, mas já era tarde: o conteúdo dele já estava em seu sangue.

Se curvou para frente, cambaleante e tentou resistir por alguns segundos...mas o fadeway concentrado dessa maneira é muito forte. Ficou de joelhos no chão e ergueu a cabeça.
Seu olhar era vazio, como de quem enxergava através de Lisbeth. O olhar de quem estava sob total controle.

Antes que pudesse saborear sua improvável vitória a porta da sala se abriu logo atrás de Lis.


[Hope]:Pai...pai a gente precisa da...Doutora Lis, o que faz aqui? - a garota se apoiava no batente da porta, a mão direita sobre a nuca. Ela não parecia saudável.
Lisbeth conhece a garota muito bem, era a filha adolescente de Maxwell. A única que teve antes da mulher falecer no nascimento dela.

[Hope]:Tá tudo bem? - diz ela com o olhar confuso e com certo esforço pra se manter apoiada.

Maxwell não responde, apenas olha para Lis e aguarda suas ordens.

As engrenagens do Vault giravam e a doutora nem poderia imaginar o que suas fagulhas haviam iniciado.

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Mais um raider, mais um dia. Quantos já teriam morrido graças ao ranger Kelden? O Sr. Ninguém podia ter perdido as contas mas sempre haveriam mais deles, como se fossem uma praga impossível de eliminar.

A cobertura parcial e o fato de que raiders não são os atiradores mais precisos do mundo fizeram com que o ranger nem chegasse perto de ser atingido.
Era sua vez de disparar. Mais um trovão na Liberty's Torch: com ou sem sinalizador aquilo era tão barulhento que seria impossível não chamar a atenção a esse ponto.

O disparo foi diretamente na garganta do raider mais próximo, estava morto antes de seu corpo terminar de cair no chão.
Só dois agora, mas eles estavam bem mais próximos agora, a cobertura não ia adiantar de nada (perda do half-cover devido a movimentação dos raiders).

Era um duelo.

O primeiro raider puxou o gatilho, mas a arma emperrou e Kelden consegue ouvir perfeitamente o som que uma arma faz quando quebra: aquilo não ia disparar novamente.
Mas o segundo teve mais sorte e disparou na direção do peito do ranger.

(@raijecki, pode rolar um teste de dodge DC 18)

...

Acreditando ser a única ali que pudesse lutar para salvar Kara, Nin se joga de frente contra os raiders que Kara chamou a atenção.
A luz do sinalizador é bem forte, forte o suficiente para que seu movimento não fosse notado a tempo pelos raiders.


O golpe possui o efeito exato como o mestre de Nin ensinara: os dois raiders ficam atordoados e parecem tontos. Estão completamente indefesos (condition: defenseless) e ficam parados em pé no lugar.

Patrick não deixando de proteger sua amiga dispara uma flecha em direção ao raider mais distante, o segundo.
Sem chance de se defender a flecha atinge a testa do bandido e ele cai para trás, morto.

Talvez fosse a primeira vez que Nin se sentisse responsável pela morte de alguém, mas para Patrick era só mais um para a conta...

O raider sobrevivente se move para mais perto de Nin, ele ainda está tonto demais para atacar mas irá tentar em seguida.

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Mecanica

Nin
+1PH
Vitalidade: Ok
Condição: Ok
Pontos heroicos: 13
Pontos de poder: 102

Patrick
+2PH
Vitalidade: Ok
Condição: Ok
Pontos heroicos: 17
Pontos de poder: 102

Sr. Ninguem
Vitalidade: Ok
Condição: Ok
Pontos heroicos: 18
Pontos de poder: 102

Ash
Vitalidade: Ok
Condição: Ok
Pontos heroicos: 14
Pontos de poder: 102

Lis
+1PH
Vitalidade: Ok
Condição: Ok
Pontos heroicos: 18
Pontos de poder: 102